sexta-feira, março 31, 2006

O Cinto e o Horizonte

"Quanto mais o cinto se aperta, mais os horizontes se alargam..."
Contança Cunha e Sá, Público, 31 deMarço
Saudades do ...

Realidade Virtual (O Desmantelamento)

Parque EXPO

Anúncio de Concurso Público para a "Empreitada de Desmantelamento do Pavilhão da Realidade Virtual"

Público, 31 de Março

Vai abaixo!
Será inadaptável?
É fotografar, vilanagem!
... ai a casa Garret...

Calvin

quarta-feira, março 29, 2006

Ruptura

Ainda sobre esta posta...
... a questão é que quer os "condensadores sociais" à esquerda (e/ou as "unidades de habitação", "semeadas" na paisagem pelo politicamente ambíguo L.C.), quer os desenhos ditos neo-clássicos, ou neo-barrocos (ou serão "tardo"- Beaux Arts?) da direita (e em casos mais "patológicos" dos regimes totalitários da "extrema esquerda" e da "extrema direita"...), quer ainda as "experiências" dos Siedlungs nas democracias social-democratas ("entaladas" entre "os comunistas e os fascistas"...), apenas para simplificar (e muito) a diversidade das propostas, e "embarcar" nas armadilhas das equivalências entre "arquitectura e política"... a questão é que TODOS (e ainda há quem não acredite no Zeitgeist...), mas TODOS, convergiram no "tipo" de soluções para os problemas do crescimento, físico e demográfico, da cidade, em consequência da revolução industrial...
Soluções "higienistas", de "ruptura" com a "fábrica" urbana existente, considerada como inadaptável ao "inevitável" futuro da nova "cidade radiosa", e muito em particular, ao novo deus automóvel!
Para a "cumulativa" cidade "tradicional", ficava reservado o papel de prólogo ao "fim-da-história" (dessa história das cidades), em centros históricos exemplarmente "preservados" (no passado...) na "integra", ou segundo uma limitada (e "higiénica") selecção de "cromos", obtida à custa da descontextualização dos "monumentos" ("nacionais") e posterior reconversão à condição de "virgens" brancas.
No meio de tantas propostas "extremas", de "ruptura", e que algumas das fantasias "utópicas" do pós-guerra "desenvolveram" ao absurdo... desprezaram-se, como banais, as propostas de continuidade, que poderiam e deveriam ter "invertido" o rumo, evitando os "desvios" "contra-revolucionários", do PO-MO, em regressivos retornos (passe a redundância) ao velho "novo urbanismo" e as, igualmente "patológicas", afirmações (de virilidade?) dos novos "super-modernos", para quem a "ruptura" e a "descontinuidade" são um dado adquirido... do seu "status" de super-homens!
... para descer à terra, e oferecer um exemplo... "Olivais" e especialmente "Chelas", "depois" de Alvalade...?!
No "nosso" tempo e mais uma vez, os discurso "radicais" (essenciais a uma carreira académica de sucesso e/ou à publicação dos projectos nas revistas da "ordem"...) prevalecem sobre qualquer inteligibilidade pelo "homem da rua", que como é obvio não percebe nada da Polis, da Urbe ou da Civitas...!
E por outra vez, e como aconteceu com a vulgarização burocrática dos generosos ideais modernistas... os "discursos" são apropriados pelo Homem do Capital, que ao contrário do Homem "Vulgaris", sabe tudo o que há para saber sobre todos os assuntos...
É suposto o arquitecto, desempenhar, "aqui" um qualquer papel... para além do papel de "agente" fascinado com as possibilidades expressivas da "desordem"... ou não?

Pizza na hora

Pizza no Barriga.

Post(a) Rija

- Pinta-me uma barra!
- Queres levar um soco?

22

Fracote?
Vinte e duas vezes. Só?
Fracote és tu!
:)

Peter Eisenman

"Nada está certo, nada, nunca"
Entrevista ao Expresso, à muitos, muitos anos...

terça-feira, março 28, 2006

Barra Amarela (Isn't that what Alentejo is all about...?)














Numa vila sem valores patrimoniais de primeira grandeza (e onde aqueles que existem, se "eclipsam", ou se vão "paulatinamente" "abatendo" com a cumplicidade das "entidades competentes"...), a construção (utilitária) da estação elevatória com um desenho "moderno" algures entre "Brasília e os Jetsons", vai servindo (via reprodução nos "postais turísticos" com fotografia ao crepúsculo) a necessidade e o propósito de identificação entre a "arquitectura da cidade" e as suas gentes.
Mas essa do (perigoso) desenho "moderno", bem... era o que eu pensava. Porque, "rentabilizando" uma simples pintura de conservação, logo alguém se havia de lembrar (quem terá sido o Barra?), de pintar uma... "Barra Amarela"!
Os "saloios" podiam ao menos (já que a simples "conservação" não lhes chega e cada pintura parece ser uma "nova oportunidade" - ideológica - a não perder), ter feito da dita cuja pintura, uma "tentativa" para a "qualificação" (chamemos-lhe) estética do "objecto".
Haveria então que (ganhar tempo e) estudar o seu novo desenho. Definir a altura, a "espessura" a "curvatura"... e, principalmente, o número (a quantidade) das barras... (des)promovidas à condição de "riscas"... Haveria que "Pensar a cor" e as possibilidades "metafóricas" da intervenção... Marca de Água? O diabo! Este "Anel dos Bimbos-Chungas" ou esta amaldiçoada "Barra nas Alturas", é que não... Nunca!

Cotoveladas

... estava a contar como "faltava" espaço, para, depois de recebido um levantamento topográfico, "enfiar" o programa e dar um rumo ao projecto pelas ideias que o estão a "encaminhar", quando me saí com esta... Está na fase das coteveladas!
O Venturi (?) escreveu no C&C (?), sobre a "luta pelo espaço", e eu já tinha ouvido falar de gajos que tratam a arquitectura a pontapé... mas... "cotoveladas"?

Nome do Pai e da Mãe

"Sempre que nos formulários da administração pública me pedem o nome do pai e da mãe, questiono-me se é para lhes ir perguntar se me autorizam a urbanizar ou a edificar."
Urbanismu, um dos novos Links...

(des)urbanização

Merecia um comentário mais longo e melhor estruturado, mas o que eu penso é que a escolha não deverá ser entre estrutura e ruptura... até porque a maior parte da (des)urbanização que constrói/destrói o país não é sequer de "ruptura"... é apenas o triste espelho de quem "manda"...

segunda-feira, março 27, 2006

Make No Mistakes

Nada de confusões...
Eu que "snifei" o verniz da Escola de Setúbal, até impregnar todos os meus poros, Eu que "suei" (como um porco comovido) na Biblioteca de Aveiro, Eu que acabei encharcado (como um pinto) ao fotografar à chuva o Museu de Santiago, Eu que me despi (literalmente) do "ser" rumo ao Nirvana, nas Piscinas de Maré de Leça... Bom acho que é melhor ficar por aqui antes que comece a inventar alguma coisa só para efeitos de figura de estilo, até porque acho que já dá para perceber o que estou a tentar dizer... (só mais uma) Eu que não descansei, enquanto chegado à Expo, não sentei o cú, nos bancos de pedra do Pavilhão de Portugal, virados ao Tejo...
Mas então?
Só que as obras do Siza, nem sempre se "safam" bem em contextos pouco menos que perfeitos, nem sempre resistem à "cidade" ou às "exigências" da sociedade de consumo (Grandela, Lisboa).
Volto ao princípio. Aproximar-me dos muros da Fundação de Serralves, por entre o matinal nevoeiro da invicta... como num sonho... ou experimentar a visão (dos jardins) do paraíso, oferecida por um enquadramento de um vão, no sítio "certo", do tamanho "certo"... "isto" acho que só mesmo o Siza.
Só que o Pavilhão de Portugal, rodeado de... vulgaridade...
Mas e a "pala" (e o banco) e o camandro? Está tudo muito bem, e por certo ninguém faria melhor. São conhecidas as indefinições programáticas, quanto ao "conteúdo" do projecto, que também não ajudaram... e a falta de tempo na construção.
Repito, ninguém faria melhor. E que a obra tenha "aquela" qualidade, só não é um milagre, porque eu não acredito em milagres, acredito no Siza :)
Só que o Pavilhão da Realidade Virtual, do Manuel Vicente, transmite(-me) uma alegria na "manipulação", daquilo que havia para "tratar", das formas, aos materiais, passando pela função (festiva) e pela "escala"... enfim, pelo "acerto", e tratando-se de Manuel Vicente, também, pelo "desacerto", que a obra deveria comportar...
A comparação entre as duas obras é, também, (pcs) uma provocação... que resultou :)
No resto concordo "contigo", em tudo o que tu venhas a escrever (em contrário) sobre este assunto!

sábado, março 25, 2006

"A Última Bala É A Minha Vitória"

"Dos 27 Mil guerrilheiros que em Dezembro de 1975 partiram para as montanhas, somente 90 assistiram à proclamação da independência."

Mário Robalo, Actual, Expresso, 25 de Março

A frase que faz o titulo do livro de Manuel Acácio, é de um desse Herois, Poetas, da Resistência Timorense, que já tinham oferecido à língua portuguesa o imortal (verso) "Resistir é Vencer", recuperado pelo José Mário Branco para título do seu último albúm...
O que é que ainda estão a fazer aqui?

+ Arquitectura

Nova revista de arquitectura e mais algumas coisas, com periodicidade mensal e um preço simpático (3,5 €). O N.º 1 é do mês de Abril, e chegou, com o entusiasmo, antes do tempo :)
É propriedade da editora Arcatura, Lda, que desconhecia e é dirigida por Sílvia Vieira, que assina o editorial, e cujo nome também não me recordo de ter visto em lado nenhum.
Entre os "colaboradores" da "ficha técnica" constam alguns nomes mais ou menos conhecidos entre os quais se encontram os de MGD/EJV, Pedro Machado Costa ou António Jiménez Torrecillas, de quem se divulgam projectos e obras no interior, pelo que fiquei na dúvida, se serão colaboradores da revista, ou se foram colaboradores apenas "neste" número, em que "aparecem", também na "inevitável" página com o curriculum e a fotografia que já toda a gente viu em todo o lado... (tédio).
O primeiro parágrafo do editorial é pouco menos que insuportável e não augura nada de bom. (Não vou citar)
Lá dentro, vêm uma entrevista com Mister Agenda Formal e Conceptual "Himself", e diversos projectos "representados" pelos meios habituais, de modo "incompleto" e sem grande rigor na escolha dos desenho, ou das fotografias, de modo a "entender" os projectos, se é que alguém ainda "vê" revistas para tentar compreender alguma coisa... Do projecto da "Contemporânea", para o Salgueiral Sul em Guimarães, por exemplo, são reproduzidas as planta de dois pisos com (óptimos) apartamentos duplex, sem que se perceba bem porquê, entre diversas fotografias avulsas identificadas como sendo do FG+SG (com direito a divulgação do endereço electrónico, o que não acontece com o endereço dos arquitectos...).
O design é de "página inteira", sem espaços (mortos) em branco, o que se saúda, e o papel não é nada mau. Nos conteúdos as fotografias "dominam", por entre alguns poucos desenhos e textos "esquemáticos".
O primeiro número têm uma rubrica curiosa, embora não original, intitulada "arquitectura académica", destinada à publicação de "trabalhos escolares (académicos)" que chamem-me os nomes (feios) que quiserem, mas eu não considero como passível de ser baptizada como arquitectura. "Arquitectura Académica", será a arquitectura das academias, o que bem vistas as coisas poderá não andar muito longe da verdade...
O logo do "+" também é muito curioso. Inspirado pela coluna "cruciforme" desenhada pelo Mies para o Pavilhão de Barcelona, que se bem se lembram, é aquele do "Less is More", mas eu não sei se isto, ainda que num plano "Fred & Ana", quererá dizer alguma coisa... (que disparate, já nada quer dizer coisa nenhuma...)
Irá concorrer no mercado, das revistas de arquitectura portuguesas, com a "Arquitectura e Vida", e no mercado "global" e aberto das revistas de arquitectura com...
Será da maior utilidade para estudantes "preguiçosos e/ou ambiciosos" vocacionados para a enésima variação de... com os quais a tiragem de 15000 exemplares, estará a contar.
Eu não prometo nada, mas para folhear no café...
(P.S. O projecto da Inês Cortesão+Margarida Brito Alves, para uma casa em Santa Cruz é - em bom rigor crítico - uma b....).

333

... mais coisa menos coisa e números redondos... (literalmente)

Peter Whitehead

"Arrisquei a minha vida, quase matei alguém, tive um colapso nervoso e toda a gente me diz "óptimo, pá"? Que raio é que andaram a fazer entretanto? Senti que aquilo se resumia a transformr tudo em algo virtual. Puramente Baudrillard. Só os que liam Jean Baudrillard é que sabiam o que se estava a passar. Cheguei à conclusão que filmar era tornar tudo falso, incluindo o meu filme. Desisti e, durante 20 anos, fui para o deserto. Quando estás num penhasco sobre o mar, em Africa, pendurado por uma corda, não podes ser falso. Não paras a meio para filmar a cena".
Peter Whitehead, citado por Mário Lopes, na Y do Público de ontem

sexta-feira, março 24, 2006

Tripanário

Qual é a senha?

A Dialéctica do Gadanho

No primeiro paragrafo do texto que "acompanha" a publicação do "prometedor" projecto de CVDB para um "silo automóvel com habitação" em Lisboa, Pedro Gadanho, procede a uma análise em que distingue entre as obras-de-arte (pudim) instantâneas, ou obras-de-arte "postas de pescada", pré-anunciadas (e/ou requentadas, no micro-ondas) pela crítica da "especialidade" (culinária), e a que chama de "participação imediata numa espécie de história especializada da disciplina"; e as obras-de-arte com berço, "que nascem com a linguagem necessária" e "que respiram as vicissitudes da cultura urbana contemporânea", "para além do domínio do arquitecto" (sendo que em Lisboa, e a fazer fé nas notícias, se respira muito mal... e com cada vez maior dificuldade) especialmente "ungidas" para lidar (com as lides) de "um problema específico".
Eu para além de confessar, que certamente por incapacidades específicas, de (falta de) berço (ou seja, por ter nascido sem o dom necessário à linguagem), falho a compreensão da dialéctica do Gadanho, e sou assaltado (em pleno blog e ao lusco-fusco) pela recordação da casa vermelha (castanha) da "Guild House" em Philadelphia do Venturi.
A "Guild" pertencerá à primeira ou à segunda "categoria"? Será a famosa "Terceira Via" (se é que tal conceito de outras arquitecturas poderá ser importado, ou devolvido, à casa-mãe...) Vanna!
Vamos lá!
Sei que (a "Guild") é uma obra incontornável na "história especializada da disciplina" e que embora esteja "salvaguarda" e o reconhecimento do seu valor e importância (histórica e artística) decorra, " ainda em vida"(1) dos autores, não foi "sujeita" a nenhum processo de participação (seria melhor escrever "inscrição") "imediata"... Muito pelo contrário... e como se poderá comprovar históricamente pelo recurso ao "método comparativo" na comparação - pois - da "Guild" com a Crawford Manor em New Haven do Paul Rudolph, e conforme (para grande escândalo dos inteligentes) acabaria escarrapachado no Learning From Las Vegas.
Mas poderia "recordar-me" do muito mais recente Gug de Bilbão, para dizer a mesma coisa... "Ícone" e resolução de "um problema específico", simultaneamente, e em concomitância... se não tenho cuidado, ainda acabo (mal), a propor uma (outra?) definição de arquitectura, como sendo a "Arte da Transcendência da Matéria", que opera pela transformação dos problemas em oportunidades.

(1) "We have just learned that the building is now on the Philadelphia Register of Historical Places, even though the architect is still alive!", Robert Venturi, Denise Scott Brown, Architecture as Signs and Systems, for a mannerist time.

"A Arquitectura é o Dinheiro"

O Valor, O Custo, A Economia... tanto pudor, tantos laços cor-de-rosa, quando queremos falar do vil metal... do "Dinheiro", como diria a Olga Cardoso.
O título da posta, foi resgatado à minha memória, mas é da autoria do Manuel Mateus, conforme "licção-de-vida" generosamente oferecida a um aluno, e como "comentário" a um trabalho um pouco mais "sonhador", lá pelo ano de 93 ou 94 do século "passado".
"A arquitectura é o dinheiro"?

Pesquisa por Imagens # 2

Pesquisa por Imagens # 1

18

A menoridade...

Patente

Corpo-Híbrido-Bio-Tecno-Lógico:
Descodificador de Linguagens Arquitecturadas

Mestres (Exposições no CCB)

... e não quero deixar passar em claro, a referência do João ao seu "mestre" Manuel Vicente, que, muito injustamente, está um pouco esquecido (ou será que sempre esteve?) e "marginalizado", o que acredito, não o preocupa minimamente...
Outro que não têm direito a uma exposição "retrospectiva" da sua obra no CCB... tanto mais necessária quanto as suas obras estão dispersas e "afastadas" no espaço... e "no tempo"!
Por esta "micro-causa" até faço Lobby!
Ou será que vai ter a mesma "sorte" do Vítor Figueiredo?
(Safou-se o Teotónio...)
Voltando ao Manuel Vicente (sem Link, o que já diz muito...), nada me custaria mais que reencontra-lo daqui a muitos anos num qualquer artigo como os que o José Manuel Fernandes escreve para o Expresso, sobre os arquitectos "esquecidos" da nossa diáspora.
Já agora, e antes de fechar a porta à posta, ao José Forjaz, também não calhava nada mal, a exposição...
(... e o pavilhão da realidade virtual foi o melhor projecto da Expo... sim, sim melhor que o Siza daquele mês)

Sim Mestre!

"Este centro pioneiro no desenvolvimento de novos códigos no campo disciplinar da arquitectura surgiu no mesmo ano em que Peter Eisenman, Kenneth Frampton, Cabral de Melo, entre outros, fundaram em Nova Iorque oInstitute of Architecture and Urbn Studies (IAUS)..."

João Rocha, JA 222

quinta-feira, março 23, 2006

Merceditas

Manuel Tainha

"Naturalmente que a este conceito - eu diria, estado de espírito - não é estranho um sentido de economia. Não a economia dos economistas onde tudo se reduz ao ratio custo-benefício expresso em índices de performance. Não esta mas a outra, com "E" grande, como o grego a escreveria; a qual, bem vistas as coisas, pode ser um dos atributos do caracter de uma obra, ou, porque não dize-lo, da sua beleza."

Manuel Tainha, Architécti, N.º 10,

TO MISS

to miss
missing miss
miss margarina
miss banlieu
miss coitus interruptos
shine, shine, shine, shine
diva divine
deep diva divine
miss top less head
miss top hat
miss slow train coming
miss garage band
miss colonia
miss mid-west
miss far from-home
miss crazy head
miss flamenco
miss fado & flamenco
missing miss
miss jamaica
miss el-al
missing mistery girl
deviation divine
the diva shines!

Letra de Rui Reininho, para o PSICOPÁTRIA, dos GNR

MISS

MISS Sargfabrik oferece "Luxo Real Individualizado".
MISS é economicamente acessível.
MISS nunca é chata. Todos os espaços, todas as divisões oferecem um tipo de experiência.
MISS (...) satisfaz os requesitos do ser humano do século XXI.

Andrea Hurton, JA 222

Modulo Auto-Suficiente # 1

- Era um modulo auto-suficiente sff
- Só temos modulos auto-in-suficientes

Na Volta do Correio (antes e depois na OA)

Alguém me poderá explicar porque é que recebo o Aviso/Recibo para pagar as quotas da OA antes da data de emissão registada, e porque é que recebo o boletim "Arquitectos", depois da ocorrência de algumas das "actividades programadas" para o princípio do mês...

Produtor

Tony Visconti

... agora que o novo do Morrissey toca sem parar no meu computador (ainda antes de sair para as lojas e de graça, viva a net!), mais do que justo, o destaque para o seu produtor o grande Tony Visconti, a quem, todos os que gostam de música, tantos discos "devem" e que é apenas o produtor "favorito", do enorme David Bowie, que recorde-se até trabalhou com o Brian Eno...
... para tentar perceber melhor, o que poderá ser esta coisa do "produtor"...

Don't Worry About The Government

I see the clouds that move across the sky
I see the wind that moves the clouds away
It moves the clouds over by the building
I pick the building that I want to live in
I smell the pines trees and the peaches in the woods
I see the pine cones that fall by the highway
That's the highway that goes to the building
That's the building that I'm going to live in
(it's over there)

(Chorus):
My building has every convenience
It's going to make life easy for me
It's going to be easy to get things done
I will relax, along with my loved ones... loved ones,
loved ones, visit the building
Take the highway, park, and come up and see me
I'll be working, working, but if you come visit,
I'll put down what I'm doing, my friends are important.
Don't Worry about me... don't you worry about me

I see the states across this big nation
I see the laws made in Washington D.C.
I think of the ones I consider my favorites
I think of the people that are working for me
Some civil servants are just like my loved ones
They work so hard, and they try to be strong
I'm a lucky guy to live in my building
They all need buildings to help them along
(it's over there, over there)

(Chorus)

Don't Worry About The Government, 77, Talking Heads, (David Byrne)

Economia

... e queria aqui postar uma citação do Manuel Tainha, sobre "Economia", que ficava mesmo a matar, e que pensava encontrar no "Arquitectura em Questão" editado pela AEFAUTL em Mil Nove e Noventa e Quatro... assim fica a referência... a despropósito.

O Que Faz Falta...

Olá JMAC, que chatice não haver espaço para os comentários no teu blog.
Respondo à tua posta, comentando na minha posta, linkada na tua… daqui a pouco já não sei qual é qual :)
Infelizmente a noção de "Economia" em arquitectura, e por favor não confundir com "arquitectura económica", anda arredada dos discursos dos colegas...
Os meus parabéns pela tua preocupação com os dinheiros públicos, que enquanto cidadão não posso deixar de partilhar e que enquanto funcionário (ao serviço do) público, me "atormenta", quotidianamente, a prática profissional.
Daí o meu interesse pelo tema da tua "primeira" posta e a motivação para a minha “contra-posta” :)
Agora, caro João, se por morrer uma andorinha, não acaba a primavera, não me parece (pelos links), que dois comentários façam "uma onda gigante", em "defesa" da arquitectura do Siza, que o rapaz é esforçado, e merece.
E já que falamos em ondas... a tua (onda) não é a minha, tu curtes uma boa onda e eu sou mais do género submersível... :) mas daí até pensares que me poderia estar a referir a ti ou à tua arquitectura quando me exprimi em vernáculo…
Já por aqui escrevi alguma coisas sobre os teus projectos e quem quiser saber a minha opinião que siga o link.

quarta-feira, março 22, 2006

1. O Valor 2. A Contingência

A única coisa que me "custa" na arquitectura do Arquitecto Álvaro Siza Vieira... é (por - despropositada - comparação) a minha insignificância... :)
(Primeira oportunidade, perdida, para acabar a posta em beleza...)
De resto, quero lá saber quanto "custa"... o betôn, mais as pedras e as madeiras naturais...
O que me "custa", é quando se gasta dinheiro "mal gasto" em obras de merda, feitas por arquitectos de m...
(Segunda oportunidade, perdida, para acabar a posta em beleza...)
As obras de Siza Vieira, serão, quando (mal) comparadas, mais caras (por M2) que as "outras"?
O que já me chateia (bastante) é a "incapacidade construtiva" de algumas das suas obras em resistir à passagem do tempo e aos "agentes" atmosféricos... o "negrume" das "virgens brancas".
Depois, tenho a ideia, que o betão "porno" não é rebocado e pintado, mas forrado "termicamente" pelo exterior, com "produto" à venda no mercado...
Mas o que mais me interessa na posta do João é a pergunta (final) sobre "a recusa da contingência na arquitectura" que entrevê na obra de Siza.
(Terceira oportunidade, imperdível. Daqui para a frente, já não há desculpas...)
Penso que por "contingência" se entenderá uma arquitectura "inclusiva", "consciente" das suas "múltiplas dimensões" e atenta aos vários "contextos", e nesse sentido, eu não vejo, como se possa considerar a arquitectura de Siza Vieira, como sendo outra coisa que não "contingente".
É uma arquitectura que "reflecte" sobre a presença (ou a "ausência") dessa "contingência", ou seja sobre os seus limites. Uma arquitectura que reflecte - de obra para obra - sobre a sua "utilidade". A utilização "maciça" do betão na hora de definir a matéria, as limitações auto-impostas na expressão das "linguagens" são, dessa contingência, "expressão" ou "consequência".
("Abstracto" e pouco explicado...)
O betão "forrado" de Siza, "estranha-se", quando comparado com a "tendência" para a "obrigatória" exposição (essa sim, "pornográfica") da matéria, em exercícios (Suíços...) ditos... "telúricos".
(Comparação a despropósito, quem têm razão é o Trocas-te...)
Mas por contingência poderá igualmente estar a sugerir-se uma afastamento (que julgo artificial) entre a arquitectura de Siza Vieira, e outras mais... "expressionistas", e de que à falta de melhor e pelo que se vai vendo do postado no HardBlog, aproximaria das "pesquisas" do MGD... o que não sendo bom nem mau, antes pelo contrário, poderia ser muito pior! :)
Para variar recorro (socorro-me) do Bob Venturi, e da sua arquitectura "inclusiva".
Estou farto, fico por aqui.

... quatro anos portanto

"Os Senhores Autarcas acabam de realizar o vosso Congresso, depois das últimas eleições autárquicas. Têm, portanto, um horizonte pela frente de um mandato de quatro anos. E esse mandato coincide com o mandato deste Governo. Este Governo e Autarquias, estarão em funções até Outubro de 2009, quatro anos portanto."

"E devemos pôr de lado todos os procedimentos e todos os regulamentos, que o tempo mostrou que são apenas completamente despropositados (...)"

Bolsas e Subsídios

"(...) o seu espaço sobrevive de bolsas e subsídios do governo belga. Tem um número de colaboradores rotativos, que a troco dum simbólico salário, partilham as suas experiências(...)"
Aqui

terça-feira, março 21, 2006

Michelangelo


















Espantoso o "verismo", deste corpo, e espantosa a "surpreendente contemporaneidade" desta "representação" da sensualidade.
A fotografia "truncada" e o domínio da luz e da sombra, também ajuda...
"Comprei-a" como sendo do Michelangelo.

Koeman e o... Barcelona

Agora, é que o jogo está a começar... :)

E Depois do Adeus

Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz

(...)

Corpo (...)

"Pensamos que com o corpo Bio(tecno)lógico está em curso uma nova convergência de corpo e arquitectura, em que o corpo não é estritamente um referente paradigmático externo à Arquitectura..."
Inês Moreira, in Bio(Tecno)Lógico e Arquitectura: Novo Programa, Vírus, JA 222


















Imagem de um dos "corpos" dos chamados "escravos" aprisionados à matéria por Michelangelo... Imagem servida à posta, como propósitado comentário, à citação lá de cima.

Morrissey

Site e "entrevista", no QF
Para Ouvir (sem parar)...

enótipo (F... G... H...)

Fenótipo: "corpo carne e matéria"
Genótipo: "corpo informação, infinitamente combinável e manipulável"
Henótipo: ?

Meat is Murder

A Semiose Materializada da Carne ("Juicyness")

"A semiose materializada da carne inclui sempre os tons da intimidade, do corpo, de sangramento, de "juicyness". A carne é sempre e de algum modo, húmida. Certamente não se pode usar a palavra carne sem compreender a vulnerabilidade e o sofrimento".
Dona Haraway in - Goodeve, Thyrza - How like a leaf, a interview with Donna Haraway - Routledge, New York, London, 2000, p. 86, citada por Inês Moreira, in Bio(Tecno)Lógico e Arquitectura: Novo Programa, Vírus, JA 222

segunda-feira, março 20, 2006

Revistados (GNR)

Posta para agradecer à ou ao sese o comentário em que só agora reparei, e o link para o Site do disco da devida homenagem aos GNR, que à altura da posta (do comentário) procurei sem encontrar...
"Respect"
Muitos discos (vendidos) é o que eu desejo, e a estratégia, "semelhante" à estratégia de sucesso perseguida com o disco dos Humanos, parece-me ser a melhor, para o conseguir.
...para quem pensava que por aqui não se dizia bem de nada nem de ninguém...

Diálogo de Gerações

Ora ainda bem que me fazem esta pergunta.
1 - em primeiro lugar, e como já foi dito por aqui, não tenho o prazer de conhecer pessoalmente o GAD
2 - em segundo lugar, confesso, que certamente por desleixo, até à muito pouco tempo não conhecia os projectos e as obras do GAD de lado nenhum
3 - em terceiro lugar, afirmar que devo a descoberta (do blog) do GAD a esta posta elogiosa no C&C, onde fui parar à coisa de mais ou menos um ano e onde perdi o descanso ao ganhar este vício
4 - que só me interessei pela obra do GAD depois de conhecer o seu Blog
5 - que, como se desprenderá do que fica dito, as palavras que por aqui e ali se têm trocado com o GAD, não são devedoras do interesse de qualquer revista na publicação do seu (GAD) trabalho
6 - é (têm sido) uma agradável (porque "intelectualmente" estimulante) troca de correspondência, exclusivamente "blogueira" "posteriormente" "alimentada" pelo "mundo exterior"
7 - tenho o mesmo "interesse"... por tudo aquilo que me... interessa (seja lá o que for), de outro modo nunca teria tido o interesse em "intrometer-me" no vosso JOG cujo trabalho desconheço, e que eu saiba não está publicado em lado nenhum
8 - a "aproximação" é, foi e será sempre, da minha parte e para com quem quer que seja, totalmente "independente" de qualquer lobby; do interesse particular (que seria legitimo, mas que não é a minha "onda") em tirar "proveito" (mas com que objectivo?) dos meus despropósitos
9 – ou de outro modo não valia a pena andar para aqui a escrever as coisas que escrevo
10 - "penso eu de que"

domingo, março 19, 2006

Cais das Colunas

Uma boa notícia.

In-telectó-fobia

Olha-me este :) a querer ser mais despropositado que o outro :) não há que ter medos... muito menos de "dizer algo intelectualmente válido" :) mas deixem-me perguntar, como é que um simples mortal sabe quando é que está a dizer algo de intelectualmente (não) válido?
What kind of spider understands arachnophobia?
(Free Will and Testament, Shleep, Robert Wyatt)

sábado, março 18, 2006

Arquitectura e Politica

"Não há boa arquitectura sem boa política, nem boa política sem boa arquitectura", afirmação de Hannes Meyer, citada por José Charters Monteiro na entrevista (que se recomenda) à "Arquitectura e Vida" N.º 69, é uma daquelas frases "fortes"... com os seus encantos e com os seus perigos... Porque não é possível a equivalência entre "Boa Arquitectura" e "Boa Política", sem que todas as formas (politicas) de demagogia (produzidas por regimes mais ou menos democráticos ou totalitários...), resistam a canibalizar o "território" próprio e "específico" - partindo do princípio que existe um - da intervenção arquitectónica. "Infelizmente", ensina-nos a história, essa relação, simplesmente não existe. Não que não seja "simpático", por exemplo, olhar para a arquitectura holandesa ou alemã, anteriores à "segunda guerra", ou para a arquitectura finlandesa, anterior e posterior à mesma guerra, como virtuosos exemplos das políticas socialistas, republicanas e laicas...
A "boa forma" politica não é garante da "boa forma" arquitectónica, nem garantia da "exclusão" da "má forma", assim como a "má forma", não será "necessariamente" um reflexo de qualquer "má forma" do exercício politico. Trata-se de um pensamento, maniqueísta, ingénuo ou oportunista, mas maniqueísta.
Eu, dentro do mesmo género, prefiro "cantar" com os "Disposable Heroes of Hiphoprisy" de "Hypocrisy Is The Greatest Luxury" sobre como "todas as coisas na vida têm ramificações políticas" (Water Pistol Man), ou recordar aquela frase de Ludwig Wittgenstein no "Cultura e Valor"(?) em que dizia qualquer coisa como (e cito de memória) "não ser possível a existência da arte - arquitectónica, neste caso, e partindo do outro princípio de que é arte aquilo de que "tratamos"... - onde nada existe para glorificar ou exaltar"... o que, é claro, o edifício da FCG, o "bloco da águas livres" ou "as piscinas de maré" de Leça, só para citar três exemplos da minha particular estima, parecem querer desmentir!
Arquitectura "e" Politica... territórios perigosos...

Mae West

"Is that a formal and conceptual agenda in your pocket or are you just happy to see me?"

sexta-feira, março 17, 2006

O Lado Perverso

"No entanto existe também um lado perverso no acesso à informação." PDB (ler entrevista mencionada na posta anterior)
... e não me venham com o Jean Baudillard, que eu até li o "Para uma crítica da economia política do signo" quando era novo...

O Type do GENOTYPE e as Guerrilheiras do ALdA MOuRA

Era mais "prudente" eu sei... deveria existir uma moratória "ética" para Oh-Pá, criticas Hostis... era mais "prudente", eu sei. Mas estas infelizes concomitâncias!
Já sabia do JOG e agora confirmo com a leitura do N.º 69 da revista "Arquitectura E Vida". 4 (quatro) páginas para a rubrica "Novas Expressões" da responsabilidade de Carlos Sant'Ana, dedicadas a Pedro Duarte Bento, o PDB do postHABITAT. Uma página para "chamada" e apresentação, outra para a entrevista da praxe, e duas para o projecto da "Self-Sufficient Single-Housing - Combater a Desertificação no Alentejo".
O projecto prevê o combate ao "êxodo rural" (eternas saudades) no Alentejo, com a "importação/exportação" de "Casais de Tios" com mais de 50 primaveras urbanas que querem cavar da cidade, e enterrar-se num quinhão do paraíso... a cavar... dizem eles. E eu, mau como os "lacraus", a pensar que as tias queriam sopas (uísque!) e descanso, (isto para não ser o ordinarão do costume, e dizer que o que "eles e elas" querem é... "putas e vinho... alentejano", à beira da piscina...) à maneira da "Fantasia para dois coronéis e uma piscina" do Mário de Carvalho...
Vai daí, e relembre-se, para combater o "êxodo" e "dinamizar" a "agricoltura", é necessário construir um Habitat. As "casas novas" fazem falta, concerteza, e a oferta habitacional das vilas e cidades alentejanas com os centros históricos desabitados e degradados e as periferias desqualificadas, cheias de "drogados" e graffitis Hip-Hop, "tal&Qual" como na "metrópole", não "prestam". Distância... dizem eles. Da "malta", como sempre... distância.
Ai, a "Bicha-Solitária"!
Mas eis que entra em cena o "jovem" arquitecto. Solícito, desejoso... com o habitual módulo auto-suficiente (bocejo) debaixo do braço, no portátil (e um dia ainda se haverá de fazer a história, arquitectónica, sociológica, política... dos - módulos - "auto-suficientes"...), em versão "Mono-Black-Angular-Eco-Bicudo".
(Sim, sim, leram bem, "eco-bicudo", ou como é que pensam que a BICHA-preta, se iria comportar "termicamente" nos dias dos 49 de-graus à sombra? Olha o "Bernardo" Assado!!!)
Por proposta gráfica do arquitecto o OVNI, poderia aterrar no meio do restolho (qual ceifeira hiper-moderna) ou cair "à toa" (qual Koolhaas, que lindo...) no meio dos melhores terrenos agrícolas, por pouco e magnanimamente, poupando a vida de um indígena, que "se-achava" sachando (no gerúndio, que lindo...) num hortejo.
A proposta de implantação "Okupação"(?) nos eucaliptais já está na "mira" das guerrilheiras ALdA (Alentejo Livre de Arquitecto) MOuRA.
Nas duas páginas (da revista de arquitectura...) dedicadas ao projecto, ficamos a saber tudo sobre a sua "ecologia", da recolha das águas da chuva ao rácio calculado para os ovos e as galinhas (atchim!), mas não nos é dito nada sobre a "caracterização" construtiva (sobre a matéria) das imagens...
Afirmar que a organisma "pode desenvolver-se isolada ou em comunidade" (que medo, parece um filme "Alien"), sem mais informações, escritas ou desenhadas, também não "serve" de nada, mas sempre dá um "ar da sua graça", do tipo "jovem" arquitecto empenhado na resolução das grandes questões "colectivas", que a proposta convém agradar ao vereador social democrata (ex-MRPP) que faz parte do júri do concurso internacional!!!
Da analise "em concreto" dos (de)méritos formais do "projecto", nem quero falar, até porque de "concreto", a proposta apresenta muito pouco, e seria cair na esparrela, pensar que o módulo, seja "habitável" enquanto residência permanente ou eficaz no combate à desertificação... ou alguém pensa que é com um Casal de Tios (procurar no índice da arca de não-é) fora de prazo que se repovoa o Além Tejo?
F*. Para "repovoar" o Alentejo... temos, como nos "slogans", e entre outros... "odesproposito"... "A combater a desertificação no Alentejo desde..."
Sobra uma dúvida. O Kit inclui a cegonha?

Isabelino

O, recebido despacho Isabelino. Sibilino.
Boatos, quais? Beatas, escaravelhas?
Sexo (redundância) horas
extra ordinárias.
Ler, engolir.

Pergunta (Teológica) do Dia?

O Catolocismo é uma igreja, fundada com a biografia não autorizada de Jesus Cristo?

Experiência Religiosa

Que bom (para a natureza...) outro dia (e madrugada...) de chuva... Desceu da Prateleira o "Regeneration" dos The Divine Comedy. Experiência Religiosa.

quinta-feira, março 16, 2006

Dedicatória














Obrigado Raúl
Numa arquitectura assim é que apetece fazer bonecos nas paredes
Pomar

ISCTE (à consideração superior)














E alguém pode explicar, porque é que nesta arquitectura exemplarmente urbana, umas velhas grades ferrugentas..., nos impedem de circular (pelo "exterior") por entre o pátio do ISCTE, "o velho" e o(s) "novo(s)" largo(s) e praça(s) do "conjunto" urbano... "diluído" na cidade?
À consideração superior, como "soi" escrever-se...

RHF_Fotos_ISCTE






































Estão um pouco estranhas, não estão? Metafísicas! “Empty piazzas are intriguing only in early de Chiricos”… Seja como for, a “selecção” das imagens (não) têm critério e os enquadramentos estão com pouco rigor para o meu gosto, que não há maneira de eu me adaptar as estas modernices das novas tecnologias fotográficas... Um abraço.

Da (Re)Construção da Ideia de Cidade

Leitura recomendada. E uma excelente resposta à pergunta sobre "as cidades flutuantes".

Não tenho tempo, nem paciência (nem habilidade...) para fazer a comparação (que me parece pertinente) entre os "sintomas da doença" conforme muito bem expostos na posta do JMAC, e a triste história da (não) reconstrução do "Ground Zero".
(Re)Leiam-se também esta e esta postas do DB.

"Posições"

Desculpem lá voltar a intrometer-me na caixa de comentários do vosso blog, mas não acham que esta discussão está assim, um pouquinho, a "descambar" (sem ofensa) para as generalidades...
É que são muitas nomes, muitos países e muitas posições... tudo ao mesmo tempo, e um "gaijo" baralha-se.

quarta-feira, março 15, 2006

José Gomes Ferreira

Viver Sempre Também Cansa


Viver sempre também cansa.
O sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
ora é cinzento, negro, quase-verde...
Mas nunca tem a cor inesperada.

O mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.

As paisagens também não se transformam.
Não cai neve vermelha,
não há flores que voem,
a lua não tem olhos
e ninguém vai pintar olhos à lua.

Tudo é igual, mecânico e exacto.

Ainda por cima os homens são os homens.
Soluçam, bebem, riem e digerem
sem imaginação.

E há bairros miseráveis sempre os mesmos,
discursos de Mussolini,
guerras, orgulhos em transe,
automóveis de corrida...

E obrigam-me a viver até à Morte!

Pois não era mais humano
morrer por um bocadinho,
de vez em quando,
e recomeçar depois,
achando tudo mais novo?

Ah! se eu pudesse suicidar-me por seis meses,
morrer em cima dum divã
com a cabeça sobre uma almofada,
confiante e sereno por saber
que tu velavas, meu amor do Norte.

Quando viessem perguntar por mim,
havias de dizer com teu sorriso
onde arde um coração em melodia:
"Matou-se esta manhã.
Agora não o vou ressuscitar
por uma bagatela."

E virias depois, suavemente,
velar por mim, subtil e cuidadosa,
pé ante pé, não fosses acordar
a Morte ainda menina no meu colo...

Proibido (Fotografar)

À "margem" da exposição... porquê esta mania, este medo da fotografia no interior dos edifícios escolares abertos ao público?
Pedi (por uma questão de boa educação - olha quem...) aos seguranças junto à entrada. Que não - escândalo - sem autorização!
Na biblioteca voltei a pedir ao funcionário (simpático). Que não (depois de ir "lá dentro" perguntar ao "superior"...), têm que ir não sei aonde, ou telefonar para "obter" (atingir?) a "autorização"...
Para quê? Quando qualquer telemóvel (dos estudantes) "tira" fotos...
Mania da Proibição, é o que eu acho, neste país do respeitinho...
Esta posta decorre (também) da leitura desta e já agora, desta outra, postas.
"É Proibido Proibir"?
"A Imaginação ao Poder"!

RHF_Exp_ISCTE

A exposição retrospectiva da carreira do Arquitecto Raúl Hestnes Ferreira, no ISCTE.
Desilude. Não a arquitectura, que é magnífica, mas a exposição propriamente dita. E como seria possível de outro modo? Não é arquitectura "fotogénica", feita para ser vista na fotografia. A grande maioria dos desenhos são "toscos", estão lá mais para mostrar a "pesquisa" "as hesitações e os erros" que para maior glória e proveito do artista... Os esquissos, as maquetas de trabalho ou de apresentação, os desenhos mais ou menos rigorosos (feitos à mão, ou impressos pela máquina) e as fotografias das obras, estão lá para mostrar o que se considerou mais importante ao "correcto" (e - em "exposições" de arquitectura - possível) entendimento das mesmas, e não para denunciar nenhuma agenda formal ou conceptual... Estão lá (modestamente) ao serviço das obras e da sua função última, que é a de servirem-nos, e não ao "serviço" do seu autor.
É uma exposição pobre nos meios, feita com a prata da casa, num (belo) espaço acanhado, insuficiente para expor a quantidade e a riqueza do "material" em causa. É claro que o CCB estava fora de questão...
Nada disto é muito importante, quando temos os seus edifícios, para, "habitar", expressão por uma vez apropriada. Cirandar, percorrer, permanecer (essa raridade "contemporânea) nos seus "espaços" (outra raridade), é a autêntica "exposição" de arquitectura, e que esta decorra num dos "seus" espaços é (ainda assim) a sua maior virtude.
Não me é possível no entanto, deixar de "veementemente protestar" pelo estado de "desleixo" com que a instituição que acolhe a exposição (em comemoração do seu 33º aniversário) trata a arquitectura da sua casa e para o qual, a "licenciatura de arquitectura" também contribui com umas maquetas espalhadas pelos corredores, em frente às janelas... Sensibilidades!
Uma sugestão: para além do átrio do edifício II, com as suas rampas e escadas (de acesso à exposição) não deixem de visitar a biblioteca, que tinha visitado em construção, a cheirar a verniz... quem avisa...
Uma última nota: A exposição começa, no átrio da entrada sul, com os recortes de imprensa, e a "impressão" das postas dos blogues... Também lá estou (não é vaidade, ou promoção pessoal ou do blog), numa linha de texto de um comentário feito a esta posta de "O Arrumário", que por conter uma informação que considero útil, lamento que tenha "saído" incompleto (Linkar para ler na integra).
(Obs. Se alguém manifestar interesse posso postar algumas das "dezenas" de fotografias que tirei hoje.)

terça-feira, março 14, 2006

O Labirinto da Saudade (Projecto de uma Casa portuguesa)*, ou O Labirinto da Casa Portuguesa (Saudades do "Projecto")

"O tipo de bordado utilizado na fachada estrutural irá indicar o escalão social ou económico dos seus habitantes: Rendas de Bilros para a Classe Alta, o Bordado em Ponto-Cruz para a Classe-Média Alta, e Crochet para a Classe Média. As restantes classes não têm direito a viver na Casa Portuguesa."
Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, as comparações entre as costureirinhas (da sé) e os arquitectos (dos bairros), davam nisto...

"Ainda com acesso a partir da Sala de Inverno, e visível da Sala de Visitas (mas impossível de aceder a partir dela) encontra-se a biblioteca. A biblioteca é pequena."
Biblioteca: Pequeno és tu!

"Com entrada pelo exterior (traseiras) existe uma escada de 8 lances que dá acesso directo ao Anexo. O Anexo pode ser utilizado para vários fins: quarto de visitas, quarto de idoso, arrecadação, atelier, etc. O Anexo (que está a uma altura de 8 metros do solo) têm parte do seu pavimento em rampa, de modo a facilitar o suicídio (...)."
De facto, oferecer a sua querida "assoalhada desnivelada" (o nome da filha mais nova), às visitas, é de uma enorme generosidade. O "idoso" (e o raio do velho que nunca mais morre) sobrevive à escalada dos 8 lances e dos oitenta anos, e aproveita a inclinação do pavimento para "endireitar" a espinhela, que o velho (bígamo) está rijo, e aí para as curvas. O artista que se suicide, Baby!, se não morrer antes (do velho) a carregar JA para a arrecadação.

Mal posso esperar, pela adaptação a "Sitcom", no Estado do canal. "Bilros e Crochet"... mais os actores do costume. Novidade só a personagem da pequenita "biblioteca consciência" com paredes que falam (e não ouvem). Drama humano. Tragédia, Arquitectura! As audiências, senhores, as audiências! É de chorar a rir.

*a.s* atelier de santos, JA, 222

Here Comes a City

Here comes a city
Here comes a city
Here comes a city
Here comes a city
Now

É (o final) da primeira "faixa" do Oceans Apart, dos The Go-Betweens. Estava capaz de jurar, eu que não percebo nada de instrumentos musicais, que se ouve um "Theremin"... mas não está "creditado". Talvez o JMAC...

Patrick Caulfield

Tenho pena que tenhas perdido a exposição na Gulbenkian.

O Portal Megalítico

Uma destas madrugadas, a navegar pelo Portal Megalítico... à descoberta das extraordinárias construções de Mousa nas ilhas de Shetland... e de muito mais.
E para quem gostar das pedras... estas magnificas fotografias.

segunda-feira, março 13, 2006

Roland Barthes # 1

"Como acabamos de ver, o bom senso poujadista consiste em estabelecer uma equivalência simples entre o que se vê e o que é. Quando uma aparência se mostra, decididamente, por demais insólita, resta ainda, a este mesmo senso comum, um meio de reduzi-la sem sair de uma mecânica das igualdades. Este meio é o simbolismo. Cada vez que um espectáculo parece imotivado, o bom senso faz intervir a grossa artilharia do símbolo, admitindo no céu pequeno-burguês na medida em que, a despeito da sua vertente abstracta, ele une o vísivel e o invisível sob as espécies de uma igualdade quantitativa (isto vale aquilo): o cálculo está salvo e o mundo aguenta-se ainda."

Adamov e a Linguagem, Mitologias, Roland Barthes

Gis(berta) ou Pedro Bandeira (Bis), A Metáfora da Sobrevivência

"Uma segunda metáfora, refere-se especificamente ao facto de uma das saídas de emergência estar localizada na sala portuguesa, podendo esta representar a diáspora que tem atingido recentes gerações de emigrantes brasileiros que procuram em Portugal Comunitário a sua sobrevivência".

Pedro Bandeira, Entrada de Emergência, 6ª Bienal Internacional de Arquitectura de São Paulo, JA 222

Forma (falta)

"Quem cospe fogo também se apaga
E a palavra disparada pra dentro da boca não quer dizer nada
A forma é um mal da matéria, a forma é fome
Há textos do inimigo por isso se camuflam e já não correm perigo"

Falta (forma), Comum, Três Tristes Tigres, Letra de Regina Guimarães e Ana Deus

Num texto (Programar a flexibilidade, Paola Cannavò, JA 222), que no que à prática disciplinar e às "lições" do "projecto paisagístico" diz respeito, considero um completo "disparate", leio a seguinte passagem:
"O projecto urbano e o arquitectónico deveriam ser concebidos como um projecto paisagístico. Desta forma poderiam adquirir a flexibilidade necessária para conviverem com as dinâmicas dos processos económicos e sociais. (...) é a dificuldade do arquitecto de desistir do carácter unívoco da prefiguração formal do espaço".

Mas porquê desistir da "prefiguração formal do espaço", porquê a conotação "negativa" desta expressão, este "complexo de culpa" (?) para com grande parte (ou toda?) a história do nosso "ofício"? É vergonha (inveja) das "conquistas" do passado? Uma negação do que "está" no passado? Uma pueril (de cueiros...) manifestação de débeis (práticas) artísticas do nosso presente tempo (de crise), que alguns persistem em ver como eufóricos tempos de "novas vanguardas"?
A "prefiguração formal do espaço" não implica nenhum "carácter unívoco". A forma "final", expressão (pejorativa) da (na) autora, mas que posso também recuperar desta outra posta, será como no celebre aforismo(?) de Heidegger para o "limite", "não o fim de algo, mas o ponto a partir do qual qualquer coisa começa a afirmar a sua própria presença". (Adaptado das "notas de autor" de João Álvaro Rocha, que acompanha a publicação da habitação Dr. Mário Lourenço na Maia, na Revista Architécti N.º 7).

"Desistir da prefiguração formal do espaço"? Antes o suicídio colectivo!
Arquitectos dão à costa, como as baleias... se é que mais alguém me acompanha.

O Grande Estuário (S'A Arquitectos)

Mais um comentário lá em baixo... são tão poucos e, justamente, nem sempre pelos melhores motivos, que merecem ser chamados à posta. Proposta para "O Grande Estuário" dos S'A Arquitectos, que, como costumo fazer com quem me vista, irei linkar, para poder voltar mais tarde, com mais tempo e mais atenção.

Fonte 1974

Anita

Epiderme

Referência ao "blog http://epiderme.blogspot.com" na "biografia" de pedro jordão (co-editor convidado do "Vírus"), conforme publicada no JA 222. Um Blog no curriculum...

A Veia e A Fonte

Não sendo um inédito de Ingmar Bergman, só pode ser uma posta de "odesproposito"...

sábado, março 11, 2006

Serralves na AR

"Visitar a exposição que a Fundação Serralves está a fazer na Assembleia da República, como eu fiz há dias, é uma estopada das antigas. Não vou entrar no mérito das obras expostas, nem na sua estafada "descontextualização" . O grande problema é que a exposição só pode ser visitada em grupo e é guiada por uns jovens formados em História de Arte, Belas Artes ou algo no género. Não sei se os organizadores têm medo que os visitantes se escondam nos Passos Perdidos ou que tenebrosos monárquicos como eu profanem o busto da república, mas a verdade é que somos obrigados à excursão pastoreada. Logo à partida, embirrei com a jovem que nos calhou, com voz pedante e ar de quem, apesar dos seus profundos conhecimentos, nos ia transmitir de forma leve e divertida os segredos da Arte Moderna. Estimulados pela guia, houve de imediato uma pequena disputa entre dois ou três imbecis para provar quem era o mais engraçado do grupo. Mal eu vi no que me tinha metido, comecei a deixar-me ficar para trás, mas não conseguia escapar às explicações. Tudo "remetia" para alguma coisa, cruzavam-se "círculos privados" com "círculos públicos", por cada três frases havia um "se quiseremos", e por aí fora. Apostando na interactividade, a guia perguntou ao grupo se sabiam qual era o material em que era feito uma das obras. Um jovem de ar truculento pôs-se a dar-lhe pancadinhas com os nós dos dedos e, perante a advertência da guia para não o fazer, deu categoricamente uma resposta que mostra anos de profunda reflexão: "A Arte é para se tocar!". Mas o maior chato do grupo era um arquitecto escanzelado, careca e com a barba por fazer que decidiu mostrar que sabia mais do que a guia e lhe contrapunha argumentos tratando os artistas pelo primeiro nome, com pérolas como "nesta fase, o Pedro estava fascinado pelos cinzentos".A meio da visita já tinha perdido a esperança, mas a minha mulher disse-me que no fim iríamos visitar o hemiciclo e isso deu-me um grande ânimo. Já tinha estado nas galerias e nos corredores, mas gostei muito da perspectiva de andar à solta entre as bancadas e ter a perspectiva da vida parlamentar de um Louçã, de uma Odete ou de um Hasse Ferreira. E, de facto, acabou por compensar um pouco a estopada, sobretudo porque encontrei uma alma gémea na pessoa de uma saudável velhota, que já tinha visto rir a bom rir de uma instalação-vídeo de Bruce Nauman que mostrava um casal à chapada "enquanto representação das tensões do mundo urbano" (guia dixit), estava tão encantada quanto eu por estar no hemiciclo. E que, vingando-me da minha silenciosa cobardia, confrontou a guia, dizendo-lhe olhos nos olhos: "esta foi a parte da exposição de que gostei mais"."
Aqui.

Vanessa Fernandes

Vanessa, atleta, campeã

Cidade (Justa e/ou Eficiente?)

Haverá cidades eficientes que não sejam cidades justas, ou cidades justas que não sejam cidades eficientes?
Uma pergunta para o meiocroft.

quinta-feira, março 09, 2006

Prémio Cerâmica Vale de Gândara, ou ... A Veia Crítica, o Saguão e o "Seringão"


















Não sendo propriamente uma apreciador da ideia de prémios de arquitectura por dá cá aquela palha (como sabem aqueles que fazem o sacrifício de me acompanhar com maior regularidade), tenho dos prémios patrocinados pela industria da construção opinião mais favorável, pelas possibilidades "didácticas" que entrevejo na divulgação da exemplar utilização construtiva de um determinado material.
Na revista "Materiais de Construção" da Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção APCMC, N.º 122 (Nov/Dez 2005), que apareceu em cima da minha secretária, publicam-se os prémios de arquitectura em Tijolo de Face à Vista Cerâmica Vale de Gândara, relativos ao ano anterior (2004).
Na categoria "Absoluta", o vencedor do prémio foi o Arq.º João Álvaro Rocha, com a obra do PER para o conjunto habitacional na Rua da Seara em Matosinhos.
A obra publicada (sem desenhos) parece remeter para o Proj. de habitação colectiva e equipamentos em Gondifelos, Famalicão, por sua vez "adaptado" do Proj. "apresentado no concurso internacional de arquitectura PLEA-88", que conheço da revista Architécti, N.º 11/12 (Out/Nov/Dez, 1991), que previa a construção de volumes em banda (à semelhança dos modernistas Siedlung) com dois fogos por piso, em tipologia esquerdo/direito (mas "disfarçada" pelo desenho das escadas) em que os alçados opostos, um "fechado", virado ao norte e um "aberto" virado ao sul, estavam desenhados (precisamente) em função da orientação solar e das características (locais?) do clima.
A obra actual apresenta as (mesmas?, ou quase?) bandas, mas "emparelhadas" duas-a-duas, com os (mesmo?, ou quase?) alçados, mas, como resulta da nova composição, agora com orientações também elas opostas, e que pela análise da luz e das sombras das fotografias só poderão ser alçados nascente/poente para bandas orientadas a norte/sul, em clara perversão do "projecto-tipo", de cujas virtudes (e limitações) os arquitectos nem sempre se apercebem... ou querem aperceber.
(Reparo agora, que as fenetre-en-longueur + brise soleil, do ex-alçado sul foram substituídas por janelas "tradicionais", por buracos mais ou menos quadrangulares, recortados das superfícies, em "raccord" com as janelas quadradas "super-piquenas" do (antigo) alçado norte, mas isso não me parece relevante para a análise e crítica aos limites do "projecto-tipo", que fiz).
Ao contrário do que acontecia na "versão Siedlung" em que os espaços "servidos" deitavam vistas sobre o alçado norte (as traseiras, embora "disfarçadas") da banda seguinte, nesta versão, o "emparelhamento" têm como consequência o face-a-face desses espaços privados, em espaços públicos (parcos e estreitos?) que não nos são mostrados.
O que é mostrado é o reverso do "emparelhamento", um espaço descoberto (alto e estreito, sem ponto de interrogação) sinistro corredor de acesso ao sistema de circulações verticais pormenorizado com todo o tipo de soluções necessárias ao desenvolvimento harmoniosos dos idosos e das crianças e das futuras actividades dos grupos de "jovens", a saber: o "graffiti", as sevícias sexuais e a "cura pela seringa"!
Custava muito ter alinhado o pavimento dessas "ruas" interiores (artisticamente (?) fechadas em "ponte", nos topos), com as cotas de soleira das portas de acesso aos "prédios" (não, prédios não, carago!), desenhando (construindo) degraus (ou de preferência rampas) no princípio e fim de cada uma?
Peço desculpa pela linguagem vulgar (estava a fazer um esforço...) mas foda-se, isto é demais! Não há paciência para estas arquitecturas! Ah! Sim! Mas com a tua proposta de desenho alternativo (e "universal") já não se podiam exibir as "sapatas" em betão descofrado, excelentes para tropeçar e bater com o maço, ou para partir uma garrafa de Sagres (Média, sff), antes da rixa ou do assalto! Não há dúvida que estes moços (os outros que não os arquitectos...) pensam em tudo!
E logo eu, que nem sou adepto da tese da culpa "sociológica" da arquitectura nos comportamentos desviantes...
Pausa para respirar.
Na categoria Jovem Arquitecto ("isto é com vocês, não estou a falar com a NASA" GNR) a atribuição do prémio foi ex-aequo, mas eu só me apetece falar da moradia unifamiliar na Lavra, Matosinhos, do Arq.º Luís Filipe Amado Antas de Barros. Gosto do "ar" sólido, compacto, e cá está, com o rigor construtivo que o tijolo maciço oferece; das fotografias... e das "recordações" das moradias em tijolo da década de 30, do Mies, que elas me permitem.

Rei Morto, Viva o Rei!

O Presidente da República alertou que a estabilidade política - valor que defendeu durante toda a campanha - "não é um valor em si mesmo" nem se pode "confundir com imobilismo".
Aqui via GLQL

quarta-feira, março 08, 2006

Tiago (ou A Veia Goleadora)

A minha maior esperança e curiosidade para o próximo Mundial...

Suzanne Vega

Fosse do dia (internacional), fosse da cor (cinzenta) do céu da quaresma, "aproveitei o dia" com uma "integral" de Suzanne Vega, artista de quem muito gosto. O último (álbum de originais) é de 2001, e nunca estivemos tanto tempo sem um novo disco seu. Ao fim de cinco anos, um homem já não se aguenta de saudades. O disco (Songs in Red and Gray), pode não ser aquilo a que chamaria de "clássico", mas, têm tudo de "intemporal"... duas categorias ou condições ou sensibilidades que por vezes posso baralhar. Muitos dos chamados clássicos obrigatórios, com que nos atormentam as boas consciências melódicas, revelam-se, depois de "gasta a cheta", grandes... xaropadas, (o que rima com datadas). Com outros (com "este"), passa-se precisamente o contrário... o que não deixa de ser muito simpático. E têm canções que "crescem", daquelas a quem não prestámos muita atenção, mas que num belo dia cinzento, damos por nós a cantarolar...

"and why so high the expectation?
who could live up to this?"

It makes me wonder...

terça-feira, março 07, 2006

Lealdade

E é claro, que agora em vez de ir descansar e dormir, apetece-me escrever mais algumas coisas. Sobre o que chamei de lealdade, ou pelo menos sobre aquilo que eu queria dizer com essa palavra. Porque ou muito me engano ou, no pouco tempo que este blog leva de postas, já se acumularam alguns pequenos ressentimento e rancores, resultado da minha veia crítica (e como eu preferia ter uma veia goleadora, que sempre dava mais dinheiro...) Revejam, como exemplo, e se estiverem para ai virados esta e esta (e esta) posta. Nada que não fosse previsível, e como quem, amigo, me conhece, "vaticinou". Não sintam por isso qualquer consolo. Não vão ficar a pensar que foram os primeiros :) E terminou a introdução.
Tudo o que escreva a mais sobre este assunto poderá ser mal interpretado, e no entanto... é necessário. O postHABITAT, por exemplo e por força maior das circunstâncias, anteriormente (e generosamente) descrito com um rigoroso blog de tendência, denota uma tendência (outra, e esta "ainda" menos positiva) para a caderneta em colagem da colecção de cromos-finos, à qual não vai sendo adicionada qualquer produção própria com "valor acrescentado", ao contrário do que sucedia com maior frequência ainda à pouco tempo (e como, também como exemplo, é - bem - feito pelo tuga barriga, ou pelo estranja Daily Dose). Mas esta é o tipo de crítica que eu entendo como leal, e que para outros, que noutras circunstâncias descrevi como as do nacional-porreirismo dos aquitectos portugueses, concedo, embora discorde, que possa não o ser. Eu gosto do postHABITAT, que repito-me da posta mais que "infeliz", "incorrecta", considero um bom blog, e longe de mim querer formata-lo de acordo com qualquer regra. Para polícias da blogosfera tenho pouca tolerância. É-me (para reforçar o egoísmo) útil, tal e qual (e mesmo) como está!
Escrever isto a seguir à reparação do pedido de desculpas por uma crítica que se afastou da crítica às postas e se aproximou em demasia, da critica aos postadores, pode não calhar bem, mas, olha, paciência!
Alimentamo-nos uns dos outro, e a estas horas eu já comia qualquer coisinha.

Direita (por Linhas Tortas)

... se eu conseguir ajudar as pessoas a compreender que a esquerda não é aquilo que as pessoas pensam que a esquerda é...

Qual irá ser o espaço na programação da Sic Notícias, para o espaço do contraditório, "à" esquerda?

Paperbag

Mas que raio... estava eu a rever (nostalgicamente) os disparates que por aqui vão ficando postados, quando deparo com isto... É gozação, não é não? Mas como é que o paperbag terá vindo aqui parar?

Novos Caminhos do Minimalismo

"Novos caminhos do minimalismo", escreve o Daniel?
Sabem o que é que isto me lembra? Aquela história infantil das pedrinhas no chão, para encontrar o caminho... Como é que era mesmo?
E a moral, qual é?
Perseguia com tanto afinco os novos caminhos do minimalismo, que o menino (arquitecto) da nossa história, pensou que era "muito mais" minimalista, se não deixasse as pedrinhas a marcar o caminho... e agora, coitadinho, perdido para sempre, no eterno retorno... à casa.

A Identificação das Fontes

Este blog é um bom blog.
Não há necessidade de copiar as postas sem identificar (linkar) a proveniência.
A ética é uma coisa muito bonita, tal e qual a língua Portuguesa.

O Filme da Paixão

(Quase) não vi os filmes "premiáveis", não liguei "peva" aos Óscares... Resultado: uma noite bem dormida. Parece que há um filme com um casal Gay nas paisagens gélidas da nórdica Finlândia, onde se fodem a bom foder às escondidas das respectivas esposas, que vão fodendo no entretanto (enquanto a acção não progride) e pelas quais dizem sentir uma grande paixão. As esposas, ambas de nome Educação (o que deixou baralhados muitos dos nossos melhores críticos), têm as crianças a estudar em escolas onde é um prazer, para os professores ensinar, e para as crianças aprender. No trailer o actor principal debita a sua fala (o seu falo?), debruçado sobre uma criança/figurante: You are going well... Foi escolhido para o papel principal à pouco mais de um ano, mas o filme com estas cenas está condenado ao sucesso crítico e ao fracasso nas bilheteiras. Está inconsolável... sem o Óscar!

Blasfémias

"O Blasfémias acredita que os blogues são uma ferramenta essencial para a livre expressão da opinião. Quando tantos aceitam limites à sua liberdade, neste momento em que a imprensa parece estar docemente abafada na onda do politicamente-correcto-agora-alcunhado-de-"responsabilidade"-ou-de-"bom-senso", os blogues têm de preencher o espaço certo. Por isso, não aceitamos códigos de conduta. Não cumpriremos qualquer princípio deontológico que não tenha sido gizado por nós e para nós. Não acreditamos em noções de "responsabilidade" definidas verticalmente. Recusamos qualquer tipo de regulação externa. Estamos aqui para dizer o que pensamos - essa é a nossa única agenda. Quem nos lê fá-lo porque quer. E porque sabe que o Blasfémias será sempre livre."

segunda-feira, março 06, 2006

As Coisas (não) Seguras

"As coisas não seguras" é a frase de Raúl Hestnes Ferreira, que MGD chama para titulo da sua "recensão crítica" (publicada na Actual do Expresso de 4 de Março), à exposição que "decorre" no ISCTE, e sobre a qual, por aqui ou por acolá, se têm vindo a falar.
(Ainda) sem visita, à exposição, mas com visita a muitas das suas obras... eu arriscaria dizer: "inquieto na pesquisa... mas convicto nas propostas". Porque independentemente do juízo de valor que se produza sobre as obras, é inegável a força que das mesmas emana, a confiança na manipulação das "matérias", excluídas de qualquer ambiguidade, para além daquela que resulta, depois da cristalização (petrificação) da "inquietação da pesquisa", na forma, "final". Definitiva. Fechada (e por isso mesmo, "aberta" à experiência individual). Porque se há coisa que a arquitectura de RHF (me) oferece, é "segurança", não a falsa segurança das soluções testadas, prontas a consumir (de que justamente se distância), mas da segurança, que é generosidade na oferta de um lugar para habitar... para (cada um) ser. Ao meu pensar (ao meu sentir), em todos os aspectos esta arquitectura se afasta da grande maioria dos "discursos" ditos e auto-proclamados da "contemporaneidade", que fazem "gala" da suas incertezas, em exibicionista afirmação da incapacidade de "contar uma história" com princípio meio e fim. Esta arquitectura, (embrulhada numa "pele" retórica, muitas vezes, simplesmente, incompreensível) ao contrário de "libertar" o homem, remete-o à condição de consumidor alienado, fascinado com o vazio da sua própria ignorância...
Não sei se já alguém questionou ou relacionou a "referencial" "arquitectura holandesa" com o país da produtora televisiva que exportou para o mundo o modelo do mais famoso dos "reality shows"... como sendo duas faces da mesma moeda.
... mas enfim, creio que já me afastei um pouco do tema... ou quem sabe, talvez não... seja como for, é urgente a visita.

Josef Frank

Estou indeciso entre comprar este ou este livro. Não conheço nenhum. A diferença de preço é (muito) significativa. Alguem conhece? Recomendações?

A Arquitectura "em forma"

Casas do Prazer "em forma" de falo, biblioteca "em forma" de cérebro... fico à espera dos tribunais "em forma" de balança ou das casas mortuárias "em forma" de tripas espalhadas pelo alcatrão. Eu não sei onde é que isto vai parar, qualquer dia ainda começam a fazer casas "em forma" de casas.

Hora Martini (Poejo Man)

"Ludwing Mies van der Rohe, L' architectura non è un Martini coktail"
"odesproposito": L' architectura é um Lícor de Poejo!

Lagoa Henriques

DESENHO

DISCIPLINA DO VER.
Exercício de representação, permanente descoberta duma realidade a um tempo exterior e interior.
Registo consciente e deslumbrado manifestando o entendimento das estruturas, marcando deliberadamente opções de intervenção na selecção dos referentes bem como dos suportes e materiais actuantes.
RISCAR É ARRISCAR.
Condenados à morte desde a primeira hora procuramos por obras mais ou menos valorosas, de memória em memória , o registo libertador.

Arquitectura Portuguesa, 5.ª Série, N.º 8, JUL/AGO. 1986

Millôr Fernandes

"Viver é desenhar sem borracha"
Millôr Fernandes
Com os devidos cumprimentos ao BJr

domingo, março 05, 2006

O Irmão do Meio

Terminou (espero) a primeira pequena grande tempestade neste copo-de-água/banheira (banhada) d' "odesproposito". A contento de todos (volto a esperar). Nesta questão eu sinto-me, como no álbum do Sérgio Godinho, "O Irmão do Meio". Mais novo de idade do que o Gonçalo, mas mais velho por temperamento (ou por "tempero estético")... Mais velho, do que os Joguistas, alguns (ou todos?) recém-licenciados. Aquilo que mais me interessa nesta "cena" dos "blog's (também ou somente) de arquitectura" é precisamente a sua diversidade e heterogeneidade. Gosto da rigorosa linha de "tendência" do postHABITAT, com a qual muitas vezes (lealmente) discordo e polemizo; da "antiguidade" do Lourenço ou do João (que "adoro" provocar...); do ecletismo "bem-comportado" do Daniel, que (talvez precisamente por isso) penso não encontrar muita piada nesta minha criatura; do "registo" do Gonçalo e da "juventude" dos Joguistas... É por gostar de todos eles (e dos outros que não referi) que estão Linkados.
Aquilo que me interessa na blogosfera em geral, e não apenas nos blog's dos colegas, é o espaço de liberdade (de pensamento e de acção) que se criou ou pode criar... Contra o cheiro a mofo das capelinhas das Academias, Universidades, Ordens Profissionais, Revistas, Jornais, dos Media e dos Partidos Políticos... O espaço de liberdade, desta verdadeiramente Nova Ordem, Democrática, de Iguais entre Pares, onde o valor de cada um decorrerá unicamente dos seus méritos (ou deméritos...).
Que este pequeno episódio, não alimente nenhum medo, no exercício dessa liberdade. Nenhum receio de errar, da "ejaculação precoce" da precipitação "opinativa" (que, se necessário, poderá ser - posteriormente - corrigida), nenhum receio do "disparate" (obrigado Sarilho, Babá e Diniz) da "blasfémia", das ideias politicamente (no sentido mais lato do termo) incorrectas.
O imprevisto programa de substituição da programação (passe a redundância) habitual segue dentros de momentos, sem qualquer propósito de coerência editorial!
Abraços para todos.

sábado, março 04, 2006

:)

Tive a ver o blog do tal AM que elogiou o nosso JOG. Parece ser arquitecto de Lisboa, com ligações a Grandola. Se calhar é de Grandola mas tirou o curso em Lx. O logo que fez prá Uni dessa vila morena ta porreiro por acaso. É um logo um bocado arquitectónico, feito com ACad, mas passa. Parece ser amigo do Gonçalo Afonso Dias, o que me faz pensar que deva rondar o círculo Graça Dias e por aí em diante.Fiquei satisfeito com o post sobre o Bandeira, e já informei a Dulcineia que lhe fará chegar esse elogio com certeza. Fala tb do Portas. (e se o gajo tiver a ler isto, acrescento que as suas aulas faziam que nao custasse muito acordar às 8 e tal da manha). E pronto, um intruja que parece mais interessado neste blog do que muitos dos joguistas...
JOG

Cardeal Patriarca de Teerão

"Apesar do apregoado respeito pelas religiões e pela fé de quem acredita, alguns não hesitam em brincar com o sagrado; chegou-se mesmo a apregoar, em nome da liberdade, o direito à blasfémia. Fiquem sabendo que para nós que buscamos o rosto de Deus e procuramos viver a vida em diálogo com Ele, isso nos indigna e magoa, porque temos gravado no nosso coração aquele mandamento primordial: “não invocarás o Santo Nome de Deus em vão”.
GLQL

Fiquem sabendo... (e o dedinho em riste...) fiquem sabendo que para mim que constato a ausência de deus, e que não necessito de procurar viver a minha vida sem ele, até porque tenho é de me habituar à evidência... isto, de me quererem "advertir" por reclamar o direito à blasfémia em nome do direito à liberdade também me indigna e magoa, porque apesar do apregoado respeito pela não-religião, e pela fé :) dos que não acreditam, se ultrapassam todos os limites, quando pretendem (em vão?) limitar direitos cívico, que para mim são sagrados! :)

Quinta do Conde, Londres (Paris, Texas)


















... para os admiradores do Paris, Texas, que já era!
Têm a ver com a "má imprensa", "panegírica", de que falava lá em baixo...
Uma "notícia" no Público de ontem sobre como a "Requalificação sustentável da Quinta do Conde deverá ser modelo para Londres". Get ready cota L, here I go! (QC rules)... que se não fosse um titulo tão pateticamente provinciano e até poderia ter alguma graça.
"Informa" que a "Organização ambientalista World Wildlife Fund anunciou novo projecto urbano para zona de Sesimbra"... mas convêm saber "ler" a notícia:
"O projecto da Quinta do Conde, apresentado ontem em linhas gerais e sem orçamento definido, ainda não está fechado, mas a WWF conta com os mesmos parceiros de um outro empreendimento sustentável, na mata de Sesimbra - a Câmara municipal de Sesimbra e a promotora imobiliária Pelicano. "Falta assinar os protocolos finais", o que deverá acontecer "nas próximas semanas", diz Eduardo Gonçalves.
Sendo dois projectos "gémeos", a diferença é que o da Quinta do Conde implica a reabilitação urbana, ao passo que o da mata de Sesimbra é uma construção de raiz. Traduzindo: na Quinta do Conde, trata-se "apenas de adaptar o que já existe em termos do stock residencial" e estabelecer critérios para qualquer outra construção que venha a ser feita naquela área; o empreendimento da mata de Sesimbra, anunciado desde 2003, passa pela construção de seis mil casas em 500 dos 5200 hectares daquela área, e terá essencialmente uma vocação turística. Este último aguardava ainda aprovação e deverá entrar na fase de discussão pública este mês, segundo Eduardo Gonçalves."
"Má" Imprensa, ou "Boa" Imprensa!?
Leia-se por comparação e pela positiva a noticia no mesmo jornal no mesmo dia sobre a "demissão no Ippar" provocada pela "retirada de queixa contra (Rui) Rio" e em particular as declarações do arquitecto Manuel Correia Fernandes sobre a "não-solução" "encontrada" para a "praça artificial" do Museu de Soares dos Reis.

Missão Solar













Enquanto nós andamos para aqui a discutir a tecnologia (da energia) nuclear... Siga o Link e Veja o Video! Sacado de Massive Change, conforme proposto na última posta do postHABITAT. Mui Bien, Muchacos!... mas o que eu gramava mesmo era ter uma tertúlia com o Tertullianus!

sexta-feira, março 03, 2006

Gloria

"Jesus died for somebody's sins but not mine"
Gloria: In Excelsis Deo/Gloria (Van Morrison), Horses, Patti Smith

Atenuantes

Para o Lutz:

Obrigado pela... atenção :)
Quem me dera saber escrever bem (quase) em português, para lhe dizer como concordo e discordo de si.
Alguns pontos menores.
A matilha é atenuante? O crime era de maior gravidade se "individual"?
A instituição é atenuante? E quem nem instituição têm (ou teve) deverá ser considerado o quê, inimputável?
A (não) família é atenuante? Órfãos de todo o mundo uni-vos (no crime), estais (antecipadamente) desculpados por qualquer coisinha!
Em crimes abjectos desta natureza, a culpa é obviamente colectiva (de todos nós) que por medo das consequências preferimos ignorar os comportamentos anti-sociais das matilhas de "jovens", as atitudes hipócritas de padres que jogam na bolsa, e todas as espécies de "corpos excluídos" da normalidade... "burguesa".
Mas que as nossas culpas, as nossas infinitas culpas, pela "desatenção", pelo egoísmo, não sirvam de desculpa para os crimes que foram cometidos.
Eu sei onde começa o discurso "desculpabilizante", mas não sei onde termina...
Qualquer coisa há-de valer sempre para outra qualquer... e a cada um conforme as suas culpas, não lhe parece?
(Não quero fugir ao tema, nem armar confusão, mas, por exemplo, um desenho vale uma vida?)
No seu ponto de vista dir-se-ia "compreensível" qualquer crime, cometido por adolescentes (mas porquê apenas adolescentes...) desde que existam atenuantes... à escolha em catálogo?
Lamento mas discordo.
Um abraço

Inter(calado) e Arti(culado)

A Co-incineração (de resíduos industriais perigosos) no Outão, com vista para o negócio do Troiaresort "consciência ambiental, que marcará decididamente o urbanismo português do início do século XXI". A Refinaria em Sines, a certificar ambientalmente outros empreendimentos...
Indústria, Turismo, Ambiente. (E o ambiente, na indústria do turismo...?)
Tudo devidamente intercalado e articulado. Naturalmente.

Centro de Artes de Sines

"Escrevo esta carta a propósito do artigo saído no Público (secção Cultura) no passado dia 22 deste mês onde se faz referência ao recém-estreado Centro de Artes de Sines, da autoria dos arquitectos Aires Mateus.
Quero deixar aqui um aviso relativamente ao auditório do Centro de Artes, no qual apresentei um espectáculo no passado dia 13 de Janeiro com a companhia Real Pelágio, a que pertenço. Tratou-se de uma iniciativa da Câmara Municipal, cuja organização, equipa e acolhimento só posso elogiar.
O problema está na concepção do auditório, que revela um total desconhecimento do que é uma sala de espectáculos e uma enorme falta de respeito por quem tem de trabalhar naquele palco e também para com o público. Não posso compreender como é possível que uma dupla de arquitectos aparentemente tão conceituada possa ter projectado uma coisa destas que ainda por cima é premiada! Numa altura em que tanto se luta, e bem, para que sejam os arquitectos a projectar neste país, parece-me que não é com exemplos destes que vamos longe.
Passo a especificar.
A saída de emergência está encostada à frente do palco e consiste numas escadas ladeadas por painéis de vidro(!) que conduzem a um corredor pintado de preto (paredes, chão e tecto). Espera-se que estas escadas possam salvar o público em caso de uma retirada de emergência, mas, para quem trabalha em cima do palco, são uma armadilha constante e perigosíssima! Basta uma pequena distracção e cai-se dentro de um buraco com uma altura inacreditável! Esteve para acontecer várias vezes a vários elementos da companhia. Por sorte, ainda não foi desta...
As varas de luz são monitorizadas, o que permite que os projectores sejam içados mecanicamente. Isto é muito simpático, só que os arquitectos pelos vistos não sabem que uma vez subidos os projectores, estes precisam de ser afinados para que a luz incida no sítio certo e não há maneira de lá chegar!
A inclinação da plateia em relação ao palco e a forma como as cadeiras estão alinhadas faz com que só os espectadores da primeira fila possam ver os actores de corpo inteiro. A partir da segunda fila, têm de contentar-se com meio-actor.
Está feito o aviso."

Sérgio Pelágio, Músico e Membro das Produções Real Pelágio, Marinhais

Cartas ao Director, Público, 3 de Março 2006

Lamentável!

Lamentável?
Lamentável, é o discurso da desculpabilização.
Lamentável, é a "absolvição moral dos carrascos".

... como comentário à posta "Delinquência Juvenil" do Quase em Português, que qualificou de lamentável o artigo de Esther Mucznik no Público.

Oliveiras e Azinheiras

- Qual é a diferença entre uma azinheira e uma oliveira?
- Abana-se as duas - a árvore de onde cair a Nossa Senhora é a azinheira.

Uma adivinha da Helena, em comentário a um apontamento evangélico.

Definição (revisitada)

"A arquitectura é a electrificação pixelizada da epiderme fotografada ao crepúsculo". LC

quinta-feira, março 02, 2006

Pedro Bandeira

De entre os vários talentos que despontam nas novíssimas gerações de cromos(somas) X ou Y ou lá o que é... é um dos meus favoritos. Pose frontal, ar sério, corte de cabelo apropriado à função de pensar (o corte - de cabelo - "segue a função"...) e os colarinhos bem escolhidos e mal engomados. Revejam a fotografia no (ainda) último número do JA (220-221).
Não só participou na Metaflux, como - reencontro-o no site do IA - "nosso" representante na participação nacional da 6.ª Bienal Internacional de São Paulo, Brazil! em 2005!
Um destaque, apenas, entre muitos outros possíveis, para a conclusão no ano de 2000 do "mestrado Metropolis da Universidad Politécnica de Barcelona (dirigido por Ignasi de Solà-Morales), com a tese “Apenas o Mundo, Hoje, Onde as Revoluções são Impossíveis – da ilusão à desilusão de imaginários de pouca arquitectura entre os anos 60 e 90”, que segundo fontes Barcelonesas (que não revelo, nem que a PJ cá venha fazer uma busca) teve como baptismo provisório e de trabalho o titulo: "68, 69, 70, desilusões de um jovem mestrando Tuga em Barcelona"
Vale a pena acompanhar...

Loira Burra (AICA)

Pensando em residências de estudantes em Coimbra, e para que não fique qualquer dúvida, sobre o que é que eu penso do prémio da AICA...

Segundo o Diário Digital, o prémio é "Atribuído pela secção portuguesa desta associação de críticos de arte em parceria com o Ministério da Cultura - que, através do Instituto das Artes, disponibiliza a verba (dez mil euros para cada) -, o prémio distingue o percurso de um artista que tenha tido uma obra importante no ano anterior".

Eu já nem falo sobre a dificuldade em "datar" o projecto, a obra de arquitectura... mas que o estado português ande (com o meu dinheirinho) a subsidiar o curriculum (e os gabinetes) desta gente...
E o prémio é tão importante, que no site do IA (que relembre-se "disponibiliza a verba"), vale uma notícia... na Newsletter! (Niusleterr!)
Algumas perguntas:
Quem selecciona/nomeia o Júri (do prémio) e com que critérios?
Quais os critérios para a atribuição do prémio?
O vencedor é proposto pelo júri, ou escolhido entre candidaturas?
As actas das "decisões do júri (...) por unanimidade", existem, são públicas?
Enfim, se não são uma daquelas coisas "muito lá de casa" para partilhar (ainda é no bairro alto?) entre os "amigos", não sei o que será...
Do site do MC, a fealdade dos grafismos, afasta qualquer boa alma...
Os jornalistas, para não variar, fazem o papel de divulgadores, de "correias de transmissão", que o importante é ocupar o espaço em branco da folha do papel do jornal ou do monitor da notícia virtual, sem nada esclarecer. Não informam, escrevem... panegíricos.
Ora isto não vai nada mal, não senhor.

EL Topete (Being Jabba)

O Dr Freitas do Amaral é um grande defensor da liberdade e da democracia porque o Dr Freitas do Amaral é muito esperto. Eu quando for grande quero ser como o Professor Freitas do Amaral muito esperto. Se tão esperto como o Professor Freitas do Amaral talvez chegue a presidente da ONU. Ser presidente da ONU é muito bom. Vai-se a festas e à opera, Eu não gosto muito de opera mas o meu pai diz que quando eu for grande eu vou gostar. Eu acredito no meu pai e o meu pai diz que o Professor Freitas do Amaral é um espertalhão. O Professor Freitas do Amaral diz sempre a verdade. Eu ando de cueiros e ele anda a defender a liberdade e a democracia...
7:36 PM
O meu pai disse-me que o Professor freitas do amaral é tão esperto tão esperto que escreveu uma carta ao general Vasco Gonçalves a dar-lhe os parabens por ele ter defendido tão bem a liberdade e a democracia. O general tinha mandado prender muitas pessoas que eram muito más. O general não era tão esperto como o professor freitas do amaral . Eu quando for grande quero ser como o professor freitas do amaral
7:44 PM
Eu tambem sei que o professor freitas do amaral foi para a assembleia uns dias para ter direito a mais uma reforma. Foi o meu tio que me disse e ele disse tambem que o Professor Freitas do Amaral é muito muito esperto. Eu quero ser grande muito depressa para ser como o Professor Freitas do Amaral muito muito esperto
7:50 PM
O meu tio tambem me disse que o professor freitas do amaral saiu logo da assembleia da republica depois de ter ficado lá o tempo que era preciso para ter a reforma.Porque o professor freitas do amaral tinha muito que fazer e não é na assembleia da republica que se defendia a liberdade e a democracia.Ele tinha que defender a liberdade e a democracia a ganhar muito dinheiro porque ele é muito esperto. Eu adoro o professor freitas do amaral e quero ser como ele quando for grande
7:55 PM
Aqui

De (e)Feitos (especiais) de Arquitectura


















... ou de como "un authentique "fait d' architecture" (oh "excuse-me", Vignole!)" do Le Corbusier, se transformou numa posta sobre a resistência à passagem do tempo:
"Vinte e tal anos depois esta merda efémera continua a valer algo para outras pessoas".
Rui Reininho dos GNR, no Blitz, "revisitados", pela geração Hip-Hop...