1. O Valor 2. A Contingência
A única coisa que me "custa" na arquitectura do Arquitecto Álvaro Siza Vieira... é (por - despropositada - comparação) a minha insignificância... :)
(Primeira oportunidade, perdida, para acabar a posta em beleza...)
De resto, quero lá saber quanto "custa"... o betôn, mais as pedras e as madeiras naturais...
O que me "custa", é quando se gasta dinheiro "mal gasto" em obras de merda, feitas por arquitectos de m...
(Segunda oportunidade, perdida, para acabar a posta em beleza...)
As obras de Siza Vieira, serão, quando (mal) comparadas, mais caras (por M2) que as "outras"?
O que já me chateia (bastante) é a "incapacidade construtiva" de algumas das suas obras em resistir à passagem do tempo e aos "agentes" atmosféricos... o "negrume" das "virgens brancas".
Depois, tenho a ideia, que o betão "porno" não é rebocado e pintado, mas forrado "termicamente" pelo exterior, com "produto" à venda no mercado...
Mas o que mais me interessa na posta do João é a pergunta (final) sobre "a recusa da contingência na arquitectura" que entrevê na obra de Siza.
(Terceira oportunidade, imperdível. Daqui para a frente, já não há desculpas...)
Penso que por "contingência" se entenderá uma arquitectura "inclusiva", "consciente" das suas "múltiplas dimensões" e atenta aos vários "contextos", e nesse sentido, eu não vejo, como se possa considerar a arquitectura de Siza Vieira, como sendo outra coisa que não "contingente".
É uma arquitectura que "reflecte" sobre a presença (ou a "ausência") dessa "contingência", ou seja sobre os seus limites. Uma arquitectura que reflecte - de obra para obra - sobre a sua "utilidade". A utilização "maciça" do betão na hora de definir a matéria, as limitações auto-impostas na expressão das "linguagens" são, dessa contingência, "expressão" ou "consequência".
("Abstracto" e pouco explicado...)
O betão "forrado" de Siza, "estranha-se", quando comparado com a "tendência" para a "obrigatória" exposição (essa sim, "pornográfica") da matéria, em exercícios (Suíços...) ditos... "telúricos".
(Comparação a despropósito, quem têm razão é o Trocas-te...)
Mas por contingência poderá igualmente estar a sugerir-se uma afastamento (que julgo artificial) entre a arquitectura de Siza Vieira, e outras mais... "expressionistas", e de que à falta de melhor e pelo que se vai vendo do postado no HardBlog, aproximaria das "pesquisas" do MGD... o que não sendo bom nem mau, antes pelo contrário, poderia ser muito pior! :)
Para variar recorro (socorro-me) do Bob Venturi, e da sua arquitectura "inclusiva".
Estou farto, fico por aqui.
(Primeira oportunidade, perdida, para acabar a posta em beleza...)
De resto, quero lá saber quanto "custa"... o betôn, mais as pedras e as madeiras naturais...
O que me "custa", é quando se gasta dinheiro "mal gasto" em obras de merda, feitas por arquitectos de m...
(Segunda oportunidade, perdida, para acabar a posta em beleza...)
As obras de Siza Vieira, serão, quando (mal) comparadas, mais caras (por M2) que as "outras"?
O que já me chateia (bastante) é a "incapacidade construtiva" de algumas das suas obras em resistir à passagem do tempo e aos "agentes" atmosféricos... o "negrume" das "virgens brancas".
Depois, tenho a ideia, que o betão "porno" não é rebocado e pintado, mas forrado "termicamente" pelo exterior, com "produto" à venda no mercado...
Mas o que mais me interessa na posta do João é a pergunta (final) sobre "a recusa da contingência na arquitectura" que entrevê na obra de Siza.
(Terceira oportunidade, imperdível. Daqui para a frente, já não há desculpas...)
Penso que por "contingência" se entenderá uma arquitectura "inclusiva", "consciente" das suas "múltiplas dimensões" e atenta aos vários "contextos", e nesse sentido, eu não vejo, como se possa considerar a arquitectura de Siza Vieira, como sendo outra coisa que não "contingente".
É uma arquitectura que "reflecte" sobre a presença (ou a "ausência") dessa "contingência", ou seja sobre os seus limites. Uma arquitectura que reflecte - de obra para obra - sobre a sua "utilidade". A utilização "maciça" do betão na hora de definir a matéria, as limitações auto-impostas na expressão das "linguagens" são, dessa contingência, "expressão" ou "consequência".
("Abstracto" e pouco explicado...)
O betão "forrado" de Siza, "estranha-se", quando comparado com a "tendência" para a "obrigatória" exposição (essa sim, "pornográfica") da matéria, em exercícios (Suíços...) ditos... "telúricos".
(Comparação a despropósito, quem têm razão é o Trocas-te...)
Mas por contingência poderá igualmente estar a sugerir-se uma afastamento (que julgo artificial) entre a arquitectura de Siza Vieira, e outras mais... "expressionistas", e de que à falta de melhor e pelo que se vai vendo do postado no HardBlog, aproximaria das "pesquisas" do MGD... o que não sendo bom nem mau, antes pelo contrário, poderia ser muito pior! :)
Para variar recorro (socorro-me) do Bob Venturi, e da sua arquitectura "inclusiva".
Estou farto, fico por aqui.
3 Comments:
Olá JMAC, que chatice não haver espaço para os comentários no teu blog.
Respondo à tua posta, comentando na minha posta, linkada na tua… daqui a pouco já não sei qual é qual
Infelizmente a noção de "Economia" em arquitectura, e por favor não confundir com "arquitectura económica", anda arredada dos discursos dos colegas...
Os meus parabéns pela tua preocupação com os dinheiros públicos, que enquanto cidadão não posso deixar de partilhar e que enquanto funcionário (ao serviço do) público, me "atormenta", quotidianamente, a prática profissional.
Daí o meu interesse pelo tema da tua posta e a motivação para a minha “contra-posta”
Agora, caro João, se por morrer uma andorinha, não acaba a primavera, não me parece (pelos links), que dois comentários façam "uma onda gigante", em "defesa" da arquitectura do Siza, que o rapaz é esforçado, e merece.
E já que falamos em ondas... a tua (onda) não é a minha, (tu curtes uma boa onda e eu sou mais do género submersível...) mas daí até pensares que me poderia estar a referir a ti ou à tua arquitectura quando me exprimi em vernáculo…
Já por aqui escrevi alguma coisas sobre os teus projectos e quem quiser saber a minha opinião que siga o link (da posta).
Caro António,
compreendi que não se referia em vernáculo ao meu trabalho. Sem falsas modéstias, apenas ironizei com a coisa. Faço o que faço, e, como diz, nem é mau nem é bom... é o que faço. ponto.
quanto ao siza, só não lhe chamo mestre porque nunca trabalhei com ele nem nunca me relacionei com o senhor, ao contrário do meu percurso com Manuel Vicente: a Escola onde cresci, mais como homem do que arquitecto. [talvez seja essa a minha conexão com Manuel Graça Dias que passou pela mesma escola de vida]
sobre os dinheiros, ainda ontem o "meu" engenheiro, meu braço armado, de betão, claro, me confirmava uma outra vez o preço exorbitante da coisa. enfim... só ingenuamente não pensei que tivesse reacções do género: "aquilo é arte, não interessa o preço". noutros tempos talvez... e depois chateia-me aquela coisa de alguns arquitectos recusarem os programas da arquitectura corrente. como se tudo tivesse que ser "arte".
abraço, j
boa,
... e o "eventual" valor "artístico" da nossa "arte", não depende do custo da construção, ou da vulgaridade dos programas, que a "emoção" ainda é de graça, e não precisa de cumprir nenhum regulamento... como espero que se perceba pelo blog
abraço, A.
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