segunda-feira, janeiro 09, 2006

SCHIZO

Resulta particularmente cruel que no mesmo número do JA (220/221) em que Ana Tostões, recupera as diferenças, que a propósito da Casa de Ofir, Fernando Távora, estabeleceu entre as noções de "composto" e "mistura (para não falar nos edifícios que são mixórdias...)"; que Pedro Gadanho tenha escolhido ilustrar o seu artigo no mesmo jornal com uma "ilustração" (passe a redundância) do seu projecto para a Casa Schiz me...
O projecto, que modestamente é "carimbado" com o selo "mudando a arte de habitar", pretende-se uma "proposição irónica" para a "casa portuguesa contemporânea" de um típico agregado familiar dos nossos dias, constituído, por um empreendedor empresário democrático liberal divorciado ("o telemóvel, fuck, estou desejoso de chegar a casa e snifar uma linha de coca no meu living room modernista) e pelo seu, "presumivelmente sintonizado" filho skater de 38 anos, consumidor de drogas químicas.
Condenados à esquizofrenia?
Responde Alvar Aalto:
"In the modern society it is possible, at least theoretically, for the father to be a mason, the mother a college professor, the daughter a film star, and the son something still worse. Obviously each would have special needs to be allowed to work and think undisturbed. The modern dwelling must be in accordance with these needs."
Como se vê, não é nada de especial. Nada que não fosse conhecido pelos nossos antepassados do milénio anterior... dá é muito trabalho!

2 Comments:

Blogger Vítor Leal Barros said...

LOL...hehehe...gosto da acutilância dos teus posts..hehe

agora vou estar mais por aqui:
www.sincron.blogspot.com, ao Povo vou visitar os amigos uma vez por semana

8:08 da tarde  
Blogger AM said...

obrigado, depois passo por lá...

9:22 da tarde  

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