quinta-feira, janeiro 05, 2006

Hino (troca-se)

Numa altura em que a utilização (perdão) a rentabilização do Hino Nacional, em orquestração ao gosto da burguesia para efeitos de publicidade a uma dessas empresas de capital "híbrido" decorre sem ondas de choque na melhor "sociedade" portuguesa, "Grândola Vila Morena", sim é novamente sobre o mesmo assunto..., "resiste" à banalização dos "fluxos" contemporâneos em que qualquer coisa vale tanto como qualquer outra, e onde a separação entre "forma" e "conteúdo" parece ser um dado adquirido...
Podem, todos, canta-la, de coração ao alto, mas lá bem por dentro, rente ao estômago, e mesmo que não façam figas, quantos apertos.
Resistir à banalização... deve de ser isto uma obra de arte. Resistir ao cartão postal, à reprodução vulgar em canecas, sacos de plástico ou aventais (metáfora a despropósito de campanhas eleitorais) às versões instrumentais ou à música ambiente para supermercados ou elevadores!
Agora que já devem de ter ensinado a letra da cantiga ao próximo (qual provável qual quê?) Presidente da nossa República não querem considerar a troca?
O centro-direita não deixará de concordar, só falta convencer o centro-esquerda!