segunda-feira, março 20, 2006

Diálogo de Gerações

Ora ainda bem que me fazem esta pergunta.
1 - em primeiro lugar, e como já foi dito por aqui, não tenho o prazer de conhecer pessoalmente o GAD
2 - em segundo lugar, confesso, que certamente por desleixo, até à muito pouco tempo não conhecia os projectos e as obras do GAD de lado nenhum
3 - em terceiro lugar, afirmar que devo a descoberta (do blog) do GAD a esta posta elogiosa no C&C, onde fui parar à coisa de mais ou menos um ano e onde perdi o descanso ao ganhar este vício
4 - que só me interessei pela obra do GAD depois de conhecer o seu Blog
5 - que, como se desprenderá do que fica dito, as palavras que por aqui e ali se têm trocado com o GAD, não são devedoras do interesse de qualquer revista na publicação do seu (GAD) trabalho
6 - é (têm sido) uma agradável (porque "intelectualmente" estimulante) troca de correspondência, exclusivamente "blogueira" "posteriormente" "alimentada" pelo "mundo exterior"
7 - tenho o mesmo "interesse"... por tudo aquilo que me... interessa (seja lá o que for), de outro modo nunca teria tido o interesse em "intrometer-me" no vosso JOG cujo trabalho desconheço, e que eu saiba não está publicado em lado nenhum
8 - a "aproximação" é, foi e será sempre, da minha parte e para com quem quer que seja, totalmente "independente" de qualquer lobby; do interesse particular (que seria legitimo, mas que não é a minha "onda") em tirar "proveito" (mas com que objectivo?) dos meus despropósitos
9 – ou de outro modo não valia a pena andar para aqui a escrever as coisas que escrevo
10 - "penso eu de que"

3 Comments:

Blogger Pedro BC said...

Feliz por confirmar o ambiente "saudável" e descomprometido em que o seu blog floresce (e nós o vamos acompanhando), cabe-me só esclarecer que a pergunta que lancei apontava no sentido da importância que a divulgação de arquitectura (mais ou menos orientada por "contactos") tem no abrir de portas para aprofundar conhecimentos. Aquilo com que não posso concordar é com uma teoria de vitimismo em relação à divulgação existente, uma vez que nos caberá a nós fazer o filtro e, criticamente, avancar alguns passos sobre a porta que nos interessou abrir. Tenho, e com muita pena (também monetária) minha, inúmeros exemplares de revistas nos quais só em três paginas encontro o que as fez merecer o preço. Em muitas outras, nem essas três páginas têm uma qualidade excepcional, mas acho sempre importante a noção de um "panorama geral", sendo que esse só se constroí vendo de tudo.
Quanto ao JOG..vá aparecendo que pagar o fino da mesa ao lado não nos custa nada e até nos faz sentir uns gajos mais porreiros.

8:03 da tarde  
Blogger AM said...

saudável? a sério? eu às vezes acho isto um bocado doentio... :)
sobre a questão da vitimação, eu não quero estar para aqui armado em vítima de coisa nenhuma
"odesproposito" não é (espero eu) o espaço do pobre coitadinho revoltado contra o mundo da "divulgação existente"
é (pode ser que seja) um espaço onde se procuram "combater" alguns consensos acríticos e a "banalidade" de certos "discursos", "exprimidos" por palavras e/ou "imagens", que (sem nenhum humor ou auto-ironia) se levam muito a sério e se julgam (em causa própria) de enorme relevância para o futuro da "disciplina", perdão, para o futuro da... humanidade!!!

8:48 da tarde  
Blogger Gonçalo Afonso Dias said...

Caríssimos:
Tornei-me "bloguista" em desespero de causa...
Depois de ter sido barbaramente preso, algemado, torturado e espancado pela Guardia Civil Espanhola, no dia 13 de Junho de 2005, por andar a tirar fotografias no Centro Histórico de Pontevedra numa rua onde existe uma esquadra. (terrorista, pensaram eles!).
Fui julgado (porque recusei o acordo proposto) e posteriormente condenado a uma pena de 20€ (!), ou se preferisse cinco dias de prisão efectiva.
No meu blogue tenho um link para esta lamentável e absurda história que ainda não acabou porque não aceitei, nem aceitarei, "vender a alma".
Depois, constituí uma advogada espanhola, de Vigo, para poder recorrer à condenação.
Este "filme" ainda agora começou. O meu recurso não foi aceite. Agora ameaçam a execução de todos os meus bens se não pagar os ditos 20 €...
Eu percebo. O Reino não "pode" condenar o seu próprio sistema.
A nota de vinte pareceu-lhes uma proposta irrecusável para convencer este signatário (arquitecto e fotógrafo) "delinquente" a evitar mais maçadas e despesas. Enganam-se redondamente.
Depois de inúmeras tentativas de denunciar esta atrocidade (O Dr. Freitas do Amaral tem o dossier [dossiê, diz-se agora] numa das suas gavetas) descobri os blogues. Surtiram algum efeito. Pontual e inconsequente, porque o caso é delicado...para os chefes de redacção da dita "imprensa de referência.
"O Independente" denunciou, "O crime" também e diversas organizações de defesa dos Direitos Civis fizeram o mesmo.
A Imprensa Galega e até a Basca denunciaram o sucedido.
Percebi, com isso, a importância que os blogues têm e terão cada vez mais na nossa sociedade. Acredito profundamente que este modo de comunicação será um veículo importante no equilíbrio desta tão precária e enganadora democracia em que vivemos.
Hoje, este é um tema recorrente em muitas e doutas análises especializadas.
Contudo, cabe-nos (aos bloguistas) a responsabilidade de lhes conferir um estatuto de verdade e de liberdade responsável.
Quando criei o "Artes e Ofícios" procurei abrir um espaço onde fizesse convergir todos os meus interesses e todas as minhas paixões. Não me fixei, de modo algum, na promoção da arquitectura que faço.
Bem gostaria de ter mais tempo para dedicar a esta actividade.
Tenho pena que nem todos encarem esta forma de expressão com a seriedade que ela merece. E, se não me enganar, o tempo prová-lo-á (com ou sem J-A)...

2:00 da manhã  

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