quarta-feira, janeiro 31, 2007

BBB

Balbina Balbucia Banalidades

terça-feira, janeiro 30, 2007

A Rainha da Sucata

Meu caro F.
Quem sou eu (literalmente...) para opinar sobre o quintal do design português, a “quinta” da Experimenta ou o diabo a cinco... É tudo muito aí da “vossa” capital... No meu quintal (na minha tasca) as pessoas não sabem a diferença entre o engenheiro e o arquitecto, e não percebem nada dessas modernices com nomes estrangeiros como “Guta” e Design?
Não sei se tenho qualquer coisa com o mínimo de interesse para dizer quanto mais para escrever... Sei que como diz o sempre proverbialmente correcto povo Vencedor (com maiúscula, os campeões...), em terra de cegos, quem os tem no olho ou é rei, ou é rainha... da sucata!
Em Portugal (e até por aqui, pela nossa blogosfera...) existem umas personagens que quando se vêem primeiro, se arrogam a um qualquer e-status e depois... ai de quem os pontapeie (n)o pedestal...
Vai daí, e quando “contrariados” (os mimados), é de “assassino” (cultural) para... cima! (Parte do charme, do talento destes figurões e figurinhas, é o açaime da linguagem, devidamente convertida em “sound-bytes” alfanuméricos.)
Mas como apesar de não ter nada para dizer não paro de escrever, sempre acrescento mais alguns despropósitos em “forma-nova” de Novas Mitologias:
Um político sem “carisma” em queda – Mito da maldade congénita da política em geral e do poder local em particular... Uma beleza indignada – Mito da “virgem ofendida”... Um “consultor internacional chocado” – Mito do provinciano pacóvio... Uma página Web – Mito “choque electrónico”... E uma comunicação social acrítica, habituada (“criada”...) a pastorear nos verdejantes oásis dos corredores do poder enquanto embala uma infantil sociedade “civil” que ainda não entrou na idade dos porquês...
O cara-de-mona-lisa cortou no subsídio e a Guta esperneia.
A cultura ficou mais pobre... a cultura está de luto...
E da Guta ao Amadeo... vai um shot... quântico!
O que é que tu queres mesmo que eu comente?

A Favorita (Charlotte... às vezes)

Têm-me perguntado muitas vezes (mentira) qual é a minha casa favorita do século XX. Pois bem, a minha casa favorita, não é uma casa... ou melhor, é uma casa, mas não é uma vivenda. É um apartamento desenhado pelo arquitecto Hans Scharoun, em Charlottenburg-Norte, mais propriamente (e se querem mesmo saber...) o apartamento mais à esquerda no desenho da “planta do topo sul das fileiras situadas a sul do Heilmannring”, publicado na pág. 64 (edição em língua portuguesa) do pequeno livro da Taschen. (Não vale a pena procurarem na Arquitectura e Vida...)
A urbanização, um notável exemplo de desenho urbano moderno do pós-guerra para a reconstrução da cidade de Berlim, propõe habitação colectiva em “bandas” com desenho em “Z”, dispostas “perpendicularmente” à via com maior volume de trânsito automóvel. Estas bandas estruturam um conjunto de espaços públicos “côncavos”, com “ilhas” de estacionamento e acesso aos blocos de habitação, e de espaços públicos “convexos”, ajardinados, destinado (e para utilizar a “linguagem” da época...) ao “lazer”, num esquema alternado de grande simplicidade, mas, igualmente, de grande riqueza formal, e para a qual também contribui a variação no número de pisos ao longo de cada “banda”.
A casa é composta por um átrio de entrada com espaço de arrumos em “roupeiro” (?), um pequeno corredor de acesso à cozinha, instalações sanitárias e quartos, uma cozinha com duas bancadas paralelas com uma área de refeições junto à janela, uma instalação sanitária equipada com banheira e lavatório, e uma (outra) instalação sanitária equipada com sanita e lavatório; uma sala de estar “equipada” com uma bancada”escritório”, um quarto duplo, e, finalmente, uma generosa antecâmara “quarto de brincar”, através da qual se acede a duas “alcovas” com camas individuais, separadas (igualitariamente, e ao “meio”) por dois roupeiros... iguais. A área da antecâmara é aproximada à área da cozinha e do espaço de refeições.
O “segredo” do desenho parece estar na colocação da cozinha no centro da casa, “entre” a sala e a dita “antecâmara” e nas duas portas de correr que permitem o acesso à “zona” de refeições a partir de qualquer um destes espaços. A funcionalidade e as possibilidades de utilização deste esquema aparentemente simples são quase infinitas. Armazenar “coisas” na entrada... “descarregar” as compras na cozinha... dar um saltinho à “casinha” que estou aflitinho... chegar, voltar, ao quarto... ir à casa de banho, ou à cozinha, a meio da noite... passar pela cozinha, e “apanhar” o que faltava levar para a mesa, depois de lavar as mãos na casa de banho como eu (te) mandei... sair do quarto para tomar o pequeno-almoço (ou levar o pequeno almoço ao quarto...) e sair da sala para o jantar... chegar à mesa de refeições: o ponto de encontro e reunião de toda a família, de todos os habitantes... brincar às escondidas ou à apanhada... correr à volta da cozinha... you name it, “tender pervert”!
Uma das coisas que mais me encantam no desenho da casa é precisamente a ambiguidade, com que (quase) todos os espaços (à excepção do quarto duplo, mas mesmo assim...) são simultaneamente passíveis de serem apropriados individual e/ou colectivamente... mas o melhor é voltar a linkar o Alvar Aalto.
No essencial, a tipologia do dito apartamento, parece “replicar” o desenho da planta da casa Mattern de 1932-1934, desenvolvendo e ampliando as dimensões e as funções da cozinha, contemplando um quarto duplo, de “casal” mais convencional e/ou tradicional, propondo uma “ligação directa” evidente, entre a entrada e a sala, integrando o “escritório” na sala e integrando o espaço de refeições na cozinha.
Termino com o desenho para um apartamento T2, feito na FAUT em 1992 (?), inspirado por alguns dos muitos bons apartamentos que se projectaram e construíram no Bairro dos Olivais em Lisboa.
Semelhanças... curiosidade... ora, ora... pois. Porque será?

Os Jornalistas

Aos média só interessa o sensacionalismo e o estado de indignação permanente... mas sem consequências.
A maioria dos jornalistas da nossa praça estão para os tempos modernos como as peixeiras e as varinas (sem ofensa...) estão para a Lisboa castiça de outrora.
"Os média mentem, só não vê quem (não) quer".

"Como jornalista deparo-me diariamente com o estado a que chegou a profissão: entretenimento.
A cabeça dum jornalista medíocre funciona mais ao menos como a dum tubarão: reage à agitação e segue o rasto do sangue (literal ou figurado). O resultado é a superficialidade. Não se investiga, não se aprofunda, não se acompanha a temática, esquecem-se os assuntos... além do vedetismo, da total ausência de humildade. Os jornalistas são (somos) «especialistas» - acham (achamos), ainda que ninguém perceba que não o seja em coisa nenhuma sem ser em informação. Porém, o comportamento genérico dos jornalistas é de total desconhecimento da sua função, por algumas das razões acima enunciadas e outras que não me apetece enumerar."

João Barbosa

Link

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Notícias de Lisboa

Lapa 15

Arquitectura despretensiosa. Arquitectura "correcta" e corrente, de "acompanhamento" e ao serviço do "mercado".
Para desenjoar de tanta obra-prima...

(Nota: autores desconhecidos)

Lullaby For Hamza *

* based on the story of an Iraqi woman who gave birth to her son just as the bombs of the first Gulf War began to fall.

Dedicada ao ex-ministro da defesa Paulo Portas, o cidadão geneticamente contra o poder, amigo do seu amigo, amigo do amigo Grunhosfeld e amigo dos outros senhores amigos da guerra, por ocasião da sua participação na "Caminhada pela vida".

A vida concebida jamais será vencida...

domingo, janeiro 28, 2007

A Blogosfera

(140)

- E para tópico?
- O Trópico de Câncer.

(139)

Interior



The Revolution *

Amplifiers & old guitars
Country music sung in bars
& when she sings the revolution's near

Beauty holds the microphone
& watches as we stumble home
& she can see the revolution now

Dirt & fish & trees & houses
Smoke & hands up women's blouses
Not like I expected it would be

Bubbles pop in every size
It's analyzed & criticized
& beauty knows that it is almost here

Beauty goes to her address
She shuts the door and climbs the stairs
& when she sleeps the revolution grows

Beauty rests on mattress strings
Wearing just her underthings
& when she wakes the revolution's here
& when she wakes the revolution's here

* Look Into The Eyeball, David Byrne

sábado, janeiro 27, 2007

A Revolução

A Explicação

Uma pergunta "malandra" (como o arroz), para vocês os dois (ou mais...) se entreterem aí pelo gabinete quando não tiverem nada mais interessante (que maquetas) para fazer :)
Arquitectura, sem "explicação", sem reflexão e "pensamento", sem "teoria" se quiserem, é (ou será que pode ser) "arquitectura"?

Blog da Trienal

SNA (Serviço Nacional de Arquitectura) *

"Não vamos querer banalizar a arquitectura, mas queremos que as pessoas comecem a pensar que é tão normal consultar um arquitecto como um médico de família."

José Mateus, comissário-geral da Trienal, entrevistado por Vítor Andrade para a Actual do Expresso

* PCS

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Verrijn Stuart

The German occupation during the Second World War meant a hiatus for Rietveld. He was forbidden to continue practising his profession in 1942 because he refused to report to the Kultuurkamer (Chamber of Culture), established under the Nazi occupation in 1941, which artist of all kinds were obliged to join after producing a declaration of Aryan origin.

Rietveld houses, Marijke Kuper, 2G 39/40
No contexto da leitura do parágrafo acima reproduzido, acho extraordinário, que o texto que acompanha a publicação da genial casa Verrijn Stuart, não esboce sequer uma tentativa para analisar ou compreender o "contexto" em que o desenho da casa foi efectuado.
Afirmar que "na segunda metade dos anos 30 Rietveld já tinha construído várias casas em madeira ou alvenaria com um carácter rústico pouco usual" e que "o design é tão extravagante na sua forma que não destoaria do período áureo da escola de Amesterdão", como se o "carácter rústico" e o "aspecto extravagante" da herança da "escola de Amesterdão", não pudesse (e devesse) ser compreendido à luz das "condicionantes" das políticas Nazis para a cultura, não faz, para mim, qualquer sentido.
Sobre arquitectura e política, e sobre alguns dos equívocos ("obstáculos epistemológicos"...) causados por leituras mais "ideológicas" e politicamente "sugestionadas", do que por outras percepções que passem pela necessária atenção "fenomenológica" às "coisas" das obras, já por aqui (pel' odp) se foram escrevendo algumas coisas.
Desta feita, limito-me a propor a leitura "comparada e acompanhada" da 2G do Rietveld com a leitura do capítulo 4 (Inner exile and the house as a vehicle for spatial experiment) do Hans Scharoun do PBJ, mas o melhor é mesmo deixar-me de conversas e voltar a olhar para a casa Baensch...
De qualquer modo, os bancos curvos no exterior, da "moderníssima" casa Klep de 1931-1932 e a dita casa Verrijn Stuart de 1940-1941, são muito semelhantes...

Rietveld e Scharoun

Outras comparações, semelhanças e curiosidades entre as obras de Rietveld e Scharoun?
Os "sofás-camas" (em jeito - tombado - de chaise long) com a cabeceira orientada para a janela, cuidadosamente localizados na "alcova" do Living Room destinada ao estudo e ao trabalho... deitado.
Reveja-se a casa Székely do primeiro e a casa no Weißenhofsiedlung do segundo.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Grohe

1. Allure - Minimalismo na Forma Mais Natural

É a escolha perfeita para quem valoriza a originalidade e o verdadeiro trabalho manual.

2. Lineare - Minimalismo Emocional

Criada para pessoas com o espírito aberto, que gostam do design do século XX (...) é a escolha perfeita para casas de banho cosmopolitas e que expressam um estilo lounge. O segredo está no casamento entre o corpo cilíndrico e a bica.

3. Concetto - Minimalismo Dinâmico

... fica bem em diversos ambientes de casa de banho, desde o rústico ao urbano, passando pelo purista até ao sensual - em qualquer estilo contemporâneo...

Revista Materiais de Construção 128

Genealogias das Influências

Estes exercícios são sempre algo simplistas e muito redutores, mas, de qualquer modo, aqui fica o Link.

Adenda: "Investigue-se" o FLW... muito bem... "influenciado" por William Morris e por Ebenezer Howard... "no" Louis Sullivan, "no" Chicago (is Chicago, is not Chicago...), e "influência" (a par de Le Corbusier e de Peter Behrens...), para Mies van der Rohe.
K. F. Schinkel, nem vê-lo... e o Behrens vem por geração espontânea...
Enfim... vale o que vale... não me venham é com conversas de "cortes epistemológicos".

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Ménage

Eu, Tu, e o Gadjet.

1934











Já que estou numa de "postas-comparação", proponho-vos a comparação entre o sofá curvo da sala de estar da casa Székely de Gerrit Rietveld e o sofá curvo da sala de estar da casa Maltern de Hans Scharoun (ver foto).

Neo-plasticista convertido à "nova objectividade" meets obra pró "reacção poética" (L.C.) do talentoso modernista alemão, no prenúncio da década de todos os perigos...?

Fico à espera dos brilhantes comentários dos não menos brilhantes intelectuais anónimos de vastas leituras (e cultura arquitectónica) que por aí andam... E isto, claro, se não estiverem muito ocupados a ler Proust ou Kierkegaard...

terça-feira, janeiro 23, 2007

2 (duas)












Perfilados de Medo de "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" de José Mário Branco e To Carla, Marsha and Caroline (for making everything beautifuller) de The End Of An Ear de Robert Wyatt.

Ode aos Ratos (Operapopopera!)

Felizmente, que lá muito de vez em quando, sempre vamos ouvindo umas coisas que nos desarrumam das prateleiras...
Ode aos Ratos, de Edu lobo e do "Carioca" Chico Buarque é im-puro Tom Zé (ou, tanto se me desfaz, será que é ao contrário... o avesso, do avesso, do avesso, do avesso...)

Ode aos Ratos na versão (original) Cambaio (opera) "pop-opera"...
Operapopopera!

Tom, faz favor, faz versão.

(Give Me Back My) Name *

There's a word for it
And words don't mean a thing
There's a name for it
And names make all the difference in the world
Some things can never be spoken
Some things cannot be pronounced
That word does not exist in any language
It will never be uttered by a human mouth

Let X make a statement
Let breath pass through those cracked lips
That man was my hero
And now that word has been taken from us
Some things can never be spoken
Some things cannot be pronounced
That word does not exist in any language
It will never be uttered by a human mouth

Give me back my name
Give me back my name
Something has been changed in my life
Something has been changed in my life
Something must be returned to us
Something must be returned to us

* Little Creatures, Talking heads

Ilídio de Araújo

Na mesma revista, e igualmente a não perder, a entrevista de Paulo Farinha Marques e José Charters Monteiro ao Engenheiro Agrónomo e Arquitecto paisagista Ilídio de Araújo.
Mais precioso que fazer um amigo...

Tantos são aos momentos "altos", que optei por não fazer nenhuma citação... nem sequer para abrir o apetite.

(1944 ou 1974? Gaffe?)

SRU

... aquela sensação da dificuldade de entrar pela janela, quando o acesso pela porta se encontra francamente disponível a um mediano, mas empenhado, nível de esforço.

João Pitschieller (jurista, na área do direito do urbanismo), Sociedades de Reabilitação Urbana, Algumas reflexões; Arquitectura e Vida N.º 78

A não perder.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

( )

domingo, janeiro 21, 2007

Mitologias

Uma cidadã brasileira acima de qualquer suspeita... um lobo mau fodilhão... uma gravidez não desejada (...?) e não abortada... uma "doação" simplex!... um casal "abençoado" pela Santa Madre Igreja, mas, voilá, infertil... uma mãe (pura noiva) em fuga... um pai "sargento", fardado, a descer as escadas do tribunal purgatório, e a ser cumprimentado pelos camaradas de armas... um imbróglio jurídico seguido de uma indignação colectiva... um referendo à IVG... uma petição (justiça) popular, com assinatura de duas Ex - "primeiras damas"...

Uma criança clandestina na clandestinidade...

Posta Surrealista

A fuga,
da informação,
em segredo,
da justiça.

Incentivos à Mobilidade

Por notícia do mesmo jornal, fico a saber que o Exmo. Sr. Presidente da ERC, recebe, entre outros abonos e subsídios, "uma verba a rondar os €1000", para permanecer alojado em hotel da capital à sua escolha, por dois extenuantes dias (e noites) de trabalho em cada semana.

Hum... Seria nisto que João Proença estava a pensar quando falou em "incentivos à mobilidade"...?

A Pedra de Roseta

Hoje, o grande problema é a corrupção de Estado.

(...) ai do país que tem uma percepção tão primária, tão minimalista, tão pré-histórica, daquilo que é o risco da corrupção.

João Cravinho em entrevista ao Expresso

... como diria a outra, isto agora (já) não interessa nada. O homem está de malas aviadas, e a Procuradora adjunta está ocupada a "descodificar" as expressões "fruta", "fruta de dormir" e "café com leite"...

sábado, janeiro 20, 2007

Rosario

Olá Rosario

Há quanto tempo.... não sabia que também passava por aqui.

Concordo consigo, algo preocupante este consenso "justicialista", e a certeza com que toda a gente parece falar de um caso que deve ser ainda mais complexo do que aquilo que parece.

E já reparou como todo o discurso dos "média" parece ignorar a criança, o (difícil) bem-estar da criança, e assentou baterias sobre a "sentença", e sobre o poder judicial. (Chiça, pareço o José da GLQL!)

Viu as capas, as "manchetes" (!) do respeitável DN de ontem e de hoje? Sexta-feira: "Milhares de pessoas querem libertar pai adoptivo"; Sábado: "Mãe afirma que se dependesse do pai a filha teria morrido". O "circo" noticioso no seu... pior.

Toda a gente a botar "sentença"...

E sobre os depoimentos das putativas "ex" "primeiras-damas"… e para além dos habituais discursos "caridosos", sempre gostaria de saber o que é que fizeram de concreto para ajudar a melhorar o processo de adopção em Portugal.

Medo de expressar opiniões em contrário... isso é que não. Nunca.

14.000

Sobre o "caso" que está a abalar a já de si abalada confiança na justiça portuguesa, dizia-me ontem a L., que o número de crianças institucionalizadas ("recolhidas" em instituições), é equivalente ao número de reclusos existentes em Portugal.

Sem comentários.

Danger in the Past

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Garantia de Qualidade

"A escolha do arquitecto Souto de Moura é uma garantia de qualidade" explica o presidente do município, Castro Almeida.

Souto de Moura redesenha centro de São João da Madeira, Sara Dias Oliveira, Público

A Suspensão dos PDM

O Público de hoje notícia que o "Governo suspende(u) mais um PDM para viabilizar investimentos". Depois da suspensão do PDM de Paços de Ferreira (fabrica IKEA) e do PDM de Vila Franca de Xira (Plataforma Logística da Castanheira), chegou a vez de suspender o PDM de Loulé para "permitir a concretização de um projecto hoteleiro" de "requalificação da oferta turística"... No "horizonte" (Alqueva "oblige"), a suspensão do PDM de Reguengos de Monsaraz.

Na opinião de Nuno Grande da Quercus, "quem respeita os planos é prejudicado e quem tem dinheiro altera-os", e na opinião de Gonçalo Gomes do núcleo do Algarve da Liga para a Protecção da Natureza, "parece que existem regras para filhos e outras para enteados".

Parece, não parece?

Autonomia do Poder Local... Os PDM como instrumentos democráticos, de planeamento e gestão do território... "Nevermind"...

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Deixa-me Rir

2012? "Oratão" não era para 2007?
Periodo razoável de adaptação? Ah, reformista!

Via Complex...

A Receita *

Escolha um livro de Le Corbusier com moradias da década de 20 (do século "passado"). Folheie do princípio para o fim, de trás para frente e de pernas para o ar… o livro. Copie. Junte umas gramas de "arquitectura modernista" (da "pura") de arquitectos "sortidos" (os sortudos...) devidamente conceituados e consagrados entre a crítica e (o que é a mesma coisa...) a academia. ("Adicione" um arquitecto politicamente ambíguo ou com fama de fascista). Regue tudo com paleio estruturalista ou (tanto faz que vai a dar ao mesmo...) pós-estruturalista, segundo (e seguindo) as modas intelectuais do zeitgeist, que é como quem diz, do que "estiver a dar"... prestígio e lucro.
Projecte umas moradias "ideais" com "sentido de design", para clientes da "alta", em sítios "altos" e (como os clientes) com vistas "privilegiadas".
Concorra a concursos com o "seu", "novo", "estilo", "inconfundível", como diria o outro... Está (quase) no papo!
Repita as vezes que forem necessárias. Repito. Repita as vezes que forem necessárias...
Repita. (Vá lá, seja... coerente).
Leve a lume (brando...) em “banho-maria” (pode sempre voltar a aquecer, mais tarde... no micro-ondas).
Agite (pouco...), não faça ondas. Mexa (pouco...), não deixe empolar...
Não mude de receita... independente mente da fruta de época ou do preço das vírgulas. (E acima de tudo, não abra parêntesis... sem os fechar).
Rectifique o tempero. Fique recto. Fotografe... antes de provar.
Espete com o palito. Sirva a gosto, quente, que é o melhor mês.

* A receita ou, "Escancarai as portas da percepção a Richard Meier".

Para o João

Referendo

Andava para aqui com algumas dúvidas quanto ao sentido do meu voto no referendo que se aproxima, mas graças às movimentações de campanha de alguns dos movimentos pelo "Não", já me decidi.
E ainda há quem diga que a campanha não está a ser esclarecedora.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Bouvé

Delijaicov

Alexandre Delijaicov entrevistado por Ana Sousa Dias na RTP 2.

Mais informações na Revista "arte & construção" N.º 194 (Dez. 2006) que "aterrou" ontem na minha secretária, graças à "operacional" PB.

O arquitecto paulista (paulistano?) esteve em Portugal "a convite da Ordem dos Arquitectos, para transmitir a importância da produção colectiva no desenho da cidade."
No boletim "Arquitectos" não dei por nada, mas também com aquele grafismo... Vamos esperar pelo JA...

Mais informações sobre os CEU (Centros Educacionais Unificados) por Renato Anelli no Vitruvius.

Inspiracional!

terça-feira, janeiro 16, 2007

Tróia (Back to Paradise)

Cada um de vocês terá a sua Tróia... eu pelo menos tenho a "minha" Tróia... memória.
Esta será a Tróia do Homem Xoné, com torres "implodidas", marina ("porto de recreio"), casino "flutuante", "poças" orgânicas e caminhos "pedonais", serpenteantes, em madeira...
... enjoy!

A Arquitectura dos Museus

Nada de muito novo, mas vale a pena ler este artigo de Gemma Tipton.

Não morreu ninguém...

Kevin Cooley

Serviço Público, no Formiga.

Talking With The Taxman About...

... Poetry

segunda-feira, janeiro 15, 2007

The Specials

domingo, janeiro 14, 2007

Slimslide (A Arquitectura Cueca!)

"O projecto com a assinatura do arquitecto Paulo David", para uma moradia no Funchal, faz capa do espaços & casas do Expresso de ontem. No interior, o texto de Marisa Antunes intitulado "Aquela janela virada para o mar" fala (pouco) sobre a obra e (muito) sobre o "modelo de caixilharia de alumínio da SAPA Portugal, o Slimslide, (...) concebido (...) em parceria com o arquitecto Souto Moura", para "janelas limpas, quase sem caixilho (...) que corresponde(m) (...) cada vez mais (...) às expectativas dos arquitectos".
Ontem, ao final da tarde, no "Magazine Imobiliário" da Sic Notícias, e a propósito da obra de um restaurante (?) na praia do Meco (?), voltou a referir-se o mesmo produto...

Nada tenho contra a obra (e muito menos "contra" a pessoa) dos (dois) arquitectos, ou, "naturalmente", contra a "multinacional sueca", mas aborrece-me que a divulgação de arquitectura possa andar a reboque das (legitimas e inteligentes) estratégias comerciais de divulgação de novos "produtos". Aborrece-me ver o discurso sobre arquitectura reduzido aos consensos alargados sobre os "caixilhos-assinaturas" para "janelas limpas". Tudo muito "jovem" e "fashion" e carregadinho ("prenhe") de "sentido de design"! Tudo muito vazio (muito cheio de nada), mas muito correcto e "bem educado"... um discurso que parece fazer as delícias de tantos...

Aborrece-me a arquitectura "design", com caixilharias Slimslide, ferragens Siza Vieira, torneiras Arne Jacobson, etc. Aborrece-me a arquitectura cueca, "tipo" ("design") Calvin Klein!

Abaixo a (arquitectura) cueca... é a hora!

O Providencialismo

NBS no DN, com tudo o que há para dizer sobre a telenovela em que se transformou o "caso" Paulo Macedo.

sábado, janeiro 13, 2007

Portugal na CEE

Mas qual é o espanto? Então o meu caro amigo ainda não percebeu que o que é bom para a União Europeia, não é suficientemente bom para Portugal? Veja-se, no Público de ontem, a notícia sobre as "reservas" do PS à transposição para a legislação portuguesa, de uma directiva da União Europeia sobre corrupção, pretendida pelo deputado João Cravinho.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

O País das Autarquias

Reconhecendo que, fundamentalmente é o "país das autarquias" que constrói ou destrói Portugal, as experiências politicas dos subscritores desta moção traduzem as dificuldades manifestas em concretizar, no seio dos executivos camarários, a cultura urbana e arquitectónica, de forma a incentivar a qualidade da arquitectura e da paisagem, tanto no meio urbano, como rural, aliás de acordo com o recente Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território.

Moção B: Os arquitectos e a política, por uma intervenção abrangente e eticamente responsável dos arquitectos portugueses.

"Arquitectos", N.º 168, Janeiro 2007

Corta-Relvas














Mrs. Borg's Voice:

(...)

He used to cut my grass...
He was a very nice boy...

Central Scrutinizer:

(...)

Yes... He used to be a nice boy... He used to cut the grass... But now his mind is totally destroyed by music.

He Used To Cut The Grass, Joe's Garage Acts I, II & III, Frank Zappa

Sexta-Feira

Bem gira, por sinal. E Sexy, a Pixel.

Fase Animal (Urso-formigueiro)

No Vila Utopia, imagens e plantas das moradias para os lotes 1 e 2 da autoria do arquitecto Eduardo Souto de Moura. Nas palavras do seu autor (citado por Pedro Farinha no Público Imobiliário de hoje) "estas casas parecem-se com um urso-formigueiro!" Depois da "mosca"... temos "fase"? Eu gostei muito... dos volumes e das sombras, e dos diversos "pormenores" na organização dos espaços. As moradias são "compactas" (Moneo) e urbanas, e parecem-me ser confortáveis e habitáveis. ("A vida é real", nas palavras de Manuel Vicente). A separação da sala de refeições (anexa à cozinha) da sala de estar, acho "curiosa"... anti moderna e anti "living-room"... e diferente de muitas outras casas do mesmo autor. Gostaria de lê-lo ou ouvi-lo sobre esta questão, sobre esta opção de "desenho". No projecto para o lote 1, apeteceu-me desarrumar (desaprumar) as escadas e inventar outros e diferentes caminhos. Diferentes maneiras de descer à cave, de subir aos quartos, e de subir, e de descer, ao piso "nobre".
Voltando ao início da posta e à conversa sobre a "fase animal"... repare-se na "repetição" de algumas das soluções do projecto "mosca", efectuadas sem qualquer sinal de "fadiga", de "enfado" ou de auto-paródia. É feito.

A Azinheira Grande de Fátima

"A "azinheira grande" (...) de Fátima foi classificada pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF) como árvore de interesse público."
"A azinheira grande tem um diâmetro médio de copa de 17,9 metros e uma altura de 13,5 metros, mas foi sobretudo o seu simbolismo histórico-religioso, ligado às aparições de 1917 que a tornaram credora do novo estatuto de que passa a usufruir."

Manuel Fernandes Vicente, Público Local

Fora do Estado

Fora do Estado existem apenas os que enriquecem com o Estado: os grandes escritórios de advogados, as principais empresas da construção civil, a generalidade do sector financeiro e a maioria dos grupos económicos, dependentes da simpatia dos governos e do valor das contrapartidas.

Os maiores portugueses, Constança Cunha e Sá, Público

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Humorista # 2 RAP

I sing the song because I love the man
I know that some of you don't understand

The Needle And The Damage Done, Harvest, Neil Young

... recordação de uma canção bela e triste sobre... o amor fraternal, a despropósito da magnífica entrevistas de Ricardo Araújo Pereira a Judite de Sousa na RTP 1.
O maior português de sempre... o que é que isso me interessa. Os outros estão mortos... e a esperança é a última.

Humorista # 1 Péricles

A Turma do Jaguar

A assistir à primeira parte do concerto dos The Fall no CCB, a "cargo" dos portugueses Jaguar, estavam alguns Punk's Old School (a sério, com "cristas" e tudo, parecia que estava em Londres em 1978...), outros tantos "clones" da não menos Punk Siouxsie (& the Banshees), gajos "afectados" (acho que eram arquitectos...), estrangeiros de passagem por Lisboa (ou seriam daqueles que "per-seguem" o M. E. Smith para todos os concertos?), eu e o meu amigo PP e mais algumas tias (mai-los respectivos esposos...) a arejarem os também respectivos casacos de peles. O meu amigo PP não gostou dos Jaguar. Achou igual... nem carne nem peixe... "indistintos"... e pouco indie-tintos (pouco tintos para "indies"), suponho. As tias e os maridos e os casacos de peles, não ficaram para o prato principal. Saíram ao intervalo, depois de ouvir os Jaguar, e, atrevo-me a dize-lo, ainda bem que o fizeram. Não quero nem imaginar o que lhes poderia ter acontecido durante o concerto. O MES é intimidador e tem a fama (e o proveito) de mau-feitio. O meu amigo PP disse que o nome da banda, deve de ter tudo a haver com a marca dos carros dos papás, mas eu não quero crer, eu não posso crer, que assim seja.
São de Castelo Branco - Castelo Branco. O género (sempre) é indie, e o estilo, cito (como o Ratz), electrónico. São 6 - 6 Jaguares.
Forjados com a melhor fibra musical do globo afirmamos com certeza que Jaguar é uma banda sem precedentes em Portugal.
... e diz que têm uma "vertente roqueira".
É preciso ouvir!

Mandar Vir












Em busca do tempo perdido, recuo a 1980 para ouvir o Kilimanjaro dos The Teardrop Explodes, um disco que soube, como poucos, "apanhar" o ar dos tempos por alturas da mudança da década.
Música ("electro pop meets punk meets psychedelia") "Nova Idade", para a década nova.
Música pós The Jam, Specials, e Joy Division, apenas para citar algumas das melhores bandas do final dos setenta e princípios dos oitenta, com "ecos" de The Stranglers, Associates, Haircut 100, Adam and The Ants... e também dos nossos GNR.
O CD recupera a "original running order" (aspecto fundamental em qualquer reedição que se preze) e oferece em bónus, as "extra track" do mini álbum japonês (que divertidos e bem humorados, estes Japs), Kirimanjalo :)
Como o seguinte Wilder, não lhe fica muito atrás, o melhor é alargarem os cordões ao cartão de crédito e "mandar vir" os dois ao mesmo tempo!

Balada da Praia da Falésia Betonada

Com um pedido de denúncia do amigo V.F. do Textos para Tudo, aqui se reproduz o Link para a "Praia da Falésia Betonada".
Guia prático para transformar o paraíso no inferno em menos de 40 anos de exploração, perdão, de desenvolvimento turístico.
À consideração... bem, de todos... mas muito em especial, à consideração dos autarcas dos concelhos do litoral do país com praias... com falésias...

quarta-feira, janeiro 10, 2007

A Bisarma do Largo do Rato

No RandomBlog, Link para ver, os "Novos projectos para Lisboa".
Sim... As torres... mas pela minha parte, o destaque vai todo para a Bisarma do Largo do Rato, da autoria da "parceria" Frederico Valsassina + Aires Mateus e Associados.

The Cowardice of Subtle Barbarism


















Francis Picabia

Lick Shots *

Ugh, Ay yo Timberland, see what they don't understand
Is we about to flip our whole style on 'em for two double zero one (Ay!)

And for those of you who hated (Ay!)
You only made us more creative

* ...so addictive, missy elliott

Ópera do Falhado

Perhaps there is more to admire in failure and the failed. Perhaps, in the uncompleted or the rejected lie the seeding of genuine originality. Maybe the fragmented life contains moments that remain untainted by the rounded, sanitised ordinariness of completion. If so, here's to glorious failure, to the attempted but discarded, to the misunderstood, the rejected and the dispossessed. Here's to those who aspire to nothing, who forge their own criteria and reject the expected. Her's to the on-going struggle, and a pox on all those who feel they've "achieved".

American Supreme, Suicide

Barulinhos Bons




terça-feira, janeiro 09, 2007

Iguais aos Outros

"Nós somos o que somos, e bastantes bons quando trabalhamos nesta condição, com os meios que temos, com o que sabemos. Quando queremos ser iguais aos outros, quando queremos ser holandeses, suíços, o que acontece é a caricatura (...)"

Pedro Maurício Borges, Arquitectura e Vida, N.º 77, Dezembro 2006

Ora, é mais ou menos o que eu ando para aqui a dizer há um porradão de postas, mas como PMB ganhou o Prémio Secil, pode ser que lhe dêem ouvidos. Agora, não basta dize-lo... é preciso... "exerce-lo", até porque, e na prática, o projecto para a Capela de Santa Filomena, Lugar de Netos, Ferreira-a-velha, Figueira da Foz, que (rima e é verdade) "ilustra" a entrevista, não anda muito longe das "sensíveis" e "telúricas" arquitecturas suíças e holandesas. Também é "Chã", i é Siza (ie, ie, ie), mas o pequeno cubo com cobertura inclinada de duas águas, proposto para a Capela, não "descola" da condição (escrava) da abstracção, comum a quase toda a arquitectura (posta) "corrente", conforme analisada por JF. Se o objectivo é, como parece ser, o tão reclamado "diálogo", em forma de "vanguarda popular" (MGD...), com o "real", e neste caso em particular, com as moradias sub-urbanas, ou "sub-rurais" que lhe "compõem" a paisagem mais imediata, lamenta-se a falta de ambição do exercício, lamenta-se a falta de um "vocabulário" mais denso que "subisse ao (coração do) povo", antes de se elevar nas alturas da sua função, para maior salvação das almas...
Falta a esta arquitectura, e para citar o outro, fazer uma (auto)-crítica à poupança dos signos.

Conclusão em jeito de prescrição: uma dose (em injecções) de Luís Cunha.

(... enquanto isso, do outro lado da barricada, o jovem império da progressiva diacronia contra-ataca...)

Sweet Dreams Security

O Rei na Barriga

"E não se pode criticá-lo?"
Será que já não se pode manifestar uma opinião contrária e "diferente" das aborrecidas (e muitas vezes hipócritas...) lengas-lengas do "nacional-porreirismo" da arquitectura portuguesa?
Transportar para o espaço público (da blogosfera) a divertida má-língua do linguajar informal dos ateliers e restantes tascas...
E criticar (por criticar...), pura e simplemente pelo "gozo" (ou sado-sofrimento...) que isso me possa provocar... posso?
Por acaso o trabalho do atelier Guedes Cruz, é alguma vaca sagrada?
(Nem que fosse o Siza...)
Ou será que os novos censores, sentem "ansias" de entidades reguladoras e só se sentem tranquilos com o risco azul da auto-censura e da censura alheia?
Uma questão de carências...

Shulman, etc.

Shulman seems to see modernism as exuberant, not austere. His most famous picture, which shows two elegantly dressed women sitting in a glass-walled house by the architect Pierre Koenig, cantilevered over the lights of Los Angeles, is to mid-century modernism what Monet’s paintings are to Gothic cathedrals. He doesn’t like the way most architectural photographers shoot empty buildings. “Why is there such a fear of using people?” he said. “Richard Neutra was always furious if I used people in pictures of his houses—he was afraid they would overpower the architecture. But my photographs show babies and cats and dogs and children. Why not? It makes it interesting to connect it with the life.”

NY, via Formiga, em jeito de continuação desta posta do João, e, já agora, desta minha posta (link) sobre (a história da) fotografia de arquitectura.

A Admirável Beta do Restelo e o Bacamarte do Gabion

E por falar em Betas, já viram a posta do Barriga, com a Beta do Restelo!!! Pelo amor de todos os deuses da arquitectura... mas que raio de bacamarte!!!
... solução invulgar (no quê?) (...) integrando elementos aparentemente rudes (sim, sim, aparentemente...) com um sentido de design (!) que lhes confere uma leveza (leveza, Gabion!?) admirável. Admirável.

Out Of Beta

Typical me...

segunda-feira, janeiro 08, 2007

O Interesse...

Ministérios da Agricultura e Ambiente criam "equipas", para "acautelar o interesse da empresa" !!!

Onde estão os liberais quando mais precisamos deles?

(Já quanto aos aspectos "ambientais" da questão, à polémica entre a Quercus e Basílio Horta, e quanto às declarações deste último, não anda (não para) por aí ninguém com talento suficiente para escarninhar do insuportável ministro-sombra do ministro Pinho (ou será ao contrário...), o Sr. "agente do investimento"?
É que já não se aguentam estas alianças PS-CDS entre os partidos do auto-nomeado "arco do poder". Coligação para 2009? Volta Limiano!)

2G Rietveld














Dando continuidade à óptima tradição de fazer publicar edições com as moradias de alguns dos (simultaneamente…) mais “centrais” e “marginais” arquitectos do século XX como Schindler ou Coderch, a revista 2G acaba de editar um número duplo (39/40) dedicado às casas de Gerrit Th. Rietveld.

Se gastaram a cheta toda com as compras do natal ou com o “reveillon”, o problema é vosso!

domingo, janeiro 07, 2007

Remix












I am a DJ
I am what I play
I've got believers
(Kiss-Kiss)
Believing me.

(David Bowie/Brian Eno/Carlos Alomar)

D.J., Lodger, David Bowie

sábado, janeiro 06, 2007

The Departed ("Re-visão")

Fui (re) ver o The Departed (Os Abaladiços...) do Scorsese. Ou melhor dizendo, os rapazes (e a rapariga) vieram visitar-me a mim, à minha terra.
Scorcese menor? Que pedante... Não devia estar bom da tola!
A história, que já conhecia, não perdeu nenhum do seu interesse e "suspinse", mas o melhor, o mais gratificante, foi dedicar a "revisão" do filme aos (divinos) pormenores. "Apanhar" as referência ao John Lennon, apreciar a banda sonora, a duração (e a montagem...) dos planos, a coreografia dos corpos dos actores e dos movimentos de câmara, a riqueza da composição e dos "segundos" planos... E a luz da cidade, e a "fotografia"...
No "estremecimento", pelo menos, acertei.
The Departed, um filme de Martin Scorsese. É quase redundante, chamar-lhe obra-prima. Até à próxima...

Reposição # 2

Reposição # 1

Reportagem no "Magazine Imobiliário" da SIC Notícias sobre a construção da Sede dos Náufragos Europeus e dos Tóxicos Burocratas de Bruxelas na Ribeira das Naus...

I can't get no...

A "insatisfação na arquitectura" faz capa do caderno Emprego do Expresso de hoje. No "interior", num texto assinado por Mariza Antunes e baseado ainda nos resultados (cá está...) do famoso inquérito (e eu não sei como é que os três críticos do Público se esqueceram deste importante acontecimento, que marcou, indelevelmente, a "paisagem" da arquitectura portuguesa no ano da graça de 2006...), afirma-se que "conseguir um lugar ao sol no mundo da arquitectura não é fácil. A "cunhocracia" impera e os ordenados não são aliciantes". "A questão remuneratória revela-se negativa no geral, pois 80% dos arquitectos aufere, em média até 2000 euros brutos por mês."
... 80 % dos arquitectos aufere (até...) 2000 euros por mês... É o delírio!
"Temos, no entanto o compromisso público do ministro do Ambiente de que, pelo menos esta questão (a revogação do 73/73...), ficará resolvida ao longo deste ano" sublinha Helena Roseta.

I can't get no:

a) satisfaction
b) job...
c) 2000 euros

O sorriso é sereno...

Voids

A Trienal de Arquitectura de Lisboa (Lisbon Architecture Triennale 2007), dedicada ao tema dos Vazios Urbanos (Urban Voids), chegou à net!
O concurso de ideias para intervenções na cidade de Lisboa está aberto (como os bares) a "Cidadãos e Arquitectos"...
Odp dá uma "forcinha" à divulgação e promete ajudar à festa.
Everyboby (todos os corpos),
Todos, ao vazio!

ESPAP, Será que quis dizer espaço?

Alguma coisa está muito podre neste nosso Reino da Rinamarca (volta Borat), quando o segundo "classificado" da Pesquisa Google para ESPAP, é... este! Os três lugares do pódio, vão para os meus camaradas ("colegas, são as putas!") dos blogues "beicinho" (medalha de ouro) e "insustentável" (medalha de bronze), ambos a jogarem na equipa do blogspot. (Por equipas, foi uma razia, Pereira!) O Avante, é sétimo, e o diário digital, oitavo...
É a (força da) blogosfera... MST!

Operação de Branqueamento da Reputação de Mr. Barroso

Maldade # 2

O gigantesco par de cornos espetados na lareira, por cima de cabeça da pobre da Patsy Cline, a cantar o clássico Crazy...

Maldade # 1

Tirone Nunes e Raúl Lino, na mesma posta...
É que se não é parece...

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Conquilhas















Soa a português, logo temos medo, nojo, comichão.
Soa a povo. E nós odiamos o povo.


João Bonifácio, Y, Público

(Live It) Off The Wall

E agora, para todos os que vivem das paredes (e não só...),
Off The Wall, o clássico (esqueçam o Thriller...) de Michael Jackson.

So tonight gotta leave that nine to five upon the shelf
And just enjoy yourself
Groove, let the madness in the music get to you
Life ain't so bad at all
If you live it off the wall
Life ain't so bad at all (live it off the wall)
Live your life off the wall (live it of the wall)

Peço desculpa... era isto, ou uma posta sobre o Homem-Aranha...

Os Caminhos da Crítica

"Fica a sugestão aos críticos: comprem um carro e façam a rodagem do mesmo. Houve um senhor que com este expediente ficou 10 anos a morar em S. bento." JMAC

... e mais 10 em pousio... e agora está de volta para mais 10... mas como diz o outro, isto agora já está tudo (de) bem (ai não, isso é o Trocas-te!) com a esfinge...
Derivei, mas com tantos Entroncamentos e desvios (à esquerda) e caminhos (rurais) mal frequentados, o que é que se espera?
Um carro? Eu diria que os nossos críticos de arquitectura (e os nossos arquitectos) estão a precisar de um veículo todo-o-terreno... mas a "nossa" gente só sonha com TGV's p'ra Madrid, com "premieres" do IAPXX em Barcelona, e, agora, em 2007, com "Trienais" no Parque das Nações!
De resto concordo contigo, são sempre os mesmos nomes. O ASV com o pavilhão da Coreia do Sul e com as piscinas de Barcelona, assim como o Metro do Porto do ESM, não discuto, mas o Jorge Figueira a falar nos MGD+EJV e JLCG, parece ser uma coisa muito lá de casa… Depois logo vês a lista com os sete magníficos!

Resultado...

A mensagem presidencial, tão minuciosamente interpretada e tão intensamente celebrada, não é mais do que um piedoso rendilhado de banalidades de que ninguém se lembrará dentro de alguns meses. O Presidente quer "resultados"? E quem é que não quer resultados?

A mensagem presidêncial, Constança Cunha e Sá, Público

Balanço (Arquitectura Portuguesa 2006)

Balanço da arquitectura portuguesa em 2006, no Mil Folhas do Público de hoje.

Ana Vaz Milheiro ("Depois da arte pública"), "disciplinar" e optimista, analisa (entre outras) a obra do Metro do Porto de Souto de Moura (e outros) à luz da "objectividade" (aspas no original) da "reinscrição disciplinar" na "cultura de projecto" (idem), e do "ressurgimento" do arquitecto enquanto "produtor de cidade".
Jorge Figueira ("A arquitectura portuguesa existe"), igualmente "disciplinar", mas num tom mais céptico que AVM, constata o desinteresse dos "poderes públicos", pela "força cultural" e de "produção de riqueza" (aspas no original) da arquitectura.
O mesmo autor, depois de enlencar um conjunto de nomes bem conhecidos, Byrne, MGD+EJV, ESM, ASV, JLCG e (por via da participação na Bienal de Veneza) Pancho Guedes ("autor de um percurso singular que ainda não foi devidamente celebrado entre nós"), aos quais faz corresponder diferentes "maneiras" (de "estar" na profissão, dir-se-ia), termina a afirmar e a perguntar: "a arquitectura existe. Quem quer pegar nela?".
Ricardo Carvalho ("Em câmara lenta"), mais "crítico" e pessimista, "percepciona" a "progressiva diacronia (da arquitectura portuguesa) com o panorama internacional", mas não sem também mencionar, que (também) lá por fora, o tempo (pós 11 de Setembro) é de abrandamentos na "veloz e (por vezes pouco trabalhada)" arquitectura da década de 90 produzida "pelos escritórios de dimensão planetária como o OMA de Rem Koolhaas e o colectivo Herzog & de Meuron." No mínimo, curioso, este desencantamento dos novíssimos da geração X e Y com os gurus dos anos noventa, e o destaque e a "importância" atribuída à obra do Pritzker de 2006, Paulo Mendes da Rocha.
Fica a sugestão de leitura.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Balancete

Em 2006 odp revelou actividade fiscalizadora continuada e crescimento sustentado, fruto (maduro...) da assinalável dinâmica empresarial e (na falta de outros em préstimos - no fundo, perdidos...), de um enorme investimento pessoal, em postas alegres, anti-fascistas e anti-revisionistas.
Revelou igualmente, uma tendência para um acentuado arrefecimento (nocturno) de última hora, em consequência da previsível estagnação estival dos mercados, da alteração dos hábitos de consumo na hiper-teia (cadeia, Blogocoisa), e da redução da procura.
Sinais (de fumo...) optimistas para 2007: a penetração em novos mercados e a consolidação da (falta de) estratégia.
Os comportamentos erráticos na (minha) bolsa, os investimentos (sem retorno) e o aumento das importações (Amazon, etc), irão (ou não, Irão?) ser afectados pela diminuição da liquidez e do cash-flow. A balança de pagamentos, será equilibrada, com a exportação das postas expelidas e com a conquista dos já referidos, novos mercados, a penetrar (mais tarde...) e com uma ó-pá! hostil, perdão, “não desejada” (como as gravidez-es-z-z-z...), a um blog concorrente.
O negócio é a alma do segredo.
“Com os pós-modernos, nada perdemos, mas também nada investimos...”
"Só queria chegar à (seguinte) conclusão: subscrevam Dada, o único empréstimo que não dá lucro nenhum." *

Heróis

Chuck Norris? Na natureza (humana) nada se perde, nada se cria, nada se transforma... tudo se vende. Diz que é a Lei da Conservação das Massas...

Trilogia de Arquitectura Moderna em Aveiro













No Obvious, trilogia de (uma, duas e agora, três) postas sobre a arquitectura "moderna" do século "passado" na cidade de Aveiro (tenho ideia de que já aqui falei disto...), com um "presente" (O.K., dois), para agradecer as postas do BJr e do Seven.

Loop # 2

Pijama: penso que pontualmente, no espaço, ou no tempo, também pode caber à habitação construir excepções nessa tal massa homogénea de que falas.
Corto e adolfo: Percebo mal as vossas preocupações... a tal classe social "fixe" (e eu sei lá quem é que vai querer habitar aqueles duplex...) ainda não chegou e vocês já estão preocupados que a moda do "regresso à cidade" passe e que "eles" se vão embora? Enquanto esperam pela "regulamentação" e por regulamentos que nunca serão suficientemente abrangentes ou consensuais, vão caindo os centros históricos!
E eu prefiro estes empreendimentos (que não me parecem nada ser de "pato bravo"), do que a merda kitch, neo-qualquer coisa (em Lisboa é o chamado "estilo Lapa"...) que todos conhecemos.
Aqui em baixo, é a praga (o nojo) do "tipicamente alentejano".
Já me alonguei, abraços para todos, e... Finos.

Outro comentário a Modernices, a posta do Pedro BC no JOG sobre o Loop.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Simpático

"Continuo a achar-me muito simpático."

Tristan Tzara, DADA manifesto sobre o amor débil e o amor amargo

Intellectual Depression

Muito Barulho por Nada

Novo Link na coluna da direita, para o Blog "Muito Barulho por Nada". Um Blog generalista com uma saudável fixação anti-Insurgente.
Como dizem na minha terra: Maravilha!

E por falar em Arouca...













Já soube, mas não tomei nota...
Se alguem souber o nome do autor... que dê um paço em frente.
Assim, em "pequeno", não conheço melhor.
(Falta dizer que "escapou" do IAPXX...)

El Regresso Del Comentador Compulsivo...

Suspeitos?

Cavaco # 1 e Cavaco # 2 (o que é que querem... há quem passe a tarde nas compras e os que passam à tarde, pelas caixas de correio... e o Cavaco, é um "must"!) e a juventude abortiva pagadora de propinas. ("abortei" a linguagem!)
... Nem a posta Amadeo, escapou!

(só mais uma...)

terça-feira, janeiro 02, 2007

O Pior de 2006

Vírus ("Directamente do Bidé")

Olha, outro comentário... (é o que esta coisa dos auto-links, tem de mais engraçado... o achamento de uns comentários "fora-do- tempo", perdidos por essas postas-fora...)
Moi (nosotros Vítor e JMAC), um Vírus?
Candidaturas? Obrigado, estou vacinado!

A Arquitectura no Pinhal














Por esta altura e a postas tantas, espero ver reconhecido "o meu livre pensamento" e a "distância crítica" que me separa das novas (velhas) arquitecturas cúbicas das "virgens brancas" em "levitação", mas estas, que aqui em cima (numa das fotografia de hoje à tarde) mal se a-mostram, acho curiosas.
A arquitectura é do Promontório, mas o meu juízo sobre as criaturas, é anterior à "descoberta" dos seus autores, e não foi "afectado" pelo muito respeito e (quase) igual admiração, que o seu trabalho me merece.
Por uma vez os volumes em suspensão e aquelas "falhas" no desacerto entre os diferentes pisos, jogam a favor da arquitectura, ao "reproduzirem" a experiência (da hora) "obliqua" das sombras no pinhal... (E é mesmo bom que "reproduzam", porque, normalmente, e no final destas "operações", os "originais", os pinheiros... viste-los!).
O pior dos projectos são as plantas... mazinhas, mazinhas... todas "ortogonalizadas" e cheias de estilo... com o piso térreo "social" em "open-space" (cozinha incluída) e com umas circulações tortuosas, às voltas de uns quartos sem história, no piso superior. O menos mau, acho eu, ainda é o T4... mais "proporcionado"... e com uma "suite" que faz jus ao nome (mas sem nenhum buraco - promiscuidade - para espreitar o espaço da piramidal (?) clarabóia sobre a mesa de refeições...).
A entrada (a semelhança das duas moradias algarvias de Ricardo Bak Gordon) é de "chofre", ora agora estás lá fora, ora agora (já) estás cá dentro, e faz-se por uma buraco igual (só que mais pequeno...) que os buracos envidraçados (reparem como evitei, com enorme subtileza, falar em portas e janelas...). As escadas, são emparelhadas.
As implantações dos projectos tipos (por tipologia) são preguiçosas. Os volumes balançados sobre as piscinas nas moradias de tipo T3, por exemplo, orientam-se indistintamente, a norte ou a sul, indiferentes à "posição" do sol e às necessidades (ou não) de sombras.
"A arquitectura (vejam lá se percebem esta...) é um valor". Enfim, eu até já tinha escrito que gosto...

Loop

Na mesma revista, e no âmbito de um (dossier) "Especial" sobre a Porto Vivo (a mãe de todas as SRU - Sociedades de Reabilitação Urbana...), publica-se uma reportagem sobre os projectos de arquitectura para os edifícios Loop e Pateo Bonjardim, com "coordenação" do arquitecto Pedro Gadanho e "supervisão" dos arquitectos Pedro Machado e Célia Gomes do a.s* - atelier de santos.
O arquitecto Pedro Costa é certeiro no "diagnóstico" crítico, quando afirma que "se a arquitectura portuguesa se debruçasse menos sobre a sua tradição recente (coisa ensimesmada, que só quase diz respeito aos arquitectos); e tivesse em conta a análise prévia das questões, problemas e potencial de cada uma das oportunidades de intervenção que lhe são oferecidas, talvez o projecto do Loop não parecesse assim tão solitário naquilo que se propõe"; e igualmente certeiro, quando (modestamente) afirma, que a solução encontrada não tem "qualquer tipo de ambição em ser revolucionária"
Revolucionária ou não (e teríamos que perder muito tempo, para definir essa coisa de uma "ambição revolucionária" em arquitectura...) o projecto agrada-me. Os "mínimos" apartamentos T1 em duplex, tem a ambição, máxima, de proporcionar aos seus utilizadores a experiência que só a arquitectura sabe oferecer; e o dinamismo da fachada (urbana...) é das coisas mais divertidas que por cá se viram nos últimos tempos. A ser construída, como se deseja, será um marco (um "ícone"...) na paisagem urbana da cidade do Porto, e um forte pontapé... nas canelas, na modéstia do modesto lugar-comum, da "arquitectura de acompanhamento".
Loop... great leap forward...
Le corbusier on Acid!

Actualização: Link Loop, via Pedro BC no JOG

Não sabias? (Ah, ah ah, não sabias!)

Eduardo Capinha Lopes conquistou a pulso o destaque e o prestígio que goza hoje entre os seus colegas arquitectos.

Joaquim Pereira de Almeida, revista "Imobiliária", ("Negócios, Arquitectura e Habitação"), N.º 172, Dezembro 2006

Entrevista (e capa...), a não perder.

segunda-feira, janeiro 01, 2007

77














2007, 30 anos depois (volta, Guterres...) de 1977.
77, um ano de muitas novidades e de muitas obras-primas, na história da música popular, e o ano da machadada final no pretensiosismo do "prog".
2007, um ano propicio a comemorações, reposições e re-edições "especiais".
Talvez isso nos livre de muita da tralha xerox-cópia que por aí "roda", ou, pelo contrário (e pelo pior), venha a servir como legitimação ao trabalho "copy-past" de muitos dos favoritos da crítica musical "indie", dita "alternativa".
2007... A ver vamos.

O Referente

Um passeio de ano novo pelo passado deste blog, e o achamento deste comentário (algo "zangado"...), da Verónica.
Minha cara Verónica... não, não é verdade que tenha algum problema com os artistas que tratam a arquitectura como "referente plástico", principalmente porque os arquitectos também são artistas... e também tratam a própria arquitectura (e as outra artes) como referente plástico das suas praticas; apenas um pequenino problema (bem, nem chega a ser um problema é apenas uma "irritação de estimação") para com a ignorância com que alguns artistas tratam a "matéria-de-facto", na hora de tratarem da saúde, ao referente.
A V. comenta, criticamente, a(s) minha(s) postas ao afirmar que "nunca vi(u) um artista plástico esboçar qualquer opinião não fundamentada sobre arquitectura", mas isso só poderá dever-se a alguma juventude ou a alguma distracção da sua parte... O telejornal (da tarde) da RTP 1, por exemplo, passa, em rodapé e em directo, "publicidade" à exposição do artista com o vídeo da unidade de habitação pós-moderna...
Isto, claro, para o caso de lhe causar algum transtorno, a ignorância dos que confundem o neo-plasticismo com o "estilo L'Oréal"...