sexta-feira, janeiro 26, 2007

Verrijn Stuart

The German occupation during the Second World War meant a hiatus for Rietveld. He was forbidden to continue practising his profession in 1942 because he refused to report to the Kultuurkamer (Chamber of Culture), established under the Nazi occupation in 1941, which artist of all kinds were obliged to join after producing a declaration of Aryan origin.

Rietveld houses, Marijke Kuper, 2G 39/40
No contexto da leitura do parágrafo acima reproduzido, acho extraordinário, que o texto que acompanha a publicação da genial casa Verrijn Stuart, não esboce sequer uma tentativa para analisar ou compreender o "contexto" em que o desenho da casa foi efectuado.
Afirmar que "na segunda metade dos anos 30 Rietveld já tinha construído várias casas em madeira ou alvenaria com um carácter rústico pouco usual" e que "o design é tão extravagante na sua forma que não destoaria do período áureo da escola de Amesterdão", como se o "carácter rústico" e o "aspecto extravagante" da herança da "escola de Amesterdão", não pudesse (e devesse) ser compreendido à luz das "condicionantes" das políticas Nazis para a cultura, não faz, para mim, qualquer sentido.
Sobre arquitectura e política, e sobre alguns dos equívocos ("obstáculos epistemológicos"...) causados por leituras mais "ideológicas" e politicamente "sugestionadas", do que por outras percepções que passem pela necessária atenção "fenomenológica" às "coisas" das obras, já por aqui (pel' odp) se foram escrevendo algumas coisas.
Desta feita, limito-me a propor a leitura "comparada e acompanhada" da 2G do Rietveld com a leitura do capítulo 4 (Inner exile and the house as a vehicle for spatial experiment) do Hans Scharoun do PBJ, mas o melhor é mesmo deixar-me de conversas e voltar a olhar para a casa Baensch...
De qualquer modo, os bancos curvos no exterior, da "moderníssima" casa Klep de 1931-1932 e a dita casa Verrijn Stuart de 1940-1941, são muito semelhantes...