terça-feira, janeiro 31, 2006
Experimentação Constante
Sobre o Siza:
"Tem uma espécie de vocabulário-padrão, mas que depois põe sempre ao serviço de situações novas. Há obras que são identificáveis, o que não significa a identificação de esquemas."
Sobre o Ghery:
"Detesto o arquitecto da fórmula. como o Ghery, por exemplo, que já está a entrar num academismo de si próprio."
Ainda num número não muito antigo do JA, MGD, identificou outros e creio que mais apropriadas figuras para esta "doença". No caso da "nomeação" do Ghery, penso que se trata do efeito da saturação "Pós-Bilbão". Mas o MGD, se contemporâneo do Gaudi, diria o mesmo da Casa Milà, depois da Casa Batlló...
Essa ideia da "experimentação constante" é muito bonita, mas para além de ser historicamente minoritária (quantos arquitectos - para além de Le Corbusier - desenvolveram mais do que um "estilo"?) muitas vezes não passa de um álibi para a "inconsequência" estilística e para a incapacidade de "repetir" e explorar os "limites" de uma determinada pesquisa, como muito bem o faz Siza Vieira.
Algumas das coisas que hoje nos parecem muito diferentes serão no futuro vistas como muito semelhantes, que o tempo rasura todas as diferenças... como fez aos "antagónicos" (hoje ambos "barrocos") Bernini e Borromini.
Sonho
Os Sites, Os Blog's, A Crítica, e as Lojas do 1,5 €
Agradeço a sua disponibilidade para comentar o comentário que postei na caixa de correio à sua posta "Arquitectura/Inquietações".
Eu concordo consigo quando diz que:
1. "Os sites de arquitectura, tal como as revistas da "especialidade" são enganadores, talvez até perversos."
2. "Os Blogues, pela sua espontaneidade e descontracção são potencialmente mais interessantes e didácticos que a maioria desses dispendiosos e "institucionais" sites tipo "loja dos 300..."
Posso dar-lhe um exemplo pessoal disso mesmo, na completa irrelevância e mistificação da (como chamar-lhe?) "Anunciação" do Projecto de "Reabilitação Urbana de Grândola" no site dos Manos Aires Mateus (os Direitos)!
A maior parte dos sites (de arquitectos) não têm qualquer função (altruísta) de partilha de informação ou de troca de experiências, (não recebem contributos do "exterior" e não têm caixas de comentários...) são meros "reclames" publicitários, versão moderna dos velhinhos anúncios nas páginas amarelas (com mais ou menos conteúdos...), "embrulhados" em palavras e imagens cheias de autoridade e prestigio, para (com o avanço conquistado) "manter a distância".
É uma opção "empresarial" legitima, e ninguém, que o não queira, é "obrigado" a ajoelhar (cair de joelhos) ao "brilho" (do monitor) de site algum, ou a "navegar" por aí. Só lá vai quem quer.
Mas precisamente para que os blogues, estes nossos blogues, (no meu caso também) de arquitectura, possam cumprir a sua "missão" nos termos em que o faz e nos quais me revejo (porque mais perto do pulsar quotidiano da profissão), creio que é necessário "assumir" as críticas, com frontalidade, por muito pouco agradáveis que sejam, ou contrárias à tradição do Nacional Porreirismo dos Arquitectos Portugueses (herança "desfeita" dos tempos em que fora-mos poucos), em que ninguém "critica" (a arquitectura ou os sites) de ninguém, mais por cobardia e hipocrisia que por falta de vontade.
Por outro lado, os próprios blogs (os mais profissionais e certamente para comodidade dos seus autores) tendem a institucionalizar-se, incorporando links para "outras" instituições... de ordens profissionais a universidades e revistas.
Pessoalmente não me desagrada a tentação enciclopédica ("trezentista") de um site (seja ou não o seu "alvo") como o da Contemporânea, onde até consta "a loja da amiga". Prefiro textos "telegráficos" à conversa da treta pseudo-intelectual. E quanto às "enganadoras fotografias, que nada esclarecem ou informam" o difícil, tal é a fartura, é saber por onde começar. Mas, meu caro GAD, para a próxima vale a pena "concretizar".
segunda-feira, janeiro 30, 2006
Amadeo de Souza-Cardoso
Amadeo de Souza-Cardoso
Paisagem Basca
Óleo s/ cartão 400 x 320 mm. 1914
MMASC
Pesquisa de imagens para ASC, através da qual achego ao muito útil blog da pintura portuguesa, e ao blog do zémariapincel onde afinal eu, sem saber, já estava!
Embevecido
Não sei o que é que vocês vêem nesse gajo!
Órgão Máximo
Calculo, que seja um preço que tenha de pagar pelo meu "apoio" à candidatura de Manuel Alegre... Realmente seria menos hipócrita permanecer no parlamento e tratar da sua vidinha (pois ninguém imagina que ele(s) esteja(m) lá para trabalhar, para o "nosso" bem comum, pois não?), do que ter posto baixa médica para (ao que me dizes) reunir com os compadres...
Hipócritas, são os que preferem as "aparências" da legalidade e/ou da ética, e o teu comentário quase que resvala para essa situação!
Permite-me que te recorde... mas lembras-te de eu ter falado (escrito) em "candidatura imperfeita"? Pois bem. Era por estas e por outras. Ou não vais pensar que eu ainda vou em cantigas ou em poemas. Nem que viessem acompanhados ao piano...
Posso mesmo confessar, agora que é totalmente irrelevante, que se o homem têm passado à segunda volta, eu nem sei o que faria (entendam como quiserem...)
Para mim nunca se pós a questão do sono descansado com Cavaco em Belém, e se queres saber, aqui, entre nós, que ninguém nos lê, cheguei a pensar em votar no Sr. Prof. (contra Só-ares) antes da saída (pela esquerda) que o Sr. Alegre ofereceu...
Afinal as diferenças de pensamento ou de acção entre toda esta gente do Bloco central, são tão poucas... ao contrário do que pensam (ou desejam) muitos dos que querem "endeusar" um vulgar "Sr. Silva". Ao contrário de muitos outros, fico até muito satisfeito, por estar representado no "órgão máximo", por uma pessoa (vulgar) como eu.
As "razões" do meu voto, já as descrevi, e não volto a repetir. Votei está votado! Perdi? Bem, a verdade é que não votei no candidato que "apurou" mais boletins, mas penso que todos os que votaram em Alegre ganharam alguma coisa... o mesmo não se poderá dizer (daqui a algum -pouco - tempo) dos que votaram com o vencedor!
E de qualquer maneira, eu, como dizem os outros, "sou do contra"... mas isso já tu sabes.
sábado, janeiro 28, 2006
J.F. Palma-Ferreira
"Às Seis da tarde de quarta-feira, a extensa lista de pessoas que já tinha passado pelo Ministério da Economia não deixava margens para dúvidas. Nesse dia, a equipa de Manuel Pinho multiplicou-se em reuniões. Enquanto, no final de mais uma folha de registos, a recepcionista Sandra anota um novo nome nas entradas, ao mesmo tempo, um grupo de consultores desce as escadas do ministério e sai. Segundos depois, entra outro grupo, supostamente para mais reuniões. Quando o assessor de imprensa, José Pedro Santos, aparece, larga um expressivo: "Estamos exaustos".
No compasso de espera de um encontro marcado com Manuel Pinho, José Pedro Santos fez o ponto da situação da agenda da economia numa pequena sala, contígua ao gabinete do ministro, tendo como pano de fundo uma colecção de fotos a preto e branco - com retratos de operários. Depois de um grupo ter saído do gabinete do ministro, Pinho aparece rapidamente: "São só mais uns minutos", diz. Entram outras pessoas para o seu gabinete. E o assessor de Pinho prossegue. Conta como foi a última "corrida" à apresentação dos investimentos da Mendifar para a produção de vacinas antigripais. Antes, tinha sido a vez da apresentação do projecto das pilhas de combustíveis da Agni, que sucedera à apresentação do projecto do Ikea, ou da petroquímica que vai produzir, em Sines, embalagens para iogurtes. Manuel Pinho reaparece.
O assessor despede-se e o ministro entra no gabinete. "Acho que a nível internacional já se começa a perceber que Portugal está diferente", refere Pinho. Mal mostra um mapa dos investimentos aprovados e o volume total contratualizável, toca um telefone. Pede desculpa. Atende e compreende-se que alguém do Governo pretendia saber se a Volkswagen já tinha escolhido o nome para o novo veículo que será produzido na fábrica de Palmela. "Nem a mim disseram", explica Pinho. Desliga o telefone e retoma a apresentação dos projectos aprovados. Interrompe a conversa e desabafa: "Não tenho um minuto de descanso, mas ainda precisamos fazer muitos novos contactos com empresas relevantes para que os grandes investidores compreendam mesmo que Portugal quer ter uma atitude muito mais dinâmica".
Segundo Manuel Pinho, o êxito na captação de novos projectos industriais deve-se a uma grande proximidade entre o Governo e a Agência Portuguesa para o Investimento. "Basílio Horta passa o tempo aqui no ministério a dar apoio a todos os projectos", afirma. Enquanto se despede, Pinho combina a última reunião, para depois do jantar. No dia seguinte, às 9 horas, estava na Autoeuropa, ao lado de José Sócrates."
Urbaniza a Catarina!
"Plano de Ordenamento será alterado para permitir novas construções"
Expresso, 28 de Janeiro de 06
Eu, cá por mim, nem sei porque é que ainda se dão ao trabalho de "mandar executar" Planos de Ordenamento... Há, já sei, é para entreter as boas consciências urbanizadas, enquanto os Boys sacam umas massarocas... e por favor não se esqueçam de uns centro de monitorização ambiental, que os ecologistas a soldo também têm que ganhar a vida. Mas agora a sério, não os podiam fazer com um ponto único, do tipo:
A obrigatoriedade legal de executar este documento, é garante jurídico da sua operacionalidade, até ao dia em que a malta lhe apeteça mudar tudo, ou até ao dia em que apareça um investidor altruísta, disposto ao nobre risco... de investir.
Nesta coisas, a única, como o(s) ponto(s), coisa que surpreende é a falta de visão estratégica dos nossos governantes... À excepção da ilha temática para os teenagers, só vão urbanizar "as margens"? Ficam-se pelas bordas (que deliciosa e porca palavra...)? Já que é para investir, que invistam ao centro!
Jangada de Areia
Expresso, 28 de Janeiro de 06
Sim, mas para onde? Queres ver que o outro da "Jangada de pedra" é que tinha razão?
"A Aldeia dos Arquitectos"
Expresso Economia, 28 de Janeiro 06
Isto assim é uma limpeza, e as postas saem como pãezinhos quentes... comentários para quê?
St. Tirso / Trofa
Público, 27 de Janeiro 06
MoCA (gANDA)
"Another show was of a much written-about group of East German artists. Trained in vaguely academic painting skills, which were laughed at for years by the art cognescenti as being hopelessly outmoded, these guys are now seriously hot." DB
... onde entre outras coisas se fala do espaço expositivo do MASS MoCA, para o qual também RV, desenvolveu "feasibilaty study"...
Razões para Lutar
Correio da Manhã, na passada 5ª Feira, 26 de Janeiro.
sexta-feira, janeiro 27, 2006
Estilo (You Give Style a Bad Name)
O "estilo" não contêm em si mesmo, nada de "negativo". Definir/caracterizar um "estilo", representa uma das maiores conquistas de um artista (individualmente considerado) ou de um colectivo de artistas.
O "estilo" é em última instância, a única unidade de medida para a análise crítica do "triunfo" ou do "fracasso", da produção intelectual e artística de qualquer criador.
O "mau-nome" da noção de "estilo" deriva dos impasses criativos, associados à vulgarização do conceito (estilo disto, estilo daquilo, etc.) ou da sua "reprodução" (imitação/cópia) por personagens "menores" ou "secundários".
Adolf Loos, por exemplo definiu um "estilo", a que terá aportado como resultado de uma reflexão sobre a arquitectura (e a vida) do seu tempo. Que esse estilo seja ainda hoje uma das "fonte" para exercícios criativos (Siza Vieira) diz bem da importância do seu trabalho, e da concomitância entre o seu e o nosso (afinal um só) tempo. "Crise da Cultura", chamou-lhe Frampton...
Gehry, para avançar no tempo, definiu um "estilo". Não é um defeito, é um mérito. Goste-se ou não. Representa anos de esforçado trabalho, de experimentações e de sínteses. Repare agora na vulgaridade de um projecto em "estilo" Gehry, divulgado aqui.
Não me interessa a arquitectura, porque toda em "estilo combinatório do seu estilo", de personagens aparentemente tão distantes entre si, como Mario Botta ou Zaha Hadid. Não me interessa a "superficialidade" dos seus "estilos" das suas "sínteses" tão "evidentes" e sem "valor acrescentado" por assim dizer. Cheira-me a oportunismo "estilístico"...
Por outro lado, fascina-me, que um autor com um estilo reconhecível, de novo Siza Vieira, mantenha uma produção sem sinais de esgotamento criativo. Não é por ter um "estilo" que uma obra recente de Siza Vieira, poderá ser criticamente menorizada, por comparação com algumas das suas "obras de juventude". A "Casa de Chã", por muito "boa" que seja, e é, é apenas mais um passo, rumo à riqueza de "estilo" que hoje reconhecemos, e onde se podem observar as lições de muitos dos grandes mestres, por contraditórias que possam ter sido as suas teorias e as suas praticas.
Não gostarias de "soar" pedante, ou professoral (afinal, isto é apenas um blog: "odesproposito") mas pareceu-me importante tentar esclarecer esta questão.
Jornada de Luta (Inverno 06)
Para Ele:
Camiseiro Monocromático de Fibras Naturais, Made In Portugal.
Usar esgargalado, mangas arregaçadas (ao cotovelo).
Escanhoado.
Para Ela:
Túnica, Pudica, Cor Pastel, Manga Curta/Cava.
Cabelo Negro, Escorrido, Tipo Pocahontas.
Escanhoada.
Ambos:
Dedo apontado.
Para uns, é a moda do Inverno 06, para outros é o inferno...
Style and the City
o discurso sobre o estilo aproxima-nos do discurso sobre a cidade.
quinta-feira, janeiro 26, 2006
Repetição
Images, Songs For Drella, Lou Reed/John Cale
"Porque embora eu ignore se, como diz o próverbio, as coisas repetidas agradam, sei pelo menos que elas significam."
Roland Barthes, Mitologias
"Mas é preciso primeiro tender para para o estabelecimento de padrões para enfrentar o problema da perfeição."
Le Corbusier, Por uma Arquitectura, Olhos que não vêem... 3. Os Automóveis
Nothing But Flowers *
Fernando Diniz Moreira
Discordo. Na arquitectura de V(R)&SB não creio existir essa "relação directa entre significado e elementos significadores". Recordo, mas infelizmente não consegui localizar, uma frase em que a propósito do projecto para a "Escola de Matemática" (New Haven, Connecticut, 1969), se afirmava que uma arquitectura "significante" com recurso ao "ornamento aplicado" não implicava "afixar" qualquer "logo" do tipo 2+2=4. Pelo contrário, para uma entrada (secundária?) da escola (que projectaram em "Estilo Moderno Corrente"), propuseram uns arcos "góticos", evidentemente falsos, recortados num plano suspenso de maneira inequivocamente contemporânea... umas das primeira entre as primeiras manifestações do que mais tarde viria a chamar-se de arquitectura pós-moderna.
Os padrões de flores, de umas "cortinas para banheiras", anteriormente "explorados" nas fachada de vulgares edifícios comerciais (Best, 1977), seriam tudo, menos uma escolha obvia ou um símbolo convencional, para decorar a entrada de um edifício de "investigação cientifica". Ou melhor é a convencionalidade do padrão de flores, a sua vulgaridade "comercial", que no contexto "errado" o torna excepcional e capaz, não de negar as "complexidades da comunicação em arquitectura", mas de provocar as necessárias ambiguidades no discurso sobre uma arquitectura moderna significante e "comunicativa".
Imensa a riqueza de (significados) de umas simples flores, nada mais que flores...
* Naked, TalkingHeads
quarta-feira, janeiro 25, 2006
Venturi / H&dM
Do mesmo modo, mas, espero eu, sem equívocos, proporia a comparação entre o Isi Building (Philadelphia 1978) de Robert Venturi, e a Biblioteca Universitária (Eberswalde 94-99) de Herzog & de Meuron, com a (igualmente maldosa) seguinte legenda: "It took avant-chic euro-architects, 20 years to get... nowhere!"
O "Isi" é uma das primeiras "manifestações" da Teoria da Decorated Shed, conforme "anunciado" no Learning From Las Vegas. A Biblioteca de Eberswalde, é, à falta de melhor opinião, uma obra representativa não só da produção dos seus autores como de toda a arquitectura "ocidental" que investe (pouco, diria eu) em "caixas decoradas" e onde a caracterização (maquilhagem?) da "pele" assume o "papel principal".
Ao contrário da obra de Venturi, onde a "decoração" é reservada por motivos económicos (mas no âmbito de uma teoria da Complexidade e Contradição, também por motivos "conceptuais"...) à fachada principal (e onde os azulejos, intercalam com faixas horizontais de janelas "Corbusianas"...), a obra de H&dM, propõe uma decoração homogénea, que cobre todos os alçados (e todos os materiais, sejam vidro ou betão) independentemente da hierarquização das fachadas (que se pretende negar à "maneira moderna") ou da sua relação com o(s) contexto(s) à(s) escala(s) múltipla(s) do "lote" e da cidade/território.
Para Venturi a teoria da Decorated Shed, parece ser mais um passo "para uma arquitectura" de "resposta múltipla" às complexidades da Arquitectura Funcionalista Moderna do seu/nosso tempo, que "origina" (como consequência - e não como expressão/desejo - da "resposta" que a forma "encontra" na função) objectos... "impuros".
Para H&dM, as premissas da mesma teoria, encobrem o vazio de uma arquitectura com medo (?) de originar coisa alguma!
Na pesquisa de imagens da obra de H&dM para ilustrar esta "posta" deparei com este site, onde se procede a uma analise comparativa das mesmas obras. Permito-me no entanto discordar, não, como é obvio, da comparação, mas das conclusões a que chega o seu autor. Principalmente da ideia (um pouco peregrina, mas não original, pois é uma opinião recorrente) de que a obra de outros, possa expressar melhor as ideias de Complexidade e Contradição de Venturi do que a obra do autor das mesmas. O projecto de Venturi aceita a complexidade, a necessidade de uma resposta multifacetada, o que implica aceitar a aparente "incoerência" do mesmo. Eu diria que H&dM, projectam, na tradição da cultura clássica da arquitectura europeia que pressupõe a existência de um projecto global... "coerente".
Venturi trabalha a complexidade explorando as contradições da sociedade capitalista norte-americana. H&dM, trabalham as contradições (o impasse) da cultura arquitectónica contemporânea, explorando a complexidade (ou as hesitações?) das sociedades (social)democratas europeias.
Sei lá eu. Que isto, como escrevia uma senhora à poucos dias: "a arte é uma coisa muito simples, gosta-se ou não". E que eu gosto mais do Venturi, lá isso gosto! Mas que penso que as lições do projecto "fragmentado" de Venturi, ainda não foram correcta e suficientemente "incorporadas" deste lado do atlântico, lá isso penso!
terça-feira, janeiro 24, 2006
Mau Gosto (virgens ofendidas)
Alguma coisa acontece no meu coração
que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João
é que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
da dura poesia concreta de tuas esquinas
da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee, a tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João
Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
chamei de mau gosto o que vi
de mau gosto, mau gosto
é que Narciso acha feio o que não é espelho
e a mente apavora o que ainda não é mesmo velho
nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
afasto o que não conheço
e quem vende outro sonho feliz de cidade
aprende de pressa a chamar-te de realidade
porque és o avesso do avesso do avesso do avesso
Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
da força da grana que ergue e destrói coisas belas
da feia fumaça que sobe apagando as estrelas
eu vejo surgir teus poetas de campos e espaços
tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Panaméricas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
mais possível novo quilombo de Zumbi
e os novos baianos passeiam na tua garoa
e novos baianos te podem curtir numa boa.
Sampa, Caetano Veloso
O Tenebroso Espírito da Direita Revanchista *
Manuel, GLQL
Já? Em menos de 24H? Já não se pode discordar? Lá porque o homem ganhou as eleições é algum Deus? Em que medida é que a afirmação de VM é uma ofensa "das mais elementares regras de convivência democrática" e um "desprezo pela decisão popular". VM limitou-se a emitir uma opinião sobre o Novo PR quando comparado com outros. Não pode? Mas é claro que o objectivo da posta é outro... os boys aguçam os dentes!
* JMAC
segunda-feira, janeiro 23, 2006
Lição do Arquitecto Manuel da Maia
incansavelmente vasculhou as ruínas
durante dois anos depois do terramoto.
Ele sabia que ali sob a torre caída
em cada palavra de cada manuscrito
estava a nossa perdida perdida memória.
E durante dois anos incansavelmente
procurou nas ruínas removeu as pedras.
Tu que dizes de ti a parte mais visível
não esqueças a lição de manuel de maia
o arquitecto que reconstruiu a história.
Algures dentro de nós há uma torre caída
algures na perdida perdida memória.
Procura aí a crónica e o poema
nessa torre do tombo destruída
não apenas arquivos papéis pergaminhos
procura o sangue do teu sangue o nome do teu nome
procura o tempo e seu sentido
sob a torre caída da nossa perdida
perdida memória.
Lição do Arquitecto Manuel da Maia, Atlântico, Manuel Alegre
Deixai Vir a Mim as Criancinhas
Público, 23 de Janeiro de 2006
Onde é que já se viu uma coisa destas, qualquer dia vão querer interditar a catequese e o ensino religioso das crianças...
domingo, janeiro 22, 2006
Radical
Enojado (cobertura noticiosa)
Serão os critérios jornalísticos!?
Uma em cada Cinco, Repito, Uma em cada Cinco, das pessoas que se deslocaram às Urnas para Depositar o seu Voto, ficaram assim sem saber o que o "seu" Candidato tinha para dizer, e que tenho a certeza terá dito!
Quanto à sistemática menorização do PCP e neste caso do candidato apoiado pelo partido, já nem vale a pena falar.
A única pergunta que interessa fazer esta noite será: o que teria acontecido, quais seriam os resultados, se durante os últimos meses as manchetes dos jornais e as notícias de abertura dos telejornais, tivessem, repetidamente, anunciado um Empate Técnico entre a Esquerda e a Direita.
Estou...
P.S. (precisamente) O trocas mandou dizer que não sabia que o Manuel Alegre estava a Falar à Nação... não faz mal é apenas mais uma coisa que ele não sabe, entre tantas nem se dá pela diferença!
Vestido para Matar
"Projecto egocêntrico e politicamente inconsequente que já deixou claro não querer fazer nada com os seus votos"? Porquê? No Bloco são donos (ficam proprietários?) dos votos obtidos? Ora Daniel, para a próxima, não votes, passa uma procuração!
E depois a sua obsessão com a morte (que é suposto ser muito divertida!?). Ele é o "espaço de catarse que acabará como a sua campanha: num cemitério político", os candidatos "únicos que sobrevivem", (mas este homem é médico legista para passar declarações de óbitos políticos?), e por fim a comparação (de Louça) com... Maria de Lurdes Pintasilgo! (...sim, vendo bem, com os óculos...)
Nada mal para quem pretende ironizar com as homenagens aos Mortos!
Repito-me, o problema com estes cadáveres (ideológicos) que procriam, é que também gostavam de ser homenageados, e, não há quem... não há quem...
Por isso, Necrófilo Daniel, não te preocupes... o ódio de morte, que gostarias que a direita tivesse para com o teu Grande Líder, que (infelizmente?) não existe (é uma fantasia política que acompanha o teu olhar politicamente mortiço) não deixa de te servir...
A morte, fica-te tão bem!
Emocionalmente Neutro
"A Radiestesia é a arte de procurar objectos ocultos ou perdidos usando um objecto manual como uma varinha de duas pontas na forma de um V ou um pêndulo. A Radiestesia pode ser usada para encontrar raios nocivos à nossa saúde, correntes de água, minérios ou qualquer coisa ou objecto que esteja perdido. Muitos doutores na Alemanha, Áustria e na França usam a Radiestesia para achar causas de problemas de saúde. A Radiestesia também é usada para balancear e energizar os chakras (os sete pontos de energia do corpo humano) através dos pêndulos.
Os pêndulos tem sido usados a milhares de anos como um instrumento que nos ajuda a entrar em contacto com nosso subconsciente. O pêndulo quando operado de maneira adequada e eficiente, pode ser usado para ler padrões energéticos e até para responder perguntas pessoais. É preciso ter cuidado quando estiver fazendo perguntas pessoais. Não faça perguntas no sentido egoísta, como ganhar na lotaria por exemplo. A pessoa que estiver trabalhando com um pêndulo, deve estar emocionalmente neutro sobre as situações gerais; caso contrário, irá influenciar inconscientemente o pêndulo."
Personalidade (múltipla)
Pode uma pessoa com múltiplas personalides, votar mais do que uma vez? E se sim, pode votar sempre no mesmo candidato, ou deverá faze-lo em candidatos diferentes? E em qual destes casos, deverão os votos ser considerados nulos?
Escala (democrática)
Itsy-Bitsy Democracy, 2004
Big Fucking Democracy, 2004
The Voting Booth Project, 2004, David Byrne e Danielle Spencer
Lunático! (dever cumprido)
Os corações, os quixotes, os palhaços,
Podem vencer os dragões aliados"
Teatro (Dom Quixote), Estudando o Pagode, Tom Zé
sábado, janeiro 21, 2006
Lei da Rádio (1/4)
Eu não sou a favor nem contra, muito pelo contrário, como se costuma dizer, até porque, à excepção de quando viajo de automóvel com outras pessoas, não ouço rádios Portuguesas.
Por principio sou contra as quotas (está bem assim?), mas espero que esta Lei, se vier a ser aplicada... reverta a favor dos músicos nacionais, da dignificação do seu trabalho e da sua conta bancária.
Mas, ainda assim, pergunto eu, não seria mais útil as entidades públicas, criarem um serviço que prestasse informação on-line sobre os projectos musicais de origem nacional, semelhante, por exemplo, ao que é prestado pela BBC, do que legislarem "mais" uma "Boa" e musicalmente correcta, Lei?
Ora aí está uma ideia para o tão falado Choque Tecnológico!
Mudanças... da Lei
Jornal Público, 20 de Janeiro de 2006
sexta-feira, janeiro 20, 2006
PAÍS EM inho (Crónica de Aqui e Agora) Manuel Alegre
tantos infernos tantos paraísos
tanta alma a salvar-se. Não é possível
tanto salvador vestido de absoluto.
Neste país do pouco. Neste país do muito.
Não é possível suportar tanta sebenta
tanta batina tanto sebo tanta cela:
Até Marx vestiram de sotaina
ó Antero: há um jesuíta um fanático um beato.
Neste país abstracto. Neste país abstracto.
Não é possível suportar tanta ideia cinzenta
tanto bolor de caserna e de convento
lajes lírios lágrimas. E os círios.
Tanto 1.º de Novenbro e tanto Império.
Neste país tão sério. Neste país tão sério.
Não haverá por aí outra ferramenta?
Não haverá ideias armas que não sejam
bentas? Um grande ponto de interrogação?
Um amor laico? Um revolucionário ateu
nas tintas para o inferno e para o céu?
Não é possível suportar tanta agonia
tanta nódoa de cera tanta mancha de sangue
tanto xaile a cheirar a sacristia.
(Que eu vi lá longe um homem crucificado
por este país fardado. Por este país fardado.)
E já não posso suportar tanta doença
tanta cebola a fazer de flor tanta mezinha
tanta Zita Santa Zita tanto rito
tanto guisado e catecismo. Tantas coisas em inho.
Neste país quietinho ó Pascoais. Neste país quietinho.
É preciso (como diz o Torga) correntes de ar
pois falta ó Cesariny é verdade que falta
por aqui uma grande razão.
(Que não seja só uma palavra). Falta uma fúria.
Neste país de lamúria. Neste país de lamúria.
Um pouco mais de brasa. Ou se preferem
(como diria Mário Sá-Carneiro)
um pouco mais de golpe de asa. Pois falta ó Breton
um amor louco (laico e louco).
Neste país do pouco. Neste país do pouco.
Falta o porquê de António Sérgio. Falta o porquê.
Faltam concelhos realmente municipais.
Que não é possível suportar tanta gordura
tanta tristeza magra tanta rodilha tantos cestos.
Neste país de restos. Nestes país de restos.
Não é possível suportar tanto chicharro
tanta espinha na alma tanta côdea
tanta azeitona miudinha tanta malha
tanta mágoa apanhada uma a uma. (Que é tudo
o que se apanha. Neste país tão mudo. Neste país tão mudo).
Um pouco um pouco de ternura.
(Que não seja só uma canja de galinha).
Um pouco um pouco de clareza.
(Que não seja só o sol. Que não seja só o sul).
Neste país azul. Neste país azul.
Que não é possível suportar tanta mentira
tanta gente de esquerda a viver à direita
tanta apagada e vil baixeza tanta reza
tanto cochicho onde é preciso falar alto.
Neste país a salto. Neste país a salto.
Não é possível suportar tanto cotim
tanta manga de alpaca tanta canga
tanta ganga suada tanta lixívia
tanta lezíria tanto corno tanto chouriço.
Neste país castiço. Neste país castiço.
Não é possível tanto macho tanta fêmea
tanta faca e alguidar tanto magala
tanta saca tanta faca tanto fraque.
Neste país a saque. Neste país a saque.
Pois falta aqui o verbo ser. E sobra o ter.
Falta a sobra e sobra a falta. Ó proletários da tristeza
falta a ciência mais exacta: a poesia.
E há muito já que um poeta disse : É a Hora.
Neste país de aqui. Neste país de agora.
Próxima
Posta seguinte:
Alegre, Alegre, Alegre!
Desculpem acordá-los às duas horas e não sei quantos minutos da matina, mas acabei de regressar do MegaConcerto Sempre a Abrir! do Manuel Alegre no Pavilhão Atlântico, onde fui, onde fomos, investidos cavaleiros da causa pelo Grande Homem!
Dar tudo por tudo até domingo, até este domingo, e depois se tudo correr bem e como desejado, até daí a quinze dias, é a nossa missão!
"Longa se torna a espera".
Sobre o Discurso não digo muito. Uma peça notável de oratória política, bem concebida e melhor executada, digna de um futuro Presidente da República de Portugal! Se soubesse como, contava-vos as, ainda assim, melhores partes.
Sobre os concertos, e daquilo que vi, pois fazia-se tarde ficar até ao final, inesquecíveis o "fully connected" dos Micro Audio Waves, uma das músicas mais brilhantes e contagiantes do planeta que a "maior" parte dos nossos conterrâneos persiste em ignorar, uma espantosa e arrepiante versão à capella de Lena D'Agua para "Que amor não me engane" do Zeca (óbvio...) e a igualmente brilhante e exaltante versão de Pacman (e quem mais?) para "A trova do vento que passa".
Muito emocionante a chegada, à beira do palco do Candidato a PR Manuel Alegre, para com a felicidade estampada no rosto e com um Fraterno Abraço, agradecer o empenho e a qualidade musical com que o seu mandatário para a juventude o/nos brindou.
Muito Bonito, para além de muito bom!
Também num plano muito elevado estiveram os Quinteto tati, com músicas do seu ainda último álbum, que espera-se conheçam; Pedro Barroso, Paulo de Carvalho e Rádio Macau, com as suas velhinhas, mas então que querem... sempre bonitas canções.
Só para finalizar... penso que foi o Manuel Freire que declamou um poema do Poeta Manuel Alegre, que espero, amanhã, disponibilizar aqui.
Foi um momento, que sem exagerar nas palavras, penso poder apelidar de mágico, a maneira como a força das suas palavras foi progressivamente silenciando e despertando a atenção e concentração de todos até à explosão de palmas final.
Mais uma vez brilhante!
Foi como ver, espero que venha a ser, como ver a nossa equipa (de Portugal, já agora, que canta-se o Hino Nacional...) a jogar bem e a ganhar!
Pode ser democraticamente pouco elevado, mas dá para ficar com alguma "pena" dos pobres apoiantes das outras candidatura... ou já viram alguém escrever com o coração sobre um comício do "candidato da direita"?
quinta-feira, janeiro 19, 2006
Hortas de Istambul
Planeamento Liberal
"Delira, ele delira, ele delira"
Deixemos o Sr. urbanista liberal construir a sua "Maison" de sonho no terreno não urbanizável herdado pela família da sua loira esposa, onde "planeara" viver feliz para todo o sempre na companhia das suas crianças arianicas (não existe, passa a existir...)
E depois, igualmente liberais, deixemos o Zé (que nestas coisas é sempre chamado à baila) a construir a sua suinicultura clandestina no terreno ao lado. Os embargos, já se sabe, são anti-liberais, e nos não queremos "interferir com os estilos de vida e as preferências dos cidadãos", lesivos das dinâmicas do mercado desregulado, pois não?
Por fim deixemos, a nortada "liberalizada" (ou será libertada?), "soprar" à vontade...
quarta-feira, janeiro 18, 2006
Contra (Propaganda)
Contra a própria ideia de "Pai da Pátria"
Contra o Senhor Professor (todos eles...)
Contra o salvador da Pátria (e contra a ideia de homens providenciais)
Contra o Presidente da República 2 em 1, (já agora leva lá com um ministro da economia, que está em promoção)
Contra os equívocos nas "conversas de quinta-feira"
Contra os candidatos secretários gerais (e contra os mandatários generais)
Contra os mandatários troféus de caça politica, para agradar (enganar?) a "nichos" de cidadãos (eleitores...)
Contra a menorização da política e contra a subordinação da política à economia e às finanças e...
Contra a ridicularização do ridículo, mas apenas do que lhes apetece... (e contra o medo do ridículo, a que no entanto não sabe, não pode, fugir!, porque mesmo sem comer Bolo-Rei, faz "boquinhas")
Contra a(s) Maria(s) (e contra os candidatos Nossas Senhoras Virgem Maria, e os que sabem o que é conceber uma vida)
Contra os (candidatos) gestores do Timing político
Contra os candidatos sem barbas (uma razão tão boa como qualquer outra)
Contra a chatice (primeiro foi-se o Flops...)
Contra a falta de humor na inteligência (ou será contra a falta de inteligência no humor?)
Contra a Frente Unida da Velha e da Nova Esquerdas na escolha do sapo a engolir, em caso de segunda volta, e contra os que a meio da (pré-)campanha se devem ter esquecido, que o objectivo da sua candidatura era derrotar o "candidato da direita"
Contra os que nunca quiseram acreditar (e que ainda hoje não acreditam...)
Contra...
Prateleira!
Prateleira!
Declaração de Voto
Ou será que sobram por aí muitos cidadãos impolutos, demasiado perfeitos para votarem numa candidatura imperfeita?
Ou então sejam decididos, e votem no Acabado, logo à primeira, sempre se poupa dinheiro com a segunda volta!
Para boletins "virgens" é que não há pachorra!!!
The Smiths
Eu não descobri os Smiths, eu choquei, ou melhor dizendo, foram os rapazes que chocaram comigo, quando debitados pela "aparelhagem" (estamos nos "eighties"...), tocaram e cantaram o "Heaven Knows I'm Miserable Now" no "Som da Frente" do António Sérgio...
Não sei dizer se foi uma salvação, como a propósito do "Rock and Roll" canta o Lou Reed, ou uma (a minha) perdição...(e há a velha questão de saber até que ponto se é triste por ouvir música triste...) mas sei que há um antes e um depois daquele momento, que não se voltaria a repetir da mesma maneira. O fim da inocência (musical) aos 14 anos! Era, como num vulgar e piroso reality-show da "CarnaSic" tipo "cenas de um casamento", a "música da minha vida". Depois passou, como tudo o que muda. Hoje é apenas mais uma (boa) dos Smiths.
Isto dito, fico, invejoso mas feliz, por não constar da última posta do JMAC!
Modelo de Desenvolvimento
Visita de estudo, Comum, Três Tristes Tigres
... chamada a este Blog pela segunda vez...
Polémicas (Pós)-Modernas
Dinossauro Excelentíssimo
José Cardoso Pires
... pode haver igual, agora melhor...
Dá vontade de mudar o nome ao Blog. Se ao menos o tivesse lido antes... mas se o tivesse lido antes, não tinha reparado (pelo menos não, da mesma maneira) neste parágrafo... pelo que foi melhor assim... e ainda que não fosse... aliás, se o tivesse lido antes... será que perdia (ou que ganhava) coragem para escrever os meus despropósitos?
terça-feira, janeiro 17, 2006
Californication
Caldo Entornado
Não tencionava voltar a escrever (sobre este assunto) mas como foi deselegante, não me deixa alternativa.
Se ler com atenção tudo o que escrevi, pode verificar que em lado nenhum afirmei que o Sr. não sabia do que estava a escrever, por esse motivo não vejo como grosseiramente pode afirmar que "voce é que não sabe do que está a falar", que poderia ser uma expressão aceitável noutro contexto (talvez os das peixaradas...) que não este.
Quanto ao facto (mais um, você está a ficar um especialista nisto...) de sugerir que me desloque à CMG para consultar a documentação que é "pública"... têm graça, mesmo muita graça mas não lhe vou dizer porquê, até porque não o conheço de lado nenhum e nem o seu nome sei...
Let's Pretend We're Bunny Rabbits
VCM 2: Empregos Directos:Atendendo que o número médio de “empregado / cama” varia entre os 24/100 para os hotéis de 4 estrelas e os 9/100 para Apartamentos turísticos( Ver INE, “Relação empregado / cama nos estabelecimentos hoteleiros, aldeamentos e apartamentos turísticos"), vamos admitir um valor medio de 15/100. Temos:0,15*28.000 = 4.200 empregos directos Empregos indirectos e induzidos:Considerando um efeito multiplicador de 2 para emprego indirecto e um efeito multiplicador de 3 para emprego induzido + indirecto (Ver Conta-Satélite do Turismo em Portugal, www.wttc.org) temos4.200 * 3 = 13.600 empregos indirectos e induzidos
VCM 3: "seria demais deixar um cantinho que fosse para as próximas gerações também poderem "urbanizar"/explorar turísticamente, com ou sem construção...?"Ok. Deixamos 98% do território protegido.Chega ?
VCM 4: Gasto médio de um turista na Costa Azul= 119 Euros/dia (Fonte: DGT)Tx de ocupação média da Costa Azul = 40% (Fonte:DGT, RTCA)119*28.000*365*0,4= 57.890.168.000 Euros de receitas anuais de exploraçãoValor médio de volume de negocios anual no concelho de grandola = 50.000.000 Euros (Fonte:INE)
VCM 5: Faltam as receitas fiscais, o impacto no PIB, na segurança social, nas exportações.......
VCM 6: Falta a indução de desenvolvimento tecnológico através das tecnologias ligadas a este sector:1. Sistemas de gestão de residuos,2. Sistemas de gestão de rega dos campos de golf e dos espacos comuns3. Software de gestão turistica3. Telecontagem de consumos4. Sistemas electronicos de identificação dos clientes. Falta a indução de aparecimentos de novas empresas para:1. Organização de actividades de desportos nauticos2. Organização de actividades de desportos radicais3. Fornecimento de servicos especializados aos empreendimentos 4. Organização de passeios de observação da Natureza, e birdwatchingetc.pm
Caro vcm
Sabe bem que o impacto do que está previsto não corresponde aos dois por cem... o corpo humano sobrevive sem visão, mas não sem 2% de... coração! Não é uma questão de percentagens...
Já percebi, que é um fervoroso adepto do(s) projecto(s), mas não é preciso dourar (ou rosar ou alaranjar - a cor é-(me) indiferente) a pílula
Alguém pode começar a questionar tamanha convicção
Quanto às tocas... venham os turistas, multiplicar-se como coelhos!
Passarinhos
É mau ! São pontos de vista........
VCM 17.01.06 - 7:43 pm #
Ena, tanto entusiasmo "quando a esmola é muita..."
Afinal era verdade, estes capitalistas são mesmo uns sentimentais... mas deixemos de lado os passarocos (que não os passarões) e as espécies vegetais...
Os portugueses (e os bêbados da região, na opinião da tina...) o que é que vão ganhar com isto?Um emprego? será?!
Seria demais deixar um cantinho que fosse para as próximas gerações também poderem "urbanizar"/explorar turísticamente, com ou sem construção...?
am Homepage 17.01.06 - 8:15 pm #
Factos
1. Area de Rede Natura 2000 em Grandola: 65.000 ha
Area de ocupação todos os projectos (Sonae, Comporta, Costa Terra Pinheirinho): 1.200 ha
2 % de intervenção
2. 28.000 camas turisticas previstas no PROTALI (Plano Regional do Lit Alentejano)
180.000 Camas turisticas no Algarve
15% da ocupação turistica do algarve
3. Impacto do turismo em portugal (consta satélite do turismo - www.wttc.org)
11 % PIB, 30 % Emprego"
VCM 17.01.06 - 6:24 pm #
VCM têm factos e argumentos, só não sei é se também tem razão..."facts all come with points of view"!
am Homepage 17.01.06 - 7:36 pm #
I'll drink to that, Tina!
tina 17.01.06 - 1:59 pm #
Eu sei que ainda vamos em janeiro, mas posso pedir que considerem o último comentário da "tina" com um sério candidato ao prémio do mais imbecil do ano, não só no blasfémias - o que já seria ambicioso - mas de toda a blogosfera!!!
segunda-feira, janeiro 16, 2006
Duas de Seguida (M18)
Standby. You're on the air.
Buenas noches Senõres Y Senõras. Bienvenidos.
La primera pergunta es: Qué es más macho, pineapple o Knife?
Well, let´s see. My guess is that a pineapple is more Macho than a Knife. Si! Correcto!
Pineapple es más macho que knife.
La segunda pergunta: Qué es más macho,
Lightbulb o schoolbus?
Uh, ligtbulb?
No! Lo siento. Schoolbus es más macho que lightbulb.
Gracias. And we'll be back in un momento.
?
O Grande Masturbador
Caro jmac
Estive para escrever algo semelhante, ao que (me) escreveu, mas não quis (ainda mais) baixar o nível (ainda por cima em blog alheio...)
Agora que "bater uma" à pala da Cinha seja a "verdadeira pornografia" é que não posso concordar... (só se for numa foto da Lady com o P.Tortas e/ou o P.Flops!)
Cuidado com a saúde... sabe que cega... ou se calhar já é ceginho (de tanto ler a Olá) e é por isso que vai votar no Acabado.
A despropósito desta posta, transcrita e comentada pelo amigo do alheio.
Meias de Seda
domingo, janeiro 15, 2006
sábado, janeiro 14, 2006
sexta-feira, janeiro 13, 2006
Caruso St John
Kingsize
ou seja, por outras palavras:
1. parte do trabalho do arquitecto é resolver problemas...
2. parte do trabalho do arquitecto é inventar problemas...
A questão é que muitas vezes troca-se tudo, ou assim me parece... andam-se a inventar chatices onde elas não existem, e resolvem-se aceleradamente coisas que mereciam alguma reflexão...
É claro que eu quero saber como é que vai ser "o quarto" de amanhã, embora - reaccionário - deseje que não seja muito diferente dos quartos de hoje... que não tenha buracos no chão entre as camas... mas que tenha camas, e já agora que estou a desejar, que estas sejam um pouquinho nada maiores do que as actuais :)
Quero mesmo saber se irão existir quartos no futuro... ou se a função do sono já foi ultrapassada e o sexo passou a ser feito exclusivamente em locais públicos, em arenas próprias para o efeito, ou reduzido à função laboratorial!
Isto é tudo muito bonito... mas que tal começar por pensar nos que não têm quarto, ou, menos demagógico, pensar na incorporação, nas tipologias habitacionais mais correntes e banais, de espaços que acomodem funções para necessidades de quartos "imprevistos"...
"O Quarto", o "nosso" quarto, foi, como te recordas, o tema para o primeiro trabalho de Proj. I... já lá vão uns aninhos... eu - sempre a despropósito - não tinha um "quarto", propriamente... mas lá me safei, com umas maquetas jeitosas, digo eu!
Eu ia ouvir o Until The End f The World, mas agora sem saber como, comecei e escrever e acabei no Pelican West, o clássico dos Haircut 100! :)
quinta-feira, janeiro 12, 2006
Arq. (política), Annie Lisboa/Havana
As duas fotografias ilustram a casa onde vivia com os pais em Lisboa, e a casa para onde foi viver em Havana (?) Cuba.
Difícil (e vasto) o tema da "arquitectura e política"... nestas fotografias gosto de olhar para a "irracionalidade" do desenho "conservador" das varandas do prédio de Lisboa, com o seu postiço aspecto de aposições à fachada, por contraponto ao registo abstracto, algo Deco e quase "Jazzy" do plano de fachada do prédio Cubano, que repõe alguma materialidade nas profundas e sombreadas varandas... Nas primeiras, não vai ninguém, fala-se ao telemóvel da ombreira, nas segundas pode-se, bom, não faço ideia, fazer uma infinidade de coisas... entre as quais, certamente, estender a roupa!
Editorial (JA 220/221)
"A hibridização é hoje indissociável de qualquer prática cultural que tenha a capacidade de fixar e traduzir a condição contemporânea. Superada a cultura de matriz colonial, onde o híbrido estava associado a obras menores, "eclécticas" ou "exóticas", torna-se claro para o pensamento contemporâneo que todas as práticas culturais, arquitectura incluída, assentam, consciente ou inconscientemente, em processos ou construções mentais que envolvem a hibridação."
1. se a hibridização é indissociável (como uma fatalidade ou como uma libertação ?), da prática contemporânea... o que é que estamos para aqui a desconversar?
2. "a cultura de matriz colonial" (mas qual ou quais?) foi "superada" ou será que foi "substituída" por outra (em variante da mesma?)... a famosa "Amaricana" de Hollywood?
3. não percebo de que modo se pode afirmar que a produção de híbridos culturais, sobre a influência de matrizes coloniais "estava associada a obras menores". Penso (eu de que), não a despropósito na Arte Indo-Portuguesa...
4. o ecletismo "existe" para além da consideração sobre o seu valor menor na "cultura de matriz colonial", estando nas origens da (complexa) arquitectura moderna europeia, por exemplo em H. Labrouste...
5. idem para o exotismo, com o exemplo da pintura de Gaugain...
6. nas práticas culturais híbridas de "matriz colonial", pode (e deve-se) perguntar, quem coloniza quem?
... híbrida era a arquitectura romana. O Vitruvio é que não perdia o seu Latim nos Blogs!
Espaço Público (séc. XXI)
Pergunta (capciosa?) de BGL
1. o "espaço público tradicional" é muito mais do que a quase caricatura a que é reduzido na descrição de "largos e praças" com "esplanadas" nas "arcadas"...
2. quanto às condições de produção não sei, (não sei mesmo se - confessamente ignorante - sei o que quer dizer com isso...) mas quanto aos espaços/templos do consumo, as "estruturas" baseiam-se - ao contrário do que afirma - na paródia ao "espaço público urbano", tradicional...
3. o espaço público urbano do séc. XXI? será que é, que vai ser "público" ou "urbano", só para começar com as perguntas...
4. o espaço público do séc. XXI, será, ainda, dominado pelos espaços públicos existentes ou a recuperar, sejam ou não tradicionais... (?)
5. as utopias, são excelentes se servidas à sobremesa dos intelectuais entre o café e o vinho do porto, podendo em casos de excepcional gravidade assegurar um lugar nos livros de história, da arquitectura ou de outro indisciplinado "galho" do saber, que a malta agora é toda transversal e prá frentex!
6. o espaço do séc. XXI, será capaz ou incapaz de responder às nossa necessidades colectivas, em função do sucesso ou do fracasso dos excêntricos comportamentos da nossa espécie...
7. os arquitectos, felizmente ou infelizmente, conforme os casos, terão um papel marginal na definição do espaço "público" do séc. XXI.
quarta-feira, janeiro 11, 2006
terça-feira, janeiro 10, 2006
Let Me Introduce You To The Family
agora os arquitectos (Bernardo Rodrigues),
ou sou só eu que estranho, a fotografia com o bebé, no JA...
Leiria
Comentário de um colega arquitecto enquanto esperava a sua vez para uma entrevista no concurso para um lugar de técnico na administração pública local. Já lá vão uns tempos. Não tenho dúvidas que terá ficado com o lugar.
segunda-feira, janeiro 09, 2006
Direito à Propriedade
And She Was
And she could hear the highway breathing
And she could see a nearby factory
She’s making sure she is not dreaming
See the lights of a neighbor’s house
Now she’s starting to rise
Take a minute to concentrate
And she opens up her eyes
The world was moving and she was right
there with it (and she was)
The world was moving she was floating
above it (and she was) and she was
And she was drifting through the backyard
And she was taking off her dress
And she was moving very slowly
Rising up above the earth
Moving into the universe
Drifting this way and that
Not touching ground at all
Up above the yard
Chorus
She was glad about it... no doubt about it
She isn’t sure where she’s gone
No time to think about what to tell them
No time to think about what she’s done
And she was
And she was looking at herself
And things were looking like a movie
She had a pleasant elevation
She’s moving out in all directions
Chorus
Joining the world of missing persons
(and she was)
Missing enough to feel alright
(and she was)
And She Was, Little Creatures, Talking Heads
Zombies (Janados)
Entrevista com Ábalos & Herreros, JA 220/221
Ábalos & Herreros
Na primeira manifestam um desprezo pelo detalhe: "confiar que o detalhe pode gerar singularidade é enganador".
Na segunda, reclamam-se herdeiros de arquitectos como Mies Van der Rohe, "interessados em formas de trabalhar que contenham em si algo de universal".
Estranho.
Eu já não regresso à famosa frase sobre a presença de Deus no detalhe... mas e mesmo sem pretender negar a vocação do espaço universal na arquitectura de MVDR, não será do confronto deste "universal" com o "local", com os detalhes do concreto, que a força das suas obras emerge?
Na casa Farnsworth a decisão de levantar o chão (da casa) do chão (da terra) exprime essa universalidade, mas a proximidade de um lago (ou um pântano, ou lá o que é... rio Fox?) justifica uma leitura "local", "site specific"...
Outros exemplos haverá... mesmo em obras aparentemente "alheias" aos(s) seu(s) contexto(s).
É por isto, que, se não estou enganado, penso que estão enganados. Podem (e devem) confiar no detalhe para gerar singularidades, no plural... é que já agora justifica-se.
SCHIZO
O projecto, que modestamente é "carimbado" com o selo "mudando a arte de habitar", pretende-se uma "proposição irónica" para a "casa portuguesa contemporânea" de um típico agregado familiar dos nossos dias, constituído, por um empreendedor empresário democrático liberal divorciado ("o telemóvel, fuck, estou desejoso de chegar a casa e snifar uma linha de coca no meu living room modernista) e pelo seu, "presumivelmente sintonizado" filho skater de 38 anos, consumidor de drogas químicas.
Condenados à esquizofrenia?
Responde Alvar Aalto:
"In the modern society it is possible, at least theoretically, for the father to be a mason, the mother a college professor, the daughter a film star, and the son something still worse. Obviously each would have special needs to be allowed to work and think undisturbed. The modern dwelling must be in accordance with these needs."
Como se vê, não é nada de especial. Nada que não fosse conhecido pelos nossos antepassados do milénio anterior... dá é muito trabalho!
Tempo Presente
Nada significa coisa nenhuma? A suástica, é uma cruz como outra qualquer?
sexta-feira, janeiro 06, 2006
Merda
Aqui. Ou então vão para aquela parte...
Tréplica
Jantar (Fome)
Uma noite de fome, e quantos revolucionários!
Ah, mas o verniz, só bateram com os talheres nos pratos depois do Sr. Professor sair.
"Gente Fina" é mesmo outra cousa.
quinta-feira, janeiro 05, 2006
Musicais (projectos)
2. "MackAttack": A herança do trip-hip-hop, upa lá lá, na música electrónica "extrema" com savoir-faire e apelo Pop. Continental.
3. "Blamed Yoko": Metal, Misógino. Escaravelhos.
Hino (troca-se)
Podem, todos, canta-la, de coração ao alto, mas lá bem por dentro, rente ao estômago, e mesmo que não façam figas, quantos apertos.
Resistir à banalização... deve de ser isto uma obra de arte. Resistir ao cartão postal, à reprodução vulgar em canecas, sacos de plástico ou aventais (metáfora a despropósito de campanhas eleitorais) às versões instrumentais ou à música ambiente para supermercados ou elevadores!
Agora que já devem de ter ensinado a letra da cantiga ao próximo (qual provável qual quê?) Presidente da nossa República não querem considerar a troca?
O centro-direita não deixará de concordar, só falta convencer o centro-esquerda!
Indigno
"Para Vital Moreira, o episódio do "Grândola, Vila Morena" não passa de "oportunismo eleitoral".Abstraindo-me da minha admiração pelos dotes vocais de José Afonso, admito que a apropriação da musica pela esquerda revolucionária e considerando o uso que delas fez o próprio autor não a tornam digna de ser cantada por quem acredita na democracia liberal."
O Insurgente
Indigno é Cavaco e a restante corja do jantar de Grândola. Indigno da memória da Vida e da Obra de Zeca Afonso. Indignos e cobardes, porque sabem não estar cá (entre os vivos, mas mais vivo que muitos dos outros que vão a jantares...) não para se defender, porque motivo para isso não existe, mas para com a força do seu talento, expor ao ridículo o Portugal dos Pequenitos dos que o não sabem merecer.
Zero a Ideologia (Era o que eu dizia...)
O séquito de Cavaco Silva deve ter feito figas atrás das costas enquanto cantava o "Grândola, Vila Morena", ontem numa sessão de propaganda eleitoral naquela cidade alentejana. Para muitos deles, a começar pelo candidato, deve ter sido a primeira vez na vida. Ainda os veremos a cantar a Internacional, no Barreiro. Não haverá limites para o oportunismo eleitoral?
[Publicado por vital moreira] Aqui.
Acho que estão a guardar a Internacional para a segunda volta...
Híbrido (memória)
Na televisão, a família real espanhola inaugura o memorial às vítimas do atentado terrorista.
Na televisão, um cravo, deitado, na linha do comboio.
O. viaja para Madrid.
Envio(-lhe) um SMS:
11 de Março em Madrid, híbrido no carril.
quarta-feira, janeiro 04, 2006
Pirescoxe
Cavaco cita Cunhal
Jerónimo (no estúdio) sorri
Take 2
Cavaco canta "Grândola Vila Morena"
Jerónimo (em casa) sorri
Take 3
Cavaco leva "O Capital" para comício de encerramento
Jerónimo (na sede) sorri
Jackpot (Euromilhões)
Lotteryland's the place to be
We don't care who runs the shop
Left wing, right wing, curse the lot
A million quid talks sense to me
Lotteryland's the place to be
Lotteryland, Industry, Richard Thompson + Danny Thompson
"Lotarias e totobolas seriam o único remédio para levantar a cabeça no meio do capital sem piedade."
José Cardoso Pires, O Burro-em-pé
terça-feira, janeiro 03, 2006
Pancho Miranda Guedes
Exposição no NAI sobre o Team 10, com muitos e muitos Links de e para Pancho Guedes, um dos poucos arquitectos portugueses "directamente envolvido" com alguma da arquitectura (internacional) mais significativa do seu tempo... recordo (da primeira trienal de Sintra...), brincadeiras / provocações à Denise Scott Brown, e aos pés frios do Venturi... (mais alguém?)
Por cá, tudo isto parece passar despercebido. As entidades públicas, que, ainda que irregularmente, fazem o favor de "olhar" para a arquitectura, estarão, certamente, demasiado ocupadas, com outras exposições de nomes fundamentais da "cena local"... Em espaços "alternativos" dominam os links para o minimalbanal...
Bem, fazia mais uns Links, mas esta posta já têm muitos... e eu não gostaria de ser deselegante!
segunda-feira, janeiro 02, 2006
Paulo Gouveia
Museu do Vinho, Museu dos baleeiros, Casa de Sintra, e uma recordação (pouco precisa) de um artigo (antigo) no Expresso sobre uma obra premiada pelo Recria, na Ajuda (?), em Lisboa... é muito pouco o que conheço, o que se conhece deste Arquitecto, penso que esteve representado na exposição da Europália, e de vez em quando lá se dá por ele, sempre por bons motivos. E no entanto, se tivesse de arriscar uma lista, com os Arquitectos Portugueses, no activo, que importa acompanhar, ele lá estaria. Num tempo, em que não há paspalho que não tenha direito a uma monografia, não encontro nenhuma publicação sobre Paulo Gouveia. Não lhe conheço Site. A pesquisa (também) por imagens, pouco acresce. E no entanto...
Siza (Parc Esportiu Llobregat)
No mesmo sítio, (ou então na coluna da direita) um Link para o "Jornal" do Site do David Byrne, com um artigo que para não variar, merece ser lido...