J.F. Palma-Ferreira
4ª à tarde, na Horta Seca
"Às Seis da tarde de quarta-feira, a extensa lista de pessoas que já tinha passado pelo Ministério da Economia não deixava margens para dúvidas. Nesse dia, a equipa de Manuel Pinho multiplicou-se em reuniões. Enquanto, no final de mais uma folha de registos, a recepcionista Sandra anota um novo nome nas entradas, ao mesmo tempo, um grupo de consultores desce as escadas do ministério e sai. Segundos depois, entra outro grupo, supostamente para mais reuniões. Quando o assessor de imprensa, José Pedro Santos, aparece, larga um expressivo: "Estamos exaustos".
No compasso de espera de um encontro marcado com Manuel Pinho, José Pedro Santos fez o ponto da situação da agenda da economia numa pequena sala, contígua ao gabinete do ministro, tendo como pano de fundo uma colecção de fotos a preto e branco - com retratos de operários. Depois de um grupo ter saído do gabinete do ministro, Pinho aparece rapidamente: "São só mais uns minutos", diz. Entram outras pessoas para o seu gabinete. E o assessor de Pinho prossegue. Conta como foi a última "corrida" à apresentação dos investimentos da Mendifar para a produção de vacinas antigripais. Antes, tinha sido a vez da apresentação do projecto das pilhas de combustíveis da Agni, que sucedera à apresentação do projecto do Ikea, ou da petroquímica que vai produzir, em Sines, embalagens para iogurtes. Manuel Pinho reaparece.
O assessor despede-se e o ministro entra no gabinete. "Acho que a nível internacional já se começa a perceber que Portugal está diferente", refere Pinho. Mal mostra um mapa dos investimentos aprovados e o volume total contratualizável, toca um telefone. Pede desculpa. Atende e compreende-se que alguém do Governo pretendia saber se a Volkswagen já tinha escolhido o nome para o novo veículo que será produzido na fábrica de Palmela. "Nem a mim disseram", explica Pinho. Desliga o telefone e retoma a apresentação dos projectos aprovados. Interrompe a conversa e desabafa: "Não tenho um minuto de descanso, mas ainda precisamos fazer muitos novos contactos com empresas relevantes para que os grandes investidores compreendam mesmo que Portugal quer ter uma atitude muito mais dinâmica".
Segundo Manuel Pinho, o êxito na captação de novos projectos industriais deve-se a uma grande proximidade entre o Governo e a Agência Portuguesa para o Investimento. "Basílio Horta passa o tempo aqui no ministério a dar apoio a todos os projectos", afirma. Enquanto se despede, Pinho combina a última reunião, para depois do jantar. No dia seguinte, às 9 horas, estava na Autoeuropa, ao lado de José Sócrates."
"Às Seis da tarde de quarta-feira, a extensa lista de pessoas que já tinha passado pelo Ministério da Economia não deixava margens para dúvidas. Nesse dia, a equipa de Manuel Pinho multiplicou-se em reuniões. Enquanto, no final de mais uma folha de registos, a recepcionista Sandra anota um novo nome nas entradas, ao mesmo tempo, um grupo de consultores desce as escadas do ministério e sai. Segundos depois, entra outro grupo, supostamente para mais reuniões. Quando o assessor de imprensa, José Pedro Santos, aparece, larga um expressivo: "Estamos exaustos".
No compasso de espera de um encontro marcado com Manuel Pinho, José Pedro Santos fez o ponto da situação da agenda da economia numa pequena sala, contígua ao gabinete do ministro, tendo como pano de fundo uma colecção de fotos a preto e branco - com retratos de operários. Depois de um grupo ter saído do gabinete do ministro, Pinho aparece rapidamente: "São só mais uns minutos", diz. Entram outras pessoas para o seu gabinete. E o assessor de Pinho prossegue. Conta como foi a última "corrida" à apresentação dos investimentos da Mendifar para a produção de vacinas antigripais. Antes, tinha sido a vez da apresentação do projecto das pilhas de combustíveis da Agni, que sucedera à apresentação do projecto do Ikea, ou da petroquímica que vai produzir, em Sines, embalagens para iogurtes. Manuel Pinho reaparece.
O assessor despede-se e o ministro entra no gabinete. "Acho que a nível internacional já se começa a perceber que Portugal está diferente", refere Pinho. Mal mostra um mapa dos investimentos aprovados e o volume total contratualizável, toca um telefone. Pede desculpa. Atende e compreende-se que alguém do Governo pretendia saber se a Volkswagen já tinha escolhido o nome para o novo veículo que será produzido na fábrica de Palmela. "Nem a mim disseram", explica Pinho. Desliga o telefone e retoma a apresentação dos projectos aprovados. Interrompe a conversa e desabafa: "Não tenho um minuto de descanso, mas ainda precisamos fazer muitos novos contactos com empresas relevantes para que os grandes investidores compreendam mesmo que Portugal quer ter uma atitude muito mais dinâmica".
Segundo Manuel Pinho, o êxito na captação de novos projectos industriais deve-se a uma grande proximidade entre o Governo e a Agência Portuguesa para o Investimento. "Basílio Horta passa o tempo aqui no ministério a dar apoio a todos os projectos", afirma. Enquanto se despede, Pinho combina a última reunião, para depois do jantar. No dia seguinte, às 9 horas, estava na Autoeuropa, ao lado de José Sócrates."
1 Comments:
Outro assunto:
Alegre, o hipócrita!
Baixa médica na assembleia, para ir ter reunião com a malta do "grupo de cidadãos".
A mim nunca me enganou.
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