sexta-feira, novembro 30, 2007

Posições Intermutáveis

A leitura do editorial de Luís Santiago Baptista na arq./a N.º 52 de Dezembro do corrente, "reconciliou-me" com a "ouvre" dos MVRDV.
Atente-se:
A questão de "como fazê-lo" (de todas as maneiras) passa a ser se "devemos fazê-lo" (definitivamente), "onde fazê-lo" (em todo o lado) ou "por quanto tempo ("até à eternidade"...) vamos fazê-lo". Diz que é um "campo de posições intermutáveis"...

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Cad Monkeys

"Os arqueólogos especulavam que os telhados seriam de determinada forma. Ao fazer o levantamento das paredes no AutoCAD, facilmente foi possível mostrar que essa forma não era possível.
Os telhados caíam imediatamente", conta Vera Moitinho, que esta semana apresentou o museu virtual da villa do Rabaçal (...)

(Público, 30 de Novembro)

... "pois"... normalmente é o que acontece aos telhados dos "projectos" com "levantamento (popular!) das paredes no AutoCAD"...

Tentações Vernaculares # 2














A despropósito de "Tentações Vernaculares"...
Somewhere north of Spain ... (perdi a "fonte"...)
A-lembrei-me (a-lembrai-vos?...) desta.

Tentações Vernaculares # 1














Não sei se têm vindo a reparar nas críticas (directas ou "indirectas") às "tentações vernaculares"?
(Eu, rafeiro de soslaio, ando - de orelha em riste... - à cata de "tentações vernaculares" desde a leitura no "antigo" Público do passado dia 2 de Fevereiro da crítica de Jorge Figueira à Casa em Azeitão de Miguel Beleza e José Martinez.)
A obra em causa (recente, em acabamentos...) é do amigo, arquitecto e tudo (Almada!), PCS.
Tem, da coisa, a ambição (nesta nossa idade dos "simulacros"...) da matéria... da matéria da "verdade".
Fossem o Voysey, o Loos, ou o Távora... alentejanos, e esta obra (como sobre uma obra do arquitecto Vítor Figueiredo certa vez "arriscou" a arquitecta Maria Manuel Godinho de Almeida...) poderia ter sido construída em qualquer altura dos últimos 120 anos.
Fora de moda? Tanto melhor... Pode ser que "resista" à contemporânea e quase sempre inconsciente (neo) futurista celebração da (velocidade controlada...) "aceleração"!
Que "implique", que "contamine", pelo (bom) exemplo da sua "boa prática" (também - estou em crer - construtiva), a "paisagem" - a paisagem "imediata" e as outras paisagens mais ou menos longínquas... - é o que de melhor lhe posso desejar.
Actualmente, não há arquitectura "vernacular" que se possa retomar, afirmou (categórico!...) Jorge Figueira.
Temptation?

Nota: As fotos (PCS) não são do FG...

Anunciada * na Televisão

A selecção de todos nós comprou (contratação do defeso) o passe do Tiepolo.
É impressão minha ou a aquisição do Miguel Ângelo (ouvi eu...) do Séc. XVIII está para a "central de compras" de obras-de-arte pelo Estado português, como a intervenção do ministro esteve para este "caso"?
O Estado comprou o Tiepolo (e o Sobral de Monte Agraço já tem um parque infantil...), ai que grande alegria!

* Olha!... por acaso até é uma "deposição"...

Greve Geral








Via Kaos

Os Idiotas






quinta-feira, novembro 29, 2007

White Noise


















A forma é um mal da matéria. (Três Tristes Tigres)
Não há forma sem conteúdo, da mesma maneira que não há forma sem matéria.
A forma, como o poder, tem horror ao vazio.

A Internacional

A um "jovem" engenheiro * que não conhecia A Internacional.

* não, claro que não é esse...

quarta-feira, novembro 28, 2007

Governa-abilidades

Uma falsa solução, para um falso problema.
A "estratégia" é conhecida.
Intoxicação e baralhação da opinião pública pelos canais a soldo (seguido da)
Aprovação de mais um daqueles miríficos "pactos" abençoados por todas as boas almas do "arco da governabilidade" (e pelo PR - sim... não esquecer o PR...), com que a ditosa pátria (num belo dia de nevoeiro...) ultra-passará (ah, mas não passarão!) a Grécia...
Mais que o Tratado de Tordesilhas... a refundação do "partido único"!
Que falta "governança"... Que falta "governabilidade"...
Bah!... para os quintos do inferno!

Sobre o mesmo assunto: Vítor Dias, aqui e aqui

Discos Emprestados # 2












O artista é um bom artista...
A coisa até estava a correr muito bem... (e bem melhor do que eu estava a espera que corresse...)
Esta "fusão" (híbrida...) do pior Sting com... Fernando Girão (?) a abrir a sétima - é que não dá para acreditar numa foleirada desta... "magnitude"!... - é que não estava no "programa"...
Não havia necessidade...

Discos Emprestados # 1

Nem tanto ao mar **** (e meia...)

(o sentimento "anti-nostalgia" e a patine do tempo ajudam a "estrelar", mas a coisa por vezes "amolece"...)

Nem tanto à terra **

(só o "libelo" anti-guerra da inédita John Brown - a fazer "recordar" Dad's Gonna Kill Me, a melhor do último Richard Thompson... - vale mais que isso das duas estrelas... mais que muita "obra" completa...)

O Contraditório

Uma "pérola" de manipulação e desinformação jornalística, a "reportagem" do "actual" Telejornal da RTP1 sobre um pedido de empréstimo da CML. Ouvir, dar a ouvir, a opinião da oposição talvez não tivesse sido má ideia...

O Comunicado

O comunicado da "situação"
O comunicado da "oposição"
O comunicado do arquitecto

Mais uma voltinha

Mais uma viagem

segunda-feira, novembro 26, 2007

2380 postas...

... depois.

domingo, novembro 25, 2007

Old Spice Girls *

Fledermaus Can't Get It

* Contra-Informação

sábado, novembro 24, 2007

Arquitectura do Mundo













A despropósito de África... e (ainda?...) da "escassez" dos recursos... achei por bem recuperar (do dia 20 - uma "eternidade"...) os vídeos dos prémios Aga Khan de 2007.

Foto, via (a não perder...) AR Awards

H2Ouse

O que não faltam para aí são "projectos" de merda, mas esta coisa de H2Ouse, proposta por Ivo Sales Costa e Rita Araújo Cruz, para os "100.000 deslocados" das cheias (H2Ouse - perceberam?...) da província de Gaza em Moçambique (ver Novas Expressões da revista Arquitectura e Vida N.º 87 do mês de Novembro), ABUSA!!!
Para além da evidente falta de qualidade (espacial, "programática", construtiva...) da proposta - que não vale a pena perder tempo a comentar... - fica a pergunta...
Não existem limites para o cinismo desta gente?

Tabazan

Live

Para o primo...

Disfunção

O edifício de Gonçalo Byrne consiste em duas torres que começam por subir com vigor para os céus mas que são rapidamente acometidas por disfunção eréctil.
Acontece aos melhores e longe de mim culpabilizar Byrne pelo desconcerto: nas palavras do próprio, o edifício não deixará ninguém indiferente e, se houver polémica (estão a reconhecer a "escola"?...), isso mostra apenas a excelência de uma construção que se impõe.

O lugar do crime, João Pereira Coutinho, Expresso

A "imagem" (que susto!...) é do melhorio, quero dizer, do piorio!
O "resto", aquilo sobre a (dis) função Kolectiva (ó, JPC... até tu?...) e a "modéstia" do arquitecto (costureirinha...), são a tristeza do(s) costume(s).

O Preço da Palavra












"E aquilo que é contado por um motorista de limusina o que é que vale?", respondeu Corrêa de Aguiar

Público, 23 de Novembro

E aquilo que é contado, ou neste caso "respondido" (à revista Sábado) por uma ex-secretária de Estado da Segurança Social (do governo) de Durão Barroso (actual administradora da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos...), o que é que vale?
A-julgar-se-á esta perua, este peixe-galo (fêmea), esta sardinha do governo cherne, algum carapau de corrida?
A-julgar-se-á (em causa própria...) mais "confiável" que um "reles" chauffer!?...
Ah, o "argumento" (e o poder...) da autoridade (pescadinha de rabo-na-boca...) do poder...
A palavra (da) "confiança" (Zeca...) como está hoje mudada...

Ler: Ao Volante do Poder, Pedro Faria e Nuno Ferreira
Ver: Gosford Park, Robert Altman

:(

Mais de metade já foram à viola... Quem alguma vez tenha participado num "processo" para "remoção" de uns galhos secos de meia-dúzia de sobreiros - ainda que para a construção de uma pobre ZIL sem qualquer interesse público... - não pode deixar de esboçar um sorriso... amarelo
Há coisas...

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Modalidade Demo Crática (O Jogo da Democracia)

tá certo... tá bem visto, essa da mudança dos serviços... pois assim como assim, qual é a "distância" entre o poder do futebol (S.A.) e o poder local da nossa democracia (S.A.)?
quanto à (falta de) qualidade do "desenho urbano" das nossas cidades, não há (infelizmente) muito mais a acrescentar, mas pior que os "estádios urbanos" (por muito maus que sejam, como é o caso...), são os elefantes brancos que não fazem (nem "desfazem"...) cidade, como "em" Aveiro e no Allgarve...
enfin... terrible... an petit "crime" de lesa-pátria... mas a quem é que isso interessa
Portugal, Portugal, Portugal...
(A foto, "under a orange blood red sky", está - "acid"... - fantastical!)

Ganhos de Saúde

Não havendo ganhos de saúde ficou então a questão: valerá a pena manter um subsistema que dá benefícios adicionais a 13 por cento de portugueses mas é pago com os impostos de toda a população?

Beneficiários da ADSE recorrem mais a consultas médicas de especialistas, Catarina Gomes, Público, 23 de Novembro

Médicos "sem título" no Hospor

Manchete, SemMais, 24 de Novembro

Ambulance

sexta-feira, novembro 23, 2007

Momento Zen *

Passou uma mosca (em slow motion?...) da direita para a esquerda (tá-co'a-mosca...) à frente do monitor.

* The Daily Show: Com Bill Murray no papel de Alexandre O'Neill

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Vítimas Involuntárias da Imagem

1 - promete muito, 2 - começa bem, 3 - desilude com as observações simplistas e facciosas (muito "esquerda clássica"...) sobre o Las Vegas, 4 - irrita e acaba (sofrível...) a citar (imagine-se...) Wark Mingley e a questionar se as "teses" do autor (Baudrillard) que "analisa" e "defende", não serão (lui-même...), uma "vítima involuntária da sua prognose (...) no mundo hiper-real da imagem..."
É que não há pachorra... Olha pá, a culpa é do Serlio! Ah, "quem te manda a ti" não gastar a cheta toda ("qualquer dia vestes os CD's e os livros"...) em roupa quentinha para o Inverno... ou numas pecaminosas revistas cheias de... imagens...


















Post-Scriptum: O Lourenço consegue ler estes camaradas comu, comu, comu... nistas? Tenha cuidado... Olhe que por este andar qualquer dia ainda "é apanhado" a defender o estado providência ou pior, muito pior (Vade retro!...), a fazer greve...

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Mi Castillo, Su Casa










Plus Ça Change









= (é-q-é T&Q...)










EN # 7

The Big Country *

I wouldn't live there if you pay me
I couldn't live like that, no siree!

* More Songs About Buildings And Food, Talking Heads

quinta-feira, novembro 22, 2007

The Wonderful and Frightening World of Mark E. Smith

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

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=

quarta-feira, novembro 21, 2007

Os Heróis

segunda-feira, novembro 19, 2007

Delphinium

Gostei de ver o projecto vencedor para a ampliação da biblioteca do Asplund (os outros projectos finalistas são uma m****!...) Uns reparos (para não perder o jeito...) à "pele", à "tatuagem" e às "florzinhas", do "revestimento" (muito edredão do IKEA...), que não chegam a incomodar...
O grande pátio circular e a relação com o "parque" da colina a mediar o "velho" e o "novo", é um "achado" e as monumentais estantes circulares replicam, sem "paródias" desnecessárias, o "original"...
A divulgação é exemplar.
À consideração da OA...

Usonian (Janelas Impróprias para Sanefas)

O "maior" (arquitecto da história...) não sei... (haverá um "top"?...) mas sei que na entrevista do Caressing Trivia, Manuel Vicente afirma (e não custa nada acreditar...) nunca ter visitado uma obra de Frank Lloyd Wright que não o tenha impressionado...
Por outro lado... foi o Hitchcock (salvo erro...) quem fez a "maldade" de fazer do FLW, o "maior" arquitecto do século... XIX (eh, eh, eh, mas que grande maldade...)
Mas vamos ao que interessa... Boas áreas, materiais com gosto... (materiais com "gosto"?... bem, deixa p'ra lá...) As "boas áreas" são uns "nicos" de "living room" sem uma ("boa") sala de jantar ("formal"), uma cozinha tipo kitsch-Net ("super piquena"...) e umas "janelas" (do mais esquisto...) impróprias para sanefas! Aquilo é praticamente (e não é que era mesmo...) um pro-tó-tipo... SOCIALISTA (de "esquerda" ou de "direita" - fica à tua ou à sua escolha) com um alpendre para estacionamento do "Ford" (preto, evidentemente) e uns quartos perpendiculares ao corredor...

Para os jovens 3G da nova consciência ecológica, o FLW também deve ser um grande aborrecimento...

A palavra do senhor (Frampton):

The Usonian House of Frank Lloyd Wright (...) represent the last serious attempt made in this country (or anywhere else for that matter) to render the suburbs as a place of a liberative universal middle-class culture, as a place of cultivation that would be liberating not only for men, but also for women. (etc.)

domingo, novembro 18, 2007

Uma Kurte de Betão

As coberturas planas são más, as coberturas aos "bicos" são boas. (Hellersdorf)
As justaposições intencionais são más, as "justaposições acidentais" são boas. (Ecolonia)
A repetição é má, o "pitoresco" é bom. (Zilvervloot)
A repetição é má, a "diferença" é boa. (Bethoncourt)
A "imagem" (a "imagética"...) da "tradição do moderno" é má, a "imagem" - oh! - "so tradicional", é boa. (Bethoncourt)

The whole project was given a image so tradicional that the inhabitants immediately felt at home and started putting flowerpots on ther windowsills.

Estamos conversados...

É o Futebol (a obra de "arte-total"), Estúpido!

O que me interessa ver agora o estádio quando me disseram que foi comprado por uma companhia de seguros que encheu as paredes com cartazes...

Souto de Moura, "ainda" no Expresso de 10 de Novembro

Não há paciência para o "choro" (Vítor Figueiredo) dos arquitectos... Mas do que é que o Secilizado estava a espera? Um estádio "morto"... um estádio "museu" de arquitectura? A companhia de seguros, o dono, encheu as paredes com cartazes?... Pois fizeram eles (eu teria feito o mesmo...) muitíssimo bem! Space is Money! Time is Money! Arquitectura is M-Money!
E aquelas magníficas paredes em betão estavam mesmo a pedi-las... A pedir a colagem de uns cartazes e a "pichagem" de uns graffitis!...
Ora... bolas... A arquitectura deve "sobre-viver" (e estou certo que o estádio do SCB sobrevive...) sobre-viver à porra dos cartazes!
Ou será que (como o Van de Velde...) o Souto quer proibir os cachecóis e desenhar uma "farda" (cinzenta...) para os adeptos?...
É a vida...

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sábado, novembro 17, 2007

Top +

3 bandas rock "main-stream" (of conscience...) perfeitamente anacrónicas e irrelevantes do ponto de vista musical, que caíram no ouvido...

Manic Street Preachers (mai-lo dueto todo pi-pi...)
Green Day (canta o "fucking", pá!...)
Foo Fighters (I fought the law...)

seguidas de

2 bandas "pós-apocalipse" que eu mal conhecia por ter estado quase morto no deserto (e o porto aqui tão perto...)

Zoot Woman (o pastiche delicioso e competentíssimo - oh, so 80's... - de... Living in a Magazine)
Electric Six (fantasia à solta, na idiossincrática Gay Bar)

Doca de Pedrouços

A despropósito da Doca de Pedrouços... recuperação de um projecto dos meus tempos de estudante (Proj. IV, FAUTL, 1993) para um "clube náutico".
É um projecto (espalhado) ao "comprido", à volta de um pátio ("seco") copiado (pois... querias...) do Alhambra...
Entrada principal na fachada poente, virada à rampa da doca... Recepção em frente. Cozinha (ao "comprido", tipo "Casa de chá"...), Bar/Restaurante (tipo "carruagem"...) à direita e I.S. à esquerda. Balneários, Ginásio, Sala de Remo, etc., (tudo com "pragmatismo"...) para norte. "Torreão" do depósito de barcos (muito M-Mateus... mas perfeitamente "aceitável" em 1993...) para sul... para o Rio... Administração, Secretariado (generosos espaços - "lounge" - de circulação e estadia...), para nascente.
É um projecto "mal-amado"... Por esta altura já eu tinha fulminado o professor com o desprezo de um "olhos que não vêm"... Mais um pouco... e chumbava (me).





Volta Raul Lino, estás a-perdoado! *

Absolutamente a (não) perder, o dossier tipo "inquérito" sobre "A casa tradicional portuguesa" na Única do Expresso.
Destaques para a "coluna do alpendre com elemento decorativo em 'S' de dupla espiral" da Casa Minhota e para o "Monte alentejano" com portadas em alumínio lacado verde-garrafa (tara perdida...) e a "faixa colorida, normalmente em azul ou ocre" da "Casa alentejana".

* eu sei que a arquitectura do Raul Lino não tem nada a ver com esta apagada e vil tristeza...

Nojo

Tantos portugueses, que nojo...!

Rogério Samora, no voo 502 da British Airways Londres-Lisboa, Única, Expresso

Chuva

Chuva, Santo, chuva... não esta modorra de quaresma em Novembro.

sexta-feira, novembro 16, 2007

Poor Man's Verdi

eu além de ser pobre, basileiro, terceiro mundo, filho da puta, eu ainda faço uma música sofisticada

Fabricando Tom Zé ( let's look at the trailer...)

quinta-feira, novembro 15, 2007

Metáfora da Semelhança

No meio da Alameda do Parque Manuel da Braga um novo volume duplica o existente, numa metáfora de semelhança volumétrica em que se anula o impacto pela existência da cópia. (...)

Museu da Água e Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental, Coimbra
Alberto Lage + Paola Monzio
arq./a Novembro 2007

Quem estiver farto de conversas da treta sobre vinhas virgens, paredes "vegetais" e coberturas ("có-có") ajardinadas (não sei como é que o "irresponsável" do Le Corbusier não se lembrou desta...), que levante a mão... ou baixe ao comentário...

Raining in my Heart

Santo, só umas gotinhas

Leve

Não me leve a mal
Me leve à toa pela última vez
A um quiosque, ao planetário
Ao cais do porto, ao paço

O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo

Não se atire do terraço, não arranque minha cabeça
Da sua cortiça
Não beba muita cachaça, não se esqueça depressa de mim, sim?
Pense como eu vim de leve
Machuquei você de leve
E me retirei com pés de lã
Sei que o seu caminho amanhã
Será um caminho bom
Mas não me leve

Não me leve a mal
Me leve apenas para andar por aí
Na lagoa, no cemitério
Na areia, no mormaço

O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo

Não se atire do terraço, não arranque minha cabeça
Da sua cortiça
Não beba muita cachaça, não se esqueça depressa de mim, sim?
Pense como eu vim de leve
Machuquei você de leve
E me retirei com pés de lã
Sei que o seu caminho amanhã
Será um caminho bom
Mas não me leve

O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo

Carioca, Chico Buarque

Telenovelas Brasileiras

Um gajo com barba à "Astro", no espelho retrovisor.

Kumbaya

Uma espécie de "parceria público-privada" (eu levo os meus técnicos e tu levas os teus...) entre a CIP e a RAVE, sob o "alto patrocínio" de sua sorridente excelência (o governo ainda não decidiu...)
Vamos todos dar as mãos...
Tenham medo...

quarta-feira, novembro 14, 2007

Disco do Ano


















odp tem passado muito do seu tempo a ouvir o último (e novo) Robert Wyatt: Comicopera. Comprei às cegas, às surdas, como é hábito (aqui no mosteiro), um pouco desconfiado (mas já é "feitio"...) com tanto destaque (hum, capa e tudo...) e promoção (pela editora da moda...).
Em vão, debalde, etc. A entrada, a bateria do "mestre de cerimónias", dá o "tom", e bastam (chega!) 5 ou 10 segundos do mais puro dos "sons" (obrigado Anja...) para, ao fim da primeira repetição do primeiro "somewhere", ajoelhar (e acender a vela...) no altar do santo (e respectiva esposa...) do divino progressivo depressivo.
As you all know by now... o disco, a ópera, divide-se em x=3 actos. O primeiro (cinco temas em desfecho instrumental) é perfeito. O segundo, musicalmente mais heterogéneo, nada (ao primeiro) lhe fica a dever. Emoções à flor da pele em montanha russa (high and low...) da euforia (maníaco-depressiva) à mais profunda (e deliciosamente reconfortante...) depressão. Out of the Blue (alguma coisa - que não o Eno...) a terminar o segundo acto ("the here and the now") é uma das mais radicais e devastadoras músicas de RW (Something unbelievable has happened to the floor...), e uma "experiência" sónica, que por esta altura... já não esperava (toma lá que é para aprenderes a não seres "choninhas", coninhas!).
O terceiro acto, também "oscila", e vai a "fraquejar" (isto para quem já "fechou" discos com Song For Che, The Whole Point of No Return, La Ahada Yalam, ou mesmo The Verb...) no "prolongado" solo (Pastafari) de... vibrafone... e, no "finalzinho" da versão para Hasta Siempre Comandante... Nada de grave... nada que não seja mais que "compensado" pela belíssima versão para a Itália (níssima!) Del Mondo (a "abrir" o terceiro acto e a suceder à mencionada Out of the Blue...) ou pelo "achado" da melodia "encontrada" para "musicar" o poema Cancion de Julieta do Espanhol (íssimo!) Poeta Lorca.
Um dos melhores, senão o melhor disco, da "longa e extraordinária" carreira de Robert Wyatt.
Evidentemente...

Killiney House














Killiney House, O'Donnell + Toumey

Sentido de matéria, sentido de "paisagem", investigação formal e espacial, investigação tipológica, "desarrumação" das ideias...

Esqueçam a "loira burra" (capa de revista) e as ("pavorosas"...) aguarelas mais ou menos "conceptuais"...

Dedicada ao Souto de Moura, para quem os arquitectos portugueses na casa dos 40's são a oitava maravilha...

(Dos mesmos autores... a Habitação Social de Galbally)

c-i-ic c-i-ic

O João respondeu-me (e muito bem) aqui... e aqui :)
Vão lá ver, que as postas têm um "brinde" (um bombom asiático...) e uma etiqueta "critic clinic" de se lhe tirar o "chapéu" :)

Despedida

O Formiga Bargante, do Fernando Gonçalves (e da Beluga), acabou.

Por "passares", por comentares, pelo "link" e pelas "cumplicidades", o meu muito, muito, obrigado.

Um abraço... e até sempre.

terça-feira, novembro 13, 2007

Tele Posta a San Pedro

Santo, manda-chuva, quero ouvir o Rogue's Gallery... e não há "clima".

Heaven *

It's hard to imagine that nothing at all
Could be so exciting, could be so much fun

* Fear of Music, Talking Heads

segunda-feira, novembro 12, 2007

Linguagem Perdulária

... é preciso ter um sentido muito económico dos meios. Não sou nada sensível a uma arquitectura que precise de grandes meios e seja perdulária na sua linguagem. A arquitectura mais forte é aquela que consegue atingir o máximo da expressividade com justeza de meios.

Gonçalo Byrne, Única, Expresso, 10 de Novembro 2007

Pois sim, vale (bale...), afinal (de contas) eu também já aqui postei (citando o Taínha) sobre esse sentido da "economia"... da construção... da arquitectura... Mas sobra um "amargo"... um amargo que eu não sei (se sei) explicitar... uma "reserva mental" (umas reticências...) para com toda esta "fatalidade" e "modéstia", para com este faduncho "chão" tardo "inquérito" (o "original"...) ainda (e sempre...) virado para as lições (sustentadas e sustentáveis...) dos tempos longos também da arquitectura (dita) popular... (esse tempo e essa "duração" que já não existe ou que está em vias de "extinção"...)
Em arquitectura (no exercício da arquitectura do "Portugal dos pobrezinhos"...) o que poderá ser uma coisa, assim baptizada, de "linguagem perdulária"? A "linguagem perdulária" está para a arquitectura, como o "jogador perdulário" está para o futebol? Será uma espécie de angústia do arquitecto no momento (decisivo...) da entrega... da bola?
É porque se eu (também) sou muito "sensível" (e emocionado - pá!...) com essa "expressividade", chamemos-lhe assim, da "escassez", não deixo (lá por isso - era o que mais me faltava...) de ser igualmente "sensível" a outros discursos ou "linguagens"... sensível à língua da "sobreposição" (e do "interseccionismo"...) e da "complexidade e contradição" e de todos os "excessos" possíveis (e mais algum...)
Uma coisa, digo eu, não invalida a outra... da mesma maneira que (não) gostar (particularmente, ou por aí além...) do Render da Guarda não me livra da "comoção" com o último dos auto-retratos...
Que o João "sexy" não tenha escrito nada sobre isto, nada neste "sentido" - no sentido da superação deste grande consenso da racionalidade dos suplementos dos semanários de fim-de-semana... - é que também (provocação...) me está a deixar algo atrapalhado...
E já agora (GB), só para ver se a gente se entende, a-manda lá uma cartada das tuas, de arquitectura perdulária...

Eu jogo o ás (sem ofensa) de trunfo:

Nova Arquitectura Angolana (odp feito pelo GAD)

Pelo conhecimento "in loco" e em primeira mão do "problema", "tomei a liberdade" de reproduzir o "corpo central" deste comentário do GAD, que ("como é natural e fica bem...") muito agradeço.

Esta é apenas uma das consequências perversas do exponencial desenvolvimento económico da República Popular de Angola principiado com o fim da guerra, há bem poucos anos.
A relativa estabilidade social e económica então instaurada, escancarou, de novo as portas do país para a "invasão" desenfreada das grandes multinacionais, ávidas da fertilidade e da riqueza natural deste país estratégicamente posicionado em África.
A total ausência de uma entidade séria que regulasse a qualidade dos mega-projectos para a construção das sedes e dos "micro-climas" (alojamentos de luxo para os expatriados e família, escolas, clínicas, etc.) aliada a um sistema onde a corrupção está institucionalizada, abriram espaço para o crescimento acelerado destas aberrações.
Por outro lado, o modo sobranceiro e neo-colonialista como a grande maioria dos arquitectos (de muitas nacionalidades, incluindo portugueses "de nome feito" (só para falar da nossa área) encara o mercado angolano reflecte-se num total e despudorado desrespeito pelas questões essenciais da arquitectura, nomeadamente as consequências fisicas e ambientais da intervenção em grande escala numa cidade consolidade e caracterizada por uma coerência formal e espacial extraordinária.
Conhecidos arquitectos da nossa praça (os chineses, sul-africanos, americanos, brasileiros, israelitas, etc. não me dizem nada) estão a projectar para Luanda e para muitas outras cidades em franco desenvolvimento sem nunca terem posto um pé naquele território de características ímpares.
Durante o antigo regime, grandes arquitectos portugueses encontraram nas colónias espaço e liberdade para a pratica da arquitectura moderna inspirada sobretudo nos modelos corbusianos.
As condições específicas do clima motivaram esses arquitectos para a pesquisa e invenção de inteligentes e variadíssimos sistemas de ensombramento e ventilação natural formalizados numa gramática de grelhas, palas, vazios, ritmos, texturas, onde adicionaram a cor e a fantasia que se respira em África.
Hoje, se alguma coisa se respira, é o "encanto" dos dólares americanos.
Por fim, a ideia bacôca e abstrunça (por parte dos promotores e dos governantes) de que a qualidade e a modernidade passam pela construção em altura e pela importação de modelos "internacionais", copiados do Dubai, (por exº) onde domina a fachada cortina, o alumínio e uma enganadora sofisticação, estão a destruir, para sempre,cidades notáveis sob todos os pontos de vista.
Ambientalmente, adivinham-se a curto prazo, consequências dramáticas.
As torres, como a que mostras, que agora crescem na frente da cidade, junto à famosa Marginal, estão progressivamente a cortar todo o importante e complexo sistema de ventilação natural e de escoamento de águas pluviais da cidade.
Para acabar (não fui assim tão sintético...) a história mais recente deste país será escrita e, pela parte que me toca, como angolano que também sou, terei o maior gosto em chamar os bois pelos nomes.

Mais uma vez muito obrigado pelo teu comentário. Fico à espera da "posta prometida" :)
Um abraço.

Milagre (Nossa Tina)

Volto a chamar a vossa atenção para a décima primeira e última música do concerto dos Talking Heads em Roma em 1980. The Great Curve, a fabulosa terceira e também última do inigualável "Lado A" do clássico Remain in Light. Nossa Tina despida de branco (com umas "rachas", que nossa senhora...) agarrada ao baixo e a trepar (a) o amplificador... Nossa Tina nas alturas... Fátima... carapuça... Um milagre!

(Sati feitos agora?)

domingo, novembro 11, 2007

Região dos Eurocratas

Uma "gaja boa" a pastorear uma ovelha pela "trela", aos pés da Torre do Burgo (do Souto...) no Porto, para promover a "ousadia" e o "contágio" dos Vinhos do Alentejo, numa campanha publicitária da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana "financiada com a contribuição da União Europeia e do IFAP"?... Mas está tudo doido?...

sábado, novembro 10, 2007

Ossos do Ofício

O Le Corbusier meteu água (na cobertura plana...) e escapou por uma unha negra à unha (negra?...) da cliente...
O Mies meteu a pata na poça do pântano... abusou da... "transparência" - sim, diz que foi da "transparência"... - e acabou mesmo processado...
A pirâmide de vidro da biblioteca do Stirling deu pró torto... e acabou-se a sociedade...
O FOG vai ser processado pelo MIT? (O gajo é - salvo seja... - "impagável", e já disse que o MIT anda atrás do prémio do seguro...)
E daí?...

Houses in Motion

Talking Heads, Live in Rome em 1980, ou, segundo SturgeonsLaw: "how to make the guitar solo relevant in postmodern times"

O "alinhamento"? Fez-se assim:

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11

Sati feitos?

A Valsa das Escalas ou Ralação na Relação (descola...)

O M-Mateus escreveu uma carta que o Jornal Expresso publicou na rubrica "A carta da semana" a propagandear que o projecto para "o Rato que pariu uma montanha" é um louvável exercício que "pretende fazer a tradução entre escalas" (segundo a escala de arquitectura "Gulliver", provavelmente...), entre "a (escala) do largo do Rato, e a (escala) da Av. Alexandre Herculano tomando como medida (de escala) o edifício (projectado por) Ventura Terra." (Sobre a "tradução entre escalas" com a Rua do Salitre ou com a Rua da Escola Politécnica... nada - que isto das escalas da cidade é uma "coisa" muito séria e complicada e não é para qualquer um... com um blogue...).
Mas M-Mateus diz, escreve, mais. Escreve que "a localização" "obrigou" "a um esforço técnico e um sobrecusto na construção (já?...) para se relacionar visual e materialmente (ai, Jesus, materialmente...) com infra-estruturas como o Chafariz, o muro (das lamentações...) da Procuradoria ou (e como é que eu adivinho estas "relações"?...) a Mãe D'Água".
Tanta relação... é muita relação... E custou muito, foi?... Estou capaz de "verter" uma lagrimazinha de compaixão pelo "sobre-esforço" (coitadinhos...) do "trabalho em parceria"... (realmente... tanto trabalhinho... que corre - por gravidade... - o "risco" de ir pelo cano... da Mãe D'Água...)
Segundo a carta do "queixoso", o Jornal enveredou por uma divulgação (quem pela espada vive...) com "imagens sensacionalista" e "perspectiva(s) que não corresponde(m) à solução", mas que, e pasme-se (e se eu estou es-pasmado!...), são AS MESMÍSSIMAS IMAGENS (sensacionalistas...) que o "parceiro" da montanha (mal) parida, o arquitecto F. Valsassina (ver "destaques"), disponibiliza no seu site para "ilustrar" o projecto em parceria...
M-Mateus diz que "o projecto é sério", e eu sempre crente na palavra da arquitectura dos divinos deuses do Olimpo disciplinar não o duvido... começo é cada vez mais a pensar (como os "outros"...) que "a arquitectura da cidade" é, também ela, uma coisa demasiado "séria" para ser deixada nas mãos dos arquitectos... dos arquitectos "pagos" pelo cliente... e dos arquitectos "pagos" pelo erário...

Prémio Carreira

Nuno Álvares Pereira (1360 -1431) é quase santo.

Os Maias

Lisboa Mistura






















Ó P. (na "ressaca" do Lisboa Mistura TV...)
Essa cidade, miscigenada e multicultural é "gira"... mas não existe pois não?
O Fungagá da lusofonia com pretos para um lado, e brancos para o outro (aquelas roupinhas meu Deus... mas como é que alguém pode ser "criativo" quando demora 14 horas por dia a escolher a
t-shirt + sexy... do "armário"?...) a afundar a p... nos "sofás" e nos bancos "design" das "galerias-concertos" dos bairros da moda, só existe nas produções audiovisuais da elite fashion da ou do... capital.
O (i) Momus passou por cá e tirou-nos o "retrato"... Passo a vida a tropeçar em nomes de músicos, ou melhor, em nomes de "projectos musicais", que descobriram as virtudes da capital do (bom) povo (selvagem) do sul, triturador (ou "esfrangalhador", ou lá o que era...) de... sardinhas. (O MEC, escreveu com muita piada, que para comer umas boas sardinhas assadas em Lisboa... hum, hum...)
Lisboa apeadeiro, entre Tóquio, Berlim e Nova Iorque, infelizmente (ou felizmente...) não existe... e o expresso (corre que "ainda o apanhamos"...) Braga-Nova Iorque do homónimo Variações (Bye-bye the way, um dos últimos teóricos da "cultura portuguesa"...) falhou... redondamente... à roda dos meninos da Madre-Deus (sulistas, elitistas e liberais...) e à roda das saias do Fado Pimba da... Mariza + cenário Decon... do FOG!!!
Lisboa Sta. Polónia (ou a-Polónia?), Lisboa (ou Porto?) Braço de Prata, Coimbra (B)... O TGV não passa por aqui!...

Para o Paulo Moreira (... quando eu era novo e estudava para arquitecto também havia uns malucos que viajam pendurados nas portas dos comboios...), com um abraço.

High and Low (Sociologia da Arquitectura)














Link
















Link

quanto ao resto... I disagree ... as postas do João (vamos na # 5) são sobre arquitectura... sobre arquitectura "pura e dura" (!) sem falsos álibis sociológicos ou de outro "galho" qualquer das ciências (ah, ah) ditas "sociais"...
sociologia... sociologia da arquitectura... é isto... (mas isso também o L. sabe...)

Imitosis # 2 (Hearts)

Kylie Minogue, a nossa diva pós-moderna favorita, está de volta... e em grande forma.

Imitosis # 1

Petição

Pela "postagem" da crítica (e que crítica...) de Pedro Mexia ao livro de Maria Filomena Mónica sobre Cesário Verde.
Eu sub-escrevo. É só mel...

sexta-feira, novembro 09, 2007

Um parêntesis, por modéstia

(não uso, de resto, nenhuma palavra descuidadamente)

VPV, Público, 9 de Novembro

(só isto - ao contrário da arq./a... - já valia o preço da capa)

quinta-feira, novembro 08, 2007

Eu, eu é que sou o "efeito Bilbão"...


Sustentabilidade e Afecto # 2

Luanda (para o GAD)

Sustentabilidade e Afecto # 1

Emissão (pensamento) Zero

Projectar conscientemente e de modo responsável é uma questão fundamental na arquitectura existente desde a antiguidade mas esquecida durante o século XX, onde as revoluções sociais, inovações tecnológicas e restrições legislativas substituiram o bom senso no projecto e respeito pelo usuário.

Carlos Sant'ana, João Santa Rita e Nadir Bonaccorso
Exposição Emissão Zero
A casa da vizinha não é tão verde quanto a minha
arq./a n.º 51, Novembro 2007

A arquitectura do século XX, o "projecto moderno" da arquitectura do século "passado", é (ou foi) socialmente irresponsável e inconsciente!?...
Ó jovens "inconssientes", tenham dó... (que dá dó... dá dá... do dot... gu-gu... ga-ga...)
A arquitectura do século XX (assim por "atacado" e aos "séculos", é?...) não teve "bom senso" (ai o "bom senso"...), nem "respeitinho" pelo "usuário"?...
Show some respect! Ai não querem ver os cueiros...

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Na Volta do Correio

Cara Beluga (e ana)

(Hipótese)

Toda a intensidade é sexual
Toda a pintura é intensidade
Toda a pintura é sexual

E o Bazille, homossexual ou não ("who cares"?...), não escapa a esta desnudada "regra" da (boa) pintura.

Gosto da(s) pintura(s) do Bazille...
Os corpos são "consistentes" e (tanto quanto o permite a ilusão da pintura...) "verdadeiros".

Demasiado "verdadeiros" para a "consagração popular" via Taschen "basic" à venda na FNAC de Gaia ou de Almada... mas adiante.

Não gosto (lá muito...) da pintura do Thomas... Seis homens (e um cão, reparou?...) em pescadinha (que tarado...) de "rabo-na-boca"...
Dá vontade de carregar num botão e accionar (ou "despoletar") a "animação" como naquela(s) fotografia(s) do homem que corre...

A "cena de verão" do Bazille é bem mais... "misteriosa"...
Oito homens, aos "pares", agrupados e/ou "des-agrupados" em poses... "desconcertantes"...

Dois à "bulha" (na guerra ou no amor?...) à maneira (dita) greco-romana...
Um barbudo, o único (significativamente?...) "semi-despido" (ou vestido...) a retirar (ou a "salvar"? - mas de quê?...) o camarada com as nalgas "destacadas" (e literalmente "encharcadas"...) do... "charco"...
Um de "molho" (fetichista?) a olhar na direcção (mas não "para"...) os quase excessivamente "iluminados" pés ("secos"...) do "mártir" encostado ao "tronco"...
Um deitado (e "deleitado"...) a "mirar" um outro que ao "fundo" ("inocentemente"?...) se despe, enquanto oculta (ou "acaricia"?...) os genitais...
A "tensão sexual" é evidente, mas qual será – ainda que por demais ambígua... – a "história" da pintura?
Terá uma história para contar com princípio meio e fim? Terá uma "moral" (da história)? Terá o autor (ou a pintura?...) um "ponto de vista" sobre a sexualidade das suas personagens?
Teremos nós?

Arquitectura

A "outra" arquitectura (diz que sim, diz que é...)

quarta-feira, novembro 07, 2007

Mob Rule *

Plans were unveiled,
the press inform,
residents muttered their doubts and fears
at meetings.

A brace of councillors
voiced concern.
Some assent was murmured.

Whom to trust?
Who could know
just what that meant:
Expert?

People are so ungrateful,
it's quite hard on Chairmen.

Directors of Planning must be given
the right to make Plans.
Just as, say,
the woodworm
must bore.

So too,
Advisers must
Advise.

* Comicopera, Robert Wyatt

Tendências em Revestimentos

A última trend em revestimento de pavimentos é... o não revestimento!

Ó (invocação) Gill (lá está ele a falar com os mortos...), diz-lhes tu...

terça-feira, novembro 06, 2007

2G (dois gavetos)

Descubra as diferenças entre o gaveto do Siza para o edifício Zaida em Granada (slideshow no Últimas Reportagens), e (por exemplo, aqui) o projecto proposto por F. Valsassina em "parceria com Aires Mateus e Associados" para o gaveto ao Largo do Rato em Lisboa... Diz que são umas 7, 8, ou, mesmo, bem contadas, umas 9 diferenças... (O.K., são 10 diferenças... contadas, numa "voltinha", pelos dedos das mãos...)
O Siza, ainda e sempre... O M-Mateus (ou quem com quem, dir-me-ão...), "jamais"...

Minimanual of the Urban Guerrilla?

segunda-feira, novembro 05, 2007

Corpo a Corpo

B.


















Hum... quero dizer...
As figuras "salteadas" como num "transfer" do Noddy à venda (só esta semana...) no Pingo Doce... O "truncado" da direita...
E o "dengoso" melancólico do "extremo-esquerdo" a treinar (futebol de 8...) para... mártir.
Os "membros-de-molho" (ah, a pintura daqueles braços...) mai-los truques ("realistas", bah!... - "antes" a banhista "des-calada" do "Déjeuner" do Manet...) a ajudar à composição da perspectiva da composição...
Excuse moi, B. Fica para a próxima...

Nem-Nem

Uma segunda-feira que não foi boa, nem má, nem assim-assim.

domingo, novembro 04, 2007

Give Me The Food

OPA! (full screen mode)

O avental pós-feminista
Aretha F., Miss E., e Amy W.
Universidade de Bucareste
Outubro 07

sábado, novembro 03, 2007

Incomodado ou Incómodo?

Aquilo Que Nós Semos

O que é que os arquitectos podem fazer pela "paisagem" (física, social, etc.) do seu país?...
Somos contra os "resorts" da treta mas até "sonhamos" com a encomenda miraculosa para a "vivendoca" (MGD) "utopia" (ou "bom-sucesso"...) e com o sorteio ("euro-milhões"...) para um céu... mais estrelado...
Somos contra as "torres" (às vezes...) mas se pedirem com jeitinho lá se a-jeita a "coisa" (e até "justifica"...) mais um... "piso recuado"...
Somos contra as "virgens-brancas" (todos em coro: Somos a favor!...), mas se o cliente insistir...
Somos contra a desnecessária expansão dos perímetros urbanos, mas ganhamos bom dinheiro é com os loteamentos "XPTO" com uns regulamentos da treta poli-fotocopiados "as quatro da madrugada" e com os projectos "RGEU" dos "prédios de rendimento" para as "cercanias" (invernia!...) e para as "entradas" (mal paridas...) rente às "rotundas"...
Somos pela reabilitação (é um "bailinho"...) dos centros históricos, mas mal percebemos de construção corrente (quanto mais da "antiga"...) e não temos propostas nem soluções "consistentes" para a "decadência" dos "núcleos"... Os PP’s "elaboram-se" a martelo, em planeamento "progressivo" e em "cascata" (joanina...) seguindo (e segundo) uma cartilha qualquer mais ou menos académica... (delimitados – num "bacalhau" alentejano, imagine-se... – pelo eixo da via...). As obras ditas de requalificação são um imbróglio resolvido em "paralelo infinito" e às três pancadas, com "infinitos paralelos" e (outros) cubos de granito, vegetação “autóctone” e mobiliário progressista com "design" (progressista) – tudo (patrocínio) cortesia... "parque das nações"... (que a capital é a capital e os Polis não nos escapam...)
Somos pelo "respeit-inho" interdisciplinar, mas venha de lá o "arranj-inho" dos "canteiros" (...) e a "coordenação" (meu Deus...) a "coordenação" da "equipa" (e a mais os planos "desígnio" e a direcção da "obra"...)
Somos eruditos e cultos (temos licenciaturas…) mas não sabemos falar (ou escrever...) para (com) o "outro"... Vivemos numa "redoma" (agora diz que é numa rodeia...) rodeados de "um mar de incompreensão"... e, pelo menos "aparentemente", pouco ou nada sabemos fazer para alterar a... "situação"... A culpa é (sempre) do "outro" (mais pateticamente do engenheiro e/ou do "desenhador", etc.), que não são (cultos e eruditos...) como "nós" (pois...), mas que (afinal...) e enquanto TAL (enquanto um "outro"...), já não existem...
Somos "éticos" e defendemos o "interesse público", mas continuamos a construir na falésia ou na duna primária, ou na REN (a ecológica, não a eléctrica, que essa é para os pobre e para os refugiados europeus no a-Algarve...)
Somos muito úteis em projectos... "para a cidade"...
Somos... "fantásticos"... mas não vamos lá ("endogamia"...) sem um ("nome") apelido, uma "requisição" (os re-queques...) para a câmara do partido (...) e outras "jogadas" ao gosto dos poderes "tácitos", mas - lá por isso... - não menos "reais"...
Somos honestos e cumprimos as leis, nos dois lados da fronteira da legalidade (não sabiam que a legalidade tem sempre - pelo menos... - dois lados, e que o "lado" dos arquitectos é sempre, mas sempre, o lado certo?...)
Somos...

Para o João

O Regresso da Bisarma do Largo do Rato

"Não fazemos réplicas"

Que presunção...

Por acaso a-pensarão as criaturas que são algumas Iluminuras Sagradas da pós-modernidade "full of"... "originais"...

Ah, os camaradas "full of..." a-mai-las as suas amadas patacoadas teóricas pseudo... "originais"...

Ah, o grau zero do "pensamento disciplinar"... (e se não gostas é porque não percebes... o que é que tu - ó pá - percebes disto? Na melhor das hipóteses, tens um sobrinho arquitecto - amestrado por mim... - que vai curtir bué! Vai mas é comer perceves, percebes, para as Amoreiras!)

Tá "lindo" pá! A-aparece aquele centro de saúde do Taínha (ah, não se podia dizer...) em Sete-Rios... ou um "fragmento" da portela de Sacavém d'après M&H... um autêntico "Franjinhas" para a LX XXI... um novo Fonsencas (e Irmãos...) da nova dupla "Maravilhas"...

Ah, Capital...

Bada... rato!

Distopic!














Não acham que já estão a "passar das marcas" com esta merda do "living with less"?
Voltámos (it ain't 1918...) ao debate sobre a "existencia mínima"?
Menos NÃO é mais!... E não há (verdadeiro) luxo ("Renault"...) sem um generosa "porção" de... espaço...
"Living with less is the key to living sustainably"?
Fuck sustainability!

Manifestos de Cristal















Manifestos de cristal?
Das duas três... ou atrasados, ou distraídos, ou então (o mais provável), uma tosta "mística" ("híbrida", s.f.f.) de arrogância e ignorância...
Oh, que aborrecimento... oh, o "spleen" da eterna repetição...
Cristal, "the last frontier"... O Kenneth (e o raio da "frequência"...) é que a sabe toda...

Verso

Um cardiologista sem coração

Early In The Morning

Best

sexta-feira, novembro 02, 2007

Tattoo














Andaram para aqui a mudar uns candeeiros... e deu nisto...
A fotografia está mazinha (a "tremideira", eu sei...) e as "cores" - e a "luz"... - não são bem estas... Mas que se lixe!... A arquitectura "verde" (vende?...) e a arquitectura "tatuada" (como "blogava" o Loos...) voltaram a estar na moda...

Salazar, Salazar, Salazar

quinta-feira, novembro 01, 2007

sans *

These ideas would later be incorporated into the essay "The Question of Regionalism", co-authored with Alexander Tzonis and Liane Lefaivre. That text, published only in Germany, encapsulated much of the theory of critical regionalism that Tzonis and Lefaivre, sans Alofsin (itálico mio!), have developed.

* ou Toda A verdade Sobre o Regionalismo Crítico e ainda mais um bocadinho... ou O Regionalismo Crítico das duas uma: ou é um "caso" de Polícia ou é uma personagem (por a-caso...) de uma adaptação ao cinema de um livro do Umberto Eco... e a des-em-gonçada da posta pior que um palimpsesto sagrado do Vale do Nilo...

Quando calharem de pensar que o blogue está a ficar por demais a-aparecido com uma eventual "rubrica" ou "coluna" da Rádio Renassenssa do tipo: "o pensamento arquitectónico do dia" (que "prato"... "é só rir"...) avisem, O.K.? A gerência (da nave...) agrade... ssesse.

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1.º de Novembro

CG's Stepson

What was your record for women during that period?
I used to fuck a lot. Still do. My record? Let's see. I nailed 64 chicks in one week. That was pretty interesting.
How do you happen to remenber that?
I was keeping track. It was an ego trip.
You say there are a lot of disadvantages of being from a famous family?
You're a target for other people. They want to be seen with you to suck off your image. They can say, "Oh, yes, I spent the night with Clark Gable's stepson".
That's always bothered me because I'm out to make a trip for my self, and if they want to spend the night with Clark Gable's stepson that's just what they're spending the night with. They're not spending the nigth with me.

Taschen, Fall/Winter 2007

Early in the Morning












Angkor ruins d'après William Eggleston