Tentações Vernaculares # 1
Não sei se têm vindo a reparar nas críticas (directas ou "indirectas") às "tentações vernaculares"?
(Eu, rafeiro de soslaio, ando - de orelha em riste... - à cata de "tentações vernaculares" desde a leitura no "antigo" Público do passado dia 2 de Fevereiro da crítica de Jorge Figueira à Casa em Azeitão de Miguel Beleza e José Martinez.)
A obra em causa (recente, em acabamentos...) é do amigo, arquitecto e tudo (Almada!), PCS.
Tem, da coisa, a ambição (nesta nossa idade dos "simulacros"...) da matéria... da matéria da "verdade".
Fossem o Voysey, o Loos, ou o Távora... alentejanos, e esta obra (como sobre uma obra do arquitecto Vítor Figueiredo certa vez "arriscou" a arquitecta Maria Manuel Godinho de Almeida...) poderia ter sido construída em qualquer altura dos últimos 120 anos.
Fora de moda? Tanto melhor... Pode ser que "resista" à contemporânea e quase sempre inconsciente (neo) futurista celebração da (velocidade controlada...) "aceleração"!
Que "implique", que "contamine", pelo (bom) exemplo da sua "boa prática" (também - estou em crer - construtiva), a "paisagem" - a paisagem "imediata" e as outras paisagens mais ou menos longínquas... - é o que de melhor lhe posso desejar.
Actualmente, não há arquitectura "vernacular" que se possa retomar, afirmou (categórico!...) Jorge Figueira.
Temptation?
Nota: As fotos (PCS) não são do FG...
10 Comments:
obviamente que não são do FG.
não são uns planos-maravilha, umas cores hyper deslumbrantes, umas arquitecturas park mayer.
olá João
a "boca" ao FG tem a ver com a "inflamação" (umbilical...) de postas com fotos do FG que por aí "pairam"...
sim, eu percebi.
mas o glamour, o glamour, o glamour. não é tudo.
concordo contigo
as fotografias do FG são, normalmente, excepcionalmente (mesmo), muito bonitas, mas de uma "beleza" que sacrifica o entendimento "arquitectónico" (e não estritamente... "estético") dos "modelos"...
postei sobre isso em "Ana e as suas Irmãs", uma das poucas fotografias do FG que "confronta" a obra com o contexto... mas isso do contexto... já sei, está "out"... e não interessa a ninguém...
Não posso deixar de agradecer estas amabilidades, ao AM, ao JMAC.
Obrigado.
A questão do vernacular tem que se lhe diga. Mas parece-me existirem para aí pistas que convém reter - vide por exemplo a obra do Pedro Maurício Borges
a chamada ao pedro maurício borges é muito interessante.
pelas "adições" discursivas que o trabalho dele encerra.
retenho muito da "pragmática" da arquitectura do PMB. do jogo inclusivo entre várias tradições.
p.s. desculpem as "", mas é sexta-feira e não me ocorre um discurso mais justo.
Um abraço
+ sobre Pedro Maurício Borges em:
http://odesproposito.blogspot.com/2007/01/iguais-aos-outros.html
botei posta sobre o "vernáculo"
Posta do João em:
http://hardblog.blogspot.com/2007/11/traio-das-palavras.html
Pedro Maurício Borges, um exemplo de rigor e qualidade. Mostra que a arquitectura contemporânea pode ter telha e vai para além do ângulo recto .
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