sábado, novembro 10, 2007

A Valsa das Escalas ou Ralação na Relação (descola...)

O M-Mateus escreveu uma carta que o Jornal Expresso publicou na rubrica "A carta da semana" a propagandear que o projecto para "o Rato que pariu uma montanha" é um louvável exercício que "pretende fazer a tradução entre escalas" (segundo a escala de arquitectura "Gulliver", provavelmente...), entre "a (escala) do largo do Rato, e a (escala) da Av. Alexandre Herculano tomando como medida (de escala) o edifício (projectado por) Ventura Terra." (Sobre a "tradução entre escalas" com a Rua do Salitre ou com a Rua da Escola Politécnica... nada - que isto das escalas da cidade é uma "coisa" muito séria e complicada e não é para qualquer um... com um blogue...).
Mas M-Mateus diz, escreve, mais. Escreve que "a localização" "obrigou" "a um esforço técnico e um sobrecusto na construção (já?...) para se relacionar visual e materialmente (ai, Jesus, materialmente...) com infra-estruturas como o Chafariz, o muro (das lamentações...) da Procuradoria ou (e como é que eu adivinho estas "relações"?...) a Mãe D'Água".
Tanta relação... é muita relação... E custou muito, foi?... Estou capaz de "verter" uma lagrimazinha de compaixão pelo "sobre-esforço" (coitadinhos...) do "trabalho em parceria"... (realmente... tanto trabalhinho... que corre - por gravidade... - o "risco" de ir pelo cano... da Mãe D'Água...)
Segundo a carta do "queixoso", o Jornal enveredou por uma divulgação (quem pela espada vive...) com "imagens sensacionalista" e "perspectiva(s) que não corresponde(m) à solução", mas que, e pasme-se (e se eu estou es-pasmado!...), são AS MESMÍSSIMAS IMAGENS (sensacionalistas...) que o "parceiro" da montanha (mal) parida, o arquitecto F. Valsassina (ver "destaques"), disponibiliza no seu site para "ilustrar" o projecto em parceria...
M-Mateus diz que "o projecto é sério", e eu sempre crente na palavra da arquitectura dos divinos deuses do Olimpo disciplinar não o duvido... começo é cada vez mais a pensar (como os "outros"...) que "a arquitectura da cidade" é, também ela, uma coisa demasiado "séria" para ser deixada nas mãos dos arquitectos... dos arquitectos "pagos" pelo cliente... e dos arquitectos "pagos" pelo erário...

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O que ahco mais graça é quando ele diz que aquele bisonte se "integra" (ou será articula? ou será "respeita"?) porque tem a mesma cércea que o do Ventura Terra... ora, quem passe ao lado do Ventura Terra (e eu passo todas as manhãs, deleito-me com a cantaria, os azulejos, as proporções, etc etc etc com tudo aqueilo que dá àquele volume uma graça que o bisonte nunca terá) só pode achar esse argumento ou de uma inaceitável igonrância ou de uma descarada lata.

10:19 da manhã  
Blogger AM said...

fónix fónix! isso éké mau feitio :)
pois é precisamente isso que escreves... primeiro atira-lhes com os renders photoshop (ou lá o que é...) e quando a bisarma ou o bisonte ou outra merda qualquer começada por "b" (...) já é demasiado escandalosa (mesmos para os "iniciados" e/ou "viciados" na "gramática" da dupla maravilha...), escreve que as imagens são "sensacionalistas" (que grande lata!...) e atacam com o "respeitável" (que banalidade discursiva e formal...) valor patrimonial do Valmor (é não é?...) do Ventura Terra e com uma maqueta devidamente "abstracta" para... "encher o olho"!
e que merda é esta da "tradução entre escalas" ou do "tomar" por medida"... para o M-Mateus "a arquitectura da cidade" faz-se "tomando" por "medidas"?... (é isto que o prof. M-Mateus ensina aos seus alunos?...)
mas que álibi mais miserável!...
é como dizes, apetece perguntar... então e toda a riqueza do desenho (incluindo a magnífica espacialidade do "fogo" por piso que não por acaso conheço bem...) e da "matéria" do prédio do Ventura Terra?
como cantam os De La Soul? Garbage!
(se o rato não vai à montanha...)

7:30 da tarde  

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