Na Volta do Correio
Cara Beluga (e ana)
(Hipótese)
Toda a intensidade é sexual
Toda a pintura é intensidade
Toda a pintura é sexual
E o Bazille, homossexual ou não ("who cares"?...), não escapa a esta desnudada "regra" da (boa) pintura.
Gosto da(s) pintura(s) do Bazille...
Os corpos são "consistentes" e (tanto quanto o permite a ilusão da pintura...) "verdadeiros".
Demasiado "verdadeiros" para a "consagração popular" via Taschen "basic" à venda na FNAC de Gaia ou de Almada... mas adiante.
Não gosto (lá muito...) da pintura do Thomas... Seis homens (e um cão, reparou?...) em pescadinha (que tarado...) de "rabo-na-boca"...
Dá vontade de carregar num botão e accionar (ou "despoletar") a "animação" como naquela(s) fotografia(s) do homem que corre...
A "cena de verão" do Bazille é bem mais... "misteriosa"...
Oito homens, aos "pares", agrupados e/ou "des-agrupados" em poses... "desconcertantes"...
Dois à "bulha" (na guerra ou no amor?...) à maneira (dita) greco-romana...
Um barbudo, o único (significativamente?...) "semi-despido" (ou vestido...) a retirar (ou a "salvar"? - mas de quê?...) o camarada com as nalgas "destacadas" (e literalmente "encharcadas"...) do... "charco"...
Um de "molho" (fetichista?) a olhar na direcção (mas não "para"...) os quase excessivamente "iluminados" pés ("secos"...) do "mártir" encostado ao "tronco"...
Um deitado (e "deleitado"...) a "mirar" um outro que ao "fundo" ("inocentemente"?...) se despe, enquanto oculta (ou "acaricia"?...) os genitais...
A "tensão sexual" é evidente, mas qual será – ainda que por demais ambígua... – a "história" da pintura?
Terá uma história para contar com princípio meio e fim? Terá uma "moral" (da história)? Terá o autor (ou a pintura?...) um "ponto de vista" sobre a sexualidade das suas personagens?
Teremos nós?
(Hipótese)
Toda a intensidade é sexual
Toda a pintura é intensidade
Toda a pintura é sexual
E o Bazille, homossexual ou não ("who cares"?...), não escapa a esta desnudada "regra" da (boa) pintura.
Gosto da(s) pintura(s) do Bazille...
Os corpos são "consistentes" e (tanto quanto o permite a ilusão da pintura...) "verdadeiros".
Demasiado "verdadeiros" para a "consagração popular" via Taschen "basic" à venda na FNAC de Gaia ou de Almada... mas adiante.
Não gosto (lá muito...) da pintura do Thomas... Seis homens (e um cão, reparou?...) em pescadinha (que tarado...) de "rabo-na-boca"...
Dá vontade de carregar num botão e accionar (ou "despoletar") a "animação" como naquela(s) fotografia(s) do homem que corre...
A "cena de verão" do Bazille é bem mais... "misteriosa"...
Oito homens, aos "pares", agrupados e/ou "des-agrupados" em poses... "desconcertantes"...
Dois à "bulha" (na guerra ou no amor?...) à maneira (dita) greco-romana...
Um barbudo, o único (significativamente?...) "semi-despido" (ou vestido...) a retirar (ou a "salvar"? - mas de quê?...) o camarada com as nalgas "destacadas" (e literalmente "encharcadas"...) do... "charco"...
Um de "molho" (fetichista?) a olhar na direcção (mas não "para"...) os quase excessivamente "iluminados" pés ("secos"...) do "mártir" encostado ao "tronco"...
Um deitado (e "deleitado"...) a "mirar" um outro que ao "fundo" ("inocentemente"?...) se despe, enquanto oculta (ou "acaricia"?...) os genitais...
A "tensão sexual" é evidente, mas qual será – ainda que por demais ambígua... – a "história" da pintura?
Terá uma história para contar com princípio meio e fim? Terá uma "moral" (da história)? Terá o autor (ou a pintura?...) um "ponto de vista" sobre a sexualidade das suas personagens?
Teremos nós?
3 Comments:
acho que o pintor tinha um ponto de vista sobre a sexualidade das personagens, das suas personagens. É a velha questão: terá Pessoa escrito os seus poemas a pensar "agora vou colocar uma sinédoque e ali um pleonasmo"? não sei, mas que estão lá, estão. Também não leio um poema nem vejo exposições à procura destas coisas. Leio um poema pelo prazer de ler e vejo arte... pelo prazer de ver. Não fico ali a esmiuçar nem a intelectualizar o que vejo e o que leio.
Cara beluga
"primeiro estranha-se, depois entranha-se"... (já que foi ao pessoa...) e quando "entranha"
apetece "saber mais", apetece saber... "tudo"... apetece "intelectualizar"...
na (minha) aprendizagem "fenomenológica" das "coisas", à "intuição sensível", seguia a "intuição intelectual" (sim, acho que era assim...)
... continuo a olhar (e a pensar...) a pintura
o "puxado" e o "deitado" são (calções, cabelo, "corpo"...) em tudo "iguais"
terá o pintor utilizado o mesmo "modelo" para duas personagens diferentes ou serão a mesma personagem em tempos diferentes?
a pintura mostra o que lá está (será "realista") ou "representa" uma "parábola" (sobre a sexualidade) como na pintura da passagem do tempo "sobre" as mulheres...
de qualquer modo, não são bem intelectualizações... são despropósitos...
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