domingo, novembro 18, 2007

É o Futebol (a obra de "arte-total"), Estúpido!

O que me interessa ver agora o estádio quando me disseram que foi comprado por uma companhia de seguros que encheu as paredes com cartazes...

Souto de Moura, "ainda" no Expresso de 10 de Novembro

Não há paciência para o "choro" (Vítor Figueiredo) dos arquitectos... Mas do que é que o Secilizado estava a espera? Um estádio "morto"... um estádio "museu" de arquitectura? A companhia de seguros, o dono, encheu as paredes com cartazes?... Pois fizeram eles (eu teria feito o mesmo...) muitíssimo bem! Space is Money! Time is Money! Arquitectura is M-Money!
E aquelas magníficas paredes em betão estavam mesmo a pedi-las... A pedir a colagem de uns cartazes e a "pichagem" de uns graffitis!...
Ora... bolas... A arquitectura deve "sobre-viver" (e estou certo que o estádio do SCB sobrevive...) sobre-viver à porra dos cartazes!
Ou será que (como o Van de Velde...) o Souto quer proibir os cachecóis e desenhar uma "farda" (cinzenta...) para os adeptos?...
É a vida...

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8 Comments:

Blogger João Amaro Correia said...

é pá
eu nem queria pegar por aí. acho que já ando a bater tanto nessa "atitude" de classe. enfim. mas fiquei "revoltado". subiu-me cá a quentura.
não percebo o "fechamento" dos arquitectos à VIDA.
como se o que sai do estirador fosse a cristalização dessa vida. não faz sentido e é anti-ético daquilo que é a própria arquitectura. aberta, inclusiva, sempre em mutação. (como a vida).
mas se calhar sou eu, que não tenho os clientes certos (e de momento, nem os errados).

e depois, chocou-me mais ser o souto moura, por quem tenho respeito e tem obra essencial para percebermos um pouco do que é a arquitectura portuguesa contemporânea - sendo certo que o incluo no lote global, meaning, cosmopolita.
um homem com quem conversei à beira-mar, em calções e produzia mais vernacular que eu por palavra quadrada - o que só fez aumentar a admiração pelo senhor.

enfim, há coisas que não devemos sequer recordar, e essa frase do arquitecto, vou remte-la para o recycle bin da minha memória.

4:53 da tarde  
Blogger AM said...

que merda é essa de asneirar com o souto à beira-mar? :)
conta-me tudo! :)

5:21 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

No momento em que a "Confraria dos Santos Arquitectos" faz concorrência à "Santa Madre Igreja" para salvar Portugal destes horríveis dez milhões de energúmenos que dão pelo nome de portugueses, sabe bem "ouvir" as vossas vozes.

Obrigado e um abraço

6:42 da tarde  
Blogger AM said...

Ou para-frase-e-ando (de British Airways...) Rogério Samora:
"tantos arquitectos, que nojo!" :)

6:56 da tarde  
Blogger João Amaro Correia said...

o comentário do sr. fenrnando gonçalves explica bem o tal "divóricio" dos arquitectos com a sociedade.
somos uma cambada de deslumbradinhos. enfim.

cruzei-me com o souto moura na praia. achei chato interromper o merecido descanso do arquitecto, mas que se lixe, fui falar com o homem. ainda lá estivémos à conversa uma boa meia-hora, com o pé na água. um tipo sem nada de starchitect.
talvez por isso me tivesse chateado aquela frase (fase) dele.

9:33 da tarde  
Blogger AM said...

obrigado, sr. joão :)

6:41 da tarde  
Blogger newzeeland said...

não faz sentido isso de arquitecto só vive entre paredes. por mim e pelos que conheço não há melhor sítio para se aprender arquitectura senão com a vida .
os problemas da arquitectura revelam-se com o seu uso .
continuo neste momento a considerar tambem que nenhum arquitecto consegue criar algo novo sem perceber o que já existe e foi pensado , dai a necessidade de conhecer as formas primordiais.

sr AM agradeço o seu link ,no entanto gostaria o substituisse pelo imagemcognitiva no qual faço mais qualquer coisa do publicar trabalhos de projecto

um grande bem haja

6:49 da tarde  
Blogger Gonçalo Afonso Dias said...

jmac,
Ainda bem que foi na praia porque o "cheiro a arquitecto" é insuportável. Ao ar livre ainda vá...

7:09 da tarde  

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