desafia-me,
novamente, o amigo Carlos Sant'Ana a escrever outro ("pode ser crítico" - e podia lá ser de outro modo...) outro (oh, não) "texto crítico" sobre "a nova arquitectura portuguesa" (ou será - estas coisas são tão... retorcidas... - sobre a nova arquitectura em Portugal...)
infelizmente - como lamento ter que ser eu o involuntário portador de tão tristes notícias... - tenho a "sensação" (e como eu gostava de estar errado...) que (quase...) não existe "arquitectura" (nova ou velha...) em Portugal...
("novo") ponto da "situação"!?
ao aumento do número de "ordenados" corresponde(u) uma cada vez maior invisibilidade "social" (não, não é isso...) da "disciplina"...
à desmultiplicação de
e-colinhas e à proliferação (como os coelhos...) de "dotores" (e de mestres feitos "integrados") o nada que se veja (para além da "utilidade" do trabalho semi-escravo em "estágios" de ir ao curriculum...)
à rotina das
"ocasionais" (de ó-caso...)
exposições,
o silêncio... "crítico"...
ao desaparecimento de revistas, de programas de televisão (para além dos sempre "fluorescentes" suplementos imobiliários da imprensa...), de blogues... um epitáfio (necessariamente pouco digno...)
ao a-parecimento (de a-parecer) em sites "tipo" Dezeen (e outros que tais...)
o bocejo...
pelo meio (que é onde está a virtude) o Souto foi laureado* e a nação lá tremeu para regurgitar um (último) não sei quê (mas sei que seródio) de (pífio ) "orgulho nacional"...
sobre (reverso da medalha) a arquitectura (e o resto...) da
parque escolar nem é bom falar... (nem comentar...)
quando foi o último encontro com uma obra, com um texto, com qualquer coisa que nos fizesse... "(v)ir" (de lá... - "cheios"...) já nem tenho por lembrança... e quanto à
"crise" e às "políticas de austeridade" (é o terceiro milénio, estúpido!) são mais as
faltas (de comparência...) de (novas) respostas (e de novas perguntas...) e o amorfo deprimir (pois se é do fado...) em colectivo carp-ir...
os arquitectos, os "proper" arquitectos, de tendência ou de facção, okupam-se (sobrevivem...) a projectar persianas - prá "fracção" - ou vivendocas - previligiadas... - pró resort...
e é (mais coisa menos coisa) tudo
para as (falsas) polémicas entre os (ainda, se já...)
velhos "cappottados de branco" e os
novos "revestidos (e/ou tatoados) de fresco" não tenho muito tempo nem (já, agora) muita paciência...
fica tudo entre o ser e o nada e o nada ser...
não leves (muito) a mal deixar-te (por ora e desta vez) de-pendurado a-mais o teu (prometedor) novo
gadget
leva um abraço e as saudades (para quando umas fresquinhas na capital ou mais a sul...) deste teu que assina
António
* para logo de seguida anunciar o fim da arquitectura (ou seria do mundo!? -
sem dinheiro não há torneiras de marca...) e o exílio nas ("novas") economias "tipo" BRIC
(à brac...)