por coisa da idade que leva agora o meu A.
jogava, aos jogos de tabuleiro, nos patamares
organizava, as nossas brincadeiras (e aos médicos...) na terra batida (ainda por calcetar) dos gavetos, nas (mal-tratadas) traseiras dos quarteirões, nos bravios arredores (das hortas e das valas) dos terrenos (mais sabia eu...) por urbanizar...
torneios a-variados (uma ou outra cabeça partida...), de velocidade (de pontaria...), no arruamento em "beco" com quase nenhum trânsito
a ("aprendizagem formal" na) escola ficava para lá de depois, colada à linha férrea
voava, nas horas dos "furos" (embora isto fosse também já mais tarde...), para o museu
convivia, em todas as ocasiões, com as (famílias das) outras crianças proletárias: na fila (em passando a sapataria no prédio velho...) na fila para o leite (aquele dos pacotes, moles, de plástico, que havia, depois, que ferver...), na fila para o bacalhau...
os nossos amigos viviam como, e ao pé de, nós
havia hóspedes em (outras) casas
e familiares, de vez em quando, a dormir onde e como... podiam...
no prédio do lado vivia uma catequista (um em outro prédio já tinha o último jogo...)
a vizinha do segundo (esquerdo) era ("a") costureira
havia salões de cabeleireira e padarias nos apartamentos do rés-do-chão sem pretensões (a vida como ela é), sem
caganças Nova-Iorquinas...
no natal (filhoses espalhadas por toda a cozinha), no natal presente (ou roupa)
no verão tempo... livre...
all good things
all good thing don't have to end