primeira aula (retratamento de um mail a uma amiga que não esteve)
se algum "imperfeito" se pode opor à "primeira aula" do Prof. Cabral de Mello será precisamente esse: o da necessidade de procurar legitimação "cultural" no exterior da "disciplina"
mas a aula foi precisamente, ou pelo menos assim a entendi, sobre isso
sobre os "limites" (que é onde tudo começa...) de tudo o que "provoca" a arquitectura
eu achei a aula muito bem conseguida, do início ao fim, com momentos para todos os gostos (ternura, paixão, fúria, frustração, queixume, etc.) de grande brilhantismo
da obra quase não mostrou nem falou, a não ser para contrapor o "seu" (deles) projecto para o concurso do CCB ao paquiderme (que lá está) do G.
mostrou uma foto muito pequena do palacete da lapa com os belos mármores (para criticar, em jeito de quase autocrítica, a destruição e a delapidação dos recursos naturais)
nada de Expo (norte) nem da habitação social (nem de outros que saíram ou não saíram do papel e ainda menos conhecidos e considerados...)
umas valentes tacadas na "censura democrática" dos mui famosos colegas de NY...
é verdade que RV criticou os arquitectos por falarem (de) mais "à volta" da arquitectura que sobre a arquitectura propriamente dita
mas o que é a arquitectura "propriamente dita" quando tantos, planeta fora, nem um tecto, nem um chão seco, têm?
anyway... recordo (entre tantas coisas...) das aulas, o prof. Cabral a desdenhar (que já se sabe, quer comprar...) do C&C (o livro...)
o melhor, o mais admirável da aula, foi o rigor e a actualidade da informação (e a sempre impressionante - a quase "intimidante" - qualidade "visual" e "literária" - Platão, Wittgenstein, etc. - das "fontes"...)
na O(p)position a qualquer tipo de narcisismo (revivalista e/ou revisionista) da (grande) importância da sua (dele, não desfazendo) pessoa, soube (ainda) falar do que tanta falta faz... ainda...
e outras coisas mais que agora não lhe saberia contar
mas a aula foi precisamente, ou pelo menos assim a entendi, sobre isso
sobre os "limites" (que é onde tudo começa...) de tudo o que "provoca" a arquitectura
eu achei a aula muito bem conseguida, do início ao fim, com momentos para todos os gostos (ternura, paixão, fúria, frustração, queixume, etc.) de grande brilhantismo
da obra quase não mostrou nem falou, a não ser para contrapor o "seu" (deles) projecto para o concurso do CCB ao paquiderme (que lá está) do G.
mostrou uma foto muito pequena do palacete da lapa com os belos mármores (para criticar, em jeito de quase autocrítica, a destruição e a delapidação dos recursos naturais)
nada de Expo (norte) nem da habitação social (nem de outros que saíram ou não saíram do papel e ainda menos conhecidos e considerados...)
umas valentes tacadas na "censura democrática" dos mui famosos colegas de NY...
é verdade que RV criticou os arquitectos por falarem (de) mais "à volta" da arquitectura que sobre a arquitectura propriamente dita
mas o que é a arquitectura "propriamente dita" quando tantos, planeta fora, nem um tecto, nem um chão seco, têm?
anyway... recordo (entre tantas coisas...) das aulas, o prof. Cabral a desdenhar (que já se sabe, quer comprar...) do C&C (o livro...)
o melhor, o mais admirável da aula, foi o rigor e a actualidade da informação (e a sempre impressionante - a quase "intimidante" - qualidade "visual" e "literária" - Platão, Wittgenstein, etc. - das "fontes"...)
na O(p)position a qualquer tipo de narcisismo (revivalista e/ou revisionista) da (grande) importância da sua (dele, não desfazendo) pessoa, soube (ainda) falar do que tanta falta faz... ainda...
e outras coisas mais que agora não lhe saberia contar
7 Comments:
Às tantas deve ter sido fixe. Também dedenhei sempre um bocadinho o C&C, mas eu é mais como dizia a Alzina Lameiras: Não negue à partida uma ciência que desconhece. E, acho, pelo contrário que se fala demasiado de Arquitectura como se ela existisse como disciplina autónoma: depois acabamos a debruçar o nosso olhar sobre cadáveres desenterrados, ou pior, isto: http://www.construir.pt/2011/11/24/casa-girassol-vence-1%C2%AA-edicao-do-premio-sim-by-samsung/
Uma das coisas que eu precisamente gostava no DC Melo era a quantidade enorme de coisas que era possível discutir com ele. até Arquitectura... e deliciava-me com os textozinhos que ele metia na reprografia ao nosso dispôr: a tal qualidade visual e literária...
Já agora, o anónimo é o Raul que se esqueceu de assinar.
caro Raul
foi às tantas e foi mesmo muito fixe
é das melhores coisas com os grandes
ficamos sempre a pensar no que é que o prof. pensaria * (e diria) de "girassóis" contemporâneos...
do (seu, mt obg) precioso link:
O projecto de arquitectura sustentável “Casa Girassol” reuniu o o consenso do júri e foi o vencedor da 1ª edição do Prémio SIM by Samsung – Movimento pela Criatividade em Portugal, que visa premiar e apoiar os projectos ligados às indústrias criativas. Os projectos “Musikki” e “Hole 19” receberam ambos uma menção honrosa.
A 1ª edição do Prémio decorreu de 24 de Maio a 31 de Agosto, e contou com um painel de júris, composto por António Câmara (CEO Ydreams Portugal); Carlos Oliveira (presidente da Associação Portuguesa de Profissionais de Marketing); Marta Costa (arquitecta); Guta Moura Guedes (presidente da Experimenta Design); Francisco Maria Balsemão (presidente Associação Nacional de Jovens Empresários); Pedro Ribeiro (director de programas da Rádio Comercial); Storytaillors (estilistas); João Nobre (Musico); Beatriz Batarda (actriz), Gonçalo Waddington (actor) e Woosoon Park (Presidente da Samsung Electrónica Portuguesa).
Da autoria de três jovens portugueses (Pedro Bandeira, Filipe Bandeira e Dulcineia Neves dos Santos), o projecto “Casa Girassol” propõe” o desenvolvimento de uma casa rotativa que, tal como o próprio nome indica, é capaz de rodar 360º procurando um máximo de eficiência energética solar numa perspectiva de auto-sustentabilidade”.
Os seus criadores caracterizam-no como “um projecto inovador que fomenta a captação e combinação de dois recursos energéticos naturais (sol e vento) com as mais recentes tecnologias informáticas oferecendo, do ponto de vista arquitetónico, uma linguagem tecnológica numa relação dinâmica com a paisagem”.
ui... é tanta "criatividade" junta e à "solta" (por aquele júri a-fora...) que (amordaçada) não s'aguenta...
*
Andy said a lot of things
I stored them all away in my head
Sometimes when I can't decide what I should do
I think what would Andy have said
http://www.youtube.com/watch?v=ahhWksSmX6s
mais sobre girassol e girassóis no ODP:
http://odesproposito.blogspot.com/2011/07/nada-como-no-desenho-da-broadleys-do.html
e
http://odesproposito.blogspot.com/search?q=girass%C3%B3is
Muito bem :)
Grande position :)))
Quanto à casa girassol :) onde o juri não é formado por arquitectos
deixem que lhes diga que acho muito mais preocupante quando um juri secil (na sua maioria arquitectos) escolhem quem escolhem .
uma coisa não invalida a outra :)
Deus me livre da "criatividade" e (pior, muito pior) :) da "originalidade" e da "inovação" :)))
(engraçado... o prof. DCdM também falou disto na "primeira aula")
o Secil são gengivas de betão :)))
as Gutas... nem digo :)))
De certo modo, alma has a point: aquilo é estúpido, mas pelo menos não sou eu que pago. De modo que posso apenas achar que a asneira é livre e não pensar mais no assunto.
a alma tem um ponto e uma vírgula :)))
a asneira, pagamos todos, mais tarde ou mais cedo...
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