A Exposição da Obra de Pancho Guedes no CCB
A boa notícia sobre a exposição de Pancho Guedes no CCB é que é uma boa exposição.
A má notícia é que não é uma exposição sobre "o" Pancho Guedes mas "do" Pancho Guedes.
Não, evidentemente, por qualquer "defeito" ou "falha" da obra ou dos objectos que a "expõe" mas por ao ter(em) optado por organizar a exposição do material de acordo com os já nossos conhecidos (não sei quantos...) estilos "do" Pancho, ter(em) perdido uma oportunidade única para repensar o valor da obra no contexto (de outras obras) do seu tempo (e para além dele).
Curiosamente, e muito provavelmente graças à montagem "colorida", foi o "nome" (e a obra) do (colega do Team 10) Aldo van Eyck quem mais me acompanhou ao longo de quase toda a visita.
Os estilos "inspired by" FLW ou outros palácios "Mozambicanus", sendo em si mesmo uma divertida maneira de expor a descomplicada paixão do autor pela sua arte, pouco nos aproximam do (meu) "objectivo" que acima tentei expor.
É, de qualquer modo, uma exposição a não perder. Agora venham também as exposições sobre o Manuel Vicente, o Hestnes Ferreira, o Luís Cunha, o José Forjaz...
A má notícia é que não é uma exposição sobre "o" Pancho Guedes mas "do" Pancho Guedes.
Não, evidentemente, por qualquer "defeito" ou "falha" da obra ou dos objectos que a "expõe" mas por ao ter(em) optado por organizar a exposição do material de acordo com os já nossos conhecidos (não sei quantos...) estilos "do" Pancho, ter(em) perdido uma oportunidade única para repensar o valor da obra no contexto (de outras obras) do seu tempo (e para além dele).
Curiosamente, e muito provavelmente graças à montagem "colorida", foi o "nome" (e a obra) do (colega do Team 10) Aldo van Eyck quem mais me acompanhou ao longo de quase toda a visita.
Os estilos "inspired by" FLW ou outros palácios "Mozambicanus", sendo em si mesmo uma divertida maneira de expor a descomplicada paixão do autor pela sua arte, pouco nos aproximam do (meu) "objectivo" que acima tentei expor.
É, de qualquer modo, uma exposição a não perder. Agora venham também as exposições sobre o Manuel Vicente, o Hestnes Ferreira, o Luís Cunha, o José Forjaz...
4 Comments:
'Agora venham também as exposições sobre o Manuel Vicente, o Hestnes Ferreira, o Luís Cunha, o José Forjaz...', isso mesmo me passou pela cabeça.
quanto à exposição, para além da contextualização a que apelas, e para mim nem será tanto uma lacuna, preferiria-a à roda dos "movimentos" nacionais, a ver se se desmonta, de vez, a p**** da caixa branca.
j
olá joão
a mim o que mais me incomodou foi a falta de "distanciamento critico", de um qualquer ponto de vista "exterior" à obra e ao autor
até o "letering" das diferentes "secções" com os diferentes (!?) "estilos" é "tipo" ("letering") Pancho Guedes (aquele do equívoco "manifesto" que começa com o "I claim...")
assim é difícil...
uma montagem "cronológica", apenas aparentemente mais convencional, permitiria compreender melhor a inserção da obra no seu tempo assim como o seu "desenvolvimento" e... "praticabilidade"
perceber como os ditos estilos "evoluíram" e se metamorfosearam (ou não) em função dos programas e/ou de outros... "dados"...
assim é apenas uma imensa (e muitas vezes bela) "cortina de areia"
a montagem "colorida", entendida desta maneira, ajuda mais a "encobrir" do que a "desvendar"...
é pena...
desculpe AM,
João :)
então o meu comentário foi "oficialmente" censurado :))))))))))))))
não sei do que é que estão a falar... eu não censurei nada :)
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