quarta-feira, julho 30, 2008

uma preocupação finalista

(...) é também frequente que em muitas obras encontremos uma preocupação finalista - o uso de um material, de uma geometria, de uma pré-fabricação, de uma integração no local, que vão sobrepor-se a negar outros pontos importantíssimos para todos os utentes... menos para o artista tomado pelo absoluto da sua ideia.

São "bocas" como esta que justificam a leitura do "A Arquitectura para Hoje" do Nuno Portas.
Basta pensar (foi o que primeiro me ocorreu) na geometria das "curvas" da Cantina do Cadilhe (o gajo vai ficar a pensar que eu "desenvolvi" uma fixação...) para ver como a crítica à arquitectura finalista, mantém (44 anos depois...), toda a actualidade.
No resto, há toda a vantagem em ler o livro como uma obra de ficção. Científica.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"A investigação das necessidades terá de ultrapassar o nível utilitário e mesmo o das evidências analíticas; de procurar, a outros níveis do comportamento, possibilidades de acréscimo de significação da liberdade de actuar diferentemente emm relação ao objecto ou ao espaço; de criticar portanto as verdades de via reduzida (Ricoeur) da fixação programática determinista, embora de acordo com umas racionalidade e economia impostas pelos investigadores."

VOLTA TOSTÕES! ESTÁS PERDOADA!

JFC (inimigo da dinastia Portas)

2:49 da manhã  
Blogger AM said...

dou-te a razão, a maioria (dos parágrafos) é assim
já o tinha postado em http://odesproposito.blogspot.com/2008/07/comportamentisticamente.html
mas não é por isso que (o livro) não deixa de a-mandar umas "bocas" muito bem a-mandadas e, o que é mais espantoso, "actuais"...

a verdade é que a comissária científica do IAPXX dos tostões, mai-la a milheiros, mai-lo carvalho, mai-lo bandeira mai-los outros todos d'ajunto não chegam aos calcanhares do velho

AM (inimigo da estupidez, nostalgico dos verdes anos e do Dallas)

9:45 da manhã  

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