sexta-feira, julho 25, 2008

Delegações (d) e Competências

Estive a ler o "comentário" de Ricardo Carvalho (o "crítico") no Ípsilon do Público de hoje intitulado: "Ironia ou uma petição que se enganou no objecto?"
O "comentário" apresenta a defesa do Projecto de Frederico Valsassina e Manuel Aires Mateus para o Largo do Rato (1, 2, 3, 4 e 5) gabando as suas qualidades plásticas por comparação (assim é fácil...) com alguma da mais desqualificada arquitectura ("do pior do pós-modernismo"...) dos "edifícios vizinhos" (que infelizmente não identifica...), e, por outro lado, arriscando um juízo de valor (crítico) que faz equivaler a "radicalidade" do projecto da dupla a nada mais (nada menos...) que a própria Mãe d' Água, como se as duas estruturas, nos seus propósitos programáticos, tempos históricos e outras descartáveis "realidades" (entre as quais as "construtivas" e as "económicas"...) fossem comparáveis... ou equiparáveis.
Também por outro lado, e no mesmo artigo, o autor ensaia uma crítica "radical" a qualquer possibilidade de participação pública e "discussão" do "fenómeno" da arquitectura, papel, que na sua opinião, deverá ser rigorosamente reservado para os "expert-os" (eu não dizia...) dos arquitectos em democrática (?) e responsável (...) delegação de competências.
Pergunta Ricardo Carvalho: Não será ingénuo supor que estamos todos preparados para discutir, para além do "gosto" ou "não gosto" (eu teria escrito "para além da questão do gosto"), o conjunto de obras de arquitectura ou engenharia que todos os dias arrancam (sem aspas) e que não são garante de uma transformação (cá tá, JFC) positiva?
Responde (lança os foguetes, faz a festa e apanha as canas...) logo de seguida: Não é possível nem desejável. (!!!) É necessário delegar (toma!) e responsabilizar (embrulha!) quem tem essa tarefa.
Mas uma vez que o "leigo" o "vulgo", o "civil" não detém (como já vimos...) essas "capacidades" quem é que vai "responsabilizar" os arquitectos "delegados"?... Deixem-me seguir o meu raciocínio... Queres ver que só podem ser outros arquitectos (delegados à função da fiscalização da responsabilização... e assim sucessivamente... até à grande "fiscalização" - que medo... - do juízo final...)
Enfim... não vale a pena perder mais tempo com a defesa corporativa das starlets da arquitectuga lusitana...
A arquitectura, ficam a saber, é dos arquitectos e para os arquitectos... A gerência lamenta mesmo muito, mas isto são assuntos demasiado "técnicos", "específicos" e complicados para as vossas pobres cabecinhas de cidadãos empenhados em petições... e em blogues...
Aliás - não sejam "ingénuos"... - o melhor era acabar já, e de uma vez por todas (eleições para quê?...), com a democracia... Eles, o povão, percebem lá alguma coisa de coisa alguma... de coisas complicadas como as finanças e assim...
Onde é que eu de-lego?
Na Dinamarca?
Vai tu!

15 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Am,
Quem e' o cliente ?
obrigada por esclarecer que o tal r.carvalho e' o critico e nao o futebolista...

10:50 da tarde  
Blogger AM said...

quer saber quem é o dono?
acho que a resposta está por aí pelos links...
pessoalmente interessa-me a arquitectura, a arquitectura do projecto
do resto não sei (nem sei se quero saber...) nada

11:33 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

é pa, também li hoje o que esse RC escreveu...fiquei tão enjoado que me apeteceu dar-te razão, a ti e ao uncle Bob e merda para os upper-middle-class values destes cromos de terceira que nem escrever sabem...O problema é que tu maila Maria não me levam a lado nenhum...snif... flores de plástico, no cubo da prima? ela despede-me!
JFC (o cromo)

3:05 da manhã  
Blogger AM said...

carissímo JFC

mas eu (com ou sem Bob) não tenho a pretensão de ter "respostas" prontas a conduzir o rebanho (tresmalhado) para os vales verdes da arquitectura do futuro...
neste caso em particular ("O Caso do Gaveto do Largo do Rato", maria...), acho que vale a pena olhar, melhor, estudar, o gaveto do Siza em Granada

post... podes substituir as flores de plástico por alçados e coberturas em relva... "sintêctica", claro :)

9:51 da manhã  
Blogger João Amaro Correia said...

n concorodo nada com os termos em que este "debate" está colocado. tenho que encontrar tempo para me espraiar, mas acho que a crítica do RC, grosso modo, é acertada.
n me parece um projecto lesa património, e custa ver que os "cidadãos" não se manifestam pelas maiores atrocidades que se cometem por esta cidade.

tens razão em alguns pontos, mas o RC terá certamente razão noutros. de repente nunca chegeui a entender o "radicalismo" que acometeu a produção de juízos sobre o projecto. como se aquele edifíciozeco que lá está fosse melhor.
moro ao lado do sítio, passo lá todos os dias, e sinto sempre que aquele remate que lá existe é incompleto.
mas enfim.

acho que por veze as tuas críticas são um pouco "conservadoras", antónio, ao arrepio do teu "progressismo democrático". siza é bom, grande, e tudo e tudo e tudo, mas é capaz de ainda não ter secado tudo à volta.
e à vezes cruzas, inusitadamente, decerto, uma crítica de gosto com críticas de outra ordem. o que me parece ser o caso.

como é possível um edifício(zeco) que terá os seus méritos de desenho causar tanta celeuma num país que tem o território todo desfeado.

abraço, bom fds

2:27 da tarde  
Blogger AM said...

mt obg. João

vamos lá a ver...

quando dizes que não concordas com os termos deste debate eu não sei bem quais são os termos (do debate) a que te referes
todos os debates estão "inquinados" por isto ou por aquilo e este não será excepção
eu acho que o "comentário" do RC é muito, mas mesmo muito, infeliz
tresanda a defesa corporativa da "classe"
todos os outros são "liminarmente" excluídos de qualquer possibilidade de participação no "debate"
a posição do RC é "apenas" antidemocrática (e no limite, fascista!)
não é um projecto lesa-património nem deixa de ser... no estado a que as coisas chegaram todos os projectos (e nenhum...) são projectos lesa-património
não podemos escrever sobre tudo e todos (seria impossível...), mas podemos (e queremos) "debater" este projecto (e cada um sabe de si e do que o "move"...)
o teu argumento, a parte em que pareces "subscrever" o RC, é "universal" (é pau para todo o serviço...)
poderia servir para a defesa do projecto do MdR para o novo Museu dos Coches, que também criticaste, e para a réplica (às ideias...) dos seus "detractores"...
em última análise é um argumento que conduz ao silêncio... e à morte do "debate" (ou apenas à eliminação da... "discordia"...)

não digo que o sítio esteja completo ou incompleto com ou sem o edifício (é o "fado" da arquitectura da cidade...) mas não concordo nada com o argumento do RC do "reequilíbrio" com a Mãe-d’Água
a questão do "reequilíbrio" (ainda que desejável...) terá sempre que ser entendido nas múltiplas escalas (da rua, do bairro, da cidade), e não apenas por comparação com alguns dos valores patrimoniais de primeira grandeza das redondezas...

agradeço e aceito (com um certo orgulho...) a tua crítica ao meu "conservadorismo" (de esquerda) e, ainda mais, generosamente, ao meu "progressismo democrático", mas isso é precisamente o tipo de questão que eu acho que pode "inquinar" o debate (o "debate" possível... porque para RC já se sabe... o assunto é "um rigoroso exclusivo"... da "quadrilha" devidamente "licenciada" e "ordenada" para - que sinistro... - "fiscalizar"...)
mas não interessa para nada o meu conservadorismo ou progressismo interessa os méritos ou os deméritos do projecto
pela minha parte já tentei argumentar com os exemplos dos gavetos do Siza para Granada e do Teotónio (& co.) para o "franjinhas"; argumentar contra a banalidade dos "alinhamentos" com a "cornija" do (prédio do) Ventura Terra; argumentar contra a banalidade do "contextualismo" pré e pós (pós) modernista dos "capeamentos" em Lioz; argumentar contra o "estilo" (assinatura) da "narrativa" dos alçados... contra as "gravidades" e as "espessuras"...
e eu não acho que o Siza "seque" nada... quem "seca" com o Siza (não é o teu caso) não merece (o meu) respeito
isso é uma ideia que anda por aí... que a arquitectura do Siza, ou melhor, que a "escola" do Siza (e quem!?...) é contra o "progresso" (parecem o Portas em 64...) das "linguagens" e contra o "up-grade" e o "up-date" da arquitectuga nacional para o (superior) "patamar" (holandês...) da arquitectura... meteorito...
não concordo com nada disso da "seca" do Siza...
acho que não passa de um (pobre...) discurso "geracional" para ganhar "cota de mercado"
quanto à crítica da crítica por "gosto"... não há, eu pelo menos penso que não existe, isso de uma crítica "pura" ou "neutra", isenta de um qualquer "ponto de vista"
as nossas opiniões, as minhas, as tuas, as do RC, estarão todas, e felizmente, contaminadas pelos nossos amores e desamores...
deixa-me "devolver" a questão
achas que o RC escrevia o "mesmo" comentário se não "gostasse" do projecto?
achas que o RC tomava as dores de um projecto, digamos do Taveira, "alvo" de petições e dos malandros dos blogues!?...
(não participou o RC de umas "eleições" dos jornais para "eleger" os mais "feios" entre os nossos edifícios!?...)
quem é (RC) o "ingénuo", nesta história!?...

porque é que muito lá de vez em quando há uns edifícios que causam "celeuma" também não saberei explicar... as causas serão muitas e diversificadas (a "consciência" da cidadania, a blogosfera, a luta política, ressentimentos, e até, porque não, invejas e outros defeitos de carácter...) mas tudo isso (e ainda o peso e o fardo da fama do homem projectado de branco...) é saudável e, por muito que lhes custe, democrático

eu rematava com um "habituem-se", não fosse a palavra socialismo estar hoje muito mudada...

grande abraço

(espero não ter sido demasiado confuso)

antónio

11:26 da tarde  
Blogger AM said...

"Ironia ou uma petição que se enganou no objecto?"

ainda não tinha pensado convenientemente neste estranho título, mas está lá tudo

se a petição fosse outra, contra outros projectos de outros autores eventualmente menos "notáveis" (contra projectos que não fossem "garante de uma transformação positiva"...) e a questão da "preparação" para a "discussão" nem se colocava

1:06 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

aqui o problema reside muito nisto: arquitectura é 'arte pública' e, como tal, temos de saber vender e defender o que fazemos, temos de debater; fosse o MM um compositor e excusava de explicar fosse o que fosse a quem quer que fosse,só ia ao (des)concerto quem quiesse; aqui ele tem sair a terreiro e defender a sua dama; acontece aos melhores;tem os leigos em uníssono a espernear contra ele? passe ao contra ataque, explique-se,acene com os prémios e os louvores, convoque figuras tutelares, esperneie ele também; JFC não assina o abaixo assinado, não comunga do horror ao mamarracho, a coisa é-lhe vagamente indiferente; a única coisa que o enjoa é a verborreia pastosa e para-fascista do tal RC; com amigos assim o MM não vai longe...
JFC(o primeiro rato a sair do largo)

2:39 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Apenas um breve (no) comment ao RC e a todos os Comment(ários)

O facto de existirem "crimes" diários por essa cidade fora, não justifica o facto de este "Crime n Largo do Rato" [escrito pelo (A)Gato Christie] ser exercido por assassinos profissionais, altamente bem pagos e com conexões pouco transparentes ao poder, e mais grave, de não o colocarmos a debate público com a justificativa da inexistência desse debate em relação a outros edificios.

O facto do RC ser amigo pessoal de toda essa pandilha retira o pouco de credibilidade que ele pudesse ter neste artigo.

Ab desde férias.
Carlos Sant'Ana

10:38 da manhã  
Blogger AM said...

obg, aos dois

odp (e o am) partilham do horror ao bisonte, mas tb não assina(m) a petição
prefiro este "debate" de ideias... pelas ideias, embora reconheça a utilidade da petição em "espicaçar" esse mesmo (inexistente) debate

tb por isso interessam-me menos as "ligações perigosas" a que alude o Carlos

só mais uma coisa para esclarecer um ponto da minha (primeira) réplica ao João: sei que existem diferenças entre a encomenda do estado por ajuste directo (!!!) ao MdR, e a encomenda de um proprietário privado à "dupla maravilha", mas isso não me parece significativo para o modo como se pretende "abafar" a "oposição"...

11:48 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Am,
depois de olhar melhor para o gaveto do Siza sem embandeirar em arco :)considero o gaveto de Granada uma arquitectura contida e controlada.
Qt ao gaveto do rato é uma arquitectura malcriada feita "por" e para matarruanos.
Lamentável que não exista ninguém com posiçoes como o AM na ípsilon do Público, por. ex.:)
nós os matarruanos devagar devagarinho seriamos informados e aos poucos formados e incentivados a criar massa critíca :)

8:09 da tarde  
Blogger AM said...

precisamente, maria
o gaveto do Siza em Granada é tudo o que o gaveto do Largo do Rato não é... contido e controlado, mas também elegante, atento e atencioso

quanto às escríticas... pois...

8:27 da tarde  
Blogger João Amaro Correia said...

é pá. tenhno que me sentar a ler isto tudo. e a pensar, pensar.
pode ser que nas férias (que nunca mais cheguem). caraças!

abraço

10:03 da manhã  
Blogger Pedro Machado Costa said...

Bom Bom,
Uma das curiosidades do novo atelier é a de ter janelas e portas viradas para o edifício que a CML, entre outras coisas, usa para as suas reuniões de Câmara.
Por isso fumar um cigarro à janela equivaleu, hoje, a ter ouvido uns zunzuns acerca do assunto que tanto vos apaixona; e que, claro, me permite fazer a seguinte inconfidência: o tão odiado edifício foi hoje liminarmente chumbado em reunião de câmara; apenas e só com votos a favor por parte dos Vereadores do PS, Salgado incluído.

Toda a oposição terá liminarmente recusado a construção da coisa; sob pretexto, entre outros, de "o edifício colidir com a malha urbana do Rato", ou "o edifício esconder a Sinagoga" (diz-se até que houve um atento presidente de câmara que, prevendo a [potencial] polémica em voltar a esconder a Sinagoga [o Estado Novo obrigava a que qualquer edifício religioso não-católico não tivessem fachadas directamente para a rua] terá um dia proposto à comunidade judaica colocar, na empena cega do futuro edifício Mateus/Valsassina, um enorme símbolo judaico, que se poderia "ver desde o Marquês"; ao que a comunidade judaica, "por alegadas razões de segurança", terá respondido: deixa lá!); ou ainda "o edifício é feio!".

Sublinhe-se o curioso e deveras interessante facto da própria Vereadora Helena Roseta ter votado contra a coisa, mas (ah!, como eu adoro este Portugal Suave) com base num argumento eminentemente técnico: o projecto não cumpre o artigo xyz do regulamento zyx; salvando-se desse modo a honra do convento: ó Manel: ó Frederico: sabem: eu até gosto do vosso projecto: e sabem que eu gosto de arquitectura, mas olhem lá que a lei é para cumprir. Pá!

Bom, mais do que querer discorrer sobre o carácter arquitectónico do edifício (que em todo o caso é melhor que a barraca que lá está agora, e provavelmente mais qualificado do que a maior parte dos edifícios que se constroem todos os dias pela cidade), longe até de me preocupar com a suposta relevância do trabalho do Mateus (não sou fã, mas para o caso tanto faz), e longe de querer preocupar-me em demasia sobre a aparente falta de ética de um crítico de arquitectura que usa um artigo de opinião (coisa inédita, acho) num jornal de referência (já agora Ricardo: para quando uma análise crítica ao brilhante projecto para o Museu dos Coches?) para acarinhar um determinado autor, mais até do que uma qualquer classe profissional, o que me traz aqui à V. tasca é que, ao contrário daquilo que porventura é tido, para alguns, como uma boa notícia (o chumbo, em reunião de Câmara, do edifício), a “vitória” não me parece nada evidente.

Aliás, confirma o meu pior receio sobre aquilo que é uma Câmara Municipal, e da matéria de que são feitos os “nossos” representantes na autarquia: é que, ao invés dessa gente perder o seu tempo a pensar politica para Lisboa (do género: o que é que queremos que a cidade seja daqui a 20 anos?), e ao contrário de darem à cidade instrumentos capazes (planeamento, traduza-se dessa forma) que possibilitem o seu desenvolvimento segunda um critério objectivo (qualquer que ele seja...isso já nem discuto); os homens perdem o tempo deles e o nosso dinheiro a emitir juízos sobre um edifício que (ao contrário, por exemplo, das Torres perdidas do Siza) cumpre todas as regras estipuladas no PDM, e está (pasme-se!) licenciado pela própria Câmara Municipal de Lisboa, com aprovação pela Vereadora Eduarda Napoleão emitida sobre um parecer positivo de um técnico da CML.

Resuma-se a situação:
1. há um promotor que decide construir habitação no cento de Lisboa (uma cidade que perde 10 mil habitantes por ano, segundo palavras da própria Roseta);
2. há um promotor que investe o seu dinheiro e o seu tempo (para quem não saiba: o projecto foi entregue originalmente ao Valsassina há coisa de 10 [DEZ] anos) num projecto que aparentemente cumpre as regras urbanas existentes (criadas, já agora, pela própria Câmara);
3. há uns arquitectos que investem o seu trabalho num projecto que, repito, está licenciado;
4. há uns tipos que, depois de tudo isto, decidem, sem qualquer tipo de base legal, e sem qualquer tipo de critérios objectivos, não emitir a respectiva licença de construção.

Para lá da negligência que o acto demonstra (qualquer tribunal dará, daqui a uns bons anos, razão a um promotor que, cumprindo todas as regras estipuladas não viu ainda assim ser aprovada a sua pretensão; o que porventura se traduzirá numa choruda recompensa financeira por parte de uma Câmara que usa o nosso dinheiro), o acto em si significa que as decisões sobre o futuro da cidade (cujo crescimento tem sido deixado ao deus-dará, apenas e só por ausência de estratégia politica) são, no mínimo, nebulosas, fruto do livre arbítrio de gente que não preza de todo a dinâmica social e económica de uma cidade.
Há hoje, por parte do poder autárquico em Portugal, uma total inconsciência sobre a responsabilidade que é gerir uma cidade.
As autarquias navegam á vista (curta), e não parecem estar minimamente conscientes sobre o que é fazer cidade (não, não é preocuparem-se com um simples edifício meus senhores!), nem sobre a necessidade de atrair gente e dinheiro.
Lisboa não se pode dar ao luxo de maltratar alguém que quer fazer cidade, nem de desprezar propostas para a melhorar; sejam elas contrárias ao PDM (e, aqui sim, devem ser discutidas caso a caso), ou cumpridoras das parcas regras que a Câmara criou para regular a cidade.
Nenhuma cidade pode dar-se ao luxo de fazer esperar anos e anos todos aqueles que se propõem fazer algo nela; e nenhuma cidade pode ser irresponsável ao ponto de tomar decisões (já agora: insignificantes) contrárias ás regras que são conhecidas.

Uma pergunta simples: que gente é esta que temos andado a eleger para as Câmaras?

5:17 da manhã  
Blogger AM said...

resposta em:

http://odesproposito.blogspot.com/2008/07/coment-to-post-1_31.html

7:02 da tarde  

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