sexta-feira, setembro 21, 2007

Nova Lisboa














50 anos depois da compra da ilha (de Manhattan) pelos holandeses, um gravador francês desenha um mapa da Nova Amesterdão, que Koolhaas reproduz (no Delirious New York) (...). Acontece que Koolhaas (e eventualmente as suas fontes) não reconhece a verdadeira origem da gravura, falsificada para responder à encomenda. A grelha é afinal a do Bairro Alto, a Broadway é a calçado do Combro e o Mar do Norte é o Tejo. Passe a anedota (o astro teórico do urbanismo pós-moderno dispensará a miudeza de reconhecer a história de uma das capitais europeias da época), podemos ver neste facto "erróneo" uma outra alegoria: a da instrumentalização, ou falsificação do discurso, nas representações da cidade.

Erros e Mitos da Imagem, a propósito de convicção, comunicação e cidade, Pedro Brandão, revista Arquitectura e Vida n.º 85, Setembro.

A não perder, para (não) "variar"...

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