sobre o domínio da "duvidosa prerrogativa" e a crítica da crítica à arquitectura reguila
... uma oportunidade de tomada de posição política sobre a ideia de "projecto"; e, dentro da ideia de "projecto", sobre a ideia de "autoria" enquanto duvidosa prerrogativa de decisão sobre a forma.
Trata-se, portanto, de um tipo de operatividade que advém dos mais profícuos fenómenos da arquitectura da década de 1990.
Arquitectos Anónimos, Variações em Torno da Autoria; José Capela, JA 237
Segundo esclarecem, podem todavia considerar-se que estes projectos resultam de um "verdadeiro espírito de equipa" e não de uma abordagem individualizada numa perspectiva de autor.
João Archer & Manuel Nunes de Almeida, Os Arquitectos do Segundo Modernismo; Ana Vaz Milheiros, JA 237
Autor (author), Team Spirit
I am a passenger
7 Comments:
ainda hoje estive a ouvir esse disquito (complementado com o music for films).
elvis didn't smoke hash would have been a sissy without johnny cash.
j
recordo-me da crítica (estou, estamos, a ficar cotas...), salvo erro, do expesso
também dizia qualquer coisa sobre as "identidades" dos artistas e sobre a marca dos anos 90's...
enfim, um conjunto de disparates de quem tem a mania de estar, constantemente, a "caracterizar" e a fazer a história do presente, como (dizia não sei quem) se os últimos 200 anos não fossem apenas matéria para os jornais...
co-incidência, hein? :)
AM,
Confesso que esta noção de "Arquitectos Anónimos" parece mais uma questão de marketing do que outra coisa qualquer.
Não me parece que faça sentido reviver a Nouvelle Vague ou as lições de Truffaut mas ok, é uma atitude.
De resto, têm coisas interessantes e meritórias.
também não digo que não e até já tive a oportunidade de participar num jurí (oh, prá ele a participar em jurís e tudo...) que "selecionou" um trabalho, uma obra, do "colectivo" (anónimo)
o que eu não gosto, do que eu não gostei nada, no texto do capela, foi do tom, de capelinha, tipo, somos fantásticos, super interessante, herdeiros dos maiores dos 90's como os kualhas e os outros das siglas todos
ainda por cima acho contraditório o culto dos gabinetes da arquitectura estrelato com um "agenda" (formal...) de "autor" e o elogio do anonimato...
enfim...
ODP (embora excessivamente indeciso) é todo a favor da decisão da forma e não vê na prerrogativa nada de duvidoso...
aqui:
http://odesproposito.blogspot.com/2009/11/oh-nao-e-outro-texto-critico-sobre.html
pode ser que venha a propósito...
Eu recordo-me e tive oportunidade de congratular esse texto.
Quando soube qual era a tese do Doutoramento do José Capela fiquei com medo: "conceptualismo e crítica institucional em arquitectura"... Xiiiii
credo, mas porque é que esta genta não dedicam as teses ao acto de pregar pregos ou de assentar tijolos...
podem começar por citar o Loos ou o Mies...
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