sexta-feira, maio 15, 2009

Opiniões Públicas

I

“Nós não somos contra o novo Museu da Língua. Acho excelente que ele exista. O que não entendo é que ele se instale num sítio que claramente não é o indicado. Por exemplo, o edifício tem imensos frescos, quase não existe nenhuma parede que esteja ‘nua’, e isso parece que vai ficar tudo coberto por detrás de uma espécie de caixa interior” (...)

... "parece", mas que raio de conversa é essa do "parece"!? como é possível aderir (provocar a adesão) a qualquer forma (em forma de espécie) de protesto, com este "grau" de (des) informação!? como diria o outro (que é mais sábio do que aquilo que a-parece...) tu queres é... bordar...

II

Os constrangimentos de tempo impostos pelas comemorações do Centenário da República, a necessidade de que não fosse ultrapassado o orçamento e o facto de a criatividade contemporânea não ser manifestamente essencial, levou-me a defender a adjudicação directa, ao contrário de todos os outros projectos da Frente Tejo, que seriam feitos por concurso público internacional.

José Miguel Júdice, O Terreiro do Paço e o nosso tempo

... só esta ("pérola") da "criatividade contemporânea (conhecem outra!!!???) não ser manifestamente essencial" no projecto para o "novo" Terreiro do Paço é que me fazia... "sorrir"...

III

(...) este centro turístico e piscatório ficou marcado "pelo estigma" dos erros urbanísticos que se estenderam um pouco por todo o litoral. Contribuir para desfazer essa "má imagem", através da valorização do espaço público, concebido por um arquitecto de renome internacional, foi o objectivo definido pelo município, ao contratar, por convite, Souto Moura (...)

Idálio Reves, Centro Cultural desenhado por Souto e Moura contribuirá para o "virar da página" do urbanismo em Quarteira

... sobre a "nacionalização" (ou o "franchising"!?) do "efeito Bilbão" e sobre a habitual starquitectuga não me vou arrastar, mas não sei, quero dizer... da última vez que passei por lá achei aquilo tudo (muito) menos mau do que dizem (simpático, até...) e, por assim dizer, "almost all right"...
(hum... e será que este - como também foi convidado... - também "passa bem" sem a "criatividade contemporânea"!?...)

IV

O Bairro da Bela Vista nunca devia ter existido (...)
Bairros destes foram construídos nos anos 50 por todo o lado e tornaram-se verdadeiros desastres sociais (...)

Luís Campos e Cunha, Bela Vista? Sem dúvida

... será que vale a pena (continuar a) perder mais tempo (a comprar e a ler o jornal...) com a informada e rigorosa opinião destes... especialistas!?...

6 Comments:

Blogger alma said...

as opiniões nos jornais são tudo menos públicas :)))
dá dó ler um jornal português :)

1:19 da manhã  
Blogger Catarina Portas said...

O projecto do Atelier ARX para o edificio do MAP versão Museu da Língua ainda não foi revelado publicamente, apenas foi afirmado que os frescos não seriam destruidos pois seria criada uma estrutura que os ocultaria, "salvaguardando-os". Daí o "parece". Não nos detenhamos em pormenores. O nosso protesto não tem a ver com o projecto, interpela sim o essencial da questão: para fazer um Museu da Língua é indispensável acabar com o Museu de Arte Popular?
Se precisar de mais esclarecimentos, por favor disponha. Ou apareça amanhã em Belém. Cumprimentos,

Catarina Portas

1:32 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

1:49 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Hum... com um convite desses é mesmo d'ir a Belém.
Bom, se é verdade que lá vai estar Catarina, também não é menos verdade (pelo menos pela notícia do Público) que lá estará a Joana. Coisa que me faria desde logo recuar.

Notícia notícia (não, não ta roubo...afinal não é todos os dias que um blog terá o prazer de anunciar que Portas anuncia os até agora não conhecidos autores de um projecto) são os ARX.

Ai os concursos, os concursos... qual é desta vez a desculpa da pressa?

4:45 da manhã  
Blogger AM said...

alma

o título esteve difícil...
acha que "O respeitável Público" fica melhor!?... :)))

Catarina Portas

muito obg pelo coment e pelos esclarecimentos
ao contrário das "bordadeiras" contestatárias odp tem todas as reservas sobre esta "febre" dos museus por tudo e (no caso do museu da "língua portuguesa" cada vez mais) por nada
ele é coches, ele é africa, pois ele é arqueologia para a cordoaria e outro qualquer que li não sei quando mas que já esqueci...
pelo que acompanhei da questão parece ser da maior importância... "cientifica", a manutenção e "salvaguarda" do MAP no edifício original (e no original edifício...)
a minha observação, o meu link tem apenas e somente a ver com a necessidade de "fundamentar" os nossos protestos em coisas "sólidas"
isso assim pela "rama" do "parece" e das "espécies de caixas" que tapam não sei o quê não sei como não sei onde, são "balas" para o inimigo
espero, agora, ter sido mais "claro"
felicidades, ainda assim, para a vossa iniciativa
cuidado com as "agulhas" :)
antónio

caro anónimo
comentários desse teor são para apagar...
se quer escrever essas coisas todas que sabe porque é que não cria um blogue... parece que é fácil
aos visados no comentário anónimo das 1:49 as minhas desculpas

Pedro

eu já sabia dos ARX mas "informação privilegiada" :) não tinha autorização (ou confirmação) para o revelar/postar
quanto ao convite e (mais uma vez...) quanto à ausência de concurso, pode ser que seja outro daqueles "casos" que - nas judiciosas palavras de alguns sabidos intelectuais... - "passam bem" sem a "criatividade contemporânea"...

12:43 da tarde  
Blogger AM said...

mais uma coisa (já que ninguém falou disso)
confundir a bela vista com os "falhados" bairros dos anos 50 (!?), não é, no contexto das políticas "urbanas" do século XX português, outra "enorme" forma de "branqueamento" da realidade!?...

1:28 da tarde  

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