A Crítica da Crítica
Regresso ao Mil Folhas do Público da passada sexta-feira para reler o artigo de Ricardo Carvalho sobre a Exposição Habitar Portugal 2003-2005, intitulado "Habitar Portugal mas esporadicamente", antes do papel (jornal) seguir o seu destino na rota da reciclagem.
O "tom" é muito distinto daquele que eu utilizo por aqui (e por aí) para ir pensando (e escrevendo) sobre arquitectura, mas o conteúdo do referido artigo não se afasta muito destas minhas considerações.
Passemos à leitura:
"As obras estão representadas através de fotografias e desenhos, com recurso esporádico a maquetas, numa sucessão de painéis colocados numa calha contínua, ao longo de um corredor. Mas apesar desta estratégia "pedagógica" de comunicação, não existe de facto linearidade alguma naquilo que é representado no que diz respeito ao programa opções conceptuais ou situações de encomenda."
Apesar destas observações sobre os critérios (?) expositivos, o autor do artigo arrisca destacar e agrupar um conjunto de obras por quatros distintas categorias: "O princípio de realidade" (Teatro Municipal da Guarda de Carlos Veloso e Biblioteca de Ílhavo dos ARX); "Questionar as formas reconhecíveis" (Casa em Carreço, Viana do Castelo, de Nuno Grande e Pedro Gadanho, e Unidade de Transformação Inapal Plásticos em Palmela de Francisco Vieira de Campos, Guedes + deCampos Associados); "Trabalhar com o mercado" (Conjunto de Habitação no Parque das Nações do atelier Promontório, e edifícios residenciais na Póvoa de Varzim do Atelier 15) e "Fora da periferia" (Polis Cacém do atelier Risco, e Teatro Azul, em Almada de Manuel Graças Dias, Egas José Vieira e - do "esquecido" - Gonçalo Afonso Dias).
A "selecção", assim arrumada por conjuntos mais ou menos "temáticos" não surpreende (mas também não "estimula" a massa cinzenta...). Limita-se aos habituais equilíbrios diplomáticos "agrada-a-todos", entre os consagrados e os "novíssimos", entre os "ricos" e os "pobres" e entre os "importantes" (os que habitam o discurso da "inteligência"), e os outros.
A "categorização", valendo o (pouco) que vale, também não será das mais produtivas ou "operativas".
Os "realistas" ARX, por exemplo e por preferência pessoal, não "questionam as formas reconhecíveis", ao "trabalhar com o mercado", (dentro) ou "fora da periferia"?
O "inequívoco" (palavra do autor) "princípio da realidade", identificado com a "atenção ao contexto e ao programa" não se verifica, também, na (ir)reconhecível (?) Casa de Carreço, ou no "periférico" Teatro Azul?
O Polis Cacém, ou o Conjunto de Habitação no Parque das Nações, não partilham do "principio da realidade"?
Sobre a casa de Carreço, afirma o autor:
"NG e PG (...) enveredam por caminhos na senda de uma plasticidade mais evidente e aberta, embora o interior da casa seja claramente o resultado de arquitectos formados pela Escola do Porto."
"... plasticidade mais evidente e aberta..." Plasticidade (?) mais evidente (?) e aberta (?) do que o quê!? Do que os "realistas" Carlos Veloso e ARX? Do que o "periférico" MGD+EJV(+GAD), do que os outros "mercadores"... E a formação dos autores pela "Escola do Porto", enquanto "chave-de-leitura" do interior (só do interior?) da casa, não foi chão que já deu uvas?
O "tom" é muito distinto daquele que eu utilizo por aqui (e por aí) para ir pensando (e escrevendo) sobre arquitectura, mas o conteúdo do referido artigo não se afasta muito destas minhas considerações.
Passemos à leitura:
"As obras estão representadas através de fotografias e desenhos, com recurso esporádico a maquetas, numa sucessão de painéis colocados numa calha contínua, ao longo de um corredor. Mas apesar desta estratégia "pedagógica" de comunicação, não existe de facto linearidade alguma naquilo que é representado no que diz respeito ao programa opções conceptuais ou situações de encomenda."
Apesar destas observações sobre os critérios (?) expositivos, o autor do artigo arrisca destacar e agrupar um conjunto de obras por quatros distintas categorias: "O princípio de realidade" (Teatro Municipal da Guarda de Carlos Veloso e Biblioteca de Ílhavo dos ARX); "Questionar as formas reconhecíveis" (Casa em Carreço, Viana do Castelo, de Nuno Grande e Pedro Gadanho, e Unidade de Transformação Inapal Plásticos em Palmela de Francisco Vieira de Campos, Guedes + deCampos Associados); "Trabalhar com o mercado" (Conjunto de Habitação no Parque das Nações do atelier Promontório, e edifícios residenciais na Póvoa de Varzim do Atelier 15) e "Fora da periferia" (Polis Cacém do atelier Risco, e Teatro Azul, em Almada de Manuel Graças Dias, Egas José Vieira e - do "esquecido" - Gonçalo Afonso Dias).
A "selecção", assim arrumada por conjuntos mais ou menos "temáticos" não surpreende (mas também não "estimula" a massa cinzenta...). Limita-se aos habituais equilíbrios diplomáticos "agrada-a-todos", entre os consagrados e os "novíssimos", entre os "ricos" e os "pobres" e entre os "importantes" (os que habitam o discurso da "inteligência"), e os outros.
A "categorização", valendo o (pouco) que vale, também não será das mais produtivas ou "operativas".
Os "realistas" ARX, por exemplo e por preferência pessoal, não "questionam as formas reconhecíveis", ao "trabalhar com o mercado", (dentro) ou "fora da periferia"?
O "inequívoco" (palavra do autor) "princípio da realidade", identificado com a "atenção ao contexto e ao programa" não se verifica, também, na (ir)reconhecível (?) Casa de Carreço, ou no "periférico" Teatro Azul?
O Polis Cacém, ou o Conjunto de Habitação no Parque das Nações, não partilham do "principio da realidade"?
Sobre a casa de Carreço, afirma o autor:
"NG e PG (...) enveredam por caminhos na senda de uma plasticidade mais evidente e aberta, embora o interior da casa seja claramente o resultado de arquitectos formados pela Escola do Porto."
"... plasticidade mais evidente e aberta..." Plasticidade (?) mais evidente (?) e aberta (?) do que o quê!? Do que os "realistas" Carlos Veloso e ARX? Do que o "periférico" MGD+EJV(+GAD), do que os outros "mercadores"... E a formação dos autores pela "Escola do Porto", enquanto "chave-de-leitura" do interior (só do interior?) da casa, não foi chão que já deu uvas?
1 Comments:
kate spade
new york knicks jerseys
ugg boots
true religion jeans
timberland boots
polo ralph lauren
coach factory outlet
canada goose outlet
louis vuitton outlet
coach factory outlet
201612.24wengdongdong
Enviar um comentário
<< Home