O Lado Negro
Começa bem, muito bem, o editorial de José Manuel Fernandes no Público de hoje, com o elogio d' odesproposito :)
"Manifestar de forma frontal, às vezes ácida, uma opinião, mesmo que errada, injusta ou despropositada, não requer qualquer tipo de coragem: apenas assinar por baixo."
Termina mal, muito mal, o mesmo editorial... a alertar (quem, senão os todos poderosos e mais diversos poderes...) para a "(in)suficiente atenção e escrutínio público" (?), "do lado negro da blogosfera", (perigoso) "espaço de liberdade" e anónimo covil de "cobardes sem rosto, que intrigam pelas costas, (...) onde exorcizam a sua frustração por não viverem no tempo da Inquisição..."
O que me quer parecer é que se anda para aí alguém a querer exorcizar frustrações, são jornalistas como o JMF e a restante camarilha dos Media "tradicionais", mal habituados com a exclusividade do acto de "informar" e incapazes de lidarem com uma realidade (os blogues) que lhes escapa ao controlo... que escapa ao controlo dos donos da verdade.
De qualquer modo, seja lá como for, e com mais ou menos exorcismos e frustrações de permeio, o alerta, e logo a pretexto da desculpabilização do indesculpável, cheira-me a esturro.
Fez-me recordar outras negras e longas noites...
"Manifestar de forma frontal, às vezes ácida, uma opinião, mesmo que errada, injusta ou despropositada, não requer qualquer tipo de coragem: apenas assinar por baixo."
Termina mal, muito mal, o mesmo editorial... a alertar (quem, senão os todos poderosos e mais diversos poderes...) para a "(in)suficiente atenção e escrutínio público" (?), "do lado negro da blogosfera", (perigoso) "espaço de liberdade" e anónimo covil de "cobardes sem rosto, que intrigam pelas costas, (...) onde exorcizam a sua frustração por não viverem no tempo da Inquisição..."
O que me quer parecer é que se anda para aí alguém a querer exorcizar frustrações, são jornalistas como o JMF e a restante camarilha dos Media "tradicionais", mal habituados com a exclusividade do acto de "informar" e incapazes de lidarem com uma realidade (os blogues) que lhes escapa ao controlo... que escapa ao controlo dos donos da verdade.
De qualquer modo, seja lá como for, e com mais ou menos exorcismos e frustrações de permeio, o alerta, e logo a pretexto da desculpabilização do indesculpável, cheira-me a esturro.
Fez-me recordar outras negras e longas noites...
7 Comments:
Caro António Machado: foi pena eu não ter vindo ao "odesproposito" mais cedo, ainda a tempo de comprar o público de 6.ª.
Abraço
O freedom to copy desapareceu.Não consigo aceder por este link,nem por um que tenho no meu...
Olá Vítor
é para aprenderes :)
sardanisca
o link vai dar a uma nova página com o mesmo nome, com novo template e com novo conteúdo "laudatório"...
mistério...
olá am. o que o jmf escreveu não deixa de ser um pouco verdade. os blogues são um fenómeno recente e pouco regulado e onde, inevitavelmente, irão surgir uma série de problemas. Eu prevejo aqueles relacionados com a autoria dos conteúdos como os mais graves. De qualquer forma, neste momento, são um espaço de discussão excelente.
Concordo consigo "duchamp". A blogosfera é um excelente espaço de interacção e discussão.
A meu ver, não se pode fazer "tábua rasa" da blogosfera como MST fez na sua crónica do Expresso de 28/10. Não foi honesto na análise à net e à blogosfera. Basta perder um hora analisando meia dúzia de blogs para ter uma visão muito mais abrangente do que aquela que patenteou.
Acresce ainda, que pior fez quando meteu tudo no mesmo saco!
E digo mais, essa questão do anonimato sempre existiu - heterónimos, etc... -, até na literatura, domínio onde actualmente MST já milita como escritor.
Os problemas de autoria tanto podem surgir pela via de um blog como por um mail, difundido por quem quer se seja, como folhetos pelos cafés, ou pelos pregões na penumbra da noite...
Não quero com isto defender a tese do freedomtocopy.blogspot.com, apenas pretendo repudiar aguns dos argumentos de MST nas cinco (e únicas) colunas da crónica do semanário assinada pelo próprio em sua e exclusiva defesa. Para alguns, falar do "eu", é o seu tema favorito.
A mim cheira a repressão e um "bocadinho" de complexo de inferioridade.
Claro está que tudo ligado ao virtual apresenta mais dificuldade de ser monitorado, mas isso não é privilégio de blogues. Quantos livros e músicas vigentes sob a regulação autoral tradicional não apresentam ou apresentaram dessas perversidades?
Há pessoas e pessoas em todos os lugares e o espaço virtual é mera extensão disso.
Obrigado a todos pelos comentários.
Não há muito mais a dizer.
O editorial do JMF é muito infeliz e um tanto ou quanto (muito) preocupante.
Problemas existem em todos os lados.
Os jornais não são conventos, os jornalistas não são santos (e mesmo que fossem...) e os blogues não são nenhuma selva desregulada a necessitar de (só a palavra mete medo) "escrutínio".
A falta de honestidade intelectual do MST no artigo do Expresso nem sequer merece comentário.
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