quinta-feira, julho 06, 2006

Branco, Preto e Laranja

"É um projecto feito de dentro para fora, que optou por "negar a banalidade da periferia", diz o arquitecto (Pedro Gadanho), pintando esses edifícios herdados integralmente de preto e revestindo mesmo os vidros com uma película escura. "O preto serve para uniformizar", mas, ao mesmo tempo, dá origem "a um objecto mais abstracto e destacado por negação", uma vez que os edifícios da periferia "estão sempre a chamar a atenção pelas cores.
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Os espaços de exposição são brancos, podem ser alterados, os outros são pretos e mais estáveis", diz Pedro Machado Costa, do Atelier de Santos, acrescentando que os espaços de circulação ou transição são vermelhos, laranjas ou cinzento.
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Depois de uma entrada pintada de negro, chega-se ao grande hall branco - a maior sala expositiva da fundação, com 480 metros quadrados.
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No primeiro andar, uma das salas de exposição já foi baptizada como sala Kubrick..."

"Pintar a Periferia de Preto", Isabel Salema, Público, 23 de Junho de 2006