segunda-feira, abril 03, 2006

Jorge Figueira (e a Critica de Arquitectura em Portugal)

"Agora que está tudo a mudar - Arquitectura em Portugal", de Jorge Figueira, Caleidoscópio, "selecção de textos publicados entre 1999 e 2004", muitos deles no JA... pelo que não há desculpas... mas que "reunidos" ganham outro sentido, a merecer (re-)leitura.
Destaque (inicial) para "Critica de Arquitectura em Portugal: conflito e dissipação" (JA, 211), onde se procede a analise das diferenças entre a Critica na "tradição do conflito" (na tradição do novo) "inscrita" na matriz da própria lógica de "ruptura e superação" (dos ismos) do "projecto moderno" e onde eu também incluiria o que JF chama de "as premissas Venturianas" (como mais uma critica que opera no e pelo "interior" da história da disciplina e onde o C&C seria mais o "reverso" e o "complemento" do livro do Corbu, do que o seu oposto...); e a Critica de "dissipação" (dissimulação?), (bem) identificada com uma lógica "corte (de cabelo) geracional", "envolvida" (embrulhada) em discursos "de uma (pretensa) marginalidade neo-vanguardista", mas, e aqui reside toda a diferença, que se quer, toda "umbigo", e "exterior" ao "útero" do "projecto moderno" que, precisamente, "gerou" as "vanguardas".
No final, JF, questiona-se, se terá, na sua análise, sido, "trágico" ou "lúdico". Eu penso que não podem ficar dúvidas que qualquer discurso critico que se pretenda "inscrito" na "tradição" do entendimento do seu devir histórico (à "luz" do "tempo presente"), não poderá ser outra coisa que não seja "trágico".
Quanto à prática... nada me "move" contra os "cruzamentos" entre "a componente artística" e "uma motivação livremente arquitectónica", (embora, "tradicional", prefira as motivações livremente artísticas de um lado e as componentes arquitectónicas do outro) somente não me parece, que mesmo nos casos dos "exercícios" mais criativos (e precisamente nesses), os "cruzamentos" devam ser apreciados como sendo "ainda" ou "já" (não é um trocadilho...) "arquitectura". Estarão aquém ou (mais) além "dela", mas serão outra coisa qualquer... (um "híbrido", porque não...)
Enfim, não sei se me estarei a exprimir com clareza (espero que sim), não se trata de recusar a "dimensão artística" da produção arquitectónica, ou guardar os "segredos" da disciplina num território estéril, infecundo... afastado de qualquer "contaminação", só, que no meu ponto de vista, esses "cruzamentos" sempre existiram, estão presos ao "corpo" da disciplina (não são dele dissociável), e não necessitam de qualquer "corte geracional" para os "libertar".
Agora Ide, Cruzai-vos!

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Importaste-te de repetir? E por favor sem tantas aspas e parêntises e explicando primeiro o que diz o outro e em seguida explicando o que dizes tu? É que, sinceramente não percebi nada!

11:50 da manhã  
Blogger AM said...

Estou a ver que está a resultar... :)
Podia fazer como o outro e repetir tudo (sem "aspas" e sem parêntesis, e não te esqueças das reticências...) mas se calhar (ou talvez não...) ainda se percebia menos (que nada?)
Sinceramente! :)
(Se não tiveres o livro podes ler o artigo do JF no JA 211)

4:40 da tarde  

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