ultravox

sonhei a morada (...) da mãe da __ como sendo um daqueles palácios Valmor das avenidas (novas) da cidade novecentista
uma ruína (rachas - muito mais que micro-fissuras... - rachas d'arrasar) por fora
um luxo (secessionista, que sensação, muito mais que qualquer coisa... lisboeta) por dentro
espelhos nas paredes, estuques de lamber, madeiras exóticas, lacas douradas
e tudo o mais com que um súbdito (do antigo) império pode (ria) sonhar
corredores a dentro, alcatifas de afundar, aduelas modeladas, apliques (Lalique) de museu
e uma escada em mármore branco, preto, raiado, com uma valente balaustrada, daquelas bojudas, das antigas
uma escada (proto-cubista, surrealista!?) que insistia em transformar-se de cada vez que eu a procurava... registar (algures - beijos, beijos - entre a da Laurenziana e umas - é que bate inteiramente certo... - e umas tantas do Plecknik...)
irritei-me com a máquina, fotográfica (f*** you, F.), por não disparar