terça-feira, maio 11, 2010

bug

As palavras do JMF e as formas do JMAC fizeram-me recordar esta (mais uma...) ampliação...
De cima para baixo e da esquerda para a direita...
Existente (Vista de Nordeste e Poente), Esquiços (idem, idem... para a segunda e a primeira versão...), Plantas ("antes e depois"...) e Cortes (propostos)
O projecto está por lá... mas ficou por cumprir conforme a vontade do seu autor...
Não mostro fotos... não tenho nenhumas (recentes ou depois de acabado...) com o mínimo de graça e as que tenho não acrescentam nada a mais que os desenhos não façam já por contar...
Não mostro fotos... porque as fotos ficam (ai as obras de juventude...) aquém do projectado e porque eu não quero...
O último esquiço foi de rajada, numa tasca, por altura do "bug" (que nunca foi) do milénio... (o outro não recordo mas é coisa para ter sido "parto de gabinete"...) e recorda-me (outras partidas...) o tempo dos amigos...
Fica nas tabuínhas...

... umas colegas, adenda (quem seriam...), não queriam, "mal confiadas" das linhas tortas (desconstrutivistas - disseram elas...) e do "sentido quase experimental das formas", aprovar, dar "luz verde", ao projecto... lá tive que explicar (com mil cuidados e mal disfarçada misoginia - dah... - e paternalismo...) que "torto" era o que lá estava "antes" e que o projecto "novo" não pretendia nem ambicionava a mais que "esticar" o existente até aos limites do possível e das confrontações com outros obstáculos... (sendo que o que eu queria e gostaria mesmo de ter dito era que desconstrutivista era a tia delas...)










28 Comments:

Blogger João Amaro Correia said...

não me digas que também és trendy?
ainda te vou ver a passear uns sapatos prada. assim como o bento xvi.

j

12:45 da manhã  
Blogger AM said...

uma desgraça nunca vem só :)

12:52 da manhã  
Blogger jraulcaires said...

Este comentário foi removido pelo autor.

9:31 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Pós-moderno de grande folego: anda por ali o Siza, o Kahn, o Venturi e tutti quanti. Simples, limpinho, e quase monumental.
E as colegas arquitectas? Sentir-se-ão confortáveis (termo actualmente muito em voga nos meandros do licenciamento municipal) com o resultado?
Ou já estarão na Ordem?

3:18 da tarde  
Blogger AM said...

mt obg
o "original", sim, tutti Po-Mo
as "colegas" por esta altura já deverão andar a xuxar pela parque escolar... é o "percurso"... "natural"...

4:20 da tarde  
Blogger jraulcaires said...

De facto este projecto mete muita gente ao barulho. Mas desconstrutivista? - não.

A poética da ruína diz-me pouco. A ruína é qualquer coisa de inevitável. É como a "traça": está ali sempre a corroer.

Gosto mais dos desenhos do que da obra.

Mas eu sou incapaz de ser pós... ando sempre à procura de uma ascese qualquer...

Tenho um handicap.

O comentário que foi apagado fui eu que coloquei. Ainda estava meio a dormir.

Mas, afinal de contas com este meu comentário idiota não pretendo denegrir o projecto. Acho "bonito" (que palavrão) e genuíno (outro palavrão). E porventura adequado.

E é sem dúvida uma obra de Arquitectura (de notar o "A" grande.

Que mais se pode pedir a um arquitecto?

Os meus cumprimentos.

5:10 da tarde  
Blogger alma said...

AM,
O seu projecto "encobre" as falhas do original com elegância e bom senso :)))

entre o seu projecto e as suas colegas existiu um problema de semântica :)))

isso é que era bom :)as suas colegas terem uma tia descontrutivista :)))

5:47 da tarde  
Blogger alma said...

João,
os sapatos do papa não são Prada :)
são melhores :)))
mais sergio rossi :)))feitos por medida

6:32 da tarde  
Blogger AM said...

atenção... o "original", o da ruína, não é meu...
é tanto quanto sei e salvo erro do arq. Carlos Jorge... (acho que é isso...)
meu só os esquiços para a ampliação (plantas da "direita" e cortes propostos da linha de baixo)
obg a todos

9:10 da tarde  
Blogger jraulcaires said...

sorry, distracção )-:

10:00 da tarde  
Blogger AM said...

não faz mal :)
desde que digas que a ampliação também está muito boa :)

10:10 da tarde  
Anonymous Dioniso said...

"Não mostro fotos... porque as fotos ficam (ai as obras de juventude...) aquém do projectado"

"odesproposito" bate no fundo. Terrível frustação! Uma egotrip no papel...

Vejo demasiados tiques no desenho das paredes que formatam a sala de reuniões(?). Os esquiços querem ser Siza, mas não são.

De resto, é uma extensão e percebo a dificuldade de fotografar este projecto em busca da imagem "com o mínimo de graça".

7:22 da tarde  
Blogger AM said...

caro Dioniso (mt obg pelo coment)
nem de longe nem de perto
para bater no fundo, temos muito melhor, quero dizer, pior
para egotrip também
acho que percebo a crítica aos "tiques de desenho" (por acaso nem sequer acho que tenha muitos...) mas o mais importante da dita sala de reuniões (da mesa "oval") é o "pano de vidro" contra aquele recorte meio "esboroado" que já lá estava e que ilumina todo o espaço e...
os esquiços não querem ser Siza nem deixam de querer...
os esquiços não querem ser nada, os esquiços querem ser esquiços (Kahn XXI), os esquiços serem ser obra, os esquiços querem ser esquilos (ODP)
que os esquiços queiram ser Siza mas não sejam (bem Siza), entendo, apesar de tudo, como um grande (como o maior) elogio
as dificuldades de fotografar a obra terão menos a ver com os méritos e os deméritos da obra que com o pouco talento do autor para bate-chapas...
nas mãos de um fernando guerra (por exemplo) ainda acabava nalgum anuário...
já lá vi, pelos anuários, coisas (muito) piores (leia-se: com menos "interesse")
"de resto é uma extensão", como nos penteados das senhoras
nem eu o diria melhor

7:51 da tarde  
Anonymous Dioniso said...

"nas mãos de um fernando guerra (por exemplo) ainda acabava nalgum anuário..."

AH AH AH... ainda gostava de ver o José Manuel das Neves a publicar isto.

Mas lá está, é a egotrip... e cava-se ainda mais o buraco.

9:51 da tarde  
Blogger AM said...

tá "publicado" no ODP
não é preciso mais nada
há mais Dioniso's na bloga que leitores do José Manuel...

10:30 da tarde  
Blogger alma said...

"EGOTRIP" :))) grande termo !
grande nome para um blogue :)))

10:49 da tarde  
Blogger AM said...

e o que é uma egotrip?
e o que é que não é uma egotrip? :)
siza porto alegre é uma egotrip!?
felizmente :)

10:55 da tarde  
Blogger alma said...

AM,
O IBER é um striptease :)
não confundir com um egotrip :)

Egotrip é um acto de generosidade e de autenticidade

não tenho nada contra um bom striptease :))))

11:37 da tarde  
Blogger alma said...

ó Dioniso :)
you made my day :))) com a expressão "Egotrip"

11:50 da tarde  
Anonymous Dioniso said...

A saber:

ego trip - An act, experience, or course of behavior that gratifies the ego; something undertaken to boost or draw attention to a person's own image or appraisal of himself

EGOTRIP = Ego trip

É pena, mas já há (houve e haverá) bandas, revistas, blogues e afins com este nome...

Cara Alma, ainda bem que se contenta com pouco... ;)

12:54 da manhã  
Blogger AM said...

não percebo...
um projecto, uma obra, não é sempre uma egotrip?
não procuramos sempre dar o nosso melhor?
não procuramos sempre a "apreciação" própria e a dos outros?
eu quero todos na minha egotrip...
de alguma maneira era aí que posta queria tocar... na ideia, na confusão, entre o "sentido quase experimental das formas" - na expressão (vazia)de JMF (porque "quase" é "o grau zero do nada" e ou é "experimental" ou não é "experimental") - entre isso a ideia de "appraisal of himself"
o minimalismo telúrico e blá, blá, blá" respeitoso, correctinho NÃO experimental e mais não sei quê, não quer o mesmo tipo de... auto-gratificação?

10:25 da manhã  
Blogger AM said...

voltando ao projecto... para a ampiação... quem procura intervir no respeito pelas "regras" do existente faz da sua relação com a arquitectura tudo menos o que uma definição de egotrip poderia sugerir
mas tive prazer, claro, e até um certo orgulho, ainda

10:32 da manhã  
Anonymous Dioniso said...

A egotrip não está na obra... aliás, nunca disse que esta obra o era. Se o for, apenas diria que alguma modéstia (e maturidade de profissão) nunca fez mal a ninguém.

Falei da forma como falou sobre ela, sobre as fotos aquém do projectado (será que é mesmo impossível captar com a objectiva alguma coisa? Se sim, é culpa da fotogenia da obra ou do fotógrafo? Espero que nem por uma nem por outra, eu diria que é consequência natural do desenho).

Depois a questão do desconstrutivismo. Se ela não faz sentido absolutamente nenhum, para quê mencionar isso? Para adicionar uma dimensão de complexidade e ambição conceptual? Ou foi para dizer que as colegas xuxam no parque escolar? Ai o moralismo, o moralismo...

E depois claro, bateu definitivamente no fundo ao defender o seu trabalho pela crítica/ negativa de outros, uma regra proibida na retórica e na capacidade que se tem de falar sobre o próprio trabalho. "já lá vi, pelos anuários, coisas (muito) piores", tudo bem, e daí? O que é que isso tem de relevante?

Já agora, o Aloha é Zaha, e este quer ser Kahn XXI... não sei o que é pior... fiquei confuso.

12:52 da tarde  
Blogger AM said...

já me está a faltar a pachorra mas vamos lá...

"alguma modéstia (e maturidade de profissão) nunca fez mal a ninguém"
exacto. releia a posta. em particular a parte em que falo em "obra de juventude" aquém do projectado.
parece-me modéstia e confissão de falta de maturidade profissional mais que suficiente
em nenhum lugar da posta vai ler que é um projecto fantástico, genial, etc. agora que é muito mais interessante que dezenas e dezenas de merdas que costumam dar á estampa também não deixo de reafirmar

"será que é mesmo impossível captar com a objectiva alguma coisa?"
mais ou menos (qualquer dia pode ser que volte a tentar...)
a "culpa" é da falta de fotogenia da obra (o que normalmente até é uma coisa boa...), do "entorno", do incumprimento do projecto, do deficiente estado de conservação e sim, da "natureza do desenho" (mais confissão de modéstia que esta...)

a "questão do decon..." foi apenas para tentar reforçar a crítica aos críticos que estruturam a crítica em postulados como os que "transpiram" do comentário de JMF às obra do JMAC linkadas na posta
porque é muito fácil ver umas linhas "tortas" e estabelecer essa associação a uma "arquitectura (trendy) da (e na) moda"
não tem nada a ver com "moralismos"
moralista, aliás, só a crítica de JMF
não sei se não percebe se não quer perceber mas tanto se me dá

"regra proibida na retórica"!?
eu não sei nem quero saber em que planeta da retórica é que o dioniso vive mas eu quero que as "regras" e as "proibições" se fodam

o Aloha foi noutra posta (comente lá se quiser), o Kahn XXI apenas um aparte sobre o "desejo de ser" (esquiço) do esquiço
não tem nada a ver com...

permaneça confuso
é bom sinal

4:04 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Dionisios versus Apolíneos.
Que grande trip.

9:36 da manhã  
Blogger Unknown said...

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