Inquietação (o galpão decorado)
Para Inquietação, Inquietação e meia.
Ler o Inquietação Teórica e Estratégia Projectual (em brasileiro...) na obra de oito arquitectos contemporâneos (leia-se, segunda metade do século XX até aos nossos dias...) do sempre simpático e educado Rafael Moneo, está a ser muito parecido com a "sensação" de ler (de ter lido) o Modern Architecture Through Case Studies 1945-1990 dos (não menos simpáticos) Peter Blundell Jones & Eamonn Canniffe.
O "problema", da "escolha", é o mesmo. O "problema" da escolha dos autores e das obras mais "importantes" para a leitura deste (nosso) passado recente e o "problema" - ainda maior... - da "herança" dos Gigantes que, aos da segunda metade (até aos nossos dias...), calhou... herdar...
Porque o meu problema (sem aspas) é... como é que (nós) vamos ler os últimos 60 anos apagando, esquecendo, ou relegando para as (irrelevantes) glórias dos "álbuns de família" as obras finais de (entre outros possíveis...) Le Corbusier e Alvar Aalto e a totalidade da Obra (maior) de Kahn?...
É que há sempre qualquer coisa de coxo... nestes resumos...
Quanto ao Livro que agora me ocupa (se bem que pelo pouco que já lá li, já não vai ser por muito tempo...), será assim tão "interessante" a-juntar arquitectos (à sério, daqueles que fazem obras e tudo...) como Venturi, Siza e Gehry com as "inquietações teóricas" de Eisenman e koolhaas, cujas obras, salvo melhor e raras excepções (e outras opiniões), deixam muito a dever... à inquietação...
Não estou com isto a querer dizer que o livro não tem (mais uma vez...) "interesse" apenas que é capaz de não ser bem para mim...
Para estudantes (como eu...), para "revisões da matéria dada" e para destapar algumas "sepulturas" vai ser sempre de alguma utilidade...
Ler o Inquietação Teórica e Estratégia Projectual (em brasileiro...) na obra de oito arquitectos contemporâneos (leia-se, segunda metade do século XX até aos nossos dias...) do sempre simpático e educado Rafael Moneo, está a ser muito parecido com a "sensação" de ler (de ter lido) o Modern Architecture Through Case Studies 1945-1990 dos (não menos simpáticos) Peter Blundell Jones & Eamonn Canniffe.
O "problema", da "escolha", é o mesmo. O "problema" da escolha dos autores e das obras mais "importantes" para a leitura deste (nosso) passado recente e o "problema" - ainda maior... - da "herança" dos Gigantes que, aos da segunda metade (até aos nossos dias...), calhou... herdar...
Porque o meu problema (sem aspas) é... como é que (nós) vamos ler os últimos 60 anos apagando, esquecendo, ou relegando para as (irrelevantes) glórias dos "álbuns de família" as obras finais de (entre outros possíveis...) Le Corbusier e Alvar Aalto e a totalidade da Obra (maior) de Kahn?...
É que há sempre qualquer coisa de coxo... nestes resumos...
Quanto ao Livro que agora me ocupa (se bem que pelo pouco que já lá li, já não vai ser por muito tempo...), será assim tão "interessante" a-juntar arquitectos (à sério, daqueles que fazem obras e tudo...) como Venturi, Siza e Gehry com as "inquietações teóricas" de Eisenman e koolhaas, cujas obras, salvo melhor e raras excepções (e outras opiniões), deixam muito a dever... à inquietação...
Não estou com isto a querer dizer que o livro não tem (mais uma vez...) "interesse" apenas que é capaz de não ser bem para mim...
Para estudantes (como eu...), para "revisões da matéria dada" e para destapar algumas "sepulturas" vai ser sempre de alguma utilidade...
4 Comments:
tenho esse livro mas na edição original, isto é, em espanhol. prefiro ler nessa lingua (até porque estudei em madrid) do que em versão brasileira (soube por ti que há essa versão traduzida)porque até agora não encontrei nenhum livro versão (pt)-br com uma tradução consistente.. pecam sempre por perder algum do sentido original e incorporar palavras abrasileiradas que me irritam um pouco.
enquanto estudante foi um bom livro para conhecer algumas das obras dos 8 arquitectos. é um resumo e como tal tem sempre o problema de "resumir" e deixar outras coisas de fora. senão já imaginaste a quantidade de informação que era para compilar tudo de todos? :) era obra para uma vida!
como inquietação não me inquietou muito.. mas como estratégia projectual é um bom livro. o título engana.. creio que será o devido leitor que deverá fazer os links entre eles (os arquitectos) para produzir essa inquietação..
não conhecia esse outro livro dos Blundell&Canniffe. vou procura-lo e ver se é assim como dizes.
ainda sobre o moneo e os seus escritos que melhor conheço passam muito por esse tipo de critica descortinada das estrategias projectuais.. ele próprio toma esse sentido de busca na sua obra e os seus discipulos M&T também continuaram/continuam nessa mesma onda.
quando acabares o livro ou quando o abandonares definitivamente gostava de saber se continuas com a mesma impressão que "postaste"
boa leitura
belo coment
mt obg, filipe
eu respeito muito o Moneo
acho que não só é um bom arquitecto (como todos, com umas obras melhores que as outras) como também parece ser muito boa pessoa (amador da arquitectura, generoso, etc.)
deve ser um excelente professor
o livro ficou sempre debaixo de olho, mas como temos que ir fazendo, também nós, a selecção das nossas leituras (e das nossas despesas...), foi ficando sempre para depois...
agora, quase em português, que sempre cansa menos, lá calhou
estou a coisa de meio e a opinião mantem-se, sim
algumas "aulas" são mais interessantes que outras mas, ao contrário do que esperava, lido de enfiada acaba por provocar boas "colisões"
e há sempre o tom de uma frase, a "censura" elegante mas assertiva de uma obra em particular (o Rossi, em particular, acaba no tapete...) que compensam a leitura (e a despesa)
há por aí pelo blogue, outras postas (parvas) sobre o "outro" livro
se gostares desse avisa, posso recomendar outros na mesma "linha"
então o venturi não tem inquietações teóricas? e o gehry? de todos eles é até bem capaz de ser o que mais inquietações teóricas tem, mas disfarça-as de tal maneira que só a espaços, e estando atento, é que as podemos encontrar. no entretanto o pessoal vai comendo os guggenheims, como diz a colomina, a achar que ele é muito naïve, que diz sempre a verdade, que não teria razão nenhuma para nos mentir...
hauser
a inquietação do Venturi é a Denise, no resto são tudo manifestos, gentis
a inquietação do Gehry é permanente
é uma figura fascinante, o oposto do Eisenmam (com quem mantenho uma "relação" mais de "amor-ódio")
qual é a fonte do teu texto/livro com essas observações da colomina sobre o Gehry?
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