quarta-feira, abril 22, 2009

C.M.I.A.










Uma antiga, em parceria (em "tandem"...) com o PCS.
Um volume baixo, em tijolo, organiza (ria) o grosso do programa e acompanha (ria) o passo do passeio ("romântico") rente ao rio.
Um volume alto, em alumínio amarelo, agrupa (ria) as "áreas especiais" e anuncia (ria) a nova construção por entre as alamedas do parque.
Os volumes organizam-se (iam...) à maneira (oh, yes!) da biblioteca de Viipuri e (con) formam dois "pátios" com diferentes "conotações" funcionais.
No interior do volume "maior", dois espelhos, rente ao tecto, alinhados com as "fenêtre en longueur", repetiriam (até ao infinito e mais além...) as quatro colunas propostas e as copas das árvores que entra... riam... pelas janelas...
A sobreposição de volumes e materiais quer-se (ia...) "significativa" da "dupla vocação" - científica e... ambiental... - do novo edifício.
O vencedor já passou pelas revistas e, agora também, há coisa de poucos dias, pela "tê-vê".
Acabou em museu... com paredes em vidro, aço Corten... e vinha virgem...
Se um blogue não serve (ao menos...) para isto... (então também não serve para mais nada...)

21 Comments:

Anonymous simoes said...

Seria para o mesmo sitio do actual?
O existente seria demolido?

10:28 da manhã  
Blogger alma said...

Fez muito bem :) em postar !


uma pergunta o aluminio seria anodizado ou lacado ?
gostei especialmente da ideia dos espelhos ...

11:52 da manhã  
Blogger AM said...

mt obg, simões
sim e sim (podes confirmar pela localização do quiosque)
a existência, quanto mais a "salvaguarda" do edifício existente não fazia parte dos "dados" do concurso
a "obrigatoriedade" da sua "preservação" chegou-nos (depois da visita ao local) na fase de "perguntas e respostas"
por essa altura era tarde
a proposta estava mais do que "alinhavada"
perder por perder ao menos com um pouco de estilo

lacado, alma :) tanto quanto me lembro...
devia de estar a querer copiar a (genial)fachada da biblioteca de Bard do Venturi...
mas estou a ver (e a pensar) na sua questão...
em cor de caixilho para casa-mortuária tambem ficava o máximo! :)))
sobre os espelhos... há umas fotos de umas maquetas... se eu der com os slides (tenho eu ou o PCS) logo os vê... (em desenho vê-se nos cortes transversais...)
eu sei que a (pouco original) "ideia" é muito orson welles mas o que eu posso fazer...

12:19 da tarde  
Blogger alma said...

não se ria :)tudo dourado Coimbra teria mais encanto :)))))

talvez o júri tenha ficado baralhado nos acabamentos :)))))

8:10 da tarde  
Blogger AM said...

do júri só recordo (se não estou enganado...) o tímido do EJV :)
pelas menções honrosas (tudo às caixinhas mais para a frente e para trás...) falharam em entender a nossa proposta :)

8:40 da tarde  
Anonymous simoes said...

Foi pena não terem percebido a existência do edifício(ou não).

No museu da água, são os existentes (edifício e túnel) que ainda dão algum significado ao conjunto.

eu votava em anodizado dourado como os da filarmónica do scharoun...:)

10:01 da tarde  
Blogger AM said...

passou, não importa :)
o "clone" sem o "original" não faria qualquer sentido
eu acho (com aquela entrada/passagem em vidro, o aço corten + a vinha virgem...) "chocho"... mas quem sou eu...
o anodizado do scharoun é genial... :)

10:23 da tarde  
Blogger alma said...

YES :)obrigada Simões :)afinal não sou a única sobre o dourado :)!

e o AM a gozar com caixilhos tipo para casa mortuária !

10:40 da tarde  
Anonymous PCS said...

isto ainda era mais ou menos nos verdes anos...a malta a pensar em coisas assim pró diferentes, mas mais ou menos genéricas sem o pretensiosismo todo que é preciso para ganhar um concurso - mas a tentar fazer a síntese com as coisas de que gostávamos. Não vai ser fácil...como dizia a nódoa do Cardim...Nunca foi fácil diríamos depois. E o Portas todo inflamado na exposição do CCB - o alumínio amarelo nunca fez parte dos figurinos da elite. Eu acho que Coimbra ficou melhor sem aquilo...-imagine-se depois de passar na faculdade do Byrne (e ficar com dúvidas se não é uma prisão adaptada) seguir depois para a residência dos Mateus a pensar que um pátio em triâgulo lixado e enterrado é uma ideia assim tipo (essa sim) casa mortuária,um tipo já não teria cabeça prós espelhos, prá chapa amarela, prás árvores em contraste - é muita fruta pá...e aquilo que até era assim pró contemporâneo - uma caixa e tal...!

11:13 da tarde  
Blogger AM said...

a alma sabe que eu com a (santa) arquitectura nunca brinco :)
leia por exemplo, o coment do co-autor do proj. o arq. PCS :)
alumínio amarelo (lacado, anodizado, whatever...) na lusa atenas seria como (voltar a) pintar o partenon... :)
quer dizer... há aqui qualquer coisa que não bate certo... :)
o mais engraçado de tudo é que aquilo eram mesmo duas caixas :) um pouco mais "informadas" (pelo Aalto mas também pelo Venturi da ampliação do Museu de Oberlin), mas duas caixas... :)

(não percebi essa do Portas inflamado na exp. do CCB - não m'alembro de nada disso, foi na apresentação dos premiados!?... - podes contar o resto!?)

12:09 da manhã  
Blogger Dioniso said...

Risca ao meio, "bota e bira".
Pobre... muito pobre.

10:42 da manhã  
Blogger AM said...

mt obg, dioniso
a nossa proposta, a proposta vencedora (ou as duas)!?...

2:12 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Meu caro,

admito que ainda hesitei em comentar a coisa. Mas, depois, só depois, achei que o silêncio é para os inocentes, e o AM não merece ser tratado assim (o que ainda assim não se revela uma melhor hipótese).
Ao ver o projecto do CMIA (concurso esse que me recordo, por também nele ter entrado; embora para outro sítio) cabe-me uma destas hipóteses:

1. Ajuizar: um claro erro de juventude.

2. Citar: "Poderia então concluir-se que há aqueles que, por bem desenhar, desenham (quase) sempre bem. Sem no entanto saber porquê, nem mesmo para quê.
Depois há as gentes para quem a teoria e a história - fulcrais, já se vê - são exteriores ao desenho. Esses normalmente desenham mal. Mas no final, claro, sabem sempre porquê"; esperando, claro, que saibas porquê.

3. Escrever: Ainda que o CMIA que lá esteja não seja exactamente um espécimen exemplar, diria que a escolha do júri foi certeira.

4. Confirmar: as palavras de Dionísio

5. Afirmar: Shit happens!

6. Confirmar: Egas ainda assim é um bom Júri (o outro, também bom, acho, era o Santa-Rita)

7. Lamentar: Se ninguém entendeu a tua proposta é porque nada havia para entender.

8. Ironizar: não atires a primeira pedra, se tiveres telhados de vidro.

... mas na verdade acho, simplesmente, que não soubeste mostrar, nem desenvolver, nem tirar partido, nem formalizar essas todas boas intenções que estariam presentes na altura.

3:23 da manhã  
Blogger AM said...

mt obg, P.

o teu comentário - demolidor! :))) - recordou-me aqueles carros com rodas de tractor que atropelam e esmagam os outros carros mais "piqueninos" e (por assim dizer...) "normais"... :)
o projecto não é (nem nunca quis ser) a "oitava maravilha"
o am (e o pcs) não têm ambições a brilhar por entre as mais brilhantes estrelas da "jovem" arquitec-tuga XYZ que já produziu "exemplares" da extirpe de um NBC ou de um BR...
quanto aos pontos:
1 - forever young
2 - remeto para as caixas de comentários do "catedrais"
agradeço a parte da "história" e da "teoria", não me reconheço (inteiramente...) na parte da crítica ao (meu) "mau" desenho
não queres "concretizar"!?
3 - águas passadas não movem moinhos, etc.
4 - estou à espera do esclarecimento
até lá não posso confirmar ou refutar as palavras do "dioniso"
5 - é uma honra ser comparado ao PMR (falhar, com "estilo", será apanágio dos grandes... ou não será!) :)
6 - não faço a mais pequena ideia
como arquitectos têm dias
7 - não lamento nada... concorremos, perdemos... é a vida... como acima escreveu o PCS o mais certo (vá-se lá a entender uma coisa destas...) é ter sido pelo melhor
8 - na vida quem perde o telhado em troca recebe as estrelas (tom zé)

... na verdade acho que o teu coment vai mais ao paleio do odp que ao projecto
diria que a tua crítica enforma do vício do "formalismo" (mas como não está na moda...)
o projecto apostou menos em fazer arquitectura como quem faz "bonecos" todos jeitosos para dar nas vistas (também do júri) do que em procurar responder (é o "funcionalismo"... pá!) aos dados do programa de concurso
sobre isso a tua crítica diz nada
como é que o projecto poderia ter tirado melhor partido dessas suas "boas intenções" (está a arquitectura cheia...) é que eu gostaria de te ler...

10:44 da manhã  
Blogger AM said...

só mais uma coisa
o projecto é de 2001 (?)
oito anos na vida de um, dois, "jovens arquitectos", são uma eternidade...
o projecto foi elaborado durante o verão... e (vale o que vale...) para um "concurso" que queria a preservação de um edifício que nos deitávamos abaixo... (expectativas de ganhar - zero...)
hoje, ao voltar a olhar para os desenhos, mudaria muita coisa
toda aquela "ala" dos sanitários, por exemplo, acho muito muito pobre... (esquemática, simplista, etc.)
foi só um concurso...
restou a memória do encosto do tijolo de barro com o alumínio e o "reflex" das copas das árvores...
já não é nada mau...

11:01 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Não era de todo minha intenção usar o tractor ;) [mas lá que soube bem evolver as tripas ao ODP, ó lá que soube]
Em relação ás tuas palavras apenas uma achega: essa tua ideia que as pessoas fazem projectos (ou imagens) para dar nas vistas é, digamos, um tanto ou quanto desviante.
E (para acabar) em relação ao projecto: apenas acho estranho, num concurso como foi o do CMIA, o investimento na construção (veja-se a cobertura, nos cortes, com "águas", platibandas e essas outras coisas). Pergunto: não teria sido melhor concentrar a energia noutras coisas?

5:35 da manhã  
Blogger AM said...

desviante mas (infelizmente) muito verdadeira... :) não me vais (des) dizer que muitas vezes, ao olhar para os "bonecos", não "sentes" o mesmo!?
a pormenorização, tanto quanto me lembro (e tanto quanto te lembrarás) fazia parte (como em Macau...) das "regras do jogo"
concordo contigo (e com muitos outros) em como poderia (deveria) não ser esse, um dos principais "investimentos" dos concorrentes a concursos deste (e de outros tipos), mas isso é outra e (outra) velha conversa
mas antes na pormenorização que no (fazer) render(s)... :)))
gostei muito, gosto sempre, de ser "contradictado" :)

12:33 da tarde  
Blogger Pedro Machado Costa said...

a continuar assim ainda me obrigas (moralmente, claro está: sou um cavalheiro) a postar o nosso CMIA de 2001, como que a dar a outra face

6:32 da tarde  
Blogger AM said...

estou a afiar o dente e a esfregar as mãos... :)

7:48 da tarde  
Anonymous Gonçalo Afonso Dias said...

Cheguei ontem de Luanda. Vim aqui deixar-te um abraço AM. Quanto aos comentários deste post cito um grande, grande engenheiro que encontrei, por mero acaso, na casa onde fiquei. Um engenheiro do tamanho da pala do Pavilhão de Portugal da Expo... esse mesmo.
Um homem simples com quem troquei contactos e breves desabafos; falei-lhe do meu (des)gosto em relação ao estado miserável da arquitectura que se vai fazendo em Portugal; estavamos na rua sob 30 graus, o engº preparava-se para apanhar o transporte que o ía levar ao aeroporto para regressar a Lisboa mas ainda teve teve tempo de me responder: - "Enquanto os arquitectos andarem a projectar para as revistas no lugar de pensarem arquitectura..." e foi-se embora. Fiquei a ver o Jipe a percorrer a rua esburacada sem conter um sorriso nos labios. Pois é. É isso tudo!... Abraço

5:31 da tarde  
Blogger AM said...

mt obg G.
motivo mais que suficiente, parece-me, para nova posta
depois passo por lá para ler as novidades
ab

7:57 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home