segunda-feira, abril 13, 2009

sobre o Pritzker 2009

No (primeiro) ano da (grande) crise o Pritzker atribuido a Peter Zumthor é a escolha (óbvia) do "establishment" arquitectónicamente-correcto
O Deus Zum-Thor é (como que) o Barack Obama da arquitectura, o arquitecto cuja obra vai salvar a ética da disciplina dos "excessos" (disciplinares...) assim "corrigidos" (leia-se "punidos"...) depois de (mais de) uma década de bushismos (veja-se o "Content"...) do Kualhas e da a-Zaha-rada...
O prémio do Zumthor é o sinal da "mudança" (para que tudo fique na mesma...)
Mais valia ter ganho Cameron Sinclair...

6 Comments:

Blogger alma said...

AM,
O Prémio do Zumthor é como diz óbvio :)mas mais crises é que não :)
e depois o Cameron Sinclair não sei se ele terá jeito para o desenho ...
apesar da sua mente ágil:)))

12:08 da manhã  
Blogger AM said...

oops... :)
e isso do "jeito para o desenho" é uma coisa que sempre dá o seu jeito... :)

12:17 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Estava a olhar para o prémio a partir do ponto de vista do desenho :)... por isso não reparei naquilo que dizes. De facto é o prémio mais politicamente correcto que se poderia encontrar.
No entanto os senhores do Hyatt navegaram sempre ao sabor da corrente, não? Reveja-se a lista de premiados, e os ares dos tempos que por eles corriam (Pei, Roche, Portzamparc...para não falar em mr. Johnson: esse mestre dos mestres)

12:52 da manhã  
Blogger alma said...

os pritzker :) aos Hyatt do Portman ... curioso :))))

1:05 da manhã  
Blogger Lourenço Cordeiro said...

Às vezes o politicamente correcto não deixa de ser o correcto. O Zumthor representa o que representa, mas tudo o que faz roça a perfeição, e isso é que interessa. E é um purista, no sentido de que atribui à arquitectura um valor intrínseco que dispensa o suporte da palavra.

9:56 da manhã  
Blogger AM said...

não é o valor da obra no seu conjunto ou o valor de algumas obras mais em particular o que está em causa
a minha opinião não coincide com a tua mas reconheço , melhor, julgo compreender, o reconhecimento alheio
a arquitectura do Zumthor até pode roçar a perfeição só que, parafraseando Coderch (quanto aos "génios"...), não são "arquitecturas perfeitas" o que necessitamos agora
o que é a "perfeição" em arquitectura é (por enquanto e ainda...) algo de discutível
discutível com palavras... e com o "exemplo" de outras obras...
será que a arquitectura alguma vez dispensa (dispensou ou dispensará) o "suporte" da palavra!?...
as melhores obras do Zumthor parecem exigir (mas sem "reclamar" muito...) um "homem novo" (e um "mundo velho"...) que (felizmente ou infelizmente...) já não existe
fazia-te (provocação) menos crente na possibilidade de uma "arquitectura" do e para o "homem novo"...
pode ser que ainda volte a este "tema"...

1:35 da tarde  

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