sábado, outubro 04, 2008

Contentor

11 Comments:

Blogger JFC said...

Como reagiu a pobre velhinha quando a 'arrancaram' desse excelente contentor minimalista? Protestou? Sabe-se alguma coisa?
Quem desenhou o contentor? O Brandão Costa?
JFC

8:44 da tarde  
Blogger AM said...

a velhinha está na maior (com a sua reforma de 15 euros mensais...) à espera da casa prometida
e pudera - não havia de estar... - há vinte anos (entre os setenta e os noventa...) a rapar frio no inverno e calor no verão, e a aturar os acidentes e o barulho dos comboios à porta de "casa"...
lamento mas desconheço o nome do venerável "autor"
se sabem disto no MOMA ainda fazem um upgrade à exposição dos minis-minis...
ai, ai... a "moda" do "living with less"...

9:23 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

mau! até que tu, jfc, a-mandas umas postas porreiras com sentido de hu-a-mor mas esta aqui foi sequinha e sem graça! podes nao gostar do minimalismos e -ismos do brandão costa mas nao é assim tao simplório como fazes crer pela tua a-posta no ar! pode nao ser o melhor arqto mas a tua boca é infundada!

9:26 da tarde  
Blogger AM said...

eu também acho que a boca do JFC é muito má... e que é por isso que é muito boa...
olha que entre este contentor e alguns dos contentores do brandão costa...

9:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

assim de repente, na minha memória aparece so um projecto que se pode chamar de contentor: as escolinhas FCMUNL em lisboa! nunca visitei essa obra mas a-ver que julgo ter mais qualidade que esse contentor camarário! se outras obras vos (a)parecem contentores pode ser que andem a precisar de ver com mais atençao! (sem a-ofensa)

9:48 da tarde  
Blogger AM said...

é pá, tanto me faz
não vou transformar isto num "forum" sobre a obra do brandão "dah" costa
como esse temos muitos (cromos) p'rá troca (e se a caderneta ainda está para durar...)
só é porreiro para mandar uma bocas à suposta qualidade do desenho minimalista cheio de "divinos" detalhes que, seja como for, são uma daquelas coisas que só interessam aos arquitectos
não há pachorra para a seita dos últimos dias do mies
estou mais interessado em olhar para esta pequena mas significativa e "verdadeira" história, como um bom espelho do fracasso de todos os discursos políticos deste últimos vinte anos de suposta "maturidade" da democracia portuguesa
é o país do oásis cavaquista, é o país do bonzinho do guterres e dos outros todos que lhe sucederam, o país dos polis e das conquistas (de abril) do poder local, das grandes obras públicas, da expo e do (duplo) euro, da "geração de ouro" e do scolari...
demagogia? vão contar isso à velha!
a velha pronta, metida no contendor, adeus oh meus amores, que me vou
anos 90, corpo em câmara lenta...

10:21 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

sim apoiado!

10:30 da tarde  
Blogger JFC said...

Caro filipe, não concordo contigo, o contentor da velhinha parece-me bastante mais interessante que as escolinhas do Campo de Santana do NBC; repara bem: existe no objecto uma rarefacção, uma contenção de meios, uma radicalidade (na própria exegésis do processo projectual) que, somadas, situam o objecto no plano da hiper-realidade, o que, mesmo correndo o risco de contrariar Habermas, eu diria que propõe a meta-narrativa da auto-referencialidade como princípio irredutível; reparaste na
pequena janela, ao lado da porta? Fez-me lembrar o que Souto Moura disse sobre uma janelinha semelhante que descobriu no
pavilhão de Barcelona: é como se Mies nos estivesse a dizer: está aqui uma janela, eu podia fazer isto mas não faço porque sou radicalmente moderno.Ora bem, eu digo o mesmo sobre aquela janelinha, podia ter sido feita mas não foi, porque o autor deste extraordinário contentor, tem a visão diacrónica da peça/objecto-conceptual que falta a NBC.
É claro que podes sempre argumentar: e o calor sufocante que a velhinha sentia dentro do contentor? Ao que eu te responderei sem hesitação: o populismo e a demagogia, meu caro amigo, não te levarão a lado nenhum (a menos que queiras ser Presidente da Camara de Ponte do Lima)!
JFC

1:17 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Am,
não podia vir mais a propósito este link :) "pequena mas significativa e verdadeira história" sobre os "living with less"...
parabéns mais uma vez pela sua visão para lá do óbvio :)

2:13 da tarde  
Blogger fielding mellish said...

http://clix.visao.pt/Opiniao/ricardoaraujopereira/Pages/Parabensacabadeganharestemagnificoapartamento.aspx

LR

5:13 da tarde  
Blogger AM said...

jfc - outro daqueles comentários bem melhores do que a posta :)

contrariar Habermas :) ou NBC explicado às criancinhas?... :)

que nada maria, são apenas despp
o tema, a notícia andava por aí, e eu até estava a ver se não era obrigado a pegar na coisa, mas como mais ninguém "avançou"...

(...)
Antigamente, nos bons velhos tempos em que a instituição da cunha mantinha alguma dignidade, as pessoas almejavam obter um cargo público importante para exercerem a sua influência em benefício de familiares. Tudo bem. Mas hoje, na Câmara Municipal de Lisboa, basta ser filho de um motorista para se ter a hipótese de arranjar uma casa no centro da cidade. É um escândalo. Toda a gente suporta com resignação que o filho de um ministro ou de um secretário de Estado tenha esta ou aquela regalia. Mas quando os filhos dos motoristas começam a usufruir de benesses, está o caldo entornado.

As cunhas são uma saudável corrupção da democracia, um abandalhamento do princípio da igualdade. Se começam a funcionar de forma transversal às classes sociais, então, e por muito que me custe dizê-lo, mais vale a democracia. A universalidade do acesso às cunhas é das coisas mais antidemocráticas que há.

Ricardo Araújo Pereira (mt obg LR)

8:20 da tarde  

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