Pensamentos Periféricos
A extended mix da (auto) reportagem da viagem de Alexandra Prado Coelho, Enric Vives-Rubio, José Adrião e Ricardo Carvalho, pelas periferias lá da terra deles (leia-se Lisboa) é uma "cena" meio penosa de "esparguete ocidental" com o bom (a liberdade de projectar na "terra das oportunidades"...), o mau e o arquitecto.
Para os editorialistas são bons exemplos de território periféricos ("regenerados"), o Parque da Paz em Almada que inclui uma ciclovia, um monumento à Paz, um museu da Cidade e "no centro (...) um lago com um repuxo e cisnes brancos" (!!!) e "o novo parque urbano que se estende ao longo do Rio Jamor" em Queluz de Baixo, com "esculturas de José Pedro Croft" (!...) e "mesas onde os velhotes jogam às cartas"...
Maus exemplos... a ausência de "edifícios singulares (...) marcantes na memória dos lugares".
Como está bom de ver e como não podia deixar de ser "a" solução passa pela arquitectura de "autor".
Para "regenerar", pelo bom exemplo da arquitectura, a Avenida dos Bons Amigos ("que sobe a partir da estação dos comboios", para quem não conheça...), propõem, seguindo o exemplo (ah, mas tão na moda...) de Lacaton & Vassal, a substituição das "pequenas janelas" (más), por "grandes aberturas transparentes" (boas), "para que os moradores possam beneficiar da vista de Paris"... (que as "vistas", o clima, ou as "gentes", não sejam bem as mesmas, não parece ser de qualquer significado... a malta é jovem... e os jovens curtem bué o Lacaton e o Vassal...).
Também que (como é de "praxe") a "abstracta" repetição dos caixilhos de alumínio anodizado (à arquitecto...) e a exposição das grandes aberturas (mais reflectoras que transparentes...) da "marquise" (em si mesmo um francesismo...) envidraçada sejam como que uma espécie de Lacaton & Vassel "avant-la-lettre" também não lhes terá assom(br)ado... às janelas...
A própria razão de ser da viagem (para além, claro, da razão maior de okupar meia dúzia de páginas do JA...) também é meio "suspeita"...
Para visitar a periferia não é preciso "abandonar" (que estranho isto aqui visto pelo "outro lado" do deserto da margem sul...) o "umbigo" de Lisboa, e até os velhotes da terra dos patos-bravos que jogam às cartas no parque urbano da Ribeira do Jamor, sem nunca terem ouvido falar (o que é ainda mais espantoso...) na cidade "genérica" do kualhas, sabem isso: "Aquilo lá são uns cinemas velhos e uns restaurantezitos. Lisboa é um dormitório." Mortal!
"A oposição cidade-campo dominou o pensamento moderno sobre o território", escreveram José Adrião + Ricardo Carvalho logo na primeira linha (sempre à abrir...) do editorial.
Que estranho... (em qual dos "pensamento moderno sobre o território" estariam a... meditar!?...)
E eu para aqui a pensar na Broadacre City do FLW... a pensar na "diluição" e no "esbatimento" das fronteiras (da oposição...) entre a cidade e o campo e entre o centro e a periferia...
Para os editorialistas são bons exemplos de território periféricos ("regenerados"), o Parque da Paz em Almada que inclui uma ciclovia, um monumento à Paz, um museu da Cidade e "no centro (...) um lago com um repuxo e cisnes brancos" (!!!) e "o novo parque urbano que se estende ao longo do Rio Jamor" em Queluz de Baixo, com "esculturas de José Pedro Croft" (!...) e "mesas onde os velhotes jogam às cartas"...
Maus exemplos... a ausência de "edifícios singulares (...) marcantes na memória dos lugares".
Como está bom de ver e como não podia deixar de ser "a" solução passa pela arquitectura de "autor".
Para "regenerar", pelo bom exemplo da arquitectura, a Avenida dos Bons Amigos ("que sobe a partir da estação dos comboios", para quem não conheça...), propõem, seguindo o exemplo (ah, mas tão na moda...) de Lacaton & Vassal, a substituição das "pequenas janelas" (más), por "grandes aberturas transparentes" (boas), "para que os moradores possam beneficiar da vista de Paris"... (que as "vistas", o clima, ou as "gentes", não sejam bem as mesmas, não parece ser de qualquer significado... a malta é jovem... e os jovens curtem bué o Lacaton e o Vassal...).
Também que (como é de "praxe") a "abstracta" repetição dos caixilhos de alumínio anodizado (à arquitecto...) e a exposição das grandes aberturas (mais reflectoras que transparentes...) da "marquise" (em si mesmo um francesismo...) envidraçada sejam como que uma espécie de Lacaton & Vassel "avant-la-lettre" também não lhes terá assom(br)ado... às janelas...
A própria razão de ser da viagem (para além, claro, da razão maior de okupar meia dúzia de páginas do JA...) também é meio "suspeita"...
Para visitar a periferia não é preciso "abandonar" (que estranho isto aqui visto pelo "outro lado" do deserto da margem sul...) o "umbigo" de Lisboa, e até os velhotes da terra dos patos-bravos que jogam às cartas no parque urbano da Ribeira do Jamor, sem nunca terem ouvido falar (o que é ainda mais espantoso...) na cidade "genérica" do kualhas, sabem isso: "Aquilo lá são uns cinemas velhos e uns restaurantezitos. Lisboa é um dormitório." Mortal!
"A oposição cidade-campo dominou o pensamento moderno sobre o território", escreveram José Adrião + Ricardo Carvalho logo na primeira linha (sempre à abrir...) do editorial.
Que estranho... (em qual dos "pensamento moderno sobre o território" estariam a... meditar!?...)
E eu para aqui a pensar na Broadacre City do FLW... a pensar na "diluição" e no "esbatimento" das fronteiras (da oposição...) entre a cidade e o campo e entre o centro e a periferia...
7 Comments:
lamento que esses intelectuais não tenham passado pelo parque dos poetas em oeiras (parque do holocausto da poesia:) ou será que tiveram medo de entrar :):):):)
Não há dúvidas que o Nanni moretti influenciou o simpático MGD e o MGD influenciou os critícos arquitectolas e o ODP passa... :)
oeiras é "bem", logo não é periferia, periferia é pobre descamisado a fumar a janela, ou pré-reformado a jogar à sueca por entre as esculturas pós-modernas de JP Crof
essas coisas nem se pensam... :)
não percebi esse, maria
não custa a a creditar, mas qual é a influência do moretti no MGD?
quando li o livro do MGD ao volante com ... lembrei-me sem querer do querido diário, mas não ligue são só pensamentos periféricos :):)
maria
é um bom link! :)
a rtp 2 tá a passar filmes do moretti a partir da meia-noite
apanhei a coisa pela metade, mas a ver se esta noite (se calhar acabou...) não perco
OH!:)mt obrigada :) vou tentar ver :)
os bons programas são sempre fora de horas :)
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