As Narrativas
O centro histórico de Moura requeria uma aproximação de densidade máxima (Ai sim!?... E então por que é que não "cresceste" para tapar a empena da vizinha!?... Olha que dava uns "duplexes" porreiros... pá!). As estreitas ruas (as ruas estreitas) e a intensa relação (a relação intensa) com o céu desenharam (?) o perímetro do edifício como uma natural existência (uma existência "natural"...). O comércio foi confinado ao piso térreo estabelecendo a relação com o dia-a-dia (O "dia-a-dia" não sobe ao primeiro andar!?... Este homem é um poeta!...). As habitações foram protegidas (do quê, provavelmente, nunca o saberemos...) no piso superior. As aberturas e a sua abstracta presença (eu não dizia, é poesia...) conduziram a fachada (?) a uma mesma narrativa (agora com essa da narrativa é que tu me lixaste...).
Comércio e habitação partilham o discurso (metáfora em continuidade). Uma fronteira permeável é assumida pela densidade das paredes que separam a rua dos espaços interiores e um espaço protegido é criado. Profundos e dramatizados vãos (vãos profundos e dramatizados) estabelecem a fachada enquanto entidade reconhecível (leia-se "ícone" foto-grafável pronto a exportar para as revistas que não m'alargam a braguilha e para as conferências na estranja...).
Edifício de habitação e Comercio, Moura, Aires Mateus, Revista arq./a n.º 59/60
Comércio e habitação partilham o discurso (metáfora em continuidade). Uma fronteira permeável é assumida pela densidade das paredes que separam a rua dos espaços interiores e um espaço protegido é criado. Profundos e dramatizados vãos (vãos profundos e dramatizados) estabelecem a fachada enquanto entidade reconhecível (leia-se "ícone" foto-grafável pronto a exportar para as revistas que não m'alargam a braguilha e para as conferências na estranja...).
Edifício de habitação e Comercio, Moura, Aires Mateus, Revista arq./a n.º 59/60
12 Comments:
e é assim com uma prosa destas que se desgraça uma obra tão ao gosto BCBG :)
os Aires Mateus são dos "favoritos" d' odp
não sei se a maria está ao corrente de como é que isto aqui dos blogues funciona, mas pode experimentar uma pesquisa para "Mateus" (sem aspas) na janela "pesquisar no blogue" no canto superior esquerdo...
muito p'ra ler... :)
os tortos e os direito? todos os mateus?
JFC (hoje sóbrio e direito)
os direitos
dos tortos, da arquitectura dos tortos, entenda-se, gosto mais
só não gostei foi da história da trienal... mas isso são outros rosários...
umas verdadeiras "cabeças de série" neste blogue.
já conhecia a ferramenta :) mas obrigada na mesma :)
a propósito
Am, não se esqueça de rectificar no texto sobre o Belem Lima (casa de Goethe e ...)
fica menos vivo :)mas penso que não há necessidade tb de tanta vivacidade.
assim não posso recomendar às minhas amigas :):):)
o.k. maria (amiga das pudicas)
boa sorte para a vossa reunião de taperware
Obrigada Am :)
e que tal um comentário na posta respectiva
odp (como qualquer grande palhaço...) quer palmas e comentários
(aceitamos despropósitos...)
ah ah ah
AM, nunca vi tão bela e certeira homenagem ao linguajar das revistas.
Acho que os americanos lhe chamam BS, iniciais de bulls**t
Até apetece dizer: ó homem, tanta conversa pra quê? o cliente disse-te: "espeta aí o que der e o que mais couber", e o artista lá espetou, e foi encontrar explicações, desculpas, roupagens, escape, para os problemas de consciência (acho que Freud explica)
mesmo assim: viva a Arquitectura!
por estas e por outras é que nunca gostei daqueles artigos de revista arquitétóinica que começam assim: "texto crítico"
obg. fonix
ja li, e se calhar ate já escrevi, melhor
o que irrita na prosa, nesta prosa em particular dos Aires Mateus, é aquela estranha mania de querer "antecipar" o adjectivo
podes escrever (como na posta) as maiores banalidades, mas se antecipares o adjectivo... está safo!
acho que nem Freud...
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