sexta-feira, outubro 05, 2007

Mais Leiria

A "publireportagem" ao concurso (?) "Mais Leiria" com entrevista ao arquitecto Pedro Appleton do Promontório Arquitectos publicada no Público de hoje é uma das coisas mais extraordinárias que eu vi nos últimos tempos... A "atracagem" (space, the last frontier...) final (ou fatal) entre a arquitectura "assinatura" de qualidade (garantida!) e as estratégias de intervenção (capitalista) na "sensível" cidade portuguesa de (eufemismo) pequena escala... Dizem que são o atelier em Portugal com maior experiência comercial (com mais "comércio"!?...) o que lhes garante "alguma (maior!?...) capacidade de intervir em territórios tão sensíveis." (Hum!... também haverá um ran-king, ou uma "tabela", para averiguar - como na história dos "vazios"... - da "sensibilidade" dos... território... Ou será apenas uma questão de senso-e-abilidades e de... "reunião" de saberes?...)

A entrevista termina assim:

Com tanta convicção, acha que vão ganhar o concurso?
Pedro Appleton: Não posso pôr outra hipótese! Para além do nosso projecto ser efectivamente o melhor em todos os aspectos - urbanismo, mobilidade, arquitectura, diversidade, áreas verdes e investimento - é o único que respeita os instrumentos de ordenamento do território em vigor: respeitamos o "sistema" rio, não construímos sobre a reserva ecológica (REN), como as outras propostas o fazem, superamos as regras do PDM no que respeita ao estacionamento, etc. Na nossa profissão, entendemos as regras básicas do território como argumentos para o processo criativo, podemos mesmo nomear esse aspecto de fairplay...

Eu até diria mais... Leiria. Se, efectivamente, a proposta do Promontório é única que respeita os "instrumentos" e as "regras", é porque as outras propostas não estão em condições de ir a jogo, ou, por outras palavras, é porque as outras propostas estão fora-de-jogo...
Não conheço o projecto (e mal conheço a cidade) mas a antevisão da relação do "Multiusos" proposto ("um edifício um pouco 'diferente', muito flexível, sem filiação estética em nada (!?) que se lhe associe imediatamente"...), com o morro do Castelo é... assustadora!

Esperar para ver...

afectivamente...

6 Comments:

Blogger Gonçalo Afonso Dias said...

Promontório?!
o(queque)é?

3:33 da tarde  
Blogger AM said...

não sejas mauzinho... têm coisas estimáveis
pessoalmente aprecio a "mensagem" e a preocupação, que não é de agora, com a qualidade da construção, um "aspecto" que praticamente parece ter desaparecido do "discurso" da classe...
viste a publireportagem e a "montagem" no público, com o multiusos e a vista para o castelo?

7:07 da tarde  
Blogger Gonçalo Afonso Dias said...

Não vi não senhor. Quanto à qualidade da construção, depende muito mais de uma boa direcção e preparação de obra, do que dos milhentos desenhos cheios de legendas que aprendemos a fazer.
Exemplos disso não faltam.

1:34 da manhã  
Blogger AM said...

concordo que a direcção de obra pode ser tanto ou mais importante que um bom projecto (de "execução"... - que medo!), mas quando me referi à preocupação com a qualidade da construção estava a pensar na preocupação do "promontório" com uma "certa" (cá está...) pré-fabricação dos "elementos" e com o "controlo de qualidade" à priori...

12:01 da tarde  
Blogger tms said...

Para uma boa qualidade de construção prefiro salientar o papel do encarregado e dos preparadores de obra.

3:32 da tarde  
Blogger AM said...

obg, tiago

por vezes tenho a sensação que as "resmas de papel" escritas ou desenhadas são um pretexto para a cobrança dos honorários...

10:45 da tarde  

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