Latina América

Não concordo com o que o Lourenço escreve aqui. Não só penso que a "auto-crítica" do "regionalismo crítico" também aportou à "latina-américa", como penso que sempre lá esteve... desde o princípio... do "moderno". Penso que não existe nenhuma diferença na "casa comum" do "projecto moderno" entre a arquitectura moderna, pós-moderna, "regionalista crítica" ou o (mais) que vocês lhe queiram chamar (são apenas palavras, palavras "parolas" e "chavões" - eh, eh, "chavões"... - equívocos...) nenhuma diferença, dizia eu, entre a arquitectura moderna (moderna, pós- ou regiona...) de Barragan, Villanueva, Niemeyer, Artigas, Mendes da Rocha... Nenhuma diferença para com a arquitectura que Le Corbusier inventou em "períodos" orgasmicamente múltiplos, a arquitectura disto tudo que nós agora para aqui (nas postas...) "invocamos" como sendo moderna, pós-moderna (não confundir com pós-modernista...) ou regionalista crítica...
Gostei de ler, gostei da "liberdade poética" da imagem (muito "gráfica") do "regionalismo crítico" como sendo "uma espécie de compromisso entre o manifesto e a identidade", mas ao fim e às contas não há coisa com mais "identidade", identidade "regional" e "local" entenda-se, que os "críticos" manifestos modernos... O "pai" do "achado" do "regionalismo crítico", explica isto muito bem explicadinho, no Capítulo 10 - Internacional Modernism and National Identity: 1919-1939, da GA Document (Special Issue N.º 3) dedicada à "Modern Architecture" entre 1920 e 1945... e como todos sabemos ser bem diferente, a "arquitectura manifesto" (anterior ao primeiro CIAM...) na Holanda, na Alemanha, na França...
Voltando à "latina-américa"... penso que se o Lourenço não estiver muito interessado em alimentar polémicas "artificiais" em "palavrosas" (como as minhas...) contra-batalhas (de estilo) "contra-modernas" não deixaremos de encontrar um "território comum"... Nem que seja no Chile!
Por outras palavras... Uma brise-soleil é uma brise-soleil, é uma brise-soleil...

foto Nelson Kon