terça-feira, julho 03, 2007

Casa em Palmela

8 Comments:

Blogger AM said...

eu queria discutir isto, mas como ninguém pegou...

12:31 da manhã  
Blogger João Amaro Correia said...

fónix... achas que isso se discute?
ahahahahahaha
parece uma receita do goucha: sem açúcar.
isso é habitação para resolver os problemas do pós-guerra ou uma "invanção" aquitectónica?
o que significar habitar uma gralha que será erguida em aço?

habita?
habitas?
invenção?
tectónica?

ai o pito

3:42 da tarde  
Blogger AM said...

é pá, não sei...
receita do Goucha sem açúcar? :)
não sejas mauzinho :)

acho que a obra tem algumas qualidades, a investigação sobre a tipologia, o "rigor" do módulo, a correcção da exposição ao sol, por exemplo

mas é curioso que fales nos problemas (da habitação) do pós-guerra, porque a mim, a casa também recordou as case studies do pós-guerra (WWII), e, em particular, as casas do Koening

acho que é o aspecto mais pobre da casa... essa colagem, ao "revival" (agora sou eu que estou a ser mauzinho...) "(neo-)moderníssimo", vagamente minimalista

não posso com aquela lareira flutuante e desconfio da inundação do "impluvium"

e não gosto que a "tradição Romana" sirva de alibi para expressões de continuidade tipológica, mas não sirva para mais nada

janelas verticais pré-modernas, O.K., telhados a recolher as águas para o impluvium, nem pensar... (que eu (eles) são uma dupla de sucesso...)

muito obrigado pelo teu comentário, que afinal sempre me permitiu escrever algumas das coisas que queria dizer, mas sem as angústias do texto convertido em posta

...se calhar é mais falta de sal que falta de açúcar... :)

7:07 da tarde  
Blogger João Amaro Correia said...

é pá, tenho mesmo que voltar à carga.
pode ser que depois das férias urgentemente necessitadas...
pode ser que noutro lugar

9:11 da tarde  
Blogger Gonçalo Afonso Dias said...

Um bom exemplo do que acontece à arquitectura quando é espartilhada por diagramas, conceitos e pre-conceitos.
Só se consegue ver do ar.

12:12 da manhã  
Blogger AM said...

gonçalo

interessa-me, pela "negativa", digamos assim, essa ideia de ver do ar

eu até já postei sobre isso... gosto muito de uma cantiga dos Rádio Macau, em que a Xana repete: "de cima não se vê melhor"... mas não será verdade que na arquitectura, e isso para alem do "perigo" da "ilusão das plantas" de que falava (sem a ele - ao perigo - se "furtar"...) o Corbu, isso nem sempre acontece?

o Roland Barthes tem um texto no Mitologias, salvo erro, o "Cozinha Ornamental" (tb já postei isto...), em que escreve sobre a perdiz que se vê (que se fotografa) do ar, como um substituto (um fetiche) de algo inalcançável

será esta arquitectura que se vê melhor do ar, numa abordagem estruturalista e "freud & Ana" (GNR), o espelho de uma arquitectura, que como na cantiga do Variações "não se pode alcançar"?...

já sei... é tarde...

João

desenvolve o (teu) "tema", fico à espera do comentário, ou, ainda melhor, da posta

links em:

http://odesproposito.blogspot.com/2007/03/iluso-das-plantas.html

e:

http://odesproposito.blogspot.com/2006/10/cidade-ornamental-isto-tambm-pode-ser.html

A citação "linkada" continua assim:

"Esta cozinha ornamental tem, na realidade, por suporte uma economia inteiramente mítica. Trata-se abertamente de uma cozinha (de uma "casinha" - diria eu a meter a colherada em texto alheio) de sonho, como o atestam aliás as fotografias da Elle, que não surpreendem o prato senão sobrevoando, como um objecto ao mesmo tempo próximo e inacessível, cujo consumo se pode esgotar no simples olhar."

penso que o suplento imobiliário do Expresso, cumpre, actualmente, em portugal (e nos "sonhos" - sem bolsa... - dos seus pobretanas leitores portugueses...) exactamente a mesma "função" de escape (social) semanal

é tarde, peço desculpa pelos despropósitos, estou (des)concertado

3:51 da manhã  
Blogger João Amaro Correia said...

faço minhas as palavras do gonçalo.
diagramas, métricas, conceitos e pré-conceitos. mais: multidisciplinaridades, trans-sexualidades. design.
design de casas. não é arquitectura.

12:54 da tarde  
Blogger AM said...

concordo com isso tudo
tb não gramo a arquitectura diagrama :)

mas parece-me necessário relacionar o "julgamento" sobre a obra com a análise da mesma

e joão, tu dizes isso a todas :)

1:30 da tarde  

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