segunda-feira, outubro 16, 2006

A Tradição do Novo

"A arte moderna ensinou-nos a deixar a tradição; isto deve ensinar-nos a romper com a tradição da arte moderna."

Dieter Kopp, citado por Paolo Portoghesi, em epígrafe ao Capitulo IX, de Depois da Arquitectura Moderna

E duas posta (ilegíveis) em reposição:

Jorge Figueira (e a Critica de Arquitectura em Portugal)
A Tradição, a Modernidade e as Posições Ambíguas

7 Comments:

Blogger Vítor Leal Barros said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

6:14 da tarde  
Blogger Vítor Leal Barros said...

bem, nem de propósito... este tema está muito presente na minha cabeça nos últimos dias fruto da leitura do lipovetsky....

concordo com a primeira parte da citação... o modernismo rompeu mesmo com a tradição, as sucessivas catadupas de vanguardas, todas de carácter revolucionário (ismo atrás de ismo), onde o novo era tido como o principal objectivo da arte (inclui-se a arquitectura como é lógico), facto que conduziu à dessacralização da arte de que Duchamp é o paradigma ... o pós-modernismo não consegue romper com a tradição da arte moderna...ele é um prolongamento do moderno... é um moderno sem dogma, sem raiva, é um moderno desencantado com o novo, é um moderno capaz de se olhar a si próprio e incluir nele mesmo a história, o vernáculo e o futurismo... o pós modernismo não rompe com a tradição moderna...ele inclui-a em si como uma das possibilidades...

6:21 da tarde  
Blogger AM said...

Olá Vítor
Não dediquei porque sabia que não era necessário
O pós-modernismo ainda não sei o que é... uma salada russa de:
- Elementos modernos, de ruptura, "institucionalizados" na "tradição do novo" (ou seja, e como bem dizes, o pós-modernismo, como apenas mais um dos "ismos" modernos);
- Elementos pré-modernos, mais ou menos regressivos, simplesmente nostálgicos ou declaradamente reaccionários... prince Charles...;
- Elementos pós-modernos...
O dilema é o seguinte: como (não) romper com a tradição da ruptura, sem perpetuar e replicar a mais banal das praticas "académicas" que todos conhecemos?
Aalto, Siza, Moneo, Venturi e muitos outros... são uma boa ajuda.

6:53 da tarde  
Blogger Vítor Leal Barros said...

a ver se depois acrescento alguma coisa...mas ao que te referes em específico quando mencionas 'a mais banal das práticas académicas'?

quanto aos arquitectos que citas não considero que o rompimento com a modernidade se dê em específico...há uma reinterpretação do modernismo nas suas obras bem como a introdução de outros elementos, quase sempre reinterpretações do vernácular, que quebra e especifíca o dito 'estilo internacional'... essa atitude é, na minha opinião, uma atitude pós-moderna...os arquitectos que referiste não cultivam o novo, nem seguem obstinadamente o dogma... é como se o ímpeto revolucionário tivesse abrandado ou deixasse de fazer sentido e agora houvesse necessidade de reajustar e readaptar a arquitectura e a arte em geral...

apesar de formalmente distantes dos modernos, considero que 'conceptualmente' arquitectos como o ghery, a zaha hadid e grande parte dos descontrutivistas estão mais próximos dos modernos do que arquitectos como os que citas... há neles a mesma procura vanguardista, a mesma obsessão pelo novo, a mesma atitude reacionária ... ainda não desistiram de 'inventar' como se pudessemos realmente inventar alguma coisa... a seu tempo lá chegarão...hehe

11:57 da tarde  
Blogger AM said...

Olá Vítor
... às postas e aos comentários estas coisas são tratadas pela "rama", mas cá vai disto...
A mais banal das práticas académicas... tu sabes... aquela das caixas brancas, de todas as Vilas Utopias e empreendimentos de (Bom-)Sucesso... Mateus "direitos", ou (última embirração de estimação) o Nuno Brandão da Costa, se queres exemplos.
Concordo com o que escreves sobre a pós-modernidade do Aalto, etc.
Não concordo quanto ao Ghery... aí a coisa já pia mais fino... enquanto voa muito alto...
A azarahada Hadid, sempre a perder concursos, e só porque é mulher, coitadinha, assim como o Eisenman, serão "neo-modernos" (a própria expressão é um absurdo...), que perseguem a lógica das vanguardas, que classificámos como sendo de ruptura...
Mas isto das classificações, é nos campeonatos, e como a coisa está a ficar muito generalista e abstracta, o melhor é mesmo descer ao "prazer do texto"… das obras... em “concreto”.
... Aalto, acerta o passo :)
Ou dito de outro modo, Viva o Venturi :)
Viva (o) Las Vegas, o texto teórico da arquitectura moderna das "caixas" "feias e ordinárias", com um anúncio em cima ou um poucochinho de maquilhagem... cuja relevância para a prática quotidiana da disciplina ainda estará por ultrapassar... quando não por compreender...
Mas, enfim, o que não faltam por aí são gajos que não se tocam (sem ofensa), sempre, ufa, ufa, a "ter ideias" e a "inventar"!

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