segunda-feira, abril 10, 2006

Inquérito (O Retrato Robot do Arquitecto X)

Estas coisas dos "inquéritos", são muito "giras". No fim devem de fazer a média e "tirar" um retrato "robot" ao arquitecto (suspeito) tipo, como nos filmes... Os dados, é suposto serem confidenciais, mas basta cruzarem três ou quatro perguntas, para ficarem a saber, se o quiserem, e pode sempre haver quem queira..., todas aquelas coisas que constam das perguntas...

Qual o sentido, num "inquérito" à "Profissão: Arquitecto"que têm por subtítulo: "Estudo Sobre o Exercício em Portugal", de perguntas sobre:

- O "Estado Civil" (considerado como um "dado pessoal indispensável ao tratamento estatístico do questionário"...) Mas em que é que é o "Estado Civil" (não confundir com o Blog...) é relevante para o "Estudo do Exercício da Profissão"???
- "A profissão do seu pai?" (e porquê do pai e não do pai e da mãe... a profissão da mãe não interessa? As "colegas" vão adorar esta...)
- "Antecedentes" (arquitectos) na "família"? A mãe conta? (...deviam estar a ver "Os Sopranos" enquanto preparavam o "inquérito"...)
Perguntas sobre a "licenciatura" (15, 16 e 17), sobre o período "anterior" ao exercício da profissão propriamente dito... mas porque raio? O "inquérito" versa sobre o "Exercício da Profissão" ou sobre o "Ensino da Arquitectura"???
- As "razões porque escolheu o curso de arquitectura?" (mas voltámos ao mesmo?) com opções (de resposta) muito... "giras"... (rir) como a da "inclinação para a arquitectura" (oblíqua, pela certa), ou a importância do "Status" ou do "Cachet". E se as "principais razões" vierem a ser estas, o que é que se deve fazer? Falsificam-se umas respostas ao "inquéritos" e mentimos, ou mantemo-nos firmes e morremos (não de pé, mas agachados...) cheios de vergonha?
- o que é que "a arquitectura deve ser" (a maneira do Khan?)... Uma "actividade criativa e artística", uma "actividade de interesse público", ou um "serviço profissional prestado aos clientes", "(uma só resposta)"... Mas serão coisas incompatíveis ou opostas? Um "serviço prestado aos clientes" poderá ou deverá ser menos "criativo" ou "artístico", do que um exercício (ao serviço) do "interesse público"? E "um serviço prestado aos clientes", não têm a obrigação de observar o princípio (genérico) do "interesse público"... Tantas apaixonadas declarações solenes sobre o "interesse público da arquitectura" e agora passamos pela vergonha (novamente) destas perguntas!
- A "formação de base"... (pergunta 38) e vai outra...

E depois algumas das coisas sobre as quais poderia ser interessante reflectir e responder, ou "auscultar" a classe, são embrulhadas em perguntas, sobre os mais diversas questões... em perguntas com dezenas de alíneas... onde tanto nos pedem para responder sobre se a arquitectura é "arte" ou "técnica", sobre a redução de "vagas nos cursos de arquitectura", sobre o grau de satisfação (pessoal) com a profissão, ou sobre a necessidade de "mais regulamentação" (?) entre muitas outras matérias... Uma confusão completa!!!

E qual o sentido da pergunta 47 que nos pede para classificar "a actuação da ordem"? O "inquérito" é sobre o "exercício da profissão" ou sobre "a actuação da ordem"? Porque é que não perguntam directamente se tal como está... a "Ordem", serve para alguma coisa... Este "inquérito" irá (irra) auto-destruirse dentro de...

1 Comments:

Blogger geno said...

como em quase tudo vindo do antro...só uma palavra para descrever esse inquérito: hilariante.

6:50 da tarde  

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