quarta-feira, dezembro 14, 2005

Capela no Alentejo

Pedro Duarte Bento, actualiza o seu "portfolio online". Entre os trabalho "publicados" está uma "capela no Alentejo" que se pretende "telúrica e menos agressiva" porque "enterrada". Recordou-me em primeiro lugar as igrejas etíopes igualmente "enterradas", "recuperadas" pelo atelier Aires Mateus como inspiração para o projecto da casa de Alenquer, depois a Igreja da Luz em Osaka de Tadao Ando, com a "cruz em negativo" recortada na "empena" ou ainda a elementaridade geométrica da capela de Mies Van der Rohe no I.I.T. em Chicago.
Depois, já com mais calma, numa referência menos óbvia mas que apetecia prolongar... a "Fonte do Claustro da Manga" em Coimbra, atribuída por George Kubler a João de Ruão.
Talvez por via desta capacidade de "evocar" outras arquitecturas, a proposta contenha alguma densidade, que a possa resgatar do esquecimento provocado pela aceleração das modas.
Agora "telúrica" e "pacifica" é que já não sei... "telúricas", no Alentejo, serão as afirmativas e "graves" volumetrias "cravadas" na paisagem, sejam elas de construções sacras ou profanas, de igrejas ou de "montes"...
Todos teremos as nossa memórias... "assalta-me" a da igreja do Castelo de Arraiolos. Depois, ainda, algumas outras igrejas... e espaços públicos contíguos, conforme analisados no "Inquérito". E isto, é o que mais me frusta na proposta para a "capela no Alentejo", um certo "ensismamento" que se permite "ignorar" o(s) contexto(s), e em primeiro lugar o contexto urbano da sua localização prosaica, pelo menos enquanto elemento referencial no sumário descritivo do projecto, e a "modéstia" da opção "negativa" pela "não agressividade", de um edifício "colectivo".
Se criticar é, também, explorar alternativas, "desenho", mentalmente, "modernos escadórios barrocos" para vencer o acesso a uma outra capela alcandorada...

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

De facto a arquitectura é um contínuo acto de referências e memórias que se cruzam.
Neste caso, o contexto onde a proposta está inserida, (alto alentejo, perto da beira baixa), é semi-urbano e está fortemente descaracterizado da arquitectura vernácula alentejana por sucessivos anos de "importação" de outros "moldes".
A opção tomada foi a tentativa de uma recuperação duma espacialidade perdida e não um mimetismo visual.

E mesmo nas referências, mais do a "recuperação" das igrejas etíopes enterradas, "recuperadas" pelos aires mateus, tenho forte memória dos páteos escavados na rocha a sul do sahara, que fotografei nas minhas viagens, e também tardes de estio passadas ao lado dum plano de água, na minha infância no alentejo.

1:50 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

A minha proposta "critica", não passava por qualquer tipo de "mimetismo visual"...

7:47 da tarde  
Blogger Unknown said...

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1:31 da manhã  

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