terça-feira, dezembro 13, 2005

TGV

"Ainda assim, as duas linhas que deverão custar cerca de 7200 milhões de euros, de acordo com as estimativas actuais. São cerca de 14 milhões de euros por quilómetro e um montante global que representa sensivelmente o dobro do previsto para o novo aeroporto da Ota."
Paulo Ferreira, Público, 13 de Dez 2005
(No telejornal da RTP 1, fala-se em 7700 milhões de euros... + comboios..., mas isto também mais 500 milhões menos 500 milhões...)
É o assunto do dia, a apresentação pelo governo do Projecto para o comboio de alta velocidade... Bem "projecto", "projecto" não é. Quero dizer, não se pode chamar projecto, a uma coisa, que tanto pode passar por aqui como por acolá, e que não se sabe se irá ter uma (ou duas) travessia(s) sobre o rio Tejo, em modalidade exclusivamente ferroviária ou mista... (mas que já têm custo estimado...) Portanto, e para além da operação de propaganda e dos números convenientemente e "sonoramente" redondos de 100 mil novos postos de trabalhos, o que sobra?
É que nem o tempo da ligação entre Lisboa e o Porto, podemos saber com segurança (o intervalo é de 15 minutos em função das alternativas de "entrada na Capital"...)
E caso não "vingue" a ligação por comboio tipo TGV, entre Lisboa e a Ota, existirá outra (nova) ligação ferroviária entre estes "destinos". E qual é a articulação "técnica" entre os dois "projectos"/desígnios?
Tudo isto deve ser mais ou menos como afirmar que o projecto para uma casa vai ter dois pisos, caso não venha a ter três, situação em que vamos precisar, de pelo menos mais 15 degraus...
E não se pode despedi-los?