Geração 0's
Miguel Marcelino é o "jovem arquitecto" que deu (que está a dar...) certo...
Num cenário ideal todos os jovens arquitectos portugueses seriam (pelo menos...) "Miguel Marcelino"
Uma educação tão boa quanto possível... Uma "passagem" pelo estrangeiro para uma "experiência" com as (altas) "estrelas" dos além Alpes... Uma "primeira" moradia que embora sem grande "risco" (quase que "excessivamente madura"...) não envergonha ninguém nem o próprio... Um primeiro prémio (eh, eh, para reler aqui...) num dos "nossos" raros concursos... (ganhar um dos "raros concursos" deve ser - coisa do desespero... - mais difícil que encontrar a esquiva e famosa agulha do palheiro...)
Espero que o infeliz e muito pouco promissor projecto para o Museu da Música Mecânica em Palmela não seja mais que um tropeção (que só não dá quem não... marcha)
Venham mais cinco...
(A "crítica" ao projecto de Palmela fica - ou não... - para os comentários...)
Num cenário ideal todos os jovens arquitectos portugueses seriam (pelo menos...) "Miguel Marcelino"
Uma educação tão boa quanto possível... Uma "passagem" pelo estrangeiro para uma "experiência" com as (altas) "estrelas" dos além Alpes... Uma "primeira" moradia que embora sem grande "risco" (quase que "excessivamente madura"...) não envergonha ninguém nem o próprio... Um primeiro prémio (eh, eh, para reler aqui...) num dos "nossos" raros concursos... (ganhar um dos "raros concursos" deve ser - coisa do desespero... - mais difícil que encontrar a esquiva e famosa agulha do palheiro...)
Espero que o infeliz e muito pouco promissor projecto para o Museu da Música Mecânica em Palmela não seja mais que um tropeção (que só não dá quem não... marcha)
Venham mais cinco...
(A "crítica" ao projecto de Palmela fica - ou não... - para os comentários...)
12 Comments:
a fachada principal orientada a norte recordou-me das palavras de Kubler (no "arquitectura portuguesa chã") sobre a fachada (principal) da igreja dos Grilos que, e cito "está virada a noroeste e normalmente fica na sombra"...
(se calhar estavam à espera que eu me fosse - como um cão a um osso - ao Schaulager dos "patrões" H&deM...)
uma ideia do "contexto" do proj. também dava o seu jeito...
Aqui há tempo recebi um curriculo de um jovem mas ambicioso arquitecto com o seguinte:
Integrado no Atelier H&dM
participou nos seguintes projectos:
Private residence, California, USA;
Iglesia de la Natividad, Culiacan, Mexico; Project 2007-2008
Waterfront Hotel, Helsinki, Finland;
Etc.etc.
Só que no fim da lista o Meuron, talvez desconfiado, escreveu:
Durante os dois anos em que desmpenhou funções na empresa H&dM o arquitecto-------------, executou maquetes em balsa e em cartão.
Fosgasse
Lá se foi a aura.
JFragoso
é fácil "enfeitar", "enlargar", o CV
antes dois anos a maquetar nos H&dM - sempre ficou a conhecer mais umas coisitas... - que nos nossos arquitectos maquetistas...
Bah: tanto quanto eu sei, ao menos, o H&M, até paga como deve ser. Já conhecia os projectos. Não desdenho.
Caro AM,
Obrigado pelo seu post e pelo interesse no meu trabalho. Quanto ao projecto do museu, talvez seja útil enquadrar um pouco as premissas particulares deste projecto (não gosto de alongar muito as descrições dos projectos no meu site..): já existe uma estrutura construída (em tosco) que tinha obrigatoriamente de a aproveitar (os euros não abundam), pelo que a implantação e orientação da entrada estavam já definidos à priori. O sistema de ante-câmaras foi desenvolvido a partir dos pilares da estrutura existente (cada um dos 16 pilares coincide com um vértice dessas salas), cuja cobertura consiste no pátio que dá para o piso superior. A extensão/ampliação estava condicionada, por plano ordenador, a uma faixa de 6 metros em volta do quadrado pré-existente (14x14m) e a 8 metros de altura. A área de construção, os euros contados (a obra é privada) e o programa também não dão muita mais margem volumétrica (eu sei que há sempre margem..). Tudo isto junto, em conjunto com o desejo do cliente de que o edifício não fosse aberto para fora, nasceu esta proposta, que explora uma volumetria exterior mais "dura" e abstracta, com o jogo de perspectivas diagonais mais labiríntico no interior.
um abraço,
Miguel M.
eu gosto da escola do 1.º prémio e da moradia de benavente
como sou um grande chato apetece-me mudar imensa coisa :)
na moradia, por exemplo, gostava de oferecer outros tipos de "experiências" aos utilizadores dois quartos das "pontas"
é claro que isso podia arruinar a "pureza" da volumetria, mas podia ser bem interessante...
daí, do respeito por esses dois projectos, que me parecem coisa séria e de "arquitecto", a desilusão com o projecto de palmela
muito obrigado, Miguel
essa informação é muito relevante
acho mesmo que devias, quando puderes, incluir esse esclarecimento na descrição do projecto na tua página
algumas vezes o silêncio jogo a nosso desfavor
eu é que agradeço a "informação"
o blogue vive disso
e eu também, desta ainda possível "respiração"
é o grande risco (é grande, o risco) de opinar sobre arquitectura sem as "cartas" todas na mão...
mas será que alguma vez temos todas as cartas na mão...
a arquitectura depende ("a arquitectura depende"...) de tanta coisa que...
os projectos, embora pouco maus, teriam ainda um largo caminho a percorrer. tudo se assemelha demasiado esquematico, com uma rigidez abstracta que faria pensar que talvez outros parametros fossem considerados. (talvez invocando um certo "peso primitivo" no interior, que assim justificasse o encerramento expressivo face ao exterior). mas no fim os interiores sao igualmente abstractos, pouco trabalhados, "escolares" (no sentido "inacabado" da palavra). nao me preocupa que este tipo de esquemas sirvam como ponto de partida, mas 'e altamente preocupante que sejam o ponto de chegada. um esquema de alguma rigidez tem valor quando utilizado para libertar tempo para outros temas arquitectonicos. mas quando, no final, tudo foi reduzido 'a sua mais 'ultima simplificacao, fica a pergunta: em que se gastou todo o tempo que sobrou?
HT
não vai muito longe da minha opinião
penso que escrevi coisas parecidas aquando do primeiro achamento (é seguir os comentários no link "para reler aqui")
daí também ter agora escrito que gostava de mexer naquilo, de "desarrumar" aquelas volumetrias e organizações mais "esquemáticas"
enfim, são as dificuldades da simplicidade e do simplismo
quem nunca deixou prender uma pata na armadilha...
já estava feito?
lembrei-me deste post quando vi isto...:)
http://www.dezeen.com/2012/11/27/three-courtyards-house-by-miguel-marcelino/
tb eu :)
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