au naturel

serão as jóias da arquitectura contemporânea os órgâos genitais dos arquitectos?
pergunta, doloroso, o nosso paisagista de serviço...
infelizmente, no autocomprazimento (masturbatório) da sua adolescente "tese", a pergunta é também imaculadamente... desinteressante...
longe de mim qualquer (tentativa de) defesa corporativa do "meu" lado mas não serão as coisas um pouco mais "complexas" (e - cá está - "interessantes") que esta "paisagisticamente correcta" exposição dicotómica entre as bestas phalocentricas (os arquitectos...) e ("eles"...) os sensíveis sensualistas...
é que reduzir a relação da arquitectura (de qualquer arquitectura...) com a "paisagem" ao "lugar" dos enquadramentos de uma "certa" fotografia e/ou de um "render" para e-feitos publicitários e/ou "curriculares" não será a melhor nem a mais estimulante maneira de pensar (os - por certos muitos... - "defeitos" da) arquitectura "estrela"...
a casa da música não ignora a paisagem (urbana) que "literalmente" a precede (o que podemos criticar é o "tipo" de relação estabelecida...)
a casa particular dos Açores procura "responder" à "paisagem" local a-levantando um muro contra os ventos dominantes...
mas o vento não "passa" nas "fotografias choque" (Roland Barthes) para circulação (imediata!) planetária...
quem é então - apetece perguntar - o "sensualista" e o "odioso" desta história!?
o que embarca na "in-dig-nação" (fácil) da "imagem" ou o que procura "ler", nos seus sempre equívocos "enquadramentos" a "paisagem" toda...