terça-feira, fevereiro 15, 2011

Pobre Mies... (coisas ainda mais lindas...)

8 Comments:

Anonymous João Barrento said...

Inês Lobo é a pessoa mais sobrevalorizada da arquitectura portuguesa. gostava que alguém me explicasse porquê

12:29 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

A sobrevalorização tem origem no mercado de futuros e derivados. Ou seja, em termos formais, os futuros permitem que se combine o preço de compra ou venda de um activo hoje, para uma transacção que só vai acontecer efectivamente no futuro.

Imagine um arquitecto que acabou de se formar e faz episodicamente umas colaborações com um colega mediático, tipo matateus ou outro do género- o que logo à partida lhe garante um bom nível de afirmação no mercado e a expectativa de bons resultados a médio prazo. Se o prestigio cair o arquitecto pode ter prejuízos ou ver o seu lucro diminuir, e o seu investimento, proveitoso ao preço actual, pode tornar-se ruinoso no futuro. Inversamente, se a sua cotação subir, o retorno do investimento aumentará. Mas um arquitecto não é naturalmente um agente tomador de riscos, é provavelmente um agente com aversão ao risco. Como pode o arquitecto dormir descansado, sabendo já hoje o seu valor no futuro? É fácil: transfere o risco do seu investimento para um agente mais preparado: o especulador, ou no caso, para uma instituição representativa dos interesses da classe a que pertence. Um e outra se encarregarão de organizar e promover a carreira desse arquitecto e dar-lhe a necessária visibilidade interna e externa. Mas nem sempre a coisa corre bem, ou porque o produto tem pouca aceitação no mercado, ou por completa inépcia do agente colocador. E assim se chega a um localismo altamente sobrevalorizado que dá pelo nome de “New generation of Portuguese architects”. Produto com elevado risco tóxico onde reina a confusão entre o agente especulador ou “expert Independent” e a sobrevivência- em apneia- de uma profissão cada vez mais periférica e incapaz de se levar a sério. Só assim se entende a desfaçatez de concorrer a um dos maiores prémios internacionais de arquitectura como se do Festival da Eurovisão se tratasse.

João Fragoso

2:42 da tarde  
Blogger alma said...

JF,
a analogia ao mercado de opções é brilhante :))))
bem haja.

3:59 da tarde  
Blogger AM said...

caro João Barrento

não sei se é a mais sobrevalorizada (era engraçado um blogue tipo "top" com os mais sobrevalorizados...) mas estou de acordo em como é muito sobrevalorizada
o discurso, a "fala", é muito fraca e a maioria das obras vai pelo mesmo caminho...
nos últimos tempos deu-lhe ainda mais para modismos... com bolas e TAL...
valha-me Deus
outro que "acho" (JPP - 2011) muito sobrevalorizado é o João Mendes Ribeiro
sobre a Inês é fazer uma pesquisa pelo ODP

6:07 da tarde  
Blogger AM said...

caro João Fragoso

um comentário verdadeiramente notável que muito me honra e agradeço
se eu soubesse escrever assim fazia um blogue
soube festivais convém não esquecer a exp. no pav. do Siza (na primeira TAL...)
rever, reler, por aqui:

http://odesproposito.blogspot.com/search?q=eurovis%C3%A3o

6:22 da tarde  
Blogger AM said...

pelo que é mostrado (por aquilo que a autora do projecto escolheu mostrar - e que não inclui nenhuma planta nem corte nem nada disso...) a obra é grotesca

6:28 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não me parece de conteudo estabelecer este tipo de critica à escola, penso que Ines Lobo consegue expressar no aspeto plasticamente uma vivencia escolar nova denunciando a pre-existencia funcional inoperante e dando a ver uma nova arquitectura arrojada e moderna.
Jorge Dias

1:50 da tarde  
Blogger AM said...

Jorge Dias
só esqueceu a relação com o "território"...

7:45 da tarde  

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