sábado, outubro 23, 2010

passei, ribeirinho














passei (o) ribeirinho, por Lisboa e (a) Tal
o Champas center (tanta pompa com a inauguração...) ainda não se pode a-visitar
do pouco que se viu, aprova (continua a aprovar...)
reparo, apenas, para o corredor "vidrado" da "ponte" em "tube" - não havia necessidade... - de "ensaio"... (eu sei que aquilo é tudo um pouco late late Stirling mas eu gosto... e quando comparado com o que por aí vai...)
visto do rio (o que é que a RTP é a mais que o ODP!?...), comparado com o volume do CCB - com a escala dos cruzeiros turísticos... - a-percebe-se (ainda) melhor
da Tal, propriamente dita, bisitou-se, mas desta vez sem aprovar, as exposições do Museu de Electricidade
JLCG e meta-matateus dão as "boas vindas" a-projectados (como os deuses que são...) na parede da (obrigatória...) casinha em aglomerado negro de cortiça...
a-retirado o desdobrável do frigorifico "design" (casa, frigorifico, topas...) penetramos - chão de alcatifa de ráfia, bancadas em "estrelas" (bolimétricas) de cinco "pétalas" - penetramos (white, round...) na paz do branco...
o "conceito expositivo" (nem quero saber o nome dos autores...) é de uma infelicidade atroz
os projectos (Cova da Moura ou Casa de Luanda, tanto faz...) ocupam as ditas "pétalas" das bancadas planas dispostas como as mesas de um salão de casamentos (pimba)
as bancadas planas dificultam (e de que maneira...) a "leitura" (do conteúdo) dos painéis e/ou das maquetas (algumas, dentro de umas caixas pretas, são quase invisíveis...), convidando a "passar depressa"... (pena não poder circular por entre as mesas dos convidados com uma bebida na mão...)
com a Cova da Moura, então, não perdi muito tempo
se eu estivesse interessado em projectos de estudantes ia para professor... ou consultava aquelas revistinhas que publicam trabalhos de alunos...
pior, um pouco, a selecção dos trinta para a Casa de Luanda
à excepção de um, dois (vá lá - generosidade... - de uns três...) projectos que cumprem (os mínimos) com o que seria expectável, a maior parte das propostas (seleccionadas...) não parece sequer preocupada com o "contexto" do projecto em causa...
abundam as soluções "design", muito bonitinhas e "rigorosas" próprias de qualquer "vivend-oca" (...) "moderna" (em "L" em "corredor"...) da tugolândia
as fragilidade (consolas em taipa, etc.) do primeiro prémio assustam...
um simpático casal, ela a viver e a trabalhar em Moçambique, estavam estarrecidos...
como é que paredes de taipa com 30 (trinta) centímetros e coberturas em taipa (!?) irão aguentar (sobreviver...) à época das chuvas!?
como é que a água das chuvas irá ser escoada daqueles (muitos...) pátios...
descansemos... deve estar tudo "coberto"... o Siza, afinal, estava no júri...

6 Comments:

Blogger alma said...

Se o champas não estivesse na 1ª linha diria que passaria despercebido
sorry (é a minha modesta opinião)

A Trienal é uma boa mostra da falta de imaginação numa visão tipo "architecture for humanity"
mas à portuguesa é tudo projectado no faz de conta
(ninguém apresenta uma estimativa de custos).
Não há pachorra!
a EDP em vez de subsidiar este tipo de eventos deveria era contribuir para manutenções a sério nos bairros sociais existentes...
fazer o bem começa em casa

4:57 da tarde  
Blogger AM said...

percebo, mas não partilho, a sua opinião sobre o champas
o sítio, claro, ajuda, mas compare com outros hospitais privados, recentes, de Lisboa...

a trienal, este "polo" pelo menos, é a confirmação da já esperada banhada
pior que 2007
eu sei, parece impossível...

(a "casa" da EDP é a "causa" do pinho...)

6:23 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A "ideia" da EDP e da Trienal é conquistar trabalho nos chamados mercados emergentes. Como não temos andamento para os mercados asiáticos (ainda estamos na fase da parede dupla com caixa de ar ventilada) os pacóvios do costume jogaram a cartada PALOP:
"exportar" para Àfrica umas casas de taipa, com chapa de zinco e bidons reciclados. A coisa até pode passar bem na Wallpaper, mas não deixa de fazer pena ver tanta gente inteligente à volta de tão grande absurdo.
João Fragoso.

3:13 da tarde  
Blogger AM said...

obg, João Fragoso
conquistar trabalho para quem... é a pergunta que me ocorre...
no resto não acho nada mal o "regresso" a África (ou ao Brasil...) ou mesmo à "emergente" Ásia (onde nem tudo são toques e/ou tiques high "teques" dos grandes gabinetes ingleses ou outros...)
a falta (e a necessidade...) de arquitectos em países pobres ou "emergentes" é um assunto premente
também não tenho nada contra chapas de zinco, taipa ou bidons reciclados (se fosse pobre e vivesse nas condições em que vivem milhões de milhões de seres humanos...) não "posso" é com estes "exercícios de estilo" (muito) "sensíveis" (zum-thor, etc.) "travestidos" (...) de "consciência social" e (pior um pouco...) "verde"
como é que um júri presidido pela tutelar figura do Siza premeia isto é que é de... pasmar...
(ou não...)

8:59 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A sua resposta ao que antes escrevi é muito pertinente e obriga-me a rever o preconceito da minha posição inicial. Obrigado.

João Fragoso

9:22 da manhã  
Blogger AM said...

eu é que agradeço
quanto a mudar de posição não será motivo para tanto
será apenas uma questão na intensidade do enfoque
também tenho por uma das mais detestáveis "trends" a moda do favela chic (uma trend que merecia uma rigorosa e completa "desmontagem"... mitológica...)

7:47 da tarde  

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