posta monotemática

a terminar esta (agora) trilogia de postas sobre entrevistas, a recomendação de leitura da revista A21 de Jan/Fev dedicada, consagrada, (iupi, iupi, iupi) ao Siza
na entrevista propriamente dita o Mestre, cada vez mais lúcido e pessimista (leia-se realista), reafirma a descrença no futuro da arquitectura: "está tudo partido, já não há arquitectura", referindo-se à fragmentação do projecto e à entrada (em cena) da corte de "especialistas" (fachadas, interiores, paisagistas...) que fragmentam (e destroem) a unidade (clássica) do projecto (e da arquitectura) como obra (de arte, total) de autor
o artigo de Jorge Figueira (um pouco off a filiação da residência poveira no Stirling...) que não aquece nem arrefece (eu sei que pode parecer embirração...) é mais que compensado pela abordagem fenomenológica à obra (maior...) de Porto Alegre de Otavio (com "c" e com acento seria tão mais belo...) Leonídio: "Em um mundo em que todas as coisas são transformadas em imagens, Siza demonstrou que ainda é possível transformar imagens em coisas."
é virar para a Cedofeita, ajoelhar e orar por mais...

pelas palavras dos responsáveis da revista poderia parecer que os números temáticos de revistas de arquitectura dedicadas ao Siza são coisa corrente em Portugal mas eu (posso estar enganado...) não me lembro de nenhum desde o "especial" da (revista) "arquitectura portuguesa"...
foi em 1987...