Nós, o Povo
... eu diria (antes pelo contrário) que apenas um "olhar" marxista (estou a pensar no Mitologias...) poderia "desvendar" a "construção" dessa "verdade inconveniente". Para os "marxistas", o "povo", como aliás, todas as coisas, são "construções". Para os (e como é que eu hei-de dizer isto?...) para os "não marxistas", é que o "povo" é (ou poderia ser...) uma coisa "natural", uma coisa não "fabricada", não "construída", como uma "fatalidade" (mais que politica ou religiosa, "ontológica"...) uma fatalidade do "destino"...
Uma coisa do outro lado da fronteira, diferente de nós... (justamente) estrangeira...
É esse o génio do Brutti, Sporchi e Cattivi (Feios, Porco e Maus): dar a ver, no "povo", o outro povo, da burguesia.
É olhar para eles... os das grandes famílias... à porta da igreja... antes da viagem... para a última ceia do patriarca...
"Para que serve", a um "artista", a "representação" do povo?
Bom... calculo que cada artista saiba de si (que a mais não é obrigado...)
Eu perguntaria, a quem interessa a não representação do Povo?
Talvez o funcionário da cinemateca, em vez de escrever sobre o almoço com Manuel de Oliveira, pudesse ou devesse escrever sobre o "Aquele Querido Mês de Agosto"...
2 Comments:
a verdade é que povo somos todos nós :)os descalços os calçados e os envernizados :):):)
não considerei os espelhados :)pois esses são só mutantes...
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