Acabei agora de ler o texto do Estanislau. Brilhante! What more can I say...Tudo o que eu pensava (sem o conseguir articular com clareza, também por causa do johnny walker...admitamos) ali pensado ha mais de quantos...20? 30anos? O texto pede algumas notas suplementares que aqui postarei logo que puder...por exemplo: Hopper não faz parte do mesmo filme de Wharhol e Lichtenstein e, essa ausência poderá explicar alguma coisa, ou quase tudo, mas fica para depois. Thanks again, foi uma boa troca de cromos que fiz contigo, com estas ideias do Estanislau quase completei a caderneta! JFC(vertendo lágrimas de gratidão)
enquanto partilhamos a angustia e a impaciência dos complementos e dos suplementos do JCF
é verdade que é quase sempre injusto meter tudo ao barulho no mesmo "filme" (prateleira ou saco) das "categorias" (abro excepção - e parêntesis - para o Decon da a-zaha-rada e do "impotente" - ou a desconstrução do fallus... - do shelltox)
não tenho aqui o texto à mão, mas não tenho recordação de ter sido essa a intenção do Stanislau
Peço desculpa pela minha enorme e assumida ignorância:) mas quem é o stanislau ? imagino que não é o padre Polaco :):):)
Adoro o nome dado à mastodonte :)imagino a maléfica da Chanel a dar gritos de horror no outro mundo ao ver o que o Karl Lucifer anda a fazer :):):)ahahahah !
Stanislaus von Moos (não esteve atenta à leitura das caixas de comentários!?...), um dos maiores, provavelmente (Carls & Berg) o maior, especialista em "venturismo"... logo a seguir ao dp, é claro...
Esta tirada do Estanislau parece-me que toca na raiz do problema: “perhaps they (the “people”) whant to be sure that the architect does not articulate their social reality but their claims for an improved way of life.” em que *articulating their social reality* stands for: dar-lhes "comer" o que eles já "comem" todos os dias, isto é, campbell’s tomato soup...E é aqui podemos fazer um desvio para ir ao museu, uma espécie de Learning from Las Pinturas... Hopper vem a calhar, o tal calendário pendurado na parede dos Venturi mostrando uma reprodução do Gas; mas da retórica pop o Gas, (1940?), nada tem, apesar de lá estarem - o lettering da Mobil e as bombas de gasolina. Ali o essencial não é isso, são as obsessões do tipo, a sua metafísica, a sua meditação sobre espaço, tempo, luz, sombra, blablabla. O que lá está tem a ver com Balthus, com Caravaggio, com uma certa Paula Rego, tem a ver com a utilização dos códigos milenares da Pintura. É com estes códigos, e sempre no terreno da disciplina, que trabalham Hopper, Rubens ou Bacon. Beleza e horror são-nos servidos até ao limiar do suportável no Cristo de Rubens ou nos tripticos de Bacon, tanto faz, mas beleza/horror, ordinário/extraordinário, resultam sempre de um processo de decantação onde operam os códigos próprios da disciplina, no ready mades. Ora é fora destes códigos, subvertendo-os, que aparecem os Warholos, os Lichtensteines e os Hirstes. Eu percebo-os e, para dizer a verdade, às vezes, até lhes acho graça, mas não consigo habitar um mundo "construído" por estes brincalhões, não consigo passar uma tarde a ouvir anedotas nem a comer campbell’s soup, mas sou bem capaz de passar uma tarde com tipos como o Velazques o Caravaggio ou o Bacon. O que procuro na pintura, na arquitectura e também no johnny walker (na Serenella não...) is an* improved way of life*, é a possibilidade de aprender a ver, aprender a amar, aprender a viver. Sinto-me assim um pouco como esse “people” de quem o Estanislau fala: tenho dificuldade em conviver com a ironia das elites culturais.... E fosga-se! Arquitectura, é Arquitectura e, quando nos fala é com os seus códigos próprios, olhando para o umbigo monstruoso da sua própria história e neste aspecto talvez não se distinga muito da pintura.
JFC (com a garganta seca de tanto falar, olhando para a garrafa..)
é pá... isso dava p'ra tese... o(s) venturi(s) trabalham com os códigos da disciplina... apenas muito melhor que a maioria... "articular a realidade social" (com TODOS os "códigos" disponíveis...) é a melhor, quem sabe a única maneira, de melhorar a "way of life" do "people"...
e é capaz de ser um pouco injusto entalar "os Lichtensteines", entre "os Warholos e os Hirstes"...
11 Comments:
Acabei agora de ler o texto do Estanislau. Brilhante! What more can I say...Tudo o que eu pensava (sem o conseguir articular com clareza, também por causa do johnny walker...admitamos) ali pensado ha mais de quantos...20? 30anos? O texto pede algumas notas suplementares que aqui postarei logo que puder...por exemplo: Hopper não faz parte do mesmo filme de Wharhol e Lichtenstein e, essa ausência poderá explicar alguma coisa, ou quase tudo, mas fica para depois. Thanks again, foi uma boa troca de cromos que fiz contigo, com estas ideias do Estanislau quase completei a caderneta!
JFC(vertendo lágrimas de gratidão)
Grande capa :)Grande padrão:) fico a aguardar com alguma impaciência as notas suplementares do JFC :)
e uma grande, grande obra, maria
enquanto partilhamos a angustia e a impaciência dos complementos e dos suplementos do JCF
é verdade que é quase sempre injusto meter tudo ao barulho no mesmo "filme" (prateleira ou saco) das "categorias" (abro excepção - e parêntesis - para o Decon da a-zaha-rada e do "impotente" - ou a desconstrução do fallus... - do shelltox)
não tenho aqui o texto à mão, mas não tenho recordação de ter sido essa a intenção do Stanislau
Peço desculpa pela minha enorme e assumida ignorância:) mas quem é o stanislau ? imagino que não é o padre Polaco :):):)
Adoro o nome dado à mastodonte :)imagino a maléfica da Chanel a dar gritos de horror no outro mundo ao ver o que o Karl Lucifer anda a fazer :):):)ahahahah !
Stanislaus von Moos (não esteve atenta à leitura das caixas de comentários!?...), um dos maiores, provavelmente (Carls & Berg) o maior, especialista em "venturismo"... logo a seguir ao dp, é claro...
sorry, não sei como é me escapou :)
maria (a tonta)
Esta tirada do Estanislau parece-me que toca na raiz do problema: “perhaps they (the “people”) whant to be sure that the architect does not articulate their social reality but their claims for an improved way of life.” em que *articulating their social reality* stands for: dar-lhes "comer" o que eles já "comem" todos os dias, isto é, campbell’s tomato soup...E é aqui podemos fazer um desvio para ir ao museu, uma espécie de Learning from Las Pinturas... Hopper vem a calhar, o tal calendário pendurado na parede dos Venturi mostrando uma reprodução do Gas; mas da retórica pop o Gas, (1940?), nada tem, apesar de lá estarem - o lettering da Mobil e as bombas de gasolina. Ali o essencial não é isso, são as obsessões do tipo, a sua metafísica, a sua meditação sobre espaço, tempo, luz, sombra, blablabla. O que lá está tem a ver com Balthus, com Caravaggio, com uma certa Paula Rego, tem a ver com a utilização dos códigos milenares da Pintura. É com estes códigos, e sempre no terreno da disciplina, que trabalham Hopper, Rubens ou Bacon. Beleza e horror são-nos servidos até ao limiar do suportável no Cristo de Rubens ou nos tripticos de Bacon, tanto faz, mas beleza/horror, ordinário/extraordinário, resultam sempre de um processo de decantação onde operam os códigos próprios da disciplina, no ready mades. Ora é fora destes códigos, subvertendo-os, que aparecem os Warholos, os Lichtensteines e os Hirstes. Eu percebo-os e, para dizer a verdade, às vezes, até lhes acho graça, mas não consigo habitar um mundo "construído" por estes brincalhões, não consigo passar uma tarde a ouvir anedotas nem a comer campbell’s soup, mas sou bem capaz de passar uma tarde com tipos como o Velazques o Caravaggio ou o Bacon. O que procuro na pintura, na arquitectura e também no johnny walker (na Serenella não...) is an* improved way of life*, é a possibilidade de aprender a ver, aprender a amar, aprender a viver. Sinto-me assim um pouco como esse “people” de quem o Estanislau fala: tenho dificuldade em conviver com a ironia das elites culturais....
E fosga-se! Arquitectura, é Arquitectura e, quando nos fala é com os seus códigos próprios, olhando para o umbigo monstruoso da sua própria história e neste aspecto talvez não se distinga muito da pintura.
JFC (com a garganta seca de tanto falar, olhando para a garrafa..)
é pá... isso dava p'ra tese...
o(s) venturi(s) trabalham com os códigos da disciplina... apenas muito melhor que a maioria...
"articular a realidade social" (com TODOS os "códigos" disponíveis...) é a melhor, quem sabe a única maneira, de melhorar a "way of life" do "people"...
e é capaz de ser um pouco injusto entalar "os Lichtensteines", entre "os Warholos e os Hirstes"...
em sinal de respeito fico calada :)
JFC, o budismo tb ajuda :) nos seus propósitos
maria (silence is sexy)
o johnny walker é budista?
:):):):):):):)
maria cala-se
because
silence is sexy
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