Reciclagem

Escrever para o "sexta" (semanário gratuito distribuído à sexta-feira com o Público) pode não ser bem a mesma coisa que escrever editoriais para o JA (sem comentários...) ou, já agora, que escrever artigos para o Expresso, mas poucas coisas, e certamente que não o saudável e democrático hábito de escrever sobre arquitectura para o (grande) público (leia-se: "subir ao Povo"...), justificam (e/ou desculpam) a confrangedora banalidade (antes pelo contrário...) da "coluna" do dia 2 de Maio de Manuel Graça Dias, intitulada - por certo muito significativamente... - "Mercado de ideias"...
Poupo-vos ao "corpo", ao "argumentário" das... "ideias"... O autor termina a elogiar (a "sonhar" com) a "presença" das sombra das torres (the shadow of things...) ainda por construir na cidade (de Lisboa) como quem "vende" a fome como uma interessante "medida" de combate à obesidade...
As árvores já não ensombram (ou outras sombras ensombram...) aí pela capital!?...
O gajo - para ser simpático... - está a perder qualidades...

Não resisto: "Era bom que aparecessem "bons exemplos" (aspas minhas...) de arquitectura em altura, porque quando "as pessoas" (idem) vão a outras cidades (no "estrangeiro", presume-se...) gostam (com que então agora sabemos do que é que as pessoas "gostam"...) de ver os edifícios altos e admirar a paisagem lá de cima (os miradouros, coitadinhos, também já não servem...).

Porque escrever para o Povo não é atirar areia, perdão, "torres", às vistas das "pessoas", nem implica tratar "as pessoas" como atrasadas mentais, daquelas que papam os concursos do Malato no estado do canal e tudo...

Recicle-se!...